Love Different escrita por Louise Borac, Miss Volturi


Capítulo 22
Capítulo 5 - Inseguranças


Notas iniciais do capítulo

NOS FALAMOS LÁ EMBAIXO. E eu prometo que irei responder os reviews assim que der, mas tentem entender que a fic é uma long e todas as perguntas serão respondidas com o tempo.



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POV Alec

Eu não ia aguentar mais muito tempo. Vê-la chorando era a pior coisa do mundo e ficar indiferente a isso era pior ainda. Mas eu tinha que fazer isso, não podia me deixar levar pelos meus sentimentos, não quando eles eram direcionados a futura joia de Aro. Não, eu tinha que aguentar. Porém, a cada momento isso se tornava mais difícil.

Cameron Dobrev.

A cada segundo, tinha que me lembrar de que estamos em uma escola cheia de humanos para não matá-lo. Heloisa era tão inocente que mal percebia o quanto ele dava em cima dela. Para ela, Cameron era só um amigo que estava ajudando a cicatrizar as feridas que eu causei.

Merda.

Era tudo minha culpa. Porque eu tinha que me apaixonar logo por Heloisa Thompson? Porque não por Corin? Nós temos uma boa química e o sexo é ótimo, sem contar que ela é uma vampira. Fria, forte, poderosa, confiante, sexy... Ao contrário da Helô, que é frágil como uma boneca de porcelana, insegura, quente, gentil...

Merda dupla.

O dia todo passei evitando-a, evitando Jane, todo mundo. Eu precisava ficar sozinho com meus pensamentos, só por alguns momentos, para poder organizá-los. Antes mesmo que eu percebesse, o sinal para o almoço tocou.

Pela primeira vez desde que eu cheguei nessa escola, fui para o refeitório. Aquele lugar era muito barulhento, com humanos rindo e berrando em todos os cantos. Um ótimo lugar para nãopensar em nada. Sentei-me em uma mesa no fundo do local, sem me importar em pegar uma comida para disfarçar. Ninguém estava dando atenção para mim, não era preciso fingir.

Para me distrair um pouco, peguei meu MP3, havia comprado há alguns meses, só assim eu podia me distrair no castelo. Coloquei Dead Memories do Slipknot para tocar no máximo, em uma tentativa de ignorar todos. Não deu muito certo.

***

Há apenas algumas mesas de mim, Chad, Cameron e Heloisa conversavam. Eu podia ouvir a conversa perfeitamente.

– É verdade, Helô? – disse Chad.

– O que?

– Que o seu pai pediu a mão da mãe da Haley em casamento?

– Sim, aquela puu... mulher vai ser a minha madrasta. – Ele ouviu e foi interrompido por Haley.

– E aí, Thompson? Feliz?

Sabia no que isso ia dar. Rapidamente, fui até lá.

– Não, e cala a boca.

– Não.

– Calem a boca, vocês duas. – falei irritado.

– Não se intrometa aqui, tá bom Volturi? Ninguém te chamou para a conversa.

– Eu sei, não preciso ser convidado. Haley, suma daqui, deixe a hu... Heloisa em paz, essas suas briguinhas já cansaram.

– Pelo o que eu saiba, quem está cansando é essa sua paixão com ela. “Eu não vivo sem você” “Você é o amor da minha vida” Parem de blábáblá. – fechei minhas mãos em punhos, segurando-me para não pular no pescoço daquela vadia e sugar todo o seu sangue.

– E você não tem nada a ver com isso. Como o Volturi disse essas briguinhas já cansaram. Puta que pariu, deixa de ser assim – Haley bufou brava, mas se retirou. Suspirei aliviado.

–Obrigada. – agradeceu Helô sorrindo para Cam.

– De nada, essa briguinha já acabou.

– Não acabou nada – falei. Meu corpo tremia de raiva, minha visão estava ficando vermelha. Eu tinha que me segurar, o local estava cheio de humanos.

– O que, Volturi?

– Eu falei uma coisa e você ouviu.

Cam veio em minha direção. Sua postura estava rígida, pronto para me dar um soco. Como se ele fosse conseguir.

– Cam não! – gritou Heloisa, mas já era tarde demais.

Cameron veio para cima de mim, mirando seu punho em meu rosto. Desvirei rapidamente, fazendo com que ele se assustasse. Ri deliciado, mas já voltando a ficar sério. Antes mesmo que eu pudesse fazer alguma coisa, Chad e Heloisa se colocaram entre nós.

- Se vocês querem brigar ótimo – disse Heloisa brava – mas que façam isso lá fora – e sussurrando em um tom que só eu consegui ouvir, ela completou, encarando-me brava – têm humanos aqui.

Eu estava louco, só por ter pensado em brigar com Cameron aqui, se é que aquilo foi uma briga. Vários alunos curiosos olhavam em nossa direção, alguns se debruçando sobre a mesa para poder ter uma melhor visão. Assentimos derrotados.

***

Não acredito que fiz isso. Simplesmente não acredito. Não. Eu acredito. Só não consigo aceitar o fato. Como pude ser tão descuidado?

Heloisa encarava o corpo de Chad em silêncio. Seus olhos brilhavam de tristeza, com lágrimas prontas para ser derrubadas. Desviei o olhar, sabendo que se a observasse mais um pouco, iria acabar indo reconfortá-la, dizer que tudo estava bem. Isso só iria arruinar todo o trabalho que venho tendo.

– Vamos queimá-lo – falei de repente – É a melhor forma de não verem a mordida e principalmente, não identificar o corpo. Esse loirinho aguado é um filhinho de papai imprestável, ninguém irá duvidar de que ele decidiu fugir de casa porque não ganhou seu carrinho novo. O que acha?

– Faça o que achar melhor – disse Heloisa, cansada demais para brigar. Imediatamente, repreendi-me mentalmente por não ser mais controlado. Mas quem havia mandado Chad se meter na frente, bem na hora que eu ia matar o desgraçado do Cameron? Ok, isso não era desculpa, eu sou o culpado.

Dei os ombros, tentando parecer indiferente, tirando em seguida, de meu bolso um isqueiro. Ele era todo prata, largo, antigo, daqueles que se usavam nos anos 50 para acender cachimbos. Em sua frente, havia um grande “V”, todo trabalhado e pintado em ouro. Aro nos dava sempre isqueiros assim para nas missões para poder queimar os restos dos vampiros.

– Espere! – falou Helô, de repente, um pouco antes de eu acender o isqueiro. Olhei-a surpreso. Com um aceno de mão, me mandou calar a boca. Rapidamente, ela foi até atrás de uma das latas de lixo que havia ali. Pegou um objeto e me entregou.

– Vodka? Como sabia que isso estava aí?

– Ouvi uns garotos dizendo que iam beber aqui depois da aula, se não ficassem em detenção – disse dando os ombros – Pelo visto, eles não se comportaram hoje.

– E pretende beber agora, Thompson? – perguntei sarcasticamente.

– Não, pretendo jogar no corpo para queimar mais rápido e ter certeza de que o rosto dele não seja identificado, Volturi. Ao contrário de você, não posso sumir caso eu seja acusada de assassinato, então faça o trabalho direito – e em um sussurro ela completou – Porque você já me deu trabalho para uma vida inteira.

Dizendo isso, Heloisa saiu correndo. Ao longe, pude ouvi-la soluçar. Rosnei de raiva, socando uma das latas de lixo que havia ali.

Droga!

Tudo aquilo era minha culpa. Suas lágrimas, sua dor, eu era o culpado por isso. Amor? Eu merecia seu amor, um monstro desalmado não merece o amor de ninguém. Como um dia pude achar que merecia?

Sem agüentar ficar muito mais tempo aquela escola, joguei todo o conteúdo da garrafa no corpo e coloquei fogo. Não fiquei ali para ver o corpo queimar. 

POV Jane Volturi

Não acreditei primeiramente quando vi aqueles olhos vermelhos de vampiro que acabou de se alimentar. No lugar daqueles olhos que lembravam ser de um gato, já fora verdes bem clarinho.

- Gustavo – repeti, tentando acreditar em minhas palavras. Mas antes que eu pudesse disser algo, um vulto passou por mim. Gustavo saíra de minha frente e agora estava ao meu lado.

- Sentiu saudades? – perguntou com um tom sarcástico. Sua respiração gelada batia em meu pescoço igualmente gelado.

- Gustavo... – Falei com o nada. Ele desaparecera. Meu Deus, o que Gustavo estaria fazendo em Londres? Coisa boa é que não deve ser.

- Jane? É você? – ouvi uma voz atrás de mim, mas não era Gustavo. Eu conhecia aquela voz há tanto tempo quanto a dele, a voz era de meu irmão.

- Uau! O que houve com você? – perguntei observando que meu irmão estava sujo de sangue, sangue humano.

- Está preocupado comigo agora, maninha? Nunca se quer quis saber como eu estava, mas hoje decidiu ser boazinha? Coisa boa é o que não deve ser. – falou Alec com raiva, acho. Mas o que me deixou perplexa é que ele acabara de repetir as últimas palavras que dançaram em minha mente quando Gustavo tinha se ido há minutos atrás.

- Não começa a irritar Alec. Não estou para gracinhas.

- Pronto! Por que fui falar? Você já voltou ao normal!

Depois disso, fomos andando em velocidade vampiresca até o hotel. Ao chegarmos perto da entrada pedi para que Alec me esperasse para que eu pegasse uma nova roupa para ele. Subi as escadas rapidamente.

Ao adentrar ser quarto, esperava achar revistas ou filmes pornôs, mas foi bem ao contrário. A foto que Aro nos deu da humana Heloisa estava em um porta retrato cheio de corações de ouro.

Que panaca gay.

Meu irmão apaixonado me parecia algo sem noção, fazer o que. Queria ver mais, só que ele estava me esperando, eu não poderia me dar ao luxo de parar e ficar olhando o quarto do gay chamado Alec. Abri seu armário e peguei uma calça Jeans e uma Jaqueta de couro.

Desci as escadas em uma velocidade bem rápida, porém ainda humana. Quase ninguém usava as escadas neste hotel. O pessoal que tem aqui são um bando de gordos magnatas ou vadias que preferem pegar o elevador. Cheguei na estrada, passei por um monte de pessoas que estavam chegando em casa depois de três dias passados do Natal. Como eu disse, só haviam gordos e vadias. Todos bronzeados, eu os ouvia falando que vieram do Brasil ou de outros lugares quentes.

- Toma. Se veste logo. – Joguei e ordenei que Alec se vestisse logo.

- Com licença, irmãzinha. Se não se importa, não quero que me veja quase nu.

- Como se tivesse muita coisa debaixo das suas roupas debaixo.

- Você nunca viu para saber.

- E pretendo não ver! Vou entrando novamente, Alec que tem um porta retrato de corações dourados. – Falei e sai andando novamente até a entrada do hotel.

Desta vez preferi pegar um elevador, não sei o que me deu, mas eu fiz isso. Ao entrar estavam duas meninas com aparência de mais ou menos 19 anos. Uma era morena e a outra ruiva. Elas tinham uma cara chorosa e olhos vermelhos.

- ... Não é possível, Karol. Ela estava conosco.

- Só que não está mais.

- Ela ainda deve estar lá, se procurarmos melhor.

- Não voltaremos! Isso foi uma grande brincadeira de mau gosto.

- Ela deve estar nos procurando.

- Duvido.

- Está sim!

- Se ela quiser, vai pegar um ônibus e chegará até aqui. Vários ônibus passam na esquina desta rua.

- Psiu! – Falou a menina ruiva, ela não havia se identificado. Eu só sabia que o nome da morena era Karol. Quem seria a tal pessoa que estava fazendo uma brincadeira de mau gosto?

- O que foi? – Perguntou a tal de Karol se fazendo de sonsa.

- Se amanhã aparecer no jornal que uma jovem de 17 anos foi encontrada morta, a culpa será sua. – Disse a menina ruiva. Tentando disfarçar que percebeu a minha presença.

- Já pensou na manchete? Melanie Evans, desaparecida. Quis brincar de pique-esconde com suas duas primas e morreu degolada! – Karol disse e caiu na gargalhada.

- Ah, para de graça. – Falou a ruiva e graças a Deus chegou o meu andar. Demorada essa viagem. Sai e não olhei para elas.

Ao entrar no apartamento me deparei com Alec sentado no sofá e vendo um filme.

- Já tá vagabundeando, maninho?

- Cala a boca, Princesa Volturi. Lembre-se que daqui a pouco você virará mais uma mera plebéia.

 - Do que você tá falando?

- Você realmente acha que depois da Heloisa chegar, os olhos de Aro ainda vão ficar em cima de você?

- Não te interessa, garoto irritante gay do caralho.

- Tá com raiva e sabe que é verdade. – Ele disse e eu ignorei. Não queria quebrar o quarto de hotel inteiro e depois dar uma desculpa para os donos. Segui para meu quarto e liguei a TV em algum noticiário.

- “Nesta noite foi registrado mais uma morte. Uma menina foi encontrada morta e sem sangue o corpo. Os policiais levantam a hipótese que há algum psicopata que está tirando o sangue de suas vítimas e vendendo. Segundo os pais da vítima, ela tinha o sangue A-B negativo, realmente raro. Acabou de chegar aqui que o nome da vítima era Melanie Louise Evans, 17 anos. Cursava o último ano do ensino médio. Os pais aguardam que os policiais achem o causador desta horrível morte. Demetria Carter, Londres.”

Voltou a minha mente a voz daquela repórter chamada Demetria.

“(...)Foi encontrada morta e sem sangue o corpo.”

Sem sangue no corpo... Sem sangue no corpo. Meu Deus, Gustavo!

POV Heloisa

Sabia que aquilo era errado. E sabia mais ainda que me arrependeria muito disso amanhã de manhã, mas essa era a única alternativa. Não poderia ir lá sozinha, com certeza era uma emboscada.

Não podia chamar Ben, ele não poderia nem desconfiar que Gustavo estava na cidade, ou Mayana, que apesar de ter um dom muito poderoso, não seria útil contra ele. Muito menos a mãe de Ben, mesmo sabendo que ela era uma boa pessoa, duvido que conseguiria se controlar perto de tantos humanos.

Só me restava uma opção.

Lentamente, disquei o número que eu havia pegado a tanto tempo da lista telefônica, mas nunca realmente tive coragem de discar. Sou e sempre serei muito insegura a ponto de exigir explicações a alguém quando na verdade é tudo minha culpa.

O telefone tocou duas vezes antes de alguém atender.

“Hotel Flowers Smith, aqui é Peter. Em que posso ajudá-lo?”.

“Gostaria de falar com um dos seus hóspedes”.

“Qual é seu nome e com quem você gostaria de falar?”.

“Meu nome é Heloisa Thompson. E eu gostaria de falar com Alec Volturi”.


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Notas finais do capítulo

PARABÉNS PARA VOCÊ, NESSA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA! Viva LD!
Isso mesmo pessoal, hoje dia 28/12 é o aniversário de dois anos da Love Different *-------* E cara, é tão estranho isso. Sempre o niver da fic me faz lembrar o quanto eu sou velha no nyah. Tipo, já faz quase 3 anos desde que eu Li Black Hole pela primeira vez OO Mas isso é outra história.
E ah, estou muitoo brava com vocês. O reviews diminuiram muito. Porém, dessa vez eu perdoo, ok? u.u
HUAHUHUAUHAHUAHUAAHUUHAHUA
E já aproveitando, eu prometo tentar postar mais rápido, mas está meio dificil, já que agora eu só posso ficar três horas no pc por dia @.@
Bom, acho que é tudo.
Um beijão para vocês!
Heloisa Volturi (agora sou duh mal u.u)