Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 11
Tortura


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!
Capítulo novo, desculpa pela demora, mas estou realmente envolvida com Paradoxo no momento, mas tento atualizar Use nem que seja uma vez por semana. Quero agradecer a Sweet Rose, minha co-autora em Paradoxo que fez uma leitura crítica do capítulo, para dar fim em meu bloqueio, amiga você arrasa sempre!
Boa leitura!



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Fico olhando para a porta por onde Oliver acabou de sair nesse momento. Eu realmente entendo por tudo o que ele está passando nesse momento, mas sinceramente, precisa ficar me afastando o tempo todo? Qual é o problema dele? Sempre que avançamos em nosso relacionamento, sinto como sé a cada dois passos para frente, damos um para trás. Respirei fundo retirando a louça de nosso café da manhã.

Saio de casa após escovar meus dentes e retocar minha maquiagem. Decido não procura-lo para saber se estava na empresa ou não, ele quer espaço e vai ser isso que vou dar a ele. Me afundo no trabalho, sem nem mesmo parar para almoçar, precisava manter minha mente ocupada e o que não me faltavam eram problemas para me entreter.

–Você não almoçou. –Diz Ray entrando em meu escritório com um tablete em mãos.

–Não tive tempo ainda. –Justifico sem tirar os olhos do meu computador.

–Temos uma reunião agora para decidir alguns detalhes do projeto Star City, como não te vi saindo para almoçar, julguei que provavelmente esqueceria dessa reunião.

–Não fazia a menor ideia da existência dela. –Respondo em um impulso me arrependendo no mesmo momento. –Desculpa. Estou indo... Agorinha mesmo. –Dou um sorriso amarelo o olhando.

Ele sorri antes de sair em direção a sala de reuniões. Junto minhas coisas rapidamente o seguindo, para minha surpresa encontro Oliver sentado em uma das pontas da mesa e a outra era ocupada por Ray. O único assento livre era o a direita do meu noivo com serias tendências a crises existenciais. Me sentei contrariada sem nem mesmo olhar em sua direção. A reunião parecia não acabar nunca mais nessa vida. Quando finalmente teve fim, juntei minhas anotações e voltei para meu escritório e mergulhei novamente nos problemas da empresa tentando resolver tudo o que estava em meu alcance, eu precisava sentir que era capaz de solucionar algo, qualquer coisa.

–Não vai mais sair desse escritório? –Pulo ao escutar a voz grave do Oliver que estava parado a frente da minha mesa, como costumava fazer quando nos conhecemos e ele me procurava para ajudá-lo com aquelas desculpas ridículas. –Acho que já passaram das seis horas. –Acrescentou olhando para o relógio em seu pulso.

–Uau! –Me surpreendo por não ter percebido o tempo passando. –Acho melhor ir para o segundo turno. –Pego minha bolsa me levantando. –Vai ir comigo ou prefere ir sozinho? –Pergunto arqueando minha sobrancelha ao passar por ele que me segura pelo braço e me faz girar parando em sua frente.

–Tenho sido um babaca nesses últimos dias. –Diz me olhando nos olhos. –São tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo Felicity, e agora mais isso... Eu entendo agora que não estou mais sozinho, juro que entendo, mas tenho te pedido tanto, são tantas coisas que eu queria que você tivesse, mas sinto como se não fosse capaz de te dar nada, só tirar...

–Oliver. –Interrompo chocada. –Você me dá tudo só por respirar, por estar ao meu lado. E toda a raiva que você me faz, dia após dia, é compensada no momento em que você tira a camisa, acredite em mim! –Brinco e ele dá um sorriso triste me puxando para um abraço apertado. –Senti tanto a sua falta. –Falo em seu ouvido.

–Nem chegou perto do quanto senti a sua. –Ele beija meus lábios cheio de carinho. –Vamos para a caverna.

OLIVER

Estávamos perseguindo um traficante de armas que Felicity conseguiu rastrear, era um dos poucos que reataram em nossa lista. Roy e Diggle já estavam no ponto de encontro, mas por um descuido idiota eu acabei perdendo o rastro do bandido.

–Felicity. –Chamo pelo comunicador. –Consegue vê-lo?

‘Não está longe na verdade, segunda com a trinta e dois. Oliver ele parece não estar sozinho.’ –Melhor para mim, preciso mesmo descontar minha raiva em alguém com quem eu não compartilhe a mesma cama.

‘Oliver, precisa de mim?’ –Escuto a voz de Roy.

–Não. Eu cuido disso, mantenha a posição. O resto do carregamento pode chegar a qualquer hora.

‘Entendido.’

Como Felicity previu haviam sete caras armados, sinceramente eu esperava mais, não eram nem se quer treinados. Lancei uma flecha que me suspendeu para o alto do prédio assim que ele começaram a atirar, claro que poderia acertar todos eles aqui do alto, estavam completamente expostos, eu tinha uma visão clara de todos os alvos, mas não era isso que eu queria, precisava sentir algo se quebrar sobre minhas mãos e pressinto que será o maxilar ou o nariz de um desses grandes idiotas ou de todos, quem se importa afinal?

Lancei flechas prendendo suas armas a parede então desci para o solo. Eles nem mesmo estavam me atacando juntos. Qual é? Fizeram curso de estupidez? Peguei o primeiro deles o atingindo na cabeça com meu arco, já chutando o segundo e imediatamente perdia a paciência já me lançando sobre dois outros. Agora haviam três, ok. Maxilar, nariz e quem sabe um braço... Ou uma perna para o último?

Imediatamente lanço meu punho em direção ao maxilar do primeiro em seguida o dando uma rasteira que o faz cair nocauteado. O segundo tenta me atingir, mas é tão lento que a Felicity daria uma surra nele, acerto minha cabeça com força em seu nariz e posso ouvir algo se partindo, isso quase me fez esboçar um sorriso.

–Agora somos só nos dois. –Digo ao terceiro enquanto jogo o corpo do segundo desacordado no chão e qualquer jeito. –Antes de começarmos vai querer me dizer quem é o dono do carregamento ou prefere que eu quebre os dedos de sua mão, um a um? –Falei lentamente torcendo para que ele optasse pela segunda opção.

[...]

Chego em casa de madrugada com Felicity ao meu lado, percebo que algo a incomoda e tenho certeza que é devida a minha performance de mais cedo no interrogatório. Não quebrei os dedos do cara no final, pois ele soltou até o número da previdência social do chefe, mas isso não evitou que eu o nocauteasse também, o que foi até legal de minha parte já que eu pretendia deixar o cara com um dos membros quebrado.

–Está tudo bem com você? –Ela pergunta se deitando ao meu lado na cama, eu a puxo para meus braços a fazendo se deitar em meu peito.

–Por que pergunta isso? –Questiono em voz baixa mesmo já sabendo a resposta.

–Oliver eu costumo acompanhar seus interrogatórios e são todos assustadores, mas hoje pela primeira vez eu pude acreditar em cada ameaça que você fazia. –Eu a sinto estremecer involuntariamente em meus braços.

–Felicity, não quero que se assuste comigo, nunca. –Digo me virando para olhá-la nos olhos. –Sabe que preciso ser outra coisa quando visto aquele capuz.

–Não, você não precisa ser, não mais. Cada palavra que você diz com aquele uniforme, cada pessoa que prende, é você sendo um herói. E eu te conheço o suficiente para saber quando suas ameaças são reais ou quando seu único intuito é intimidar. –Responde sem desviar o olhar. –Oliver, eu sei o que está passando e entendo o motivo de tanta ira, nunca vai precisar se desculpar comigo por não saber como agir a respeito disso, pois é tudo muito novo para você, e é novo para mim também, mas precisa aceitar a ajuda que todo o seu time quer dar a você agora.

–Eu sei Felicity. –Respondo fechando meus olhos encostando minha testa na dela. –Mas obrigado por me lembrar. –Beijo seus lábios com carinho que aos poucos se transforma em urgência, necessidade.

Felicity se livra de suas roupas sem ajuda e eu faço o mesmo. Estávamos a tanto tempo longe um do outro com sua viagem a Central e meus problemas que me fizera afastá-la quando ela voltou, que nem sei quando foi a última vez que havíamos feito amor. Por esse motivo eu a amei lentamente, com carinho e vontade, precisava dela e toda proximidade era pouca naquele momento, queria mais, necessitava de mais.

–Eu te amo. –Sussurrei em seu ouvido me movendo sobre ela.

–Eu amo você. –Respondeu em um sussurro com os lábios entreabertos.

Acordamos pela manhã, Felicity protestou em se levantar o que me levou a ficar na cama com ela por mais tempo. Tomamos banho juntos, eu fui arrumar algo para comermos enquanto ela se vestia, foi quando a campainha tocou. Ao abri a porta havia uma mulher loura, nos seus quarenta anos no máximo, em um vestido azul e olhos espantados.

–Em que posso ajudar? –Pergunto com educação.

–Oi, você deve ser o Oliver Queen. –Ela me olhava boquiaberta, me lembrando a expressão da Felicity quando falo com ela...

–Sou Donna Smoak, sua sogra! –Diz em meio a um gritinho de animação.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham curtido, não esqueçam de comentar! Bjs