Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 18
XVll


Notas iniciais do capítulo

Ei gente, desculpa pela demora. Mas nem foi tanto assim, né?
De qualquer maneira, tenho certeza q certos acontecimentos irão compensar...
Espero q gostem!



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XVII

Annabeth


– Você está bem mesmo? - perguntou Atena pela segunda vez.

Annabeth bufou.

– Eu já disse que sim, mãe - garantiu a garota - Nem parece que eu passei seis anos na Grécia.

A loira pode ver sua mãe revirar os olhos na tela do tablet de Sally. Era sempre assim quando ela saia do país. Todos os dias precisava fazer uma chamada de vídeo para a mãe e todas as vezes encarava uma grande série de perguntas sobre seu bem estar.

– Sou sua mãe, tenho que me preocupar - rebateu a mulher - E você sabe que não era diferente quando estava na Grécia.

Annabeth riu, assentindo.

Ainda era sexta-feira, o dia que tinham chegado. Haviam almoçado há pouco. Os homens estavam todos reunidos no quintal dos fundos da casa, jogando uma partida de futebol amistosa. Vovó Lise descansava em seu quarto e as mulheres havia agrupado-se na cozinha, conversando sobre algum assunto em comum. Bem, com excessão dela, que tentava acalmar os ânimos de sua mãe.

– Tudo bem, mãe - ela acabou por dizer.

Atena sorriu.

– E como está Percy? - indagou a mulher - Ainda não me falou dele.

– Já está jogando bola com os primos - respondeu a garota, sorrindo.

A morena soltou uma risada.

– Homens! - disse Atena rindo - Falando neles, não esqueça do presente de seu irmão. Ele já me lembrou que o Manchester United é inglês.

Annabeth assentiu. Seu irmão mais novo, Connor, tinha uma certa fissura por cinto times de futebol estrangeiros: Manchester, Barcelona, Bayern de Munique, Milan e Flamengo (N/a: MENNNNGOOOOOO! Foi mal, não resisti kkk). Portanto, sempre que ela visitava o país de origem de um desses times, levava uma bola e uma blusa para o pequeno. Em suas viagens pela Europa, já tinha conseguido fazer isso com o Bayer, Milan e Barcelona, mas prometia a si mesma que visitaria os dois países restantes para comprar os presentes. Percy havia lhe feito um favor levando-a a Inglaterra, dessa maneira só faltaria o Brasil.

– Não precisa se preocupar - garantiu Annabeth - Vou comprar as coisas dele.

Sua mãe sorriu e suspirou.

– Acho que é só isso então - disse ela - Por favor, se cuide.

Annabeth revirou os olhos.

– Mãe, eu já disse, posso cuidar de mim mesma - lembrou a garota - Já sou adulta, lembra?

Atena bufou.

– Você nunca vai deixar de ser meu bebê - garantiu a mulher.

Annabeth riu.

– Só você, mãe - ela disse rindo.

– Sua mãe está certa, Annabeth - disse uma voz conhecida - Ela tem toda a razão de se preocupar.

Annabeth levantou os olhos encontrou Sally em pé, a sua frente, sorrindo para ela. Ela andou até o sofá e sentou-se ao lado da garota.

– Viu, não sou só eu que penso assim - ralhou Atena - Olá, sou Atena, mãe de Annabeth.

Sally sorriu para a câmera do tablet e acenou.

– Sou Sally, mãe de Percy - apresentou-se ela - Preciso que saiba, Annabeth é um pessoa maravilhosa. Educada, amigável, um doce.

Annabeth corou violentamente e passou o aparelho para as mãos de Sally.

– Ah, mas não posso dizer menos de Percy - comentou sua mãe - É um rapaz muito atencioso e simpático. Como médico então, não tenho nem o que falar.

Annabeth levantou-se do sofá e viu a conversa entre as duas mães fluir de forma animada. Elas se deram bem rapidamente e logo a garota ria silenciosamente do diálogo que elas tinham. Alguns minutos depois, vovó Lise apareceu, juntando-se as outras duas e tornando tudo duas vezes mas constrangedor e engraçado.

Annabeth viu Percy atravessar a porta da sala e fitar as duas mulheres rindo e conversando com o tablet. Seus cabelos, e blusa, estavam molhados por conta do suor. Algumas gotas escorriam por seu rosto, fazendo a pele morena brilhar mais que o normal. Ele se aproximou da loira e levou a boca até seu ouvido.

– O que elas estão fazendo? - indagou em um sussurro.

Annabeth sentiu a respiração dele em sua nuca e não pode evitar um arrepio.

– Conversando com minha mãe - respondeu ela no mesmo tom.

Percy franziu as sobrancelhas e logo depois arregalou os olhos.

– Minha avó não percebeu que nossas mãe não se... - ele deixou a frase no ar, provavelmente com medo que a anciã escutasse.

Annabeth negou com a cabeça.

– Quando ela chegou aqui, a duas já haviam se tornado melhores amigas - explicou Annabeth.

Percy riu da colocação e parou para observar a conversa das três. O rapaz chegou a fazer menção de abraça-la, mas desistiu no meio do caminho. A garota rapidamente entendeu o porquê, ele estava completamente suado, aquilo não seria legal.

– Annabeth, minha filha - chamou Elise, saindo da conversa de supetão - Você nunca havia vindo à Inglaterra antes?

Annabeth sorriu e negou com a cabeça.

– É minha primeira vez aqui - contou.

O semblante de Elise tornou-se bravo.

– E o que está fazendo aqui dentro dessa casa?! - perguntou irritada - Vamos, Perseu, faça algo útil e leve sua noiva para um passeio pela cidade!

Percy ficou estático por um momento, como se não entendesse quando começara a fazer parte da conversa.

– Não há necessidade - garantiu a garota, tentando salvar a pele do rapaz - Viemos para o aniversário da senhora, não seria educado se eu saísse.

Vovó Lise fez seu típico gesto com a mão, mostrando o quando achava aquele pensamento ridículo.

– Meu aniversário é só amanhã - disse a senhora - E não seria falta de educação se eu, a anfitriã, estou sugerindo.

Antes que Annabeth pudesse retrucar, Percy pareceu acordar, dando um passo à frente com um sorriso divertido no rosto.

– Você tem toda razão, vovó - disse ele - Vou tomar um banho e leva-la para um passeio. Se a senhora puder chamar um taxi, agradecerei muito. Ah! E mandem meus cumprimentos a Atena!

Percy deixou a sala em seguida. Annabeth estava perplexa com o que acabara de presenciar.

O silêncio reinou por alguns instantes. Vovó Lise a fitava satisfeita e Sally tinha um sorriso brincalhão no rosto, como se achasse tudo aquilo um tanto engraçado. Tudo que Annabeth ouviu, foi a voz da mãe.

– Como estava dizendo, um rapaz incrível - ela disse com visível divertimento.

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Annabeth precisava admitir. Para alguém que havia ido poucas vezes a Londres, Percy era um ótimo guia turístico. Em uma tarde, a loira havia visitado quase todos os mais famosos pontos turísticos da cidade, incluindo o Big Bang e o Palácio de Buckingham. A famosa ponte de Londres era realmente linda e fora quase impossível não brincar com um dos guardas da Rainha.

Perseu a levara em uma loja de produtos esportivos e haviam comprado os presentes de Connor com certa facilidade, tais que o rapaz fizera questão de carregar. Também tinham comprado algumas lembranças para a família de Annabeth e seus amigos.

A noite já caia quando saíram do taxi pela quarta vez. As pessoas continuavam a passar apressadas para todos os lados. Os nova-iorquinos não eram um grande exemplo de povo simpático, mas os londrinos eram infinitamente mais fechados. Porém, não mal educados, isso nunca.

– Bem vinda a nosso última parada - disse Perseu, apertando sua mão um pouco mais forte e olhando para cima.

Annabeth seguiu seu olhar e deixou seu queixo cair, impressionada. A sua frente erguia-se a London Eye, a maior roda-gigante do mundo.

– Mas... Nós vamos conseguir um ingresso? - indagou ela notando a grande fila que se estendia a frente do guichê.

Percy se limitou a sorrir e puxa-la em direção a roda-gigante.

– Não de preocupe com isso - ele pediu - Comprei-os poucos antes de sairmos, pela internet.

Annabeth mal viu o caminho até uma das cabines. Estranhou o fato de estarem sozinhos nela, quando tinham muitas outras pessoas esperando para entrar, mas resolveu não comentar. O que ela não sabia, era que Percy pagara por um ingresso mais caro, para que os dois ficassem a sós.

Assim que o brinquedo começou a se mover, Annabeth soltou as bolsas que carregava e encaminhou-se até uma das grandes janelas de vidro, segurando-se no corrimão. Notou, distraídamente, que Percy havia feito mesmo, postando-se ao seu lado, mas estava mais preocupada com a vista naquele momento.

As luzes da cidade contrastavam com a escuridão da noite que se iniciava. O palácio estava completamente aceso, assim como o Big Bang, dando a garota uma sensação de eles eram monumentos de uma época diferente, perdidos naquela grande e movimentada cidade. Ainda era possível enxergar os grandes ônibus vermelhos, de dois andares, tão típicos daquele país. Além da exultante ponte, inteiramente iluminada e com um movimento constante de veículos.

Annabeth voltou-se para Perseu, na intenção de agradece-lo, mas o encontrou tenso. Os olhos estavam vidrados em um ponto fixo e o maxilar travado. Os dedos seguravam tão forte o corrimão, que a circulação do sangue havia sido interrompida, tornando-os brancos.

A garota virou-se para ele e segurou uma de suas mãos, enquanto acariciava seus cabelos com a outra. Percy fechou os olhos e soltou a mão que ela segurava do corrimão, acariciando a dela com o polegar.

– Você tem medo de altura - ela lembrou - Não precisava-mos ter vindo até aqui.

Percy negou com a cabeça e abriu os olhos, fitando-a intensamente.

– Eu tenho medo de voar, não de altura - explicou o rapaz - Vou ficar bem, acredite, é só esse começo. E você precisava vir até aqui, não podia perder a melhor parte.

Annabeth sorriu e voltou a se virar para a janela, dessa vez sem soltar sua mão. Ela sentiu Percy passar os braços por sua cintura, abraçando-a por trás e cruzando as mãos encima de sua barriga. A loira fechou os olhos ao sentir o rapaz enterrar a cabeça em meio a seus cabelos e, de repente, a paisagem se tornou irrelevante. Podia sentir a respiração de Perseu em sua nuca e seu peito subindo e descendo contra suas costas. Além das caricias em suas mãos e o nariz roçando em seu pescoço.

Annabeth não sabia o que eles tinham, mas, pela primeira vez, não se importou com isso. Fechou os olhos e aproveitou aquele momento insubstituível, pensando que não tinha vontade de dividi-lo com mais ninguém, além de Percy.

Ela não sabia dizer quanto tempo haviam ficado naquela posição, mas não gostou quando ele se afastou. Abriu os olhos, notando que estavam no ponto mais alto da roda-gigante. Percy olhava para baixo e mordia o lábio inferior, com uma das mãos no bolso esquerdo da calça. Ele estava nervoso. Diferente de antes, não era medo, só insegurança.

– Percy, está tudo bem? - ela indagou, curiosa.

Ele a fitou, ainda mordendo o lábio. Suspirou e tirou a mão do bolso, ainda fechada, passando a livre pelos cabelos.

– É que, Annabeth... Droga! - ele começou - Eu não sei o que está acontecendo. Não sei aonde estava com a cabeça quando resolvi te convencer acreditar no amor. Não sei como me envolvi tão rápido. Não sei o que tipo de magia você fez.

Annabeth levou uma das mãos a boca, surpresa. Ele estava se declarando?!

– Percy, eu...

– Não, Annie. Por favor, deixe-me falar - ele a interrompeu - Você se tornou boa parte da minha vida de uma hora para outra. Sem que eu notasse, já estávamos praticamente morando juntos. Você tem noção de que algumas pessoas pensam que somos casados? Aquele casal, Piper e Jason, são um ótimo exemplo disso.

"Annie, só quando cheguei aqui, e notei que já não tinha dificuldade alguma em trata-la como minha noiva, percebi a burrada que estava fazendo. Eu já deveria saber. Deveria ter notado pelo modo como seus beijos me deixam sem ação. Como um simples toque seu me acalma de uma maneira que, talvez, só minha mãe consegue. Pelo modo como seus olhos me prendem ou pela maneira como se tornou difícil dormir sem você ao meu lado.

Percy abriu a mão, revelando um colar. A corda era fina e havia um pequeno pingente em forma de coração, ambos em ouro.

– Isso nada tem haver com o fato de fingirmos ser noivos - ele garantiu - Isso só te haver com a grande possibilidade de você ser a mulher da minha vida e eu estar te deixando passar. Quero mostrar que posso ter esse mesmo papel da sua vida. Quero poder dizer, sem nenhum peso na consciência, que estamos juntos, que somos um casal. E é por isso que te pergunto: quer namorar comigo?

Annabeth não sabia como reagir. Ambas as mãos estavam sobre boca e o cérebro tentava, com afinco, absorver as palavras ouvidas.

Nunca tinha recebido tal declaração. Nunca algo daquele tipo havia sido dirigido a ela.

Um medo súbito tomou conta da garota. Medo de se magoar novamente. De ter seu coração quebrado. De repetir a dose que tomara aos dezoito anos.

E se ele fosse como Luke? E se agisse como ele? Como ela poderia saber?

Não. Percy não era como Luke. Ao contrário dele, o moreno não seria capaz de fazer mal a uma mosca. E, no fim das contas, era ele quem estava em seu sonho. Era com ele que ela queria formar uma família, ter filhos. Eram os lábios dele que ela queria sentir contra os seus todos os dias e a voz dele chamando-a de amor.

Annabeth tirou as mãos da boca e sorriu, tomando uma decisão.

–------/------

Percy

Percy quase se arrependeu do que tinha falado. Mas não. Havia dito a verdade, nada mais que isso. Porém temia te-la assustado.

Não estavam mais no topo da roda-gigante. Em algum momento durante seu monólogo, o aparelho se movera, levando-os a um ponto um pouco mais baixo.

O silêncio de Annabeth o matava. O cordão pareceu gelar em sua mão. Não conseguia ler sua expressão ou saber o que ela pensava. A loira só continuava lá, parada, com as mãos sobre a boca.

Xingava-se internamente por ter sido tão precipitado. Sem dúvidas ela o dispensaria educadamente, só estava pensando em como realizar tal ato. Se tivesse esperado mais um pouco... Burro!

Percy estava prestes a desculpar-se e retirar o pedido, quando ela se mexeu. As mão deixaram a boca da garota lentamente, revelando um lindo sorriso. Ao vê-lo, o coração do rapaz pareceu voltar a bater.

– Eu quero, Percy - ela disse se aproximando - Eu aceito ser sua namorada.

Perseu teve a sensação de ter seu coração batendo na boca. Tinha quase certeza que ele ia tão rápido, que Annabeth podia ouvi-lo.

Ela levou uma das mãos a sua nuca e acariciou de leve seus cabelos. Aquilo fez com que ele acordasse, envolvendo-a em um abraço e beijando-a.

Não fazia a menor ideia de que horas eram ou se o brinquedo voltara a se mexer. Seus sentidos estavam completamente voltados para ela. Sentia cada toque de seus dedos em seu couro cabeludo e sobre seus ombros. Sentia os cachos loiros da garota em sua mão e seu corpo bem colado ao dele, por conta da pressão que fazia nas costas dela com a outra mão.

Ela se afastou com calma, deixando leves selinhos em seus lábios, mas sem abrir os olhos. Percy sorriu com aquela cena e desvencilhou-se dela. Antes que Annabeth disse qualquer coisa, postou-se atrás dela e afastou seus cabelos, depositando-os no ombro esquerdo. Com toda delicadeza que tinha, envolveu o colar em seu pescoço e prendeu-o, depositando um beijo leve em seu pescoço.

Annabeth virou-se para ele, tocando o pingente encantada.

– É lindo - ela sussurrou - Simples, mas lindo.

O rapaz sorriu, colocando uma mexa que caía em seus olhos atrás da orelha.

– Ele sempre pertencerá a você - garantiu, tendo consciência de que ela não sabia o profundidade daquilo.

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Quando voltaram a casa de sua avó, todos já estavam reunidos para o jantar. Este foi animado e agradável. Annabeth logo ficou amiga de sua prima, Silena.

Silena era pouco mais velha que Percy, tinha por volta de seus vinte oito anos. Seu corpo esbelto, cabelos cor de chocolate e olhos azuis haviam lhe cedido uma beleza que rendera a ela alguns anos como modelo em Paris. Mas a carreira não durou muito. Logo a garota conheceu aquele que veio a se tornar seu marido, Charles Backendorf, o filho de um grande empresário Francês, que acabara de assumir a firma do pai. Um ano depois veio o casamento e, bem em seguida, ela engravidou. Para se dedicar ao pequeno, decidiu largar o emprego e abrir uma loja, ainda na cidade das luzes, permanecendo como um importante nome no mundo da moda.

Seu filho, Charlie, era um graça. O menino tinha quatro anos de idade e simplesmente amou Percy a primeira vista. O rapaz só o tinha visto uma vez antes daquela, no aniversário de oitenta anos de sua avó, mas na época o pequeno não passava de um recém nascido. Apesar do pai negro, o garoto tinha pele clara e os olhos azuis da mãe, sem falar dos cabelos, mas os traços garantiam sua paternidade. Além, é claro, do modo de agir. Eram tão iguais, que chegava a ser cômico.

Vovó Lise parecia cada vez mais feliz e ele não podia falar nada diferente de si. Mal conseguia se controlar. Annabeth era finalmente sua namorada, oficialmente. Sem maus entendidos ou fingimentos. Ela era sua.

Percy não sabia dizer se era por conta do fuso horário, ou pelo dia agitado, ou até, que sabe, pela brincadeira constante com Charlie. Mas, as dez da noite, já caía de sono.

A casa tinha quatro quartos. Um era o de sua avó e os outros três foram designados, cada um, para um casal, de modo que Silena e Charles ficariam com o filho. Já os dois solteiros, Will e Tyson, dormiriam em um colchão na sala.

Quando se deitou na cama, com Annabeth em seus braços, rezou para que tudo aquilo não fosse um de seus sonhos. Mas sabia que não era. Tudo havia sido real demais.

A loira se virou, enterrado a cabeça em seu peito, e Percy acariciou seus cabelos.

– Se continuar assim, logo vou estar dormindo - ela avisou, com a voz levemente abafada.

O moreno sorriu.

– Esse é a intenção - segredou ele.

Annabeth riu e levantou a cabeça, olhando-o nos olhos.

– Só espero sonhar novamente, já tinha esquecido como era - contou ela.

Percy tirou uma mexa loira de seu rosto e acariciou sua bochecha.

– Com o que você sonhou? - indagou ele.

Mesmo no escuro, ele pode notar que Annabeth havia corado, escondendo a cabeça em seu peito.

– É constrangedor, Percy - ela sussurrou.

O rapaz riu.

– Vamos, não pode ser tão ruim - ele insistiu.

Annabeth retirou a cabeça de seu peito e fitou-o meio insegura. Seus olhos cinzentos brilhavam em meio a escuridão. Por fim, ela suspirou, parecendo convencida.

– Eu acordei em um quarto estranho e você dormia ao meu lado - ela começou - Assim que me virei na cama, encontrei um menino de no máximo seis anos me chamando de "mamãe" e afirmando ter tido um pesadelo. Ele segurava um urso de pelúcia que costumava ser meu preferido na infância. Além disso, eu estava grávida de pelo menos seis meses.

"Quando consegui acalmar o menino, você acordou e o abraçou. Logo ele dormiu e você pediu para que eu também o fizesse, enquanto levava-o para o quarto. Assim que dormi, acordei no avião.

Annabeth voltou a esconder a cabeça em seu peito, visivelmente envergonhada.

Percy estava sem ação. Eles tinham tido o mesmo sonho. Como aquilo era possível? Qual eram as chances daquilo acontecer? E mais. Ela tinha sonhado que eles eram casados. Que tinham um filho e esperavam outro. Que se amavam.

Antes que ele pudesse se pronunciar, uma claridade invadiu o quarto.

– Mamãe, eu... - Charlie começou, mas refreou-se.

Ele fitou o casal por um momento.

– Diculpa, tio Percy - pediu o menino, deixando o quarto em disparada.

Annabeth riu, abraçando-o um pouco mais forte.

– Vamos, dormir, já está tarde - ela sugeriu.

O rapaz assentiu, concordando. Deixaria o assunto do sonho de lado por hora, mas sem dúvida não o tiraria de sua mente, aquilo seria impossível.

Ele aconchegou o corpo da namorada contra o seu e fechou os olhos, deixando-se ser levado pelo cansaço.

Se puderem ler as notas finais, agradeceria...


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Notas finais do capítulo

Bem, o q acharam da declaração do Percy? E do Charlie? N sei pq, mas amei o pequeno +_+
Pergunta rápida, o q vcs acham de eu fazer pequenos momentos Thalico em alguns caps da fic mostrando a evolução da gravidez da Thalia?
Bjs, até!
EuSemideus