Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 13
Xll


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Finalmente to de férias pessoal!
Esse cap ta meio ruim na minha opinião, tava sem criatividade :/ .....
Mas, bem, ta aí!
O prox só vai demorar se minha net n colaborar...



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Fernanda Soares

XII

Annabeth

– Vocês, o que?!

– Não precisa de tanto - afirmou a loira - Foi só um beijo.

– SÓ UM BEIJO?! - exclamou Thalia novamente - Você não fica com ninguém desde aquela criatura e agora fisga um médico gato como Perseu e quer que eu não diga nada?!

Annabeth colocou as mãos sobre os ouvidos, tentando abafar o som. Agradecia a Deus por não conhecer nenhum de seus vizinhos e pelo irmão mais novo estar na escola, pois sua melhor amiga não parecia entender o significado da palavra "discrição".

– Daqui a pouco estão dormindo juntos - afirmou a morena jogando as costas contra o sofá.

Annabeth abaixou os olhos e sentiu suas bochechas queimarem. Somente Connor sabia, mas, nos três dias passados, Perseu havia dormido junto dela. O beijo não voltou a se repetir, mas os braços do moreno não deixaram de protege-la durante a noite.

Thalia arregalou os olhos e deixou que o queixo caísse.

– Vocês dormiram juntos - ela concluiu - Foi na casa dele, não foi?

A loira olhou nos olhos da amiga e mordeu o lábio inferior.

– Deus, não foi só essa vez - afirmou Thalia - Ele tem dormido aqui? Vocês...

– Não! - exclamou Annabeth antes que a amiga pensasse besteiras - Ele tem DORMIDO aqui, mas só isso. Você sabe que esse é um assunto complicado...

Thalia assentiu com a cabeça e abriu um grande sorriso.

– Nico me deve cem dólares - ela disse rindo - Quando ele souber que... Espera aí! Quando foi que isso aconteceu?!

Annabeth encolheu os ombros, já esperando mais uma série de gritos, dessa vez acusando-a. A loira ainda não sabia porque havia beijado o rapaz, e muito menos entendia o que havia sentido.

Quando fechava os olhos, ainda podia sentir os lábios dele contra os seus. As mãos, uma acariciando suas costas e a outra mantendo delicadamente seu corpo contra o dele. Nesses momentos, o coração disparava e um suspiro involuntários escapava de seus lábios. Perseu havia desestabilizado seu coração e já dava indícios de ter começado a alterar sua mente. Nunca alguém tivera tal efeito sobre ela, nem mesmo Luke.

Mas, talvez o mais assustador, fossem seus sonhos. Com frequência via um menino de cabelos escuros e olhos verde claros chamando-a de "mamãe". Esses sonhos desapareciam de sua mente minutos depois que a mesma acordava, mas um dia ficaram tempo o suficiente para que a loira notasse as grandes semelhanças entre o pequeno e o moreno adormecido ao seu lado.

Annabeth não era teimosa o bastante para enganar a si mesma. O que sentia por Perseu já não era mais uma simples amizade. Um afeto diferente havia se desenvolvido. Talvez algo próximo a uma paixão, mas não uma, certamente. A garota duvidava que fosse capaz de sentir tal coisa por alguém.

Annabeth foi tirada de seus devaneios quando sentiu braços finos a envolverem. A loira sorriu e retribuiu o gesto. O abraço de Thalia era tão reconfortante quando o de Perseu, porém de uma maneira diferente. Sabia que a amiga nunca a abandonaria, não importava o que acontecesse. Que a protegeria do que, ou quem, fosse preciso e que sempre estaria ao seu lado, mesmo que discordasse de suas ações.

– Estou tão feliz, Annie - disse a morena sem a soltar - Você finalmente está superando o Castellan.

Annabeth apertou mais a amiga em seu abraço.

– É, eu acho que sim - disse ela por fim.

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Percy

Percy sentiu mãos o balançarem e uma voz chama-lo baixinho. Os olhos recusaram-se a abrir por cota do sono, então simplesmente ignorou quem o chamava e voltou a dormir.

Porém a pessoa era insistente e passou a cutuca-lo constantemente. O rapaz suspirou e rendeu-se, expondo suas íris. Um menino entrou em seu campo de visão. Os cabelos loiros, levemente ondulados, apontavam para todos os lados. A testa branca estava franzida e os olhos azuis faiscavam em reclamação.

– Você tem o sono mais pesado que a minha irmã - reclamou Connor em um sussuro - Onde estão as panquecas de ontem? Já procurei no forno e no micro-ondas.

– Compartimento de cima da geladeira - respondeu o moreno, querendo voltar o mais rápido o possível a seu estado anterior.

– Ahh - disse o garoto batendo na própria testa - Valeu, cara.

Percy resmungou e voltou a fechar os olhos. Ele ouviu o barulho da porta e soube que Connor já não se fazia presente no quarto.

O moreno se aconchegou melhor à loira adormecida em seus braços, trazendo-a para mais junto de si. As costas contra seu peito, as pernas enroscadas as suas e uma das mãos entrelaçada a dele, sobre a barriga da mesma. O cheiro dos cabelos de Annabeth invadia suas narinas sem pudor. O perfume próprio da loira, tal que nenhuma empresa de cosméticos conseguiria reproduzir, parecia exalar de todo o quarto. Tudo aquilo, somado a respiração calma e compassada da garota, fazia-lhe pensar que estava em um sonho.

Ah, seus sonhos. Estes, que já não eram frequentes, haviam mudado completamente de rumo. Desde que passara a dormir todos os dias ao lado da loira, sua "família" não havia mais visitado seu subconsciente. Até sentira saudade, mas o que tomara seu lugar era quase tão bom quanto.

Eles sempre estavam lá durante a noite. Lábios rosados e macios, insinuando um beijo calmo contra os seus. E ele, surpreso, retribuindo com amor e delicadeza. Segurando-a junto de si. Reprimindo um gemido de prazer ao sentir os dedos dela afundaram-se em seus cabelos.

Bastara que acontecesse uma única vez na vida real, para que ocorresse milhares de vezes em sua mente. As vezes duvidava ela realmente tinha lhe beijado, mas bastava ver o sorriso tímido, que ela sempre lhe dava ao acordar, para saber que era tudo verdade. Seus sonhos finalmente estavam se tornando realidade. Estavam deixando de ser somente frutos de sua imaginação para serem baseados em fatos reais.

Annabeth mexeu-se contra seu corpo e apertou a mão que segurava a dele, em meio a seu sono. Perseu despertou, aceitando que voltar a dormir já não era mais uma possibilidade. O que, levando em conta que dia era aquele, era realmente uma pena.

Era domingo. Não tinha aulas, plantões ou mesmo consultas marcadas. Seu dia estava livre, assim como o de Annabeth. Aquela seria a primeira vez, desde o morte do tio da loira, que ele poderia dedicar-se inteiramente a ela.

Enganava-se quem pensava que o moreno havia esquecido seu objetivo inicial. Este, só tinha sido deixado de lado por algum tempo, enquanto o emocional da loira estava abalado. Porém, uma semana tinha se passado. Os pais de Annabeth voltariam no dia seguinte, finalizando a estada de Connor no apartamento da garota. E ele precisaria do loirinho dessa vez. Se bem lembrava, era sua vez de jogar.

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Autora/Nanda/ Eu

O gramado estendia-se sobre os pés dos três e o grande edifício, branco e quadrático, elevava-se não muito longe dali.

Crianças curiosas deixavam de brincar para olhar o jovem casal, acompanhado do menino loiro, que parecia estranhar o local. Nunca vira tal lugar, em sua opinião parecia com o que ele imaginava ser um internato.

A garota apertava firmemente a mão do rapaz ao seu lado. Olhava-o com curiosidade e atenção. Não entendia qual era seu objetivo ao leva-la até ali. Mas o moreno simplesmente sorria e a fitava com seus olhos verdes, claramente com grande expectativa.

O orfanato de Nossa Senhora não era exatamente o lugar em Annabeth esperava ir quando Percy a convidara para um passeio naquela manhã. Bolas de futebol e crianças correndo podiam ser vistas em todos os lugares. Aquele final de primavera estava sendo bastante quente, de modo que uma quantidade significativa de pessoas divertiam-se na piscina.

Logo uma figura familiar para o casal surgiu. Correndo na direção deles, estava uma garotinha. Suas tranças loiras balançavam de um lado para o outro e seus olhos verde claros brilhavam de felicidade.

– Tia Annie! Tio Percy! - disse Melany abraçando as pernas do rapaz.

Perseu sorriu e pegou a menina em seus braços.

– Vocês realmente voltaram - ela disse olhando de Annabeth para Percy - Ninguém nunca volta.

A loira sorriu a acariciou os cabelos da pequena.

– Prometemos que voltaríamos, não foi? - perguntou Annabeth sorrindo.

Melany assentiu com a cabeça e abraçou o pescoço de Perseu.

Connor observava toda a cena com confusão e desconfiança. Convivera o bastante com o moreno de olhos verdes para saber que ele tinha algo em mente, e mais, que estava envolvido nos planos do rapaz.

– Quem é ele? - perguntou Melany apontando para o loiro.

Connor ergue as sobrancelhas.

– Eu é que devia perguntar quem é você - retrucou o garoto.

A menina revirou o olhos e voltou a fitar Percy. Este a colocou no chão e abaixou-se a sua altura.

– Mel, este é Connor, irmão de Annabeth - apresentou o moreno - Connor, esta é a Melany.

O garoto fitou Perseu, enquanto o mesmo se levantava. Logo notou que o mesmo lhe pedia algo. O menino suspirou, estava começando a desgostar do "namorado" de sua irmã.

– Mel, por que você não mostra o orfanato a Connor? - pediu o rapaz - Daqui a pouco nos encontramos.

A menina assentiu, sorrindo, e pegou a mão do loiro ao seu lado. Antes que o mesmo pudesse protestar, já tinha sido arrastado pela garotinha.

– Você não me trouxe aqui somente para visitar Melany, não foi? - perguntou Annabeth prendendo os longos cabelos em um rabo.

– Certamente que não - respondeu Percy colocando uma mecha solta atrás da orelha da loira.

Annabeth corou levemente e olhou nos olhos do rapaz, pedindo uma explicação. Percy sorriu ao notar o brilho curioso nos olhos da garota.

– Você mesma me disse que orfanatos são contraditórios, paradoxais - explicou o moreno - O lado ruim, você já me mostrou. Agora estou aqui para lhe mostrar o lado bom.

– E como você pretende fazer isso? - indagou Annabeth.

Perseu segurou a mão da garota e caminhou. A típica corrente elétrica percorreu seu corpo, atingindo seu coração, e desandando os batimentos do mesmo.

– Ações - respondeu o rapaz caminhando, com a loira ao seu lado - Porque não existem palavras para descrever o amor completamente, as ações são a melhor maneira de mostrar sua existência.

Annabeth sorriu, deixando-se levar pelo moreno. Já Perseu estava cada vez mais centrado em seu objetivo. Não adiantava só convence-la da existência do amor, mas também precisava faze-la ama-lo. Da mesma maneira que ele já a amava.


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Notas finais do capítulo

Bem, eh isso!
Vou tentar postar antes do natal, ok?
Bjs, até!
EuSemideus
Ps: teclado virtual eh uma bosta...
Ps2: o até agr tentando entender pq meu nome saiu lá em cima...