Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 32
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu n vou dizer nada aqui, n ainda... Só, aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542898/chapter/32

Epílogo

Percy

O som de risadas e passos, rápidos o bastante para significarem que alguém estava correndo, acordaram Percy naquela manhã de sábado. Não que aquilo o incomodasse, pelo contrário, só fazia o moreno sorrir ainda de olhos fechados.

Ele sabia que estava sozinho na cama e também que só não tinha sido acordado antes porque Annabeth impedira seus filhos com a desculpa de que era seu aniversário, o que não era nenhuma mentira.

Ah, seus filhos. Quem diria, quatorze anos antes, quando adotaram Mel, que eles chegariam a contagem de quatro? Primeiro vinha Melany, sua, já nem tão pequena, princesinha, que cursava, aos dezenove anos, o segundo ano de direito. Sua menina se tornara uma linda mulher, tão linda quanto a mãe, e, para o alívio de Percy, dissera que só sairia de casa quando estivesse casada. O que não o agradara muito fora a notícia do recente na namoro da filha, o terceiro na contagem total. Ainda não conhecia o tal namorado, mas fora o primeiro que Connor havia aprovado e, até, elogiado, tranquilizando o homem ao afirmar que conhecia muito bem o "benedito". A única coisa que intrigava o moreno, fora o sorriso malicioso que Oliver abrira ao ouvir aquilo da boca do tio.

Falando em Oliver, o menino já completara seus doze anos e, Percy precisava admitir, não tinha como ele ser mais parecido consigo. Como se a aparência não fosse o bastante, o pequeno também herdara a personalidade do pai, fazendo Annabeth exclamar constantemente que era obrigada a lidar com dois Percy's. O melhor amigo de Oliver era Jack, filho de Thalia e Nico. Mesmo com a diferença de dois anos, eles se entendiam muito bem e, por um atraso de Jack e um adiantamento de Oliver, estudavam na mesma turma.

Então vinha James, o menino mais novo da família. Com seus sete anos, James tinha cabelos loiros mais escuros que os da mãe, chegando a ter um tom próximo ao mel, e os olhos em um verde tão claro, que mudava para azul em dias muito claros. O pequeno, apesar de não ser falante como os outros irmãos, era, sem dúvidas, o mais atentado. Não parara quieto desde que aprendera a engatinhar e sempre parecia ter o dobro de energia que o resto das crianças. Mesmo com tudo isso, era carinhoso com todos e tinha o irmão mais velho como seu herói. O amor era tanto, que James abdicara de seu quarto aos dois anos de idade para poder dormir com Oliver, e esse não protestara. Apesar da diferença de idade, o moreno tratava o irmão mais novo como seu melhor amigo.

Então, para finalizar, vinha Annelise. A pequena fora uma surpresa maior que todos os seus irmãos. Depois que James fizera quatro anos, Percy e Annabeth tinham decidido não ter mais filhos. Três já era o bastante. Imagine então a surpresa do casal quando, uma semana depois, em uma consulta de rotina, o ginecologista da loira anunciou a gravidez? O moreno ainda lembrava de como ficara sem ação, talvez mais do que na notícia da primeira gravidez de sua esposa. A pequena Annelise viera ao mundo pequena e frágil, precisando ficar cerca de uma semana na incubadora, o que assustara a todos, mas ela logo se recuperara. O nome era uma homenagem não só a Annabeth, mas também a vovó Lise, que morrera de velhice um ano antes do nascimentos da menina.

Se Oliver era uma miniatura de Percy, o mesmo acontecia com Nana - apelido que a própria tinha inventado. A pequena era simplesmente Annabeth. A única coisa que lhe remetia o pai eram os olhos, que se tornavam esverdeados em ambientes de pouca luz. Por ser a mais nova, só tendo pouco mais de dois anos naquele momento, a menina tinha sido a mais protegida. Além do pai e dois irmãos mais velhos, Annelise tinha duas mães, sua progenitora e Mel, que também agia como tal.

Depois do nascimento de James, Annabeth havia reduzido sua carga-horária de trabalho e, com a vinda de Nana, a loira praticamente não ia mais ao escritório. Ela trabalhava em casa e enviava seus projetos por email, ou apresentava-os na reunião semanal que era obrigada a comparecer. Tudo isso fizera com que seu salário diminuísse um pouco, mas aquilo não fora um problema. Percy, depois de terminar sua especialização em pediatria - a que estava fazendo quando conheceu a loira -, fez uma pós- graduação em cardiologia pediátrica e estava ganhando bem mais do que quando se casaram.

Apesar de todas essas mudanças drásticas em sua vida, Percy só realizara que o tempo tinha passado, quando vira sua princesa (não a que nascera há pouco, mas a que escolhera para si) discursar em sua formatura da escola, desempenhando seu papel de oradora.

O rapaz suspirou e levantou-se da cama. Logo já estava no andar de baixo. Do pé da escada podia ver a maior parte de sua família.

Annabeth estava na cozinha, dando de comer a Nana, que jazia em seu cadeirão. Os cabelos da loira mais velha estavam presos em um rabo de cavalo já bastante bagunçado e em seu rosto estava estampado um lindo sorriso, enquanto ela fazia a colher de avião, vendo a filha rir. Como podia ser tão bela?

Na sala, jogados no sofá, estavam Mel e Connor. Aqueles dois eram melhores amigos inseparáveis desde sempre, mas pareciam nunca ter se considerado da mesma família. Connor sempre fora super-protetor com a garota e costuma espantar seus namorados para Percy. O homem não sabia muito bem o que pensar dessa simpatia repentina do rapaz com o então amado de sua filha. Vendo-os ali, o loiro deitado nas pernas da garota e ela acariciando seus cabelos, chegou a imaginar que, talvez... Não, aquilo era impossível!

Seria mesmo?

Balançou a cabeça e desviou seus pensamentos. Pode ouvir Oliver e Jack brincando na piscina. Percy sorriu. Seu filho, assim como ele, sempre adorara água. Esse era um dos motivos porque, sempre que podiam, a família ia passar um dia na praia.

Percy viu, pela janela, James caído no chão gargalhando, enquanto Orion corria abanando o rabo ao seu redor.

Blackjack morrera pouco antes de completar doze anos, já velho, quase completamente cego e parcialmente surdo. Ele não sofrera, mas a partida do labrador afetara toda a família, principalmente Annabeth, que estava grávida de três meses de Nana na época. Um mês depois as coisas já tinham voltado ao "normal". James já não acordava chorando, o que acordava Oliver, que acabava chorando também. O que acordava Mel, que apesar de se fazer de forte, também caía em prantos. E todo aquele choro acordava uma Annabeth com os hormônios a flor da pele, que nada conseguia fazer, a não ser abraçar os filhos e juntar-se a eles, deixando para Percy a tarefa de acalma-los. Porém, mesmo já sem tais acontecimentos, a casa já não tinha mais a mesma alegria de sempre. Fora por isso que ao ver um anúncio de adoção de animais, o moreno não hesitara em tentar acabar com o luto velado que eles viviam.

Quando chegara em casa naquela noite com um filhote que mais parecia um leãozinho, Annabeth pegara o cãozinho colo e chorara, batendo com a mão livre em seu peito, reclamando que não queria se apegar a outro bichinho para que ele morresse depois. E, em meio aquele choro, ela abraçara o filhotinho, deixando uma das mãos em cima da barriga, ainda pequena, e passara a sussurrar diversos "obrigada", chegando perto o bastante para aconchegar-se no peito do marido.

Aquele filhote se tornara um belo e imponente pastor alemão manto negro, chamado Órion. Assim como Blackjack, que salvara Oliver de cair na piscina quando, bebê, pelo menos duas vezes, entre outras coisas, o novo cão da casa logo aprendera a cuidar das crianças. Ele latia, avisando sempre que algum deles saia fora do horário normal, e, depois que Nana nascera, trazia-a pelo menos uma vez por mês, pendurada pela fralda ou pela roupa, para perto da mãe, tirando-a de perto de algo que ele julgara perigoso.

As horas passaram e logo amigos e parentes tomavam o quintal da família Jackson.

As mulheres estavam todas em uma roda. Piper e Silena diziam algo que faziam as jovens mães do local, Bianca e Reyna (esposa de seu primo Will) ficarem coradas, juntamente da esposa de seu irmão Tyson, Ella, que estava grávida, enquanto as outras riam do constrangimento destas.

Seu pai e seu tio Hades discutiam alguma futilidade a beira da churrasqueira, enquanto Frederick cuidava das carnes na brasa.

Os meninos, em geral, estavam na piscina. Oliver, Jack, Connor, Tyler (filho de Piper) e Charlie (filho de Silena), disputavam algum tipo de guerra de água, enquanto Marcia, Eduarda, Mel e Nana estavam junto as escadas, conversando. Esta última, jazia no colo da irmã.

James estava na grama com o filho mais novo de Backendorf e a filha de Apolo, que regulavam idade com o loirinho, brincando com Órion. Os pais os olhavam de não muito longe, conversando com Jason e Nico, que segurava sua filha mais nova nos braços.

Thalia não pretendia ter outros filhos, mas a pequena Ammy pegara a mãe de surpresa. A morena descobrira, semanas depois de Annabeth, que estava grávida, dando a luz a uma menina de cabelos pretos e olhos azuis eletrizantes um mês depois do nascimento de Annelise.

Percy franziu as sobrancelhas e olhou em volta novamente. Não encontrava sua esposa em lugar algum. Estaria ela preparando algo na cozinha? Teria ido ao banheiro?

Estava prestes a entrar para procura-la, quando sentiu dois braços finos o envolvendo. O homem sorriu e virou-se, encontrando sua amada. Annabeth usava um vestido solto e florido em tons claros. Seus cabelos caiam em ondas pelos ombros e os olhos o fitavam animados, sem falar no belo sorriso em seus rosto.

– Então, está gostando? - ela perguntou apoiando as mãos em seu peito.

Percy sorriu e abraçou a cintura da esposa.

– Não poderia estar melhor - ele garantiu - Minha família e meus amigos estão aqui, afinal.

Annabeth sorriu e ficou na ponta dos pés, passando uma das mãos por seus cabelos, provavelmente na intensão de ajeita-los. Naquele momento, Percy pode ver perfeitamente a correntinha com o pingente em forma de coração em seu pescoço. Uma felicidade sem tamanho invadiu-lhe e tudo que ele conseguiu fazer foi abraça-la mais forte.

A loira voltou ao normal assim que sentiu a diferença no aperto e segurou o rosto do marido entre as mãos, fazendo-o olhar em seus olhos. Deus, quando deixaria de se perder naquelas íris acinzentadas?

– Percy, o que está acontecendo? - ela indagou curiosa.

O moreno sorriu ainda mais. Ela ainda tinha aquela mania de só chama-lo de "Percy" quando estavam a sós ou somente com os filhos e, se estivessem em público, como naquele momento, sempre em um tom que somente os dois pudessem ouvir.

– Obrigado - ele disse fitando-a com carinho.

Annabeth o olhou confusa.

– Pelo quê? Você sabe que a festa não deu trabalho algum...

Percy levou uma das mãos ao rosto da esposa e tirou uma mecha loira que caía em seus olhos. Aquilo pareceu chamar a atenção de Annabeth, que imediatamente parou de falar e fitou-o atenta.

– Obrigado por entrar na minha vida, por não ter me abandonado - ele começou, olhando-a nos olhos - Obrigado por me permitir ama-la. Por confiar a mim sua pureza e me dar uma família ainda melhor do que a dos meus sonhos. Obrigado pelos meus filhos, cada um deles. Obrigado por cuidar de mim mesmo quando está cansada. Por sempre ter um colo para me dar nos piores dias e uma mão para acarinhar-me. Obrigado por cada mínimo gesto seu que muda meu dia para melhor e faz de mim um homem mais feliz do que eu jamais imaginei que seria. Mas, acima de tudo, obrigado por me amar.

A esse ponto, Annabeth já se debulhava em lágrimas. Ela riu levemente por entre o choro e bateu de leve em seu peito.

– Seu idiota, sou em que tem que agradecer - ela falou com a voz embargada - Se não fosse por você, eu nem mesmo seria capaz de amar.

Percy sorriu e limpou o rosto da esposa, segurando-o delicadamente com uma das mãos e beijando-a logo em seguida, calma e delicadamente. Imediatamente sentiu o corpo de Annabeth relaxar em seus braços, deixando-se completamente à mercê dele. As mãos da loira subiram até seu pescoço vagarosamente, em uma carícia, e lá os dedos passaram a se enrolar em seus cabelos. O homem acariciava o rosto da esposa com uma das mãos e a pressionava contra seu corpo com a outra, que jazia em suas costas.

Ouviu Annabeth suspirar entre o beijo e sorriu, passando a mão que estava em sua bochecha para os cabelos loiros. Separou-se dela vagarosamente e abraçou-a, escondendo o rosto entre seus cabelos. Sentiu a mulher acariciar seus fios negros e suspirou.

– Obrigado - sussurrou em seu ouvido.

Annabeth continuou a acarinha-lo e só veio a responder minutos depois.

– Eu é que agradeço, meu amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, pessoal, eh isso... Espero q tenho esclarecido tudo e tirado todas as dúvidas sobre o futuro deles...
Sobre o Connor e a Mel... Satisfeitos? kkkkkk

Foi mais de uma ano juntos, mal da pra acreditar q acabou, neh?

Love or Not Love? foi a fic q eu fiz com o objetivo de fazer meus leitores pensarem. Eu queria, através do romance dos personagens, fazer cada um repensar sua definição de amor e no q esse sentimento realmente significa... Eu só n esperava q vcs fossem gostar tanto da ideia hehehe

Hoje finalizamos o último cap de LONL, mas preciso lembra-los q uma história nunca acaba verdadeiramente. Ela se estende na mente e no coração de cada um q a leu infinitamente, tomando caminhos diversos e inesperados, sempre vivia e em mutação.
Quero agradecer primeiramente a Deus por tudo, pois sem ele nada seria possível! Também a Giulia, minha melhor amiga q sempre lê os caps antes de todos. A Marcia, minha bff virtual (amo-te) e a todos os q eu conheci por conta de história e tornaram-se meus amigos! N pensem esqueci de vcs, meus queridos leitores! Q estão comigo desde antes da dessa fic, que chegaram no início, meio e fim. Q comentaram, favoritaram, recomendaram ou somente leram. Q me ajudaram em momentos difíceis e n me abandonaram. Agradeço imensamente a cada um de vcs e queria por abraça-los um por um por isso!

Encerramos aqui, junto com o ano de 2015, afinal eh dia 31/12, mais um ciclo com exatos 651 comentários, 252 acompanhamentos, 73 favoritos, 21 recomendações e 48.408 visualizações!

Ah, para os interessados, jah postei o primeiro cap de Parents for our children.

Um feliz ano novo a todos e espero vê-los novamente!

Bjs, até uma próxima!

EuSemideus