Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 16
Xv


Notas iniciais do capítulo

Ei, gente! Estou de volta, agr em 2015.
Nós começamos agr a 3ª parte da fic, e ela só tem 4.
Ta meio fraco, mas bom para indicar a nova era da fic. Fiquem atentos, dei algumas dicas nele.
Espero q gostem!



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XV

Percy


Percy fitou os exames em suas mão, em busca de uma conclusão concreta. A senhora a sua frente sorria animadamente. Os olhos castanhos amigáveis olhando-o com a tenção, cabelos brancos presos em um coque atrás da cabeça e os lábios formando um sorriso acolhedor.

– Bem, Sra. Collins, a regressão da doença é considerável - ele anunciou - Acho que posso reduzir sua dosagem de medicamentos.

A sorriso da mulher aumentou ainda mais, fazendo com que pequenas rugas aparecessem no canto de seus olhos.

– Oh, meu filho, já disse para me chamar apenas de Margareth - lembrou a senhora - Você é um menino abençoado! Graças a você não vou tomar tantos desses comprimidos!

Percy sorriu.

– O mérito é todo seu Sra... Digo, Margareth - ele se corrigiu.

Margareth o analisou com cuidado. Ela era uma de suas pacientes mais antigas. Estava sempre sorrindo e esbanjando energia, algo que Percy achava um tanto invejável, visto que ela tinha quase a idade de sua avó.

– Você está com um brilho no olhos, meu menino - ela concluiu pensativa - Já estava com ele da última vez, mas está bem mais forte. Diga-me, ela também trabalha aqui?

Percy levantou as sobrancelhas surpreso.

– Está tão na cara assim? - ele indagou.

A senhora assentiu. Percy respirou fundo e sorriu.

– Ela não trabalha aqui - disse por fim - É arquiteta.

Margareth abriu um grande sorriso.

– Há quanto tempo estão namorando? - ela perguntou curiosa.

Perseu abaixou os olhos e coçou a nuca.

– Bem... Eu não a pedi em namoro ainda.

– Pois então trate de faze-lo! - ela ordenou se levantando - E avise-me quando a pedir em casamento, vou fazer minha famosa torta de maçã para dar de presente.

Percy não pode deixar de sorrir com animação da senhora. Casar com Annabeth era, literalmente, um sonho, mas o que eram os sonhos se não uma criação do subconsciente de cada um, baseado em seus pensamentos mais profundos ou mesmo acontecimentos tão banais que foram, até mesmo, esquecidos? Porém uma voz insistia em dizer-lhe que beija-la também era um sonho, e este não havia se realizado?

– Pode ter certeza que direi - afirmou o rapaz deixando de lado seus pensamentos - Nunca perderia a oportunidade de comer mais um pedaço daquela deliciosa torta.

– Pois bem, então - disse ela satisfeita - Até mais, meu filho.

Percy abaixou a cabeça assim que ouviu a porta bater. Seu próximo paciente seria o último. Aquilo animava-o significativamente, levando em conta que sua mente já começava a latejar por conta do esforço. Além de que, estava mais perto de vê-la. A loira que tinha o dom de invadir seus mais íntimos devaneios.

O som da maçaneta sendo girada, despertou o rapaz, fazendo-o o notar, levemente preocupado, que nem ao menos tinha verificado o nome da pessoa que passaria por aquela porta. Com alguma sorte, conseguiria reconhece-la pela aparência.

Porém suas preocupações se esvaíram assim que a figura surgiu. Uma mulher madura, de pele clara e postura ereta. Dona de longos cabelos castanhos ondulados e olhos cinzentos tão familiares para Percy.

– Olá, Perseu - cumprimentou ela.

Percy sorriu, ainda um pouco surpreso.

– Olá, Atena - disse ele levantando-se rapidamente da cadeira - Há quanto tempo.

Fazia pouco mais de um mês dês de a última vez que a vira. No dia em que fora buscar Connor no apartamento de Annabeth. Ainda lembrava-se da surpresa que recebera de seu melhor amigo na noite anterior àquele dia. Contudo, nada superava a expressão de Thalia ao receber seus parabéns, quando encontrou-a na casa da loira, ao chegar lá. Esta, certamente, não esperava que o namorado tivesse espalhado a notícia com tal rapidez.

– Sim, algum tempo - ela afirmou - Mas, Perseu, antes de tudo, preciso ter uma conversa séria com você.

O sorriso, até aquele momento, presente no rosto de Percy, murchou. Indicou para que Atena se sentasse e fez o mesmo. Recostou-se na cadeira e entrelaçou os dedos em cima da mesa, preparando-se para a bomba que logo estouraria em seu colo. Porém o que ela disse a seguir, deixou-o completamente sem ação.

– Muito obrigada - agradeceu a mulher, deixando surgir um pequeno sorriso - Por que tanta surpresa?

Só então Percy notou que seus olhos estavam arregalados e as sobrancelhas arqueadas. Tratou de recobrar a compostura e ajeitou o jaleco, tentando aliviar o nervosismo.

– É só... É que... - o rapaz respirou fundo - É que eu não esperava por isso.

O sorriso da loira se abriu um pouco mais.

– Além disso - continuou ele - Não entendo o porquê do agradecimento.

– Você ajudou minha filha em um momento que eu não tinha condições de faze-lo, Perseu. Deu a ela carinho, tempo, paciência... Deu amor quando eu não pude dar - Percy jurou ter visto um vestígio de lágrima nos olhos de Atena, mas logo pensou ter se enganado, pois quando ela abriu os mesmo depois de uma simples piscada, já não estavam mais lá - Sabe, Annabeth é boa em esconder coisas, já Connor não sabe guardar um segredo. Sei exatamente o que está acontecendo entre você e minha filha, e seria uma grande mentira dizer que não me agrado disso.

Percy assentiu, ainda absorvendo todas as palavras que lhe haviam sido ditas. Respirou fundo por um momento e fechou os olhos. Quando tornou a abri-los, fitou as íris cinzentas de Atena atentamente, acabando por deixar seu coração falar.

– Eu só fiz o que pensei que era certo - disse simplesmente - Não pude deixa-la.

Atena sorriu e segurou uma de suas mãos por cima da mesa.

– Você não tem ideia do bem que fez a ela - comentou a mulher, pensativa - Annabeth costumava ser uma garota romântica, mas depois do que o ex-namorado, Luke, fez... Bem, cheguei a imaginar que ela nunca mais fosse se envolver com alguém.

Com algum esforço, Perseu conseguiu visualizar a Annabeth de quem ela falava. Talvez uma semelhante a que lera, com animação e entrega, um conto de fadas para crianças órfãs. Uma menina alegre, cheia de energia, sorridente, com as portas abertas para o mundo. Uma Annabeth que ele, aos poucos, estava conseguindo desenterrar. Perguntava-se o que o tal Luke teria feito de tão ruim para que a loira mudasse drasticamente, e mais, sentia uma grande vontade de acertar as contas com ele.

– Aproveite esse oportunidade - pediu Atena - Não sou nenhuma especialista em amor, mas posso dizer pelos seus olhos que a ama. Mostre isso a ela. Mostre que o mundo não é o quadro preto, branco e cinza que ela costuma pintar - a mulher respirou fundo e olhou-o nos olhos - Gostaria de poder realizar tal ato, mas não tenho meios para isso. Por favor, traga-a de volta a realidade. Faça-o, se for preciso, para si mesmo. E se tal esforço não for o bastante, realize-o por ela.


Percy assentiu calmamente e sentiu a mão da mulher deixar a sua. Não é preciso dizer que o restante da consulta não passou de um borrão na mente do rapaz. Ouvia o que Atena falava e respondia automaticamente, mas seus pensamentos mais profundos não estavam ali. Eles vagueavam em direção a Chase mais nova, que àquela hora já esperava-o para jantar, visto que praticamente moravam juntos. Como poderia muda-la, ou melhor, re-animar a velha Annabeth? A mãe da mesma afirmava que o amor era a resposta, mas como usa-lo se a garota nem mesmo acreditava na existência de tal sentimento?

Bem, o melhor plano parecia ser seguir com o que já estava fazendo. Mostrando aos poucos evidências da ação do amor sobre as pessoas. Estava funcionando, não é? E quando ela acreditasse... Bom, tudo ficaria mais fácil.

O tempo voou. Percy logo se viu no carro, batendo os dedos contra o volante, levemente impaciente com o engarrafamento que estendia-se a sua frente. Lembrava-se vagamente de ter se despedido de Atena e, logo depois, Nico. O frescor na pele deixava a recordação do banho recente, viva, e o ronco em seu estômago mostrava que esquecera-se comer alguma coisa antes de deixar o hospital.

O som estridente, que indicava o toque de seu telefone, ecoou por todo o carro. Percy rapidamente tirou-o do bolso, colocando-o contra a orelha.

– Alô? - disse esperando que quem quer que fosse se manifestasse, já que esquecera de olhar o identificador.

– Percy, meu filho - disse uma voz muito conhecida, sua mãe - Precisamos conversar.

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Annabeth

O corpo jogado no sofá, os cabelos loiros espalhados no estofado e o pijama já em seu corpo. A única coisa que atrapalhava o cenário de noite típica eram as embalagens intocadas de comida chinesa em cima da mesa. Além de que, no último mês, aquilo estaria longe de ser uma noite comum. Faltava uma presença importantíssima, Percy.

Por mais que Annabeth odiasse admitir, era maravilhoso ter alguém por perto. Passara anos sozinha, vivendo sua vida sem a compartilhar com ninguém. Então ele chegou. Quebrando barreiras, refazendo conceitos, conquistando-a de uma maneira que nenhuma pessoa fora capaz. E, talvez o melhor, ela gostava de tudo aquilo. Gostava de sua presença constante, de seu sorriso animador, de seus cabelos bagunçados. Gostava de seus braços acolhedores, e de como seu peito era um ótimo travesseiro, sem falar de seus lábios, capazes de a fazer esquecer qualquer problema.

Tinha medo do que estava sentindo. Do quando aquilo era intenso e arrebatador. Temia não conseguir fugir de tal coisa. Mas, quem sabe o pior, poucos vezes pensava em fugir. Na maior parte do tempo queria continuar vivendo aquilo. Não conseguia colocar em sua mente a ideia de não ter Perseu em sua vida. Se tornara algo completamente estranho e impensável. Como seria sem ele? Não sabia e, do fundo de seu coração, não queria saber.

Percy, por pouco, não mudara-se para seu apartamento. Já tinha uma gaveta de roupas lá, e eram raras as vezes em que ia até o própria apartamento, e quando ia, era para pegar algo. Sua rotina e dia a dia alteraram-se completamente, assim como os dele.

O carro de Annabeth, tal que ela conseguira recuperar após pagar a multa, só era utilizado para ir ao trabalho e ao supermercado. Percy fazia questão de leva-la a faculdade, dizendo que não tinha sentido irem em dois carros se assistiam aulas no mesmo horário e o apartamento da garota era caminho para seu trabalho. Além disso, sempre iam juntos ao orfanato. Os dois passaram a frequenta-lo duas vezes por semana. Annabeth lia para as crianças, sempre na presença das gêmeas e de Melany, e Percy consultava algumas que estavam doentes, sem contar a presença quase constante de Connor junto deles.

Outra descoberta um tanto interessante para a loira, era que Perseu também necessitava de cuidados. Como sempre fora ela a necessitada, nunca pensara que ele precisava do mesmo. Depois de plantões, principalmente os de doze e vinte e quatro horas, o rapaz chegava em casa cansado, esfomeado e querendo um pouco de carinho. Não devia ser especialmente fácil passar tanto tempo vendo pessoas sofrendo em um hospital, mesmo quando esse era o seu trabalho. Em dias como esse, Annabeth aprendera a se organizar para estar em casa quando ele chegasse. Sempre tinha algo pronto para que o moreno comesse e conversava com o mesmo, acariciando seus cabelos, até que ele dormisse.

A única coisa que incomodava a garota era não saber o que eles "eram". Pegara-se algumas vezes referindo-se a ele no trabalho como seu "namorado", mas não podia exatamente culpar a si mesmo por isso, visto que muitas pessoas pensavam isso, e algumas até que eram casados. Porém, em verdade, o relacionamento dos dois não podia ser classificado tal. Não eram só amigos, sem dúvidas, e muito menos o que as pessoas pensavam ser.

Annabeth voltou a concentrar-se no que sua melhor amiga falava ao telefone, tentando afugentar aqueles pensamentos.

– Anne, não dá, eu vou vomitar - disse Thalia com voz fraca - Esse enjoo não passa! O que eu faço?

Annabeth respirou fundo.

– Thalia, o médico aqui é o seu namorado - ela disse - Devia ligar para ele.

– Você acha que eu não tentei?! - perguntou a morena raivosa - Mas aquela criatura sempre desliga o telefone durante o expediente e esquece de ligar quando sai do hospital! Além disso, ele já deveria ter chagado. Será que aconteceu alguma coisa?

Annabeth impressionou-se de como o humor da amiga passou de "raivosa" para "preocupada" em menos de um segundo. Deus, Nico precisaria de sorte. Se uma Thalia normal já é complicada, uma bipolar...

– Percy também - contou a loira - Mas o jornal está anunciando um engarrafamento, eles devem estar presos nele, mas logo chegam. Eu iria até aí, mas também ia acabar presa no trânsito.

Thalia choramingou do outro lado da linha.

– Por que você não liga pra ele? - ela indagou.

– Já tentei - explicou Annabeth - Mas só dá ocupado.

– Então você tem que fazer alguma coisa, Annabeth! - exclamou a morena - Não pode deixar sua melhor amiga grávida enjoada!

Annabeth suspirou, tentando pensar em algo. Não costumava ficar enjoada, por tanta não sabia nem mesmo indicar um remédio para tal coisa. Buscou em suas memórias, tentando lembrar-se da última vez que sentira tal mal estar, e o problema não fora fome. Uma lembrança surgiu em sua mente. Quando era criança costuma sentir-se mal em longas viagens de carro... Talvez aquilo funcionasse.

– Você tem um ventilador? - indagou Annabeth.

– Só aqueles pequenos, de mesa - respondeu Thalia meio confusa.

– Vai servir - garantiu a loira - Ligue-o e coloque-o bem na frente do seu rosto.

Annabeth ouviu alguns ruídos e segundos depois um som constante.

– Pronto - disse Thalia alguns segundos depois.

– Agora feche os olhos e relaxe. Respire bem fundo e solte o ar - pediu a loira - Pense em algo que te faça sorrir, que te deixe feliz.

– Ai, Anne - disse Thalia já bem mais tranquila - É tão boa a sensação de saber que tem alguém dentro de você. Um pouco assustadora, mas completamente mágica.

Annabeth permaneceu em silêncio, imaginado como amiga estaria. Quase podia vê-la com os olhos fechados, um sorriso nos lábios, acariciando o ventre com uma das mãos, enquanto a outra se ocupava de segurar o pequeno ventilador, e o vento fazendo seus negros cabelos repicados voarem.

– Estou no segundo mês e o médico disse que vou começar a senti-lo se mexer no terceiro ou quarto. O sexo vai depender do pequeno, se ele estiver de bom humor, na próxima consulta já saberemos - ela disse sonhadora - Você não tem ideia de como estou ansiosa para senti-lo mexer. Sempre quis ser mãe, não imaginava que seria dessa maneira, mas não poderia estar mais feliz.

– E Nico? - perguntou Annabeth só para manter o diálogo - Como ele está lidando com tudo isso?

– Nico é mais bobo do que eu - disse Thalia soltando uma pequena risada - Ele tenta esconder que tem um pouco de medo, mas sempre se derrete ao pensar em nosso filho. Sem falar que ele jura que é uma menina. Já eu acho que será um garotinho.

– Estou tão feliz por você, amiga - admitiu Annabeth.

– E eu por você - respondeu Thalia - Finalmente seguiu em frente.

Annabeth corou levemente. Aquilo era verdade? Tinha realmente seguido em frente? Provavelmente sim.

– Funcionou - contou Thalia, referindo-se ao enjoo - Ah! Nico chegou! Até mais, Anne.

– Até - respondeu a garota, desligando o telefone.

De repente, Annabeth se viu desejando um bebê. Imaginado como ele seria. Qual seria a cor dos cabelos? E dos olhos? Ele seria calmo ou choraria bastante? Teria seu humor ou o de Percy?

A loira travou por alguns minutos. O que estava pensando?! Mas antes que pudesse afastar seus pensamentos, aquele menininho surgiu novamente. Cabelos pretos bagunçados, olhos verde-claros, pele bronzeada. Uma miniatura de Perseu. O pequeno se aproximava, com um sorriso no rosto e chamava-a de "mamãe".

Annabeth foi tirada de seus devaneios pelo barulho da campainha. Quem seria àquela hora?

Levantou-se, passando a mão pelos cabelos e abriu a porta, sem se preocupar em olhar pelo olho mágico. Se fosse um desconhecido, o porteiro avisaria. Esperou encontrar seus pais ou algum vizinho pedindo algo emprestado, não foi isso que viu.

Percy jazia parado a sua frente. Os ombros caídos por conta do cansaço, as olheiras mais aparentes do que nunca e um pequeno sorriso nos lábios.

– Acho que perdi as chaves - ele explicou.

Annabeth suspirou e deu passagem para que ele entrasse. Percy pegara um plantão de 12 horas, seguido de consultório. Sem contar o trânsito pesado que enfrentara na volta para casa. Mesmo que não admitisse, estava visivelmente cansado.

A garota trancou a porta e se virou, bem atempo de receber um abraço. Notou que Percy havia deixado sua pasta no chão e abraçou-o de volta. Sentiu o rapaz esconder o rosto em suas mechas loiras e acariciou com cuidado seus cabelos pretos. Depois de alguns minutos, o moreno afastou-se e lhe deu um selinho.

– Obrigada - ele disse.

Os selinhos já haviam se tornado algo comum entre eles, porém os beijos nem tanto. Contudo, parecia que os dois já não conseguiam se refrear. Estes acabavam por ocorrer no mínimo a cada dois dias, e sempre eram seguidos de momentos constrangedores para o casal.

– Por nada - ela disse sabendo que o que fazia por ele nem aos menos se comparava ao que ele fizera por ela - Comprei comida chinesa.

Percy abriu um grande sorriso. Logo já estavam sentados à mesa. O rapaz contava sobre o horrível engarrafamento que pegara, atrasando-o duas horas, e de seu dia. Quando contou que vira Atena, Annabeth logo quis saber se estava tudo bem. O moreno sorriu, devorando um rolinho primaveira, e lembrou-a do sigilo médico-paciente, o que fez com que ela lançasse-lhe um olhar ameaçador. Por fim ele acabou revelando que estava tudo bem com a mãe da loira, fazendo com que ela soltasse um suspiro de alívio.

– Então, como está sua sorte? - perguntou Annabeth ao vê-lo abrir um biscoito chinês.

Percy leu o papel e fez uma careta.

– Não faço a menor ideia - ele disse amaçando-o e jogando-o junto ao lixo - Essas frases nunca fazem sentido.

Annabeth riu e quebrou seu biscoito entre os dedos. O papel dentro era branco e pequeno. De um lado havia um série de números e do outro uma frase, que, ao contrário da de Percy, fazia muito sentido (N/a: Giu, ta aí seu biscoito da sorte).

– E então? - ele perguntou.

– Bem, acho que é bom - ela respondeu sobrando o papel e segurando-o com força.

Percy assentiu e passou a brincar distraídamente com os hashis.

– Annie, eu preciso te perguntar uma coisa - contou ele, sem olha-la nos olhos.

– Pode falar - garantiu ela, um tanto curiosa.

Percy suspirou e levantou os olhos.

– Minha avó faz aniversário semana que vem - ele começou - Como vai cair no meio de um feriado prolongado, meus pais resolveram fazer-lhe uma visita. Eles já compraram as passagens, cinco no total. As deles, a de Tyson, a minha e, bem, a sua. Queria saber se você quer ir, se não podemos cancelar a passagem ou troca-la por milhas, é flexível de qualquer maneira.

Annabeth olhou-o bem nos olhos, ponderando a situação. Se fosse qualquer outra pessoa, ela negaria. Viajar com a família de alguém era uma grande intromissão. Mas não conseguia sentir-se assim em relação a Percy, e muito menos os Jackson's.

– Vovó Lise? - ela perguntou e o viu assentir - Quando seria o voo de ida e o de volta?

Percy pareceu surpreso por um momento, mas logo sacudiu a cabeça.

– Iríamos na quinta e voltaríamos no domingo - explicou ele - Quinta e sexta é feriado.

Annabeth sorriu.

– Bem, pode contar comigo - ela disse por fim.

– Mesmo?! - ele indagou surpreso.

A garota assentiu e logo estava novamente sendo abraçada por Perseu. Precisava dar-se uma chance. Talvez o biscoito da sorte estivesse certo quando dizia "Você só acreditará no amor quando uma pessoa conquistar seu coração."


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Notas finais do capítulo

Então, o q acharam?
De qualquer maneira, deixem reviews, perguntem o q quiserem, vou responder todos!
Bjs, EuSemideus
ps: To, incrivelmente, com muito bom humor