Donna estava se divertindo. Falava com o Doutor como se ele se lembrasse dela, e o fazia levar a milhares de lugares que ela sempre quis ver. Ela estava se lembrando de tantas coisas e vendo tantas mais. Wilfred estava com mais medo, mas mesmo assim estava feliz. Via a felicidade no rosto de Donna e sorria. Viu também tanta coisa.

Todos estavam felizes. Clara se sentia um pouco deslocada por todos fazerem parte do passado e ela não saber de nenhum deles mas tentou aproveitar.

Martha estava tentando fazer o Doutor se lembrar. Ela falava das coisas que aconteceram com ela, quando viajavam juntos, mas ele não conseguia se lembrar.

No quinto planeta que viam, Donna começou a passar mal. Todos sabiam o que ia acontecer. Donna estava no seu fim, e ninguém poderia fazer nada sobre isso. Ela se segurou no Doutor e eles foram para o antigo quarto de Donna na Tardis.

x-x

–Obrigada, Doutor.

–Donna...se tivesse algo que eu pudesse fazer... talvez poderia retirar sua memória novamente.

–Eu não quero. Irei morrer do mesmo jeito, e se vou morrer quero que tenha em mente todas as coisas boas. Viu quantas estrelas nasceram só nessa viagem?!

–Vou sentir sua falta.

–E eu a sua.

x-x

O Doutor voltou para onde todos estavam. Wilfred chorava e Martha tentava consolá-lo. Assim que o Doutor entrou, Clara correu para ele.

–Eu sinto muito.

–Eu também, Clara. Eu também.

Então o Doutor abriu a porta e viu o tanto de estrelas nascendo, outras morrendo, o tanto de planetas e galáxias avistáveis e percebeu quanta coisa poderia ter mostrado a Donna.

–Vou te levar de volta Wilfred. E lá você enterre ela.

–Doutor...Ela...

–Ela vai sentir sua falta... e como vai...

Ele mexeu nas alavancas e botões e pousou no mesmo lugar de antes, onde a mãe de Donna os esperava, já sabendo.

Após as despedidas, o Doutor entrou na Tardis e Clara correu.

–Você está bem?

–Claro que estou. Tenho 900 anos, já passei por coisas piores.

–Você tem certeza?

–Pouca.

x-x

Donna abriu os olhos e estava em um lugar lindo. Estava sentada em frente a uma mesa com chá, biscoitos, cupcakes, etc. Na cadeira da frente estava uma mulher. Seus olhos eram de um azul extremamente claro, que contrastava com sua roupa preta. A mulher sorriu.

–Olá Donna! Como é bom ver você! Eu sou Missy e você está no Paraíso. Meu namorado não foi um fofo com você por ter te dado essa última viagem? Ah estou tão animada pra falar com você!

–Quem é você?

–Oh, minha cara Donna... Eu protejo esse lugar.

–De onde conhece o Doutor? É dele que falava não é?

–Ah sim...Meu Doutor! Eu o conheço a tanto tempo! Oh Donna! Seremos ótimas amigas. –Missy sorriu e serviu chá para Donna.

x-x

–Clara, eu não quero que aconteça com você o mesmo que aconteceu com Donna.

–E não vai.

–Não tem garantia.

–Doutor, eu realmente gostaria de correr esse risco.

–Martha falou sobre algo... Alguém... Minha protetora. E você não sabe o quanto eu quero me lembrar dela! Ah, parece ser tão ótima!

–Martha comentou. Rose Tyler não é?

–Sim. Ah, eu odeio dimensões! Mas para onde quer ir agora?

–Coloque qualquer lugar. Vamos ver aonde a Tardis nos leva.

–Ótimo. –O Doutor falou, mas parecia mal.

A Tardis os levou para uma parte do universo. Quando Clara abriu a porta o Doutor a segurou para que não caísse por aí. Eles olharam pro lado. Eram as paredes das dimensões. Cada dimensão paralela a que eles se encontravam estava ali. E havia uma brecha em algumas. O Doutor olhou para elas. Ele não sabia o que estava acontecendo, mas um papel que flutuava por ali acabou parando perto da Tardis e o Doutor o pegou.

“Missy” estava escrito.

O Doutor tentava se lembrar de algo que o levasse a esse nome, mas sua perda de memória não facilitou. Ele começou a se lembrar mais de tudo, mas isso não fazia sentido.

O telefone da Tardis tocou novamente.

E dessa vez, ele se surpreendeu mais ainda.