Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 20
XlX


Notas iniciais do capítulo

Ei gente!
Bem, o cap ia ser maior, mas minha prima sem querem apagou metade e eu tive q reescrever, daí resolvi parar por aí, mas até acho q foi melhor assim, da mais emoção...
Bom, espero q gostem!



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XIX

Thalia


Nico andava de um lado para o outro sem parar. Os dedos mexendo freneticamente, ora passando pelos cabelos negros, ora batucando em sua própria coxa.

Thalia bufou, já irritada com tudo aquilo.

– Será que você não pode parar quieto?! - ela perguntou, brava.

Nico sentou-se ao seu lado e respirou fundo.

– Desculpe - ele pediu.

Antes que os dedos do namorando voltassem a se mexer, Thalia os segurou.

Eles estavam no Ômega, um dos hospitais da rede pertencente ao pai de Nico, HDA. Apesar dos partos serem feitos em todas as três unidades, o Ômega era especializado em pediatria e obstetrícia. Então lá estavam eles, na sala de espera, aguardando para fazer o primeiro ultrassom do bebê.

– Eu estou nervoso - admitiu o moreno - Eu não conheço esse médico e...

Ele respirou fundo, acariciando a costas de sua mão com o polegar.

Dr. Frank Zang havia sido indicação de um dos colegas de Nico. Ele afirmara que este homem era o melhor obstetra da região, além de ser de total confiança. Mesmo assim, o rapaz ficara um tanto encabulado por não conhece-lo. Thalia precisara teimar bastante para que ele aceitasse, mas, no fim, ela sempre ganhava.

– E eu também não sei como vai ser. Sabe, ver o bebê - ele completou.

Thalia não pode deixar de sorrir, colocando a mão livre sobre o ventre.

Apesar de seu jeito punk e meio difícil de lidar, sempre tivera os mesmos sonhos de muitas garotas. Casar com um homem que a amasse, ter filhos, uma casa grande, quem sabe um cachorro. Em fim, uma vida feliz. Aquela criança era a realização de um deles. Era certo de que a parte do matrimônio havia sido pulada, mas aquilo não a preocupava, pois tinha mais do que certeza de que Nico a amava.

A morena mal podia esperar o momento que veria seu filho, mesmo que em uma tela. Queria saber com quem ele se pareceria. Se era saudável. Tudo. Não conseguia explicar o amor que já sentia por ele.

– Eu também estou nervosa - ela admitiu, fitando aqueles abismos negros que Nico chamava de íris - Mas não precisa gastar tanta sola de sapato por isso. Ele deve estar bem. Nós vamos ver nosso filho, Nico? Já parou para pensar nisso?

O rapaz sorriu e pousou a mão sobre seu ventre.

– Nosso pequeno - ele sussurrou, quase que para si mesmo.

– Sr. e Sra. DiÂngelo - chamou uma enfermeira.

Thalia olhou para baixo, levemente envergonhada. Porém, uma parte de seu subconsciente dizia que não havia motivos para aquilo, logo aquele seria seu sobrenome mesmo.

Nico levantou-se sorrindo, como se estivesse gostado bastante daquilo, e puxou-a pela mão, andando rapidamente até o consultório. Deus, se ele estava tão ansioso para um ultrassom, imagine no dia do parto?

O corredor, por onde entraram, era branco e tão limpo que cheirava a desinfetante. O que atrapalhava toda a visão típica de um hospital, eram figuras um tanto fofas, nas paredes, de personagens como Donald, Pernalonga e Taz, na primeira infância.

Nico abriu a porta que tinha o nome do médico e ambos entraram. A sala era no mesmo estilo do corredor do hospital. Mas, além dos desenhos, também tinha algumas imagens super melhoradas de ultrassons e fotos de mulheres grávidas.

O médico, que estava de pé atrás da mesa, estendeu o braço coberto pelo jaleco branco, na intenção de cumprimenta-los.

– Olá, sou o Dr. Frank Zang. Mas podem me chamar de Frank - ele esclareceu - Devem ser o Sr. e a Sra. DiÂngelo.

Frank era um tipo um tanto diferente. O sobrenome e os olhos, pequenos e puxados, deixavam clara sua descendência oriental. Sua pele não era amarela, como era de se esperar, mas sim branca e levemente bronzeada. E, por fim, para acabar com a visão de chinês que Thalia tinha, ele era alto e forte. Colocando ênfase no alto e forte. Frank passaria-se por um lutador de boxe com facilidade.

Nico apertou a mão do rapaz, já que o suposto descendente de asiático não parecia ter mais do que trinta anos. Thalia percebeu, um pouco impressionada, que Frank devia ser, no mínimo, 15 cm maior que seu namorado, sem falar que este tinha pouco mais de 1,80 m de altura.

– Sou Nicholas e esta é Thalia - explicou ele.

Frank assentiu e indicou para que se sentassem. Ele fitou o computador, provavelmente lendo alguns dados, e voltou os olhos para Thalia.

– Vejo que está com quase três meses, mamãe - ele disse - Estou certo?

Thalia sentiu seu coração bater mais forte ao ouvir aquele "mamãe". Era aquilo que ela era, uma mãe. Seu filho já existia. Podia não estar em seu braços, mas não era uma ilusão. Ele crescia seguro dentro de sua barriga, de onde sairia dentro de seis meses.

– Sim, está certo - ela confirmou - Faltam somente alguns dias para completar três meses.

Frank assentiu sorrindo e olhou novamente para o computador, depois pareceu se desinteressar e voltou a fita-los.

– É o primeiro filho dos dois, certo? - ele perguntou.

Thalia sentiu Nico procurar por sua mão e a segurar, apertando levemente.

– Sim, o primeiro - confirmou ele.

– Tem sentido alguma coisa? - indagou ele, olhando diretamente para Thalia.

– Bem, tenho tido bastante enjoos e algumas tonturas - ela contou.

– Além das variações de humor - completou Nico - Dr. , ela já era bipolar, mas agora...

Ele estava realmente falando mal dela na sua frente e para o médico?

Thalia fitou-o brava, soltou sua mão e desferiu um tapa em seu braço. Porém, tudo que Nico fez, foi rir. Ele pegou sua mão novamente e beijou as costas, fazendo um pequeno sorriso surgir nos lábios da garota novamente.

Droga, estava mesmo mais bipolar que o normal.

Frank sorria abertamente, como se lhe agradasse tal cumplicidade do casal.

– Bem, as tonturas e enjoos devem diminuir ou acabar a partir do próximo mês - ele disse olhando para Thalia e então voltou o olhar para Nico - Já as variações de humor... Bem, seja paciente.

Nico riu novamente, assentindo.

Só então Thalia notou que ele, na verdade, não se importava com isso. Fizera a piada para descontrair, liberar o nervosismo. Como ele dissera, a morena já era bipolar antes da gravidez. Um pouco mais, um pouco menos, não faria tanta diferença para ele. Nico estava feliz, isso estava claro, o que a deixou no mesmo estado por consequência.

– Bem, já que são pais de primeira viajem, gostariam de fazer alguma pergunta ? - indagou ele - Se for sobre o que comer ou não comer, não se preocupem, darei-lhes uma lista no final.

Ambos assentiram e se olharam. Nico claramente pedia para que ela fizesse a primeira pergunta e a morena não hesitou em aceitar a proposta.

– Quando vou começar a senti-lo se mexer?

– Provavelmente entre o metade do terceiro mês e o início do quarto - contou Frank - No início, vão ser movimentos bem leves, mas quando ele começar a chutar, o papai também vai poder sentir.

Thalia viu o namorado arregalar os olhos e relaxar em seguida, sorrindo abertamente. Ele também fora pego de surpresa com o "papai", mas só aquele sorriso fizera a garota querer beija-lo de imediato.

– Quanto ao sexo do bebê - disse Nico, ainda com o sorriso no rosto - Quando poderemos saber?

Thalia segurou o riso, ao entender porque ele perguntava aquilo. Eles haviam apostado uma lavagem no banheiro. Sendo que Nico jurava ser menina e ela um menino.

– Bem, vocês vão fazer a primeira ultrassonagrafia hoje, não é? - perguntou Frank e Nico assentiu - Sendo assim, já podemos tentar descobrir, mas isso vai depender muito do bebê.

Thalia sentiu o olhar de Nico sobre si e fitou-o. Era possível ver um sorriso brincalhão no rosto de ambos.

O restante da consulta passou em um pulo, para Thalia. Quando se deu conta, já estava deitada sobre a maca, com a blusa levantada e um gel gelado sobre sua barriga. Nico segurava sua mão, claramente ansioso.

Eles fariam uma ultrassonografia em 3D, o que daria mais nitidez a imagem.

– Vamos lá - disse Frank pousando o aparelho sobre o ventre de Thalia. Este estava com uma pequena elevação que qualquer um consideraria um pequeno excesso de gordura, mas ela tinha certeza ser seu bebê.

Thalia focou o tela e não desviou o olhar de maneira alguma. Assim que a imagem apareceu, ela sentiu seus olhos lacrimejarem. A imagem era perfeita, muito diferente das ultrassonografias comuns. O pequeno corpo de seu filho aparecia nítido na tela. A cabeça, o tronco, braços, pernas... Até mesmo o cordão umbilical!

Sentiu raiva de si mesmo por conta das lágrimas que enchiam seus olhos, culpava a gravidez por aquilo, mas, no fundo, sabia que nada tinha haver com seus hormônios desregulados. Olhou para Nico e notou que não era só ela que estava a beira das lágrimas.

– Bem, me parece que está tudo certo - disse o médico - Tamanho e o peso estão perfeitos para a idade, mesmo com a margem de erro. Vão querer tentar saber o sexo?

Frank tinha um sorriso no rosto, como se já soubesse a resposta. Nico fitou-a e ambos sorriram.

– Sim - disseram ao mesmo tempo.

Frank soltou uma risada e movimentou a "câmera". Thalia quase lamentou quando viu que as pernas de seu filho estava muito juntas, mas o médico não pareceu se preocupar com aquilo. Ele sorriu e fitou o casal.

– Acho que já podem começar a comprar carrinhos e lençóis azuis - disse ele - É um menininho.

Dessa vez Thalia não pode segurar as lágrimas. Um menino. Seu filho. Não conseguia tirar o sorriso de seu rosto, acompanhado do choro, de pura felicidade.

– Gostariam de ouvir os batimentos? - perguntou o médico.

Thalia assentiu, ainda sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto. Seu próprio coração pareceu parar por um segundo quando o primeiro "tum" ecoou por seus ouvidos. Os batimentos continuaram, ritmados e um tanto rápidos. O fluxo de lágrimas aumentou ainda mais e a garota gargalhou de pura alegria.

Voltou seu rosto para o namorado. Os olhos de Nico tinham um brilho nunca visto por ela antes. Por seu rosto, deslizavam, quase que solitárias, pequenas gotas. Lágrimas.

Seus olhares se cruzaram e Nico sorriu abertamente. Ele se abaixou e plantou um beijo casto em seus lábios, porém, com tanto amor, que Thalia precisou conter um suspiro. Quando se afastou, o rapaz acariciou sua bochecha e tirou uma mecha negra que caía em seus olhos.

– Obrigada - ele disse.

Foi ali, olhando par o homem que amava, ouvindo a sinfonia dos batimentos de seu filho, que Thalia, pela primeira vez na vida, não soube o que dizer.

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Percy

Para Percy, aquela estava sendo a melhor fase de sua vida até aquele momento.

Passara, definitivamente, a morar no apartamento de Annabeth. Desde que voltaram da Inglaterra, quase que um mês antes, só visitara o seu duas vezes. Uma para pegar o que restara de suas coisas e a outra parar entrega-lo a seu inquilino. Fora sua namorada quem tivera a ideia de aluga-lo. Mas, na realidade, o dinheiro que receberia não era muito, somente o bastante para cobrir o condomínio e render algum lucro.

O dia a dia estava cada vez mais agradável e prazeroso. Depois do pedido de namoro, Annabeth ficara muito mais carinhosa. Os beijos se tornaram frequentes e rotineiros. Mas nada mais do que eles, nem mesmo os mais quentes evoluíam. Porém Percy não realmente se importava, estava mais do que feliz naquele momento.

O moreno segurou o presente de um mês de namoro que daria para Annabeth debaixo do braço e entrou em casa. Como sempre, pendurou o jaleco usado e sua maleta no cabideiro ao lado da porta.

Percy ouviu passos ecoarem pelo corredor e fitou seu presente.

– Shiu - disse para ele, levando o indicador aos lábios e o braço que segurava o dito cujo para trás das costas.

Quando Annabeth surgiu, Percy engoliu em seco. Seus cabelos loiros caiam pelos ombros como cascatas. Vestia um short de pijama um tanto curto, tal que era quase coberto pela blusa azul que usava. Sua blusa. Annabeth estava com a sua blusa.

– Acabei sujando meu pijama e não encontrei outro limpo - ela explicou quando notou o olhar dele sobre si - Por isso peguei sua blusa de dormir, espero que não se importe. Porque se sim, eu posso colocar outra coi...

– Não! - exclamou ele - Quer dizer, não. De qualquer maneira, ela ficou muito melhor em você.

Annabeth corou com o elogio e Percy sorriu. Ela ficava simplesmente linda com as bochechas avermelhadas.

A garota se aproximou mais e ficou na ponta dos pés, plantando um selinho em seus lábios. Percy enlaçou sua cintura com o braço livre, mantendo-a junto de si.

– Feliz aniversário - desejou ela.

O rapaz sorriu.

– Feliz aniversário - ele disse tirando o braço das costas.

Annabeth ficou sem ação. Ela não falava, se mexia ou expressava qualquer coisa. Simplesmente fitava seu presente, atônita. Só quando o filhote latiu, ela voltou a realidade.

– Percy! Meu Deus! - ela exclamou pegando-o nos braços.

O cachorinho lambeu sua mão e abanou o rabo, animado por conhecer a nova dona.

– Você gostou ? - perguntou ele apreensivo.

Só haviam duas opção para um presente como aquele. Odia-lo ou adora-lo.

– Seu eu gostei?! - ela indagou - Eu amei! Mas, Percy, eu não te comprei nada.

O rapaz sorriu e, com a mão então livre, tocou o pingente no pescoço da namorada.

– Só o fato de você estar feliz, já é o melhor presente que eu poderia ganhar - contou ele, levando o toque a sua bochecha.

No segundo seguinte o cãozinho estava ao lado de seus pés e o nariz de Annabeth tocando o seu. Ele olhou-a novamente. Definitivamente, aquela blusa passaria a ser dela.

Quando finalmente juntou seus lábios, ouviu-a suspirar levemente, o que só o fez sorrir entre o beijo.

Sentiu as mãos dela em sua nuca, estando uma com os dedos enroscados em seus cabelos, e aprofundou o beijo, levando a outra mão as costas da garota, trazendo-a para mais junto de si.

Podia sentir o próprio cheiro na blusa que ela usava, que misturado ao natural dela, formava uma fragrância que só o fazia querer beija-la ainda mais. Ah, precisava pensar em uma maneira para que ela usasse mais suas roupas.

Afastaram-se lentamente, de forma que Percy acabou por enterrar a cabeça entre os cabelos da namorada, distribuindo beijos singelos em seu pescoço, enquanto Annabeth acariciava seus cabelos. Um latido do cachorro os fez acordar do transe.

Percy separou-se levemente, sem deixar de abraça-la. Annabeth pegou o filhote nos braços, que se calou, colocando a língua para fora.

– Não se preocupe quanto ao prédio - disse Percy - Já falei com o síndico. São permitidos cachorros aqui.

Annabeth sorriu e assentiu.

– Qual é a raça dele? - perguntou curiosa.

– Labrador de pelo negro - explicou Percy - Estava pensando... Sei que o cachorro é seu, mas será posso escolher o nome?

Annabeth riu, bagunçando seus cabelos com uma das mãos.

– Em primeiro lugar, ele é nosso - afirmou ela - E em segundo, sim, pode escolher.

Percy sorriu tão abertamente que devia estar parecendo uma criança que acabara de ganhar um brinquedo novo.

– Bem, eu sempre quis um cachorro chamado Blackjack - contou o moreno com um tom inocente.

Annabeth fitou o filhote e acariciou sua cabeça.

– O que você acha de Blackjack? - perguntou para o cãozinho, que latiu e balançou o rabo em resposta - Bem, parece que será Blackjack então.

Percy deu-lhe um beijo rápido e fitou o cachorro nos braços da namorada. Por enquanto, não tinha como ficar melhor.

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Annabeth

Annabeth em nada podia reclamar da nova vida que estava levando. Nunca tinha pensado que seria tão bom viver como um casal, mas Percy parecia fazer tudo ficar mais agradável.

Ela sentia-se mais leve, livre e solta. Tinha plena noção de que sorria e ria mais do que antes, além de que até seu desempenho no trabalho e nas aulas tinha melhorado. Nunca havia pensado que um relacionamento, com a pessoa certa, faria tão bem para ela mesma e para sua vida.

Sem falar de seus sonhos. Aqueles, como o que tivera no avião, se tornaram cada vez mais frequentes. E sempre que acordava, Perseu estava com um sorriso no rosto, como se soubesse tudo que ela visto enquanto dormia.

Ah, os braços de Percy. Eles a envolviam de tal maneira durante a noite, que Annabeth sentia-se tentada, todas as manhãs, a não sair da cama. O peito dele contra suas costas ou sob sua cabeça, de modo que já sabia o ritmo de sua respiração quando dormia. Mesmo com a loucura do dia a dia, ela nunca tinha dormido tão bem quanto quando estava junto dele.

E também havia Blackjack. Mesmo com apenas três dias na companhia dos dois, já tinha trazido uma alegria a mais casa. Na primeira vez que o vira, nos braços de Percy, pensara, por um momento, que era um bichinho de pelúcia, mas logo realizou que brinquedos não abanavam o rabo e fitavam-a cheios de esperança. Para a surpresa de Annabeth, o cachorro havia sido adestrado, mesmo tendo no máximo dois meses. Não subia nos móveis ou na cama, só fazia suas necessidades no jornal (que ficava na área da lavanderia) e não comia chinelos ou os pés da mesa e do sofá. O único defeito do filhote, era destruir qualquer coisa de plástico que fosse deixada na altura do chão. A loira havia aprendido isso depois de encontrar dois carregadores de baterias que mais pareciam mordedores.

Annabeth acordou de seus devaneios quando Percy apertou sua mão, enquanto andavam pelo gramado do orfanato. Daquela vez estavam sem Connor. O pequeno estava em época de provas e precisava estudar. A loira riu interiormente ao lembrar da reação dele quando ganhara os presentes que ela trouxera de Londres. Por pouco não tinha enlouquecido.

– Tia Annie! Tio Percy! - gritou uma voz conhecida.

Annabeth olhou para frente e encontrou Melany correndo em sua direção. Os cabelos loiros ondulados estavam soltos, ela vestia uma blusa azul simples, com uma flor desenhada, e um short jeans surrado. Mas o que assustou a loira mais velha, foi que seus olhos verde claros estavam cobertos de lágrimas.

Percy se abaixou e pegou-a nos braços antes mesmo que a pequena parasse de correr. Ela abraçou o pescoço do rapaz, escondendo o rosto em seu ombro, e enroscou as pernas em sua cintura.

– Ei, o que aconteceu? - perguntou ele, ajeitando-a em seus braços.

– Não deixa, tio Percy! - ela pediu desesperada - Eu não quero ir em-embora! Não deixa eles me levarem!

Percy fitou Annabeth desesperado, sem saber o que fazer. Ela se aproximou e acariciou os cabelos loiros da pequena, tentando faze-la levantar o rosto.

– Ei, minha princesa, quem quer te levar? - perguntou Annabeth, obrigando-se a manter a calma - Você foi adotada?

Por mais que fosse egoísta, aquela ideia apavorava Annabeth. Tinha se apegado demais a menina. E se seus pais adotivos não fossem boas pessoas? E se não os deixassem vê-la? E se morassem em outro estado?

– Na-não - ela respondeu entre soluços - Eles que-querem me le-e-var para o-outro o-or-or-fanato!

O choro aumentou ainda mais e Annabeth olhou para Percy, percebendo que ele também a fitava preocupado. Não havia outro orfanato em Nova York. Para onde estavam mandando sua pequena?!

– Onde é esse orfanato, Mel? Você sabe? - indagou Annabeth, tentando tirar o nervosismo da voz.

– Naque-e-la cidade onde o pre-presidente fica - contou ela.

Cidade onde o presidente fica. Washington! Estavam querendo leva-la para Washington!

De repente uma onda de auto-confiança percorreu o corpo de Annabeth, tirando o lugar do desespero.

– Mel, olhe para mim - ela pediu e a pequena levantou a cabeça, olhando-a com com os globos oculares vermelhos e as íris embaçadas por conta das lágrimas - Eu não vou deixar, entendeu? Não vamos sair sair de perto de você, tudo bem? Eu não vou deixar.

Melany abriu os braços e Annabeth a pegou no colo, abraçando-a. A garota acariciou seus cabelos e olhou para Percy, que ainda parecia sem ação.

– Procure Quíron - ela mais mandou do que pediu - Precisamos conversar com ele.


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Notas finais do capítulo

Eh isso. Teve um pouco de Thalico, um pouco de Percabeth, um pouco de desespero... Acho q tá legal, mas preciso saber de vcs, e aí?
Pra quem começa as aulas agr na segunda... Boa sorte kkkkk E pra pessoas q só começam em Março como eu, tamo junto XD kkkkk
Bjs, até!
EuSemideus
Ps: vcs tem alguma ideia de qual seria a música tema do Percabeth dessa fic?