Você Me Tem escrita por Hanna Martins


Capítulo 13
Bebendo o veneno


Notas iniciais do capítulo

Caso não nos vemos antes do natal, já vou desejando Feliz Natal para vocês! Sei que ainda falta vários dias, mas não custa prevenir, né? Então, Feliz Natal! Que comam muitas coisas gostosas e se divirtam bastante!!!



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Demorou vários segundos até Katniss acordar completamente. Sua cabeça e todo o resto de seu corpo doíam terrivelmente. Estava com sede e com fome, embora tivesse certeza que seu estômago rejeitaria qualquer alimento que tentasse ingerir.

Sentiu algo quente a envolvendo. Abriu com dificuldade as pálpebras e identificou um braço a cingindo. O que acontecera na noite anterior? A única coisa que lembrava era de ter tomado um porre daqueles. Mas e depois disso? E quem era o dono daquele braço?

Cautelosamente virou-se e descobriu que Peeta dormia ao seu lado. Ela retirou o braço dele de sua cintura e saiu da cama. As coisas estavam um tanto estranhas depois daquela noite na piscina, e não tinha a mínima intenção de ter uma conversa com ele naquele momento. Não quando sua cabeça doía tanto que tinha a impressão que era mais pesada que toda aquela cama.

Ainda era cedo, oito horas da manhã. O melhor que tinha a fazer era voltar para a casa. Foi o que fez.

Soube que aquele estava definitivamente sendo um mau dia ao avistar sua mãe, na sala, lendo. Tentou a ignorar e ir para o quarto.

― Katniss! ― a voz doce da mãe a apanhou na escada.

Voltou-se para ela. A senhora Everdeen a observava. Era uma mulher bonita. Prim com certeza se tornaria sua cópia quando crescesse. Sua aparência estava impecável, nem um fio de cabelo fora do lugar, os longos cabelos dourados estavam apanhados em um coque no alto da cabeça.

― O que foi, mãe?

― Onde você passou a noite?

Agora iria começar com os sermões.

― Em uma festa.

― Saiba que não sou contra você ir a festas, mas pelo menos poderia ter avisado.

― Eu avisei.

― Eu não sabia de seu paradeiro ― disse a senhora Everdeen em um tom calmo. Estava furiosa compreendeu Katniss. Aquela era a mesma voz que a mãe usava quando queria falar com um paciente sobre algo particularmente difícil. A mesma voz que usava para mascarar seu desagrado. 

― Todos nesta casa sabiam, era só perguntar para Greasy Sae. Afinal foi ela quem sempre cuidou de mim e sempre esteve aqui, quando eu precisei dela... ― Lançou um olhar significativo para a mãe. Como ela reagiria diante da verdade? Fora Greasy Sae, a empregada mais antiga da família Everdeen, que sempre cuidou de Katniss e Prim desde que elas nasceram para ser mais preciso.

― Katniss... ― A mãe estava ferida, ela atingira em cheio no seu ponto fraco. ― Nós já conversarmos sobre isso... você sabe que eu não tinha condições de cuidar de vocês naquela época.

― Eu e Prim também não tínhamos condições de cuidar de nós mesmas, porém, foi o que fizemos.

Katniss deu a discussão com a mãe por encerrada e subiu as escadas rapidamente.

Grossas lágrimas escorriam pelo rosto. Aquela conversa com a mãe a fez lembrar-se de coisas que não queria recordar. Era como se voltasse a ter onze anos de idade e se encontrasse no dia mais triste de toda a sua vida. O funeral do pai, debaixo de uma chuva tênue e melancólica. Era um dia escuro, sem sinal do sol no céu. Após o funeral caminhou sem rumo sob a chuva que havia aumentado significativamente. Não soube por quanto tempo andou pela chuva, muito menos por onde andou, tudo parecia vago e abstrato. Poderia ter andado por horas ou apenas alguns minutos, ter cruzado a cidade ou apenas circulado por seu bairro. Chegou em casa completamente encharcada. Estava fria, mas não sentia frio. Greasy Sae tentava acalmar uma Prim chorona.

Greasy a olhou por um longo minuto, talvez indecisa entre lhe dar uma bronca ou providenciar rapidamente algo seco para ela se enxugar. No entanto, não escolheu nenhum destas opções. Ela sorriu, um daqueles sorrisos que as pessoas dão quando estão com pena de outra, e disse com a voz mais calma que conseguia, naquele momento, que a senhora Everdeen saíra de viagem por um período indeterminado.

Katniss não queria lembrar daquilo, de como esperou noite e dia por um telefonema, uma carta, o que fosse, e apenas recebeu silêncio; de como era difícil acalmar a irmã que pedia desesperada pela mãe; de como ela mesma sentia falta da mãe; de como precisou agir feito uma adulta com apenas onze anos; de como sua infância havia sido roubada; de como cresceu da noite para o dia. Rapidamente limpou as lágrimas. Estava péssima, a cabeça não parava de latejar, a garganta estava completamente seca. Procurou por um remédio qualquer e o tomou. Deitou-se na cama, sem sequer trocar de roupa, e dormiu imediatamente.

Teve sonhos horríveis. Sonhou com o pai, com o funeral, com a chuva que a impregnava até seus ossos. Não conseguia correr, não conseguia se mover, a chuva caia sobre ela, era tão fria que queimava a pele. Tudo o que sentia era um vazio que a consumia.

O primeiro som que escutou ao acordar foi o barulho da chuva. As gotas caiam pesadamente, porém não eram assustadoras como as de seu pesadelo.

Não soube por quantas horas dormira, parecia que havia dormido por dias. A cabeça ainda doía e a garganta ainda estava seca.

― Pensei que não iria mais acordar... estava preocupado.

Virou-se, ainda tonta, para onde vinha a voz. Peeta estava sentado no divã com um livro nas mãos.

― O que faz aqui? ― indagou, enquanto se sentava na cama e esfregava os olhos, tentando sair daquele estado de sonolência. 

― Fiquei preocupado... acordei e você havia sumido. Você bebeu muito ontem à noite ― disse, enquanto fechava o livro e levantava-se do divã.

― Estou bem...

Ele a olhou duvidoso e foi até a sua cama, sentou-se perto dela, levou a mão até sua testa.

― Acho que está com um pouco de febre... ― falou sem retirar a mão de sua testa.

― Não é nada.

Peeta deslizou suavemente a mão por seu rosto.

― Vou pegar um remédio para você. ― Ele retirou a mão de sua face e ela não gostou daquilo, queria que ele continuasse a acariciá-la.

― Não. ― Agarrou-se ao pulso dele. ― Fica aqui.

Ele pareceu um tanto surpreso com sua atitude, porém atendeu seu pedido e ficou onde estava.

― Prim e sua mãe saíram... ― disse após alguns minutos.

Katniss apenas balançou a cabeça. Era bom que a mãe não estivesse em casa.

― O que aconteceu com você? Não é pela ressaca...

Não deixou que Peeta continuasse, calou os lábios dele com os seus. Ele a fazia falar de coisas que nunca quisera confessar. E naquele momento não queria falar sobre nada. Apenas desejava esquecer as lembranças revividas mais cedo e os pesadelos.

Os lábios dele eram quentes e a fazia se esquecer do frio da chuva dos seus pesadelos. Beijou Peeta com mais necessidade ainda, não deixando nem espaço para ele respirar. Mordeu seu lábio inferior com fúria, até chegou a sentir o gosto de sangue na boca. Pensou que ele reclamaria, mas tudo o que fez foi puxar ela mais para si.

Jogou Peeta em cima da cama. Antes que ele pudesse voltar a pensar, lançou seus lábios sobre os dele novamente com voracidade. As unhas praticamente entraram na carne dos ombros dele. Ele também não reclamou da dor provocada. A mão foi parar nas calças dele, puxou-as com força até as coxas. Retirou a calcinha por baixo do vestido com rapidez. Pegou uma camisinha no criado mudo e a colocou em Peeta. Sentou-se em cima de seu membro.

A sensação de sentir Peeta dentro de si a aquecia, a fazia se esquecer da sensação da chuva fria em sua pele e até preenchia aquele vazio, que pensara que a tragaria.

Os movimentos dela eram rápidos, violentos. Dor e prazer se misturando, em uma vertigem arrebatadora. Enfiou mais as unhas em seus ombros. Sentiu o fogo a consumindo, até explodir como um vulcão. Caiu exausta ao lado dele.

Ele a olhou. Não sabia quais pensamentos se escondiam por trás daqueles olhos azuis que penetravam até a alma. Pensou que ele diria algo. Estava mais uma vez enganada. Ele a puxou para seu peito, lhe deu um suave beijo em sua testa, enquanto acaricia seus cabelos carinhosamente.

A carícia dele a acalmava. Ela se aconchegou ainda mais nele. Podia ouvir com clareza as batidas agitadas do coração dele, provocadas pelo sexo. Agarrou-se em sua camisa. Sentiu seu cheiro. Cheirava a canela. Aquele cheiro era bom. Novamente dormiu, porém desta vez não teve nenhum pesadelo.

Quando acordou ainda estava na mesma posição que adormeceu. Ainda se encontrava emaranhada com Peeta. Levantou sua cabeça e constatou que ele também dormia. Queria ficar daquela maneira um pouco mais, sem pensar em nada. A chuva ainda caía lá fora.

Fechou os olhos e pôs-se a escutar as tranquilas batidas do coração dele. Não soube por quanto tempo ficou assim. Apenas quando ele começou a se mover abriu os olhos e ergueu a cabeça. Ele a fitava. Fez menção de sair daquela posição, porém ele a puxou de volta para si, a mantendo na antiga posição. Acariciou seus cabelos docilmente.

― O que aconteceu? ― indagou.

― Sonhei com meu pai, com o funeral dele... ― as palavras saíram de sua boca por vontade própria. ― No dia do funeral de meu pai, chovia, eu andei sozinha pela chuva a fria a ponto de ficar completamente encharcada... quando cheguei em casa Greasy me disse que minha mãe havia viajado. Prim chorava e eu não conseguia acalmá-la. Aquele dia foi um dos mais frios da minha vida. Eu estava sozinha, completamente sozinha...

Peeta segurou seu rosto e beijou-a com delicadeza.

― Já passou, eu estou aqui.

Desta vez o beijo que deu em Peeta não foi furioso como anterior, foi delicado, quase casto.

Ele desceu os lábios lentamente por seu pescoço. Não havia pressa naquelas carícias, tudo era feito lentamente. Peeta sentou-se com ela no colo na cama. Fez uma trilha de beijo começando por sua testa, descendo por seus nariz, detendo-se em seus lábios por um longo tempo, indo para seu queixo, chegando em seu pescoço. Seu vestido possuía botões por toda a sua extensão. Peeta a deitou na cama, e um a um abriu os botões, alternando entre abrir os botões e beijar cada pedaço de pele revelada. Ela retirou a camisa dele. Sentiu-se mal ao verificar que havia provocado um machucado nos ombros dele com as unhas. Os beijou ternamente.

― Desculpa, eu não queria te machucar.

― Não foi nada ― disse, a beijando. ― Meu machucado não se compara em nada com a dor que você sente.

Ficaram por um longo tempo se beijando e se acariciando. Desta vez o sexo não fora selvagem como da outra vez, fora calmo. Mas nem por isso menos intenso.

Já era quase noite, quando os dois caíram exausto um ao lado do outro. A cabeça de Katniss já não doía mais, em vez disso sentia muita fome. Lembrou-se que a mãe e a irmã haviam saído. Em breve elas chegariam. Não queria ter outra discussão com a mãe, nem ter aqueles pesadelos novamente.

― Peeta...

― Hum... ― Ele acariciava seu braço lentamente.

― Posso dormir na sua casa hoje?

Ele riu, enquanto ela arqueava as sobrancelhas.

― Se você quiser dormir na minha casa para sempre, eu juro que não me importaria.

Sorriu. Saiu da cama rapidamente, tomou um banho rápido e vestiu a primeira roupa que encontrou, uma calça jeans um tanto desgastada e um camiseta qualquer. Pegou sua mochila e enfiou seu uniforme (teria aula no dia seguinte). Peeta vestiu suas roupas, enquanto ela fazia isso.

Havia parado de chover constatou ao saírem de sua casa. Bastou dar alguns passos para chegarem até a casa de Peeta.

― Quer comer alguma coisa? ― perguntou ele ao entrarem na casa.

― Estou morrendo de fome! Não como nada deste ontem.

― Vou preparar alguma coisa para você comer.

Ela assentiu.

― Leve suas coisas para meu quarto.

Ela riu.

― O que foi?

― Peeta, sua casa é enorme. Tem muitos quartos!

― Mas o meu quarto é o melhor da casa!

― Sei o que está querendo... E, não vai ter! ― Ela deu uma risada maliciosa. ― Pensei que tinha saciado sua vontade esta tarde...

― Eu nunca estarei plenamente saciado ― falou de maneira provocante.

― Espero que um mês seja suficiente para saciar sua vontade...

Olhou rindo para Peeta. Ele apenas sorria, mas aquele sorriso era... diferente. Teve a leve impressão que viu algo no olhar dele... o que era? Antes que pudesse questionar ele foi para a cozinha.

Deixou suas coisas em um dos inúmeros quartos de hóspedes. Foi para a cozinha. Peeta fazia sanduíches para ela e chocolate quente. Seu estômago reclamava por comida. Começou a beliscar alguns biscoitos que estavam em cima da mesa. Ele logo terminou os sanduíches, e os levou para a biblioteca. Pegou um livro e fez sinal para que se sentasse em suas pernas.

― O quê?

― Minhas pernas são bem confortáveis...

― Acho que suas poltronas são mais!

Ele continuou a fazer sinal para que ela se sentasse.

― Assim podemos ler este livro juntos. “Crime e Castigo” de Dostoiévski é um dos seus livros prediletos, não?

Como ele sabia disso? Não se lembrava de ter comentado com ele sobre este livro em especial.

― Como você sabe? ― perguntou na defensiva.

― Acabei de descobrir. ― Sorriu. ― Vi você diversas vezes com este livro, apenas deduzi que era um de seus livros prediletos.

Bufou. Peeta e seus métodos, sempre davam um jeito de descobrir coisas que ninguém mais sabia.

― Então, vem ou não vem? Esta edição está ótima. ― Abriu o livro de um modo bem tentador.

― Ok ― falou, bufando, indo se sentar em suas pernas.

Pegou um sanduíche e o copo de chocolate quente. Peeta apoio delicadamente o queixo em seu ombro. Podia sentir sua respiração e seu cheiro. Aquilo não era de todo mau. Ele lia em voz alta, enquanto ela acompanhava com os olhos.

Não se deu conta, quando aconteceu, mas de algum modo acabou dormindo.

Acordou na manhã seguinte com a respiração de Peeta em seu pescoço e o calor de seus braços a envolvendo. Estava deitada em sua cama. Não ficou surpresa com aquilo.

Ainda sonolenta olhou para o relógio, estava quase na hora de ir para o colégio.

― Peeta! ― murmurou em seu ouvido. Era bom provocá-lo. ― Peeta!

Ele abriu os olhos lentamente e sorriu para ela. Que sorriso! Um sorriso tão perfeito, que quase havia desaprendido a respirar. Era um dos sorrisos mais belos que já vira. Não era aquele sorriso malicioso, sedutor ou provocante que ele adorava dar. Não, aquele sorriso era completamente diferente. Desta vez, não fora ele que bebera o veneno, fora ela que bebera toda a taça de veneno que havia preparado para ele.

Rapidamente saiu da cama. Queria tirar aquele sorriso de sua mente.

― Vamos chegar atrasados ao colégio... Vou tomar um banho ― falou rapidamente sem dar tempo para que ele dissesse uma única palavra.

Foi até o quarto onde havia deixado suas coisas e tomou um banho demorado. Bem demorado.

Encontrou Peeta tomando café da manhã. Sentou-se com um livro nas mãos e não tirou mais os olhos dele.

― Estudando tão cedo? ― perguntou Peeta, lhe passando um copo de chocolate quente.

― Tenho uma prova... ― Aquilo não era mentira, realmente tinha uma prova, porém era na próxima semana.

Os dois tomaram o café silenciosamente, com Peeta lhe lançando furtivos olhares e ela tentando não olhar para ele.

Depois da noite na piscina, acreditara que deveria não ficar tão próxima de Peeta. Ele poderia se empenhar menos em seus planos. Aquela noite fora um tanto precipitada e isso poderia acabar com seus planos de vingança. Peeta era sua peça fundamental, se ele vacilasse tudo estaria perdido. Por isso se esquivara dele o máximo possível.

No dia anterior voltara a dormir com ele. Algo que ela prometera a si mesma que não iria fazer até que ele vencesse a aposta. Isso não era nada bom.

No entanto, por mais que soubesse que dormir com Peeta não era certo, isso não a impedia de ter gostado e como gostara. Se pudesse voltar no tempo e escolher entre dormir ou não com ele, com certeza, faria tudo novamente. Isso lhe causava mais temor do que o fato de ter dormido com Peeta pudesse atrapalhar seus planos. Aquela situação era estranha, muito estranha.

Tratou de tirar aqueles pensamentos da cabeça e se concentrar no livro que diante de si.

― Está na hora ― murmurou ele em seu ouvido.

― O quê? ― Tomou um pequeno susto. Não havia notado Peeta se levantar da mesa e ir até ela.

Ele sorriu. Novamente aquele sorriso. Desviou o olhar.

― De ir ao colégio. Vamos! Caso o contrário iremos chegar atrasados.

Katniss rapidamente pegou suas coisas e acompanhou Peeta. Foram para o colégio em seu porsche. O carro da aposta.

― Cuide bem deste carro. Ele pode ser meu ― provocou saindo do carro.

― Não será! ― afirmou, também saindo do carro.

― Quero ver!

Peeta passou a mão no cabelo de um modo extremamente sexy e apenas sorriu de modo sedutor. Ele aproximou-se de Katniss.

Neste instante avistou Rue e Johanna.

― Minhas amigas! ― falou, o afastando. ― Nos vemos depois.

Por um breve segundo teve a impressão que vira novamente aquele olhar nos olhos de Peeta. O que era? Não deveria ser nada. Foi em direção as amigas, sem olhar uma vez sequer para trás.


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Notas finais do capítulo

Odiaram? Gostaram? E agora? Katniss pelo visto também está sendo vitima daqueles estranhos sentimentos do que o Peeta também é vítima. Peeta sempre compreendendo a Katniss e a ajudando quando ela precisa! Tenso essa história dela com a mãe, não? Será que um dia Katniss vai conseguir perdoar a mãe?
Comecei uma fic nova, ela se chama "Boa sorte, Katniss". Adoraria se vocês dessem uma passadinha por lá ;) Link:
http://fanfiction.com.br/historia/573636/Boa_sorte_Katniss/