Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 3
Capítulo 2 - Past of the human


Notas iniciais do capítulo

MIL DESCULPAS PELA DEMORA
mais alem deu sem querer ter deletado o cap no word, como eu tive poucos reviews enrolei bastante para postar
bom, ai ta o cap
espero que gostem



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Capítulo 2 – Past of the human

POV Heloisa


Um dia me perguntaram o que eu mais desejo no mundo, o que eu mais quero. Falei que nunca havia parado para pensar nisso e que quando descobrisse, contaria a eles imediatamente. Isso aconteceu em meu aniversário de seis anos.

Hoje, oito anos depois, eu posso responder essa pergunta.

Meu maior desejo é ser uma garota normal, sem esses poderes que sempre me atormentam, atrapalham a minha vida nas coisas mais simples, como simplesmente ter aulas de educação física, ou ir ao clube com minhas amigas.

Por quê? Porque o simples poder de controlar objetos pode me atrapalhar tanto assim?

Simples.

Um momento de descontrole e uma faca, por exemplo, pode acertar a cabeça de uma inimiga minha ou até mesmo de uma amiga. Uma pisada em falso e um cinto pode sair voando e sufocar alguém. Só um segundo e tudo pode se descontrolar.

Eu posso me descontrolar.

Meu nome é Heloisa Julie Thompson, tenho 14 anos de idade e moro em Londres, Inglaterra. Não sou nativa daqui, nasci em Newcastle, uma cidade um pouco conhecida aqui no país. Mudei-me quando tinha oito anos, pois as pessoas já estavam desconfiando de mim, acho que algumas estavam até com medo. Não sem razão.

Moro com meu pai, John Thompson. Ele sabe desses poderes, na verdade, é o único que sabe, pelo menos, o único que está vivo. Nunca matei ninguém, só para constar. O caso que é que minha avó sabia, mas teve um ataque cardíaco quando eu tinha nove anos.

Não, eu acho que já matei alguém sim, mas não diretamente.

Valéria Thompson teve um ataque cardíaco por minha causa. Ela me viu tentando cortar meus pulsos.

Viram a gravidade do problema?

Não sou aquelas pessoas góticas que odeiam a vida, só que quando você percebe que é um risco para sua família e amigos, percebe também que talvez tivesse sido melhor se você não tivesse nascido. E não era para eu ter nascido.

Eu não fui planejada. Meus pais namoravam no colegial, meu pai tinha 18, minha mãe 15.

Na primeira vez deles, minha mãe acabou engravidando, de mim. Seus pais a deserdaram assim que souberam da noticia, eram uma família muito respeitada e cheia de regras, não podiam ter uma filha adolescente grávida. Já a mãe do meu pai, mesmo brava, aceitou melhor a noticia e acolheu minha mãe.

Acho que não era para eu existir, pois minha mãe entrou em trabalho de parto quando estava grávida de só sete meses. Gianna ficou bem, já eu, fiquei na UTI por mais de três meses.

Quando eu fiz 3 anos, minha mãe sumiu. Não de seqüestro, ela foi embora mesmo, fugiu de da casa da minha avó, fugiu de mim. Mas não sem antes de deixar paranóica. Ela me contou histórias, histórias sobre criaturas da noite, sugadores de sangue, monstros sem alma, pessoas poderosas.

Vampiros.

E é claro que isso me atormentou a minha vida inteira. Tanto que acabei descobrindo que eles realmente existem. Meu amigo Ben é um deles, pelo menos metade. É um mestiço, metade humano, metade vampiro. Ele me contou quando tínhamos 10 anos, não faz muito tempo, só que aquilo ainda me atormenta e muito.

Procuro vampiros por todos os lugares, nunca consigo dormir direito, sempre com medo. É claro que minhas amigas não percebem o que eu faço e isso se faz sentir ainda pior por dois motivos: por colocá-las em perigo, por mentir para elas.

Meu pai não sabe sobre os vampiros, nunca ousei contar para ele, já não basta ele ter de saber do meu “dom”, e ainda ter de saber disso? Não, ele não precisa se preocupar com mais esse problema.

Essa tarefa é minha.



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