Crônicas demoníacas escrita por Jullie Buchanan


Capítulo 16
Podemos superar nosso passado


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :33.
Gente, os atores que coloco no gif são como eu imaginei os personagens, ok? shasuha, O Sebastian Stan ai é o Godric u.u.



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Godric

Ele soltou todo o ar que estava segurando em seus pulmões quando Lucy começou a explicar sobre o que havia acontecido, tudo que havia acontecido em relação a Magnus. Godric passou a mão no rosto e pegou uma garrafa de Whisky, bebendo direto do gargalo. Uma hora tem que dizer basta. Oliver morreu e Magnus está voltando ou já voltou, isso só podia ser brincadeira.

– Porque ele foi atrás de vocês? - perguntou Adeline.

– Eu não sei - respondeu Lucy - , mas conhecemos ele. Magnus não vai parar até que todos nós estejamos mortos. Ele pode nem ter voltado, pode estar fazendo isso tudo do inferno.

– Como? - perguntou Logan.

– É o Magnus, ele disse que se vingaria.

Godric continuou a beber o Whisky, sem dizer uma palavra. Ele não sabia o que pensar e nem o que dizer para acalmar seus filhos, ele estava certo, mas nada continua morto nesse mundo e por isso não é impossível trazer Oliver de volta. Mas tudo isso é brincar com a própria morte.

– Já chega. - disse Godric - Fiquem calmos e em casa, vejam um filme ou joguem algum jogo. Só não saiam daqui, nem um de vocês.

– Mas Godric... - disse Adeline.

– Nada de mais! Isso é uma ordem e para o bem de vocês. - Godric deu outro gole no Whisky - Fiquem em casa até eu voltar, preciso processar tudo isso.

Todos assentiram e Godric conseguiu dar um sorriso forçado a seus filhos. Ele saiu pela porta da frente e começou a andar em rumo.

Era cedo e Godric não conseguia pensar em nada para poder acalmar seus filhos e parar com o feitiço de Magnus. O bruxo disse que se vingaria, mas ninguém acreditou. Isso serve de lição, quando for queimar um bruxo, corte a língua dele primeiro para ele não poder fazer nenhum feitiço, depois, só veja ele queimar.

Godric andou direto para o bar da Sophia e se sentou no balcão, pediu um Whisky e começou a beber.

– Dia difícil?

Disse uma voz feminina vindo de trás de Godric. Ele se virou rapidamente e deu um sorriso para a garota.

– Susana! - disse Godric se levantando da cadeira e indo abraçar Susana.

– Quanto tempo!

– Muito tempo.

Susana sorriu para Godric e se sentou na cadeira ao lado do amigo e pediu um Whisky.

– O que você faz aqui? - perguntou Godric dando um gole no seu Whisky.

– Comprei um apartamento aqui perto e resolvi dar uma olhada no bairro outra vez, nada mudou.

– Lindo como sempre, não?

– Lindo como sempre. - Susana sorriu e deu um gole no Whisky. - Não costumo beber tão cedo, mas junto de você é uma exceção.

Godric riu.

– O que foi? - perguntou Susana passando a mão no rosto de Godric - Eu percebi que você não está muito bem, qual o problema?

– Oliver morreu e tem um bruxo morto furioso querendo matar meus filhos. Isso não é algo que se diga quando você volta a ver uma amiga de tanto tempo.

Susana sorriu e deu outro gole no Whisky, ela parecia preocupada com Godric, afinal, os dois sempre foram muito amigos.

– Eu nunca entendi essa coisa de vampiro. Mas um filho morrer e um bruxo furioso querer se vingar, disso eu entendo. Já vi vários filmes.

– Só você Susana.

Os dois riram e continuaram a beber. Susana não era uma vampira, era humana e tinha 23 anos de idade. Ela e Godric se conheciam a muito tempo e sempre foram amigos. Ela soube o que ele era no momento em que ela jogou verbena nele achando que ele era outro vampiro que queria morde-la. Susana foi uma caçadora desde os 7 anos de idade por causa de seus pais, ela viveu nessa vida, mas quando ela completou 13 anos seus pais foram mortos e só sobrou ela e a irmã. Com 15 anos, a irmã dela morreu em uma caçada com outros caçadores e Susana continuou a caçar até os 17 anos e depois, parou, não aguentava mais aquela vida. Era melhor sair antes do que morrer e foi assim que ela conheceu Godric e soube que nem todos os vampiros são ruins.

– Godric - disse Susana tocando a mão do amigo - , o que está te afligindo?

– Era para Magnus estar morto, Susana.

– Me conte tudo o que houve, só assim vou poder ter uma noção do que está acontecendo.

– Tudo bem. - disse Godric dando um gole no Whisky - Foi em 1782 em um pequeno vilarejo da Itália...

Flashback; Itália - 1782

– Sejamos sinceros - disse Oliver -, ninguém gosta daqui. Podemos ser os chefões e ter um castelo maneiro, mas não nascemos pra ficar muito tempo em um lugar.

– Guarde seus comentários Oliver. - disse Lucy - Sabemos que isso não vai durar muito.

– Como você é pessimista. - disse Adeline revirando os olhos.

– Um lugar calmo nunca é tão calmo. - disse Oliver enquanto bagunçava o cabelo de Lucy.

– Vai se ferrar.

Godric e seus filhos viviam em um pequeno vilarejo da Itália na qual eles comandavam e moravam e um de seus castelos. Eles viraram sedentários e isso fez Godric ficar em paz porque eles viviam em paz com as tribos e com todos ao redor, não tinha guerra e as tribos e os vilarejos pagavam um pequeno imposto.

– Ei Lucy! - gritou Oliver enquanto saia da sala - Esse vestido não ficou muito bem em você!

– Oliver!

Oliver começou a rir e Lucy jogou um de seus sapatos nele, mas o maldito conseguiu desviar. Godric deu uma pequena risada e Lucy tirou seu outro par de sapato.

– Não de trela para ele, ou eu vou tacar esse em você.

Godric levantou as mãos, em gesto de paz, mas mesmo assim, não parava de rir.

Godric estava sentado em seu trono e Charlotte estava sentado em um do seu lado e Eric sentado no outro. Eles estavam atendendo a população para atender suas vontades e cumprir suas promessas.

– Próximo. - disse Eric com má vontade.

Um homem alto, bonito, com uma roupa nobre e olhos azuis da cor do oceano entrou pela porta e foi até Godric e seus filhos.

– Em que podemos lhe ajudar? - disse Charlotte com um sorriso.

– Que tal exterminar a raça dos vampiros por completo? - disse o homem olhando para Charlotte com um sorriso malicioso nos lábios.

– Quem é você? - perguntou Godric.

– Meu nome é Magnus. - disse o homem olhando para os três com um sorriso psicótico nos lábios. - Mas então, de volta a minha vontade...

– Sua vontade? - disse Eric - Você quer exterminar uma coisa que não existe, camarada. - Eric deu um sorriso irônico.

– Ah é? Porque eu estou vendo três bem na minha frente.

Magnus levantou uma das mãos e a levou em direção a Charlotte, ele apertou sua mão e Charlotte começou a tossir e seus olhos adquiriram uma coloração envermelhada, veias salientes saíram debaixo dos olhos e presas apareceram em sua boca, presas de vampiros. Charlotte começou a tossir e a cuspir sangue, muito sangue. Mas sua face vampírica já havia sumido.

– Agora me diga que não são vampiros.

A voz de Magnus soava de um jeito macabro, ele parecia odiar todos os vampiros da Terra.

– O que você está fazendo? - disse Godric - Pare com isso!

– Não! - respondeu Magnus dando uma risada - Eu me escondi por anos dos vampiros, vampiros mataram minhas filhas. Eles sugaram o sangue delas e depois comeram a carne e eu jurei vingança a todos, vou matar as filhas de todos.

– Não fomos nós que fizemos isso - disse Eric -, e só para a sua informação, isso foi outra espécie de vampiro, chamada upir.

– Eu sei. Exterminei quase todos.

Godric e Eric trocaram olhares.

– Maldito bruxo. - sussurrou Eric.

Magnus não parou de fazer Charlotte cuspir seu próprio sangue, Godric e Eric não podiam fazer nada, estavam literalmente presos na cadeira por causa do feitiço de Magnus. Um vulto percorreu a sala e parou bem atrás de Magnus, era Lucy. Ela estava com uma faca de prata na mão e cravou no coração de Magnus que parou imediatamente o feitiço.

– Adeus, Merlim falsificado.

Magnus começou a sangrar, mas nada, ele não caiu, apenas tirou a faca de seu coração e se virou na direção de Lucy e com apenas um gesto feito pela mão, ele a jogou na parede. Logan foi rapidamente para cima de Magnus e quebrou sua costela, jogando-o em uma coluna, mas o bruxo a concertou rapidamente.

– Fogo! Joguem fogo nele! - disse Charlie enquanto ajudava Lucy a se levantar.

– Fogo? - perguntou Eric enquanto tentava quebrar a cabeça de Magnus.

– É! - gritou Charlie.

Magnus parou rapidamente e fez Eric e Logan serem jogados na parede, foi só ele ouvir Charlie falando que Magnus podia morrer com fogo. Magnus caminhou até Charlie e Oliver se meteu a frente e tentou arrancar fora o coração de Magnus, mas não deu certo e o bruxo quebrou o pescoço de Oliver e continuou caminhando em direção a Charlie. Quando Charlie conseguiu fazer Lucy ficar de pé, Magnus havia chegado até ele e jogou Lucy de volta na parede e segurou Charlie pelo pescoço.

– Como você sabe do fogo?

Magnus tinha um brilho desesperado nos olhos. Charlie, mesmo sem conseguir respirar direito deu um sorriso sarcástico para Magnus.

– Porque foi assim que eu matei uma das suas preciosas filhas psicopatas. Ela matou minha irmã e eu apenas me vinguei. Você achou que suas filhas morreram por acaso? Claro que não! - Charlie riu, mesmo perto da morte - Eu matei uma por uma, bem lentamente. Eu adorei ouvir os gritos delas pedindo perdão por matar minha irmã. Você sabia que as três torturaram muito minha irmã antes de mata-la? Só porque minha irmã era mais bonita que elas e só porque foi a minha irmã que conseguiu uma das maças de Avalon em vez de suas filhas. Eu ainda ouço os gritos agoniados de suas filhas implorando pela morte. - Charlie riu - Não me arrependo de nada seu velho. Você fez um pacto só para se vingar, não é mesmo? Eu te vejo no inferno.

Os olhos de Magnus arregalaram e ele estava tremulo, ele nunca poderia imaginar que encontraria o assassino das suas filhas e nunca poderia imaginar que ele não estaria com medo da morte, estaria rindo na cara dela.

– Eu não vou morrer, eu sou imortal! - disse Magnus apertando ainda mais o pescoço de Charlie.

– A imortalidade sempre tem um preço lindão.

Magnus derramou uma lágrima e arrancou fora o coração de Charlie sem pensar, ele queria fazer Charlie sofrer, obviamente, mas a única coisa que passou pela cabeça do bruxo foi matar o assassino.

– Não! - gritou Lucy ao ver Charlie caído no chão, sem vida.

Charlie morreu, mas com um sorriso no rosto, o fez Lucy não conseguir tirar os olhos dele. Lucy derrubou uma vela e tacou com tudo na cabeça de Magnus, que começou a queimar, não como fogo, parecia que ele estava derretendo. Eric rapidamente pegou uma corrente de prata da lareira e prendeu Magnus. Todos conseguiram relaxar assim que o bruxo ficou imóvel.

Eles levaram Magnus para fora e o prenderam em uma coluna e jogaram fogo na palha, já era hora de mata-lo.

– Eu vou voltar! - disse Magnus - Vou me vingar!

– Você fez um pacto idiota - disse Lucy -, nunca mais vai voltar.

Magnus a fuzilou com o olhar e começou a recitar algum texto em latim, com os olhos fechados e o fogo já estava começando a percorrer seu corpo, mas mesmo assim, ele não parou de recitar, até mesmo quando o fogo começou a queimar seu rosto.

– Magia negra. - disse Charlotte.

Todos ficaram ali, assistindo a morte e o sofrimento de Magnus.

– Ao Charlie. - disse Lucy.

– Ao Charlie.- todos repetiram.

Godric jogou um pouco de vinho no chão, para honrar a morte de Charlie e apreciar o sofrimento do bruxo que quase matou todos eles.

– Meu deus. - disse Susana colocando a garrafa de Whisky na boca. - O que você vai fazer?

– Acalmar as crianças. - respondeu Godric - E chamar Charlie.


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Notas finais do capítulo

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