ELENA :

Acordei no meu quarto horas depois na esperança de ser apenas um pesadelo,levantei da cama rapidamente e procurei por minha sandália,caminhei até o quarto de Gabriel esperando encontrá-lo ali mas o mesmo estava vazio e sua cama estava intacta,suspirei pesadamente e ouvir vozes no quarto de Melissa, ela conversava a e logo depois a voz de um garotinho ouvia -se junto à sua.

Gabriel -- sussurrei e dei mais alguns passos e parei na porta de seu quarto,mas me enganei a voz de menino pertencia a Lucas, ele estava sentado na cama de Melissa assim como rebekah que arrumava ela após o banho.

Quer amarrar o cabelo ?-- a loira perguntou e minha filha assentiu ido até a cômoda pegar uma liga de cabelo,soltei um breve soluço chamando a atenção -- Amiga -- mais que depressa levantou e me abraçou -- Vai ficar tudo bem, vamos achar ele

Por que ta arrumando ela?-- perguntei vendo que minha filha estava arrumada, com uma calça no estilo meião de algodão rosa, e uma blusa branca que parecia um vestidinho,uma sandália branca e os cabelos estavam soltos mas rebekah iria amarrá-los.

Nós achamos que seria melhor ela ir dormir na minha casa, mas Jenna se ofereceu pra levar ela,já que na casa dela tem a alice e a Ana pra ela brincar -- explicou -- Não há clima pra ela ficar aqui no meio disso tudo -- balancei a cabeça em afirmação, ela tinha razão não havia clima pra Mel ficar aqui entre nós essa noite

eu vou .. -- apontei pro andar de baixo e rebekah balançou a cabeça em afirmação dizendo que desceria logo depois que arrumasse melissa, sem mais uma palavra desci e encontrei o resto da familia na sala, Stefan estava perto da janela observando a noite, Ric e jenna estavam no sofá lado a lado, estavam esperando melissa pra levá-a, Os pais de damon estavam no outro sofá, meio abraçados, eliza tinha os olhos vermelhos, denunciando que havia chorado bastante, enquanto Giuseppe mantinha sua expressão séria, observei damon andando de um lado pro outro na sala, sem se importar se isso estava deixado alguém nervoso -- Nenhuma ligação?

não -- jenna respondeu forçando um sorriso e um suspiro dolorido, eu precisava saber do meu filho ou eu morreria de ansiedade e desespero, Melissa deu as escadas ao lado do primo.

to bonita? -- perguntou parando no meio da sala

linda -- Giuseppe respondeu sorrindo pra ela e a mesma retribuiu satisfeita.

Pra onde eu vai ? -- ela perguntou curiosa

dormir na casa do Ric e da Jenna -- respondi arrumando sua franja com os dedos, rebekah desceu com uma mochila de melissa e suas roupas dentro entregando a Ric.

é Por que um homem levou o Biel ? -- questionou olhando pra damon e ele sentou ao meu lado no sofá .

é sim -- respondeu e ela sentou no colo dele pra ficar a altura -- Você tem que se comportar lá na casa deles, não vai chorar e nem ficar gritando -- explicou enquanto mel balançava a cabeça em afirmação -- Vai ser uma boa menina ?

eu sou uma boa menina -- ela disse obvia e ele concordou sorrindo leve -- Quando eu voltar, o Biel vai ta aqui ?

vai -- respondi percebendo que damon não sabia oque responder, ela sorriu abertamente com isso e levantou pegando-me pela mão e pedindo pra irmos a cozinha pegar sua mamadeira pra ela tomar mingau antes de dormir,caminhei ao seu lado e peguei a mamadeira na fraqueira dentro de um dos armários, havia as dela e também as de gabriel, na enorme frasqueira, guardei-a novamente e ela saiu da cozinha com a mamadeira em mãos, e quando parei na porta da cozinha ví ela entregar a ric e ele guardar na bolsa dela, assim como a chupeta que estava na mesinha da sala -- Se comporta lá, e dorme bem -- dei um beijo na cabeça de mel e ela foi dar boa noites aos avós, por ultimo passou por damon e o abraçou.

eu vou brincar com a alice -- ela falava animada, jenna se aproximou e me abraçou falando que cuidaria dela e que deveria ligar caso soubesse de alguma novidade, agradeci durante o abraço e assegurei que ligaria,olhei pra porta onde damon e ric encontravam-se trocando algumas palavras, mais da parte de ric assegurando que estava ali caso fosse preciso, damon falou alguma coisa mas eu não ouvir pois rebekah chamou-me pra despedir-se, precisava ir pra casa já que havia deixado lucy com uma vizinha e lucas estava cansado.

Eu atendo -- stefan falou indo abrir a porta e dois policiais entraram cumprimentando-nos.

Sou o oficial Morris e esse é meu parceiro Hudson -- apresentou-se formalmente, fiquei sentada no sofá ouvindo ao lado de Eliza enquanto eles conversavam com damon e Giuseppe -- Há alguma hipótese de saberem quem foi que levou o menino?

se eu soubesse tinha ido atrás e não ligado pra vocês -- damon respondeu seriamente e sem paciência alguma.

estamos apenas seguindo o protocolo senhor -- o tal hudson falou sem jeito, mas demonstrou compaixão já que poderia ter prendido damon por desacato e não fez, muito menos foi grosso -- Há alguém que quisesse mal ao seu filho? ou a você , sua esposa?

abre o jogo damon --- stefan falou chamando atenção de todos na sala -- Diz logo sobre as cartas, com ameaças que vinha recebendo e que quase fomos atropelados há alguns dias no estacionamento do shopping -- meu coração deu uma batida forte e dolorosa quando ouvir aquilo da boca de stefan, e prestei muita atenção na explicação que ele dava aos policiais,eu não estava sabendo de nada sobre essas ameaças e precisava falar com damon sobre isso, por que ele não havia me contado quando isso começou.

Descanse querida -- eliza falou parada na porta do quarto, sua voz estava cansada e fraca, balancei a cabeça em afirmação e ela saiu, deixando-me sozinha naquele quarto, deitei na cama e fiquei observando o vazio enquanto ouvia o silêncio que reinava ali, como eu queria ver melissa correndo com gabriel ali, esperava que ele estivesse bem apesar de tudo, que não o machucassem ou maltratassem dele, era apenas uma criança,um soluço escapou de minha garganta seca e encolhir-me mais tentando diminuir aquela sensação de exposição, sentia´me incrivelmente exposta sabendo que meu filho estava exposto a alguém que sabe lá oque era capaz de fazer.

DAMON :

A sensação de desespero e medo aumentava conforme mais uma hora passava e eu continuava sem notícia do meu filho. eu estava ficando desesperado, completamente fraco e sentia como se parte de mim tivesse sumido junto com ele, precisava achar o mais rapido possível, os pensamentos mais agoniantes me apareciam a todo momento, fazendo eu imaginar se ele estava com frio ou com fome, se estavam o maltratando ou se ainda estaria vivo, um aperto doloroso no peito atingiu-me no mesmo momento que esse pensamento passou por minha cabeça, juntamente com um soluço, senti as lágrimas rolarem por meu rosto, e continuei sentado perto do telefone na sala, o único cômodo iluminado, elena já estava dormindo e meus pais foram descansar depois que stefan os convenceu a fazer isso, e o mesmo subiu também, ficando apenas eu ali.

Quer whisky ? -- ouvir a voz de stefan na escada e me assustei secando as lágrimas rapidamente, meu irmão se aproximou e ficou parado a minha frente.

pensei que tivesse ido deitar -- falei sem levantar a cabeça pra mirá-lo.

Não achou que iria deixar você passar a noite aqui sozinho , achou? -- questionou e eu apenas balancei a cabeça que sim -- Fui só tomar banho, eu precisava espairecer um pouco, mas não respondeu a minha pergunta, quer whisky?

não -- respondi

Então vou fazer um café pra nós dois na máquina, não comeu nada ainda, precisa de algo pra se manter firme -- começou a falar e saiu andando pra cozinha, voltando minutos depois com duas xícaras de café -- pega

você é teimoso -- falei aceitando a xícara

eu sei -- ele admitiu e sentou na outra ponta do sofá, sem falar nada, apenas ficou me fazendo companhia, não era um silencio constrangedor ou irritante,era o silencio agoniante e desesperador, e não havia coisa pior, tudo que eu queria era ouvir a droga do telefone tocar.

Por que eles pegaram meu filho? e por que não ligam ? -- questionei agoniado e sentindo o desespero me tomar novamente.

eu não sei -- respondeu suspirando, e novamente o silencio predominou, passamos a noite inteira ali, pela madrugada stefan cochilou no outro sofá mas ficou me fazendo companhia, já eu não preguei os olhos e não pretendia fazê-lo até ter meu filho de volta, De manhã cedo o policial ligou falando que nossos depoimentos já haviam sido vinculado ao B.O e que começariam as buscas pelo local do sequestro pra ver se encontravam alguma coisa, ou alguma câmera pra ver o rosto do sequestrador, mas rose disse que ele estava usando um casaco cinza com capuz que cobria parte do rosto e por isso não conseguia descrever a pessoa na noite passada. Minha mãe fez uma breve café com ajuda de rose.

Vai comer alguma coisa -- ela disse docemente e eu balancei a cabeça em negação, não estava sentindo fome alguma, e mesmo assim ela estendeu uma xícara de café bem forte pra mim -- pra não ficar sem nada no estômago, elena querida bem tomar café -- olhei na direção da escada e elena descia falando ao telefone, os olhos vermelhos e meio inchados denunciavam que ela havia chorado bastante.

se tiver alguma novidade eu ligo mamãe, pode deixar -- ela falou encerrando a ligação, me olhou com os olhos brilhando de esperança -- Alguma ligação ?

não -- respondi e notei seu olhar encher de lágrimas novamente,me segurei pra não fazer a mesma coisa e ela foi pra cozinha guiada por minha mãe, levei a xícara até a boca tomando um pouco do café,não sei quantos minutos se passaram mas o som do telefone tocando me assustou e eu atendi mais que depressa.

papai? -- a voz de gabriel soou do outro lado da linha e meu coração de um salto.

gabriel? -- o desespero tomou conta de mim e eu levantei do sofá com o telefone no ouvido -- é você filho ?

é você filho? -- uma voz masculina soou em meio a risadas e eu sabia que essa voz não me era estranha, mas ao mesmo tempo me parecia estranha, estava rouca demais -- Está sentindo falta de alguma coisa ?

devolve o meu filho -- eu falei tentando manter-me calmo -- Eu pago oque quiser, é só pedir -- sentia-me muito nervoso e novamente ele riu -- Só devolve o meu filho , por favor

por favor -- riu de novo -- Nunca pensei que iria ouvir isso de você direcionado a mim, isso é ruim né salvatore? perder alguém que ama, eu sei como é isso, você se meteu na minha vida e me tomou algo, então eu também tomei de você -- uns minutos de silencio e esperei que ele falasse -- Espero que tenha sentido a falta do seu Filho, pois ele sentiu a sua falta a noite chorou tanto que quase perdi a paciência -- Você está apavorado né? com medo que eu faça mal ao seu filho, vou dizer que ele é irritante quando ta chorando mas quando ta dormindo ele até que não me causa tanta raiva -- eu realmente estava apavorado -- E espera que eu devolva ele?

sim -- respondi obvio e ele riu altamente -- Quanto quer de resgate?

Não vou devolver, você não me devolveu oque roubou de mim -- falou irritado , mas oque eu havia tomado dele? nem sabia se o conhecia -- Você tinha que voltar, se tivesse ficado apenas com seus filhos e não ter voltado pra vida de elena, eu não teria feito nada disso e todos nós estavamos felizes

mason ? -- reconheci a voz depois de uns minutos ouvindo e sacado o papo dele.

até mais damon -- ele disse desligando o telefone

não, não , não espera -- eu falei desesperado mas ele já havia desligado o telefone -- mason?

Foi o Mason ?-- elena perguntou parada na porta da cozinha assim como os outros e eu assenti andando de um lado pro outro, era pior do que eu pensava, se fosse um simples sequestro, eles pediriam resgate e devolveriam o meu filho, mas a pessoa que estava por trás disso era Mason e ele pegou meu filho apenas por vingança, não queria dinheiro, apenas me atingir e ele estava conseguindo, meu medo agora era que ele me tirasse gabriel pra sempre,se ele matasse meu filho me derrubaria e eu nunca mais levantaria na vida -- Eu vou ligar pro Tyler e ver se ele sabe algo do Mason

por que ? -- stefan questionou sem entender

por que, ele é sobrinho do Mason e deve saber algo dele -- explicou pegando o celular e ligou pro amigo,teve que tentar falar com jeremy, já que o celular de tyler estava dando caixa postal,a expressão de elena mudou de ansiedade e desespero pra pânico total -- Certo,, mas vai rápido jeremy

E ai ? -- perguntei ansioso sacudindo as mãos

Jeremy vai atrás de tyler pra tentar saber de alguma coisa -- explicou tentando manter a calma mas elena estava prestes a gritar -- Jeremy disse a familia de Mason suspeita que ele está usando algum tipo de droga,ele some e aparece em Toronto de vez em quando e não procuraram por que achavam que ele tava com os amigos no Hawai como sempre fazia

droga? ele ta usando droga ? -- meu pai gritou e começou a andar de um lado pro outro -- Meu neto ta nas mãos de um drogado?

estamos perdidos -- falei me jogando no sofá e elena me olhava sem jeito, eu sabia que ela estava se culpando e por mais que eu não quisesse faze-lo parte de mim achava a mesma coisa, que elena tinha uma breve culpa nisso, assim como eu tinha culpa de perdoar ela e fazer essa bagunça na vida dos meus filhos, de uma coisa eu tinha certeza, se meu filho não voltasse, o meu casamento com elena não seria mais a mesma coisa, ou talvez deixasse de existir -- Oque eu faço ?

liga pra policia e avisa -- minha mãe disse obvia e quem fez isso foi stefan, ligou pro delegado responsável pelo caso e avisou que o sequestrador havia ligado, passou as informações sobre ele conforme elena lhe falava oque lembrava, mas não era muito coisa além do nome completo e da idade, precisávamos saber mais coisas, e graças a Deus o tal de Tyler havia mandado um email com o perfil de mason, suas informações pessoais e uma foto dele recente, e os oficiais da noite passada logo vieram buscá-las pra sair perguntando pelo local e ruas próximas ao sequestro se haviam visto aquele homem ali.

ele vai fazer alguma coisa, ele quer se vingar -- falei andando de um lado pro outro, eu sabia que estava surtando mas a situação pedia por isso, o telefone tocou e antes que alguém levantasse e atendesse eu corri e peguei o aparelho, levando até o ouvido.

salvatore -- ele falou do outro lado da linha

fala mason -- eu tentei manter-me firme

eu andei pensando, talvez você queira dizer adeus ao seu filho -- explicou com a voz tão calma que isso causou-me um frio na espinha, ele iria matar o meu filho, eu iria perder a minha metade -- Porque eu vou acabar com essa criança, ele está me irritando ao extremo e eu não aguento mais ouvir ele chamar por ti

não faz nada com ele, é só uma criança -- tentei argumentar mas eu não encontrava palavras em meio ao medo de perder parte de mim -- Ele não tem nada haver com isso

eu não ligo -- a frieza em sua voz -- Você ama seu filho damon? ta disposto a tudo por ele ?

sim, peça oque quiser -- eu falei mais que depressa e ele fez uma pausa dramática pra me desesperar e funcionou.

a vida dele, vale a sua ? -- questionou -- Por que eu estou disposto a soltá-lo se você vier buscá-lo e ficar no lugar dele, você aceita ?

minha vida pela dele ? -- perguntei e ele respondeu um '' uhum'' não havia como negar aquilo, olhei o rosto de todos e eles estavam esperando minha resposta enquanto me olhavam pedindo por um não.

o tempo ta passando -- comunicou e eu fiquei olhando pras pessoas presentes ali -- 3..2..1 e

eu topo -- respondi mesmo eles balançando a cabeça que não que a policia acharia meu filho e que ninguém precisaria se machucar por isso, mas eu não iria arriscar -- Me diz a hora e o local

certo, daqui há alguns minutos eu ligo com a hora e o local -- explicou -- Se levar policia ou mais alguém eu mato o moleque -- mesmo ele não vendo eu assenti, a ligação encerrou.

como assim trocar de lugar com o gabriel ? -- stefan questionou assim que deixei o telefone no lugar novamente.

é simples, eu vou e fico e o gabriel é solto -- expliquei obvio -- Não vou recusar, se ele machucar o meu filho eu não sei oque faço, ele é só uma criança e não aguentaria muito tempo, eu aguento stefan se tiver que morrer por ele eu faço

damon avisa a policia --- meu pai pediu e eu neguei

ele disse que mataria o meu filho se eu fizesse isso, não posso arriscar a vida dele assim, esse assunto é entre Mason e eu -- expliquei subindo as escadas

eu vou -- ouvir a voz de elena e na hora parei, olhei pra baixo e neguei de imediato -- Não posso ficar aqui, eu vou com você

não mesmo -- gritei e subi as escadas, precisava de um banho e um remedio pra dor de cabeça, tomei um banho super rápido e coloquei uma roupa qualquer e esperei pela ligação de mason no escritório, não queria ouvir eles dizer que eu estava fazendo errado em não avisar a policia, o telefone tocou e eu atendi.

estação de trem, as 19;00 se passar um minuto eu mato ele -- explicou assim que atendi -- estarei de olho e te ligo assim que chegar lá, já sabe se levar alguém ele morre

ta bem -- concordei -- posso falar com ele ?

não -- desligou na minha cara, suspirei desejando matar aquele desgraçado.

damon não, avisa a policia -- minha mãe pediu e eu neguei, não queria gritar com eles, mas estava prestes a fazer, eles não entendiam que eu precisava fazer isso pra manter meu filho seguro e se entendiam achavam que eu era maluco.

deixa eu ir com você -- elena pediu segurando minha blusa e eu neguei -- por favor

elena é perigoso, eu não posso deixar que corra esse risco no estado em que está -- falei suspirando pesadamente -- Precisa entender que não posso deixar que se machuque, olhei o relógio do celular -- Eu preciso ir, falta meia hora e preciso chegar lá a tempo -- beijou sua testa e se despedi dos pai. Cheguei no local marcada faltava 10 minutos, estacionei o carro e entrei na estação mais que depressa, estava bem movimentada como todas as noites, fiquei olhando em volta e esperando encontrar os dois mas não via nenhum deles, sai novamente pra ver se estavam fora da estação mas acabei encontrando quem não queria, ou melhor não deveria estar ali.

stefan? -- gritei com ele no meio do estacionamento -- Oque diabos você o ric estão fazendo aqui?

resgatando o meu sobrinho -- ele disse obvio e ric concordou

isso não é filme stefan, é realidade a vida do meu filho ta em risco então os dois vão dá meia volta e se mandarem daqui agora -- ralhei me irritando, eles não deveriam estar aqui -- Por favor

não, se você fica nós ficamos -- ric disse decidido e eu revirei os olhos prestes a bater nos dois, eu precisava mesmo descontar minha raiva e frustração em alguém -- Qual o plano ?

não tem plano, eu realmente vou trocar de lugar com meu filho -- expliquei dando de ombros -- precisam ir embora, ele pode machucar o Gabriel e não queremos arriscar

oque garante que ele não vai te matar ? -- questionou meu irmão

não há garantias, stefan e eu não me importo, só quero que gabriel saia bem dessa história, ele não tem culpa de nada -- expliquei me exaltando e eles pediram calma.

então vamos tirar ele em segurança -- Ric disse obvio e expliquei uma sunita ideia que tive, nós daríamos um jeito de gabriel escapar e eles o tiravam dali e me deixavam pra trás com Mason -- Certo, você entra primeiro e stefan e eu vamos ver se achamos algo pra usar e disfarçar, sei la -- dei de ombros e u concordei e entrei rezando pra dar certo e meu filho sair dessa bem. procurei na enorme areá mas não vi nada, continuei andando atrás de algum sinal e meu celular tocou.

sozinho? -- perguntou assim que atendi

sim, estou sozinho -- respondi -- cadê meu filho ?

calma ai, eu preciso me certificar -- ele disse obvio -- anda até a lata de lixo a sua esquerda, perto do banheiro feminino e finge que está jogando alguma coisa dentro -- olhei na direção que ele disse e caminhei até o local, naturalmente como ele havia dito, fingi que havia jogado algo na lata -- muito bem, tem certeza que veio sozinho?

tenho, você disse que mataria meu filho e não vou arriscar -- falei obvio -- me diz logo onde ele tá ?

faz o seguinte, vai até a fila de passagens e espera na sessão B como se fosse comprar uma passagem -- desligou o telefone na minha cara e eu fiz oque ele pediu, estava me arrependendo de ter deixado os dois participarem disso, se mason ver eu perderia meu filho.

vejo que ta mesmo sozinho -- a voz de mason soou atrás de mim na fila que ele havia dito pra mim ao telefone, olhei pra trás e ele estava segurando a mão de gabriel.

você ta bem -- falei abraçando ele ao me abaixar, o apertei sentindo o desespero sair de mim de uma vez, minhas mãos estavam tremendo, o apertei novamente e depois me afastei um pouco pra ver se ele estava bem e inteiro -- ele te machucou ?

ele é mal --- gabriel disse choroso -- me deixou no escuro e eu tenho medo de escuro

ta tudo bem agora -- o abracei pra ter certeza que ele realmente estava ali -- eu to aqui

ai que meloso -- mason disse revirando os olhos e passou na minha frente na fila, ficando meio de lado pra manter-nos sob seus olhos -- Vamos dar um passeio de trem pra bem longe daqui

disse que o deixaria -- falei levantando e ficando a sua altura o encarava com uma raiva presa, não podia por tudo a perder com gabriel ali , ele riu debochado.

eu menti -- admitiu prendi a vontade de socá-lo -- Sabe qual e a verdade? -- ele falava baixo, pra ninguém ouvir e como a estação de trem era muito barulhenta, duvido que alguém tivesse prestando atenção, segurava a mão de gabriel pra mantê-lo perto de mim, balancei a cabeça em negação -- Eu vou sair da cidade com vocês, vamos fazer um passeio entre amigos

não sou seu amigo -- gabriel disse fazendo cara de raiva e prendendo o choro -- você é mal -- mason revirou os olhos e eu continuei esperando sua explicação.

Eu ainda preciso decidir onde vou deixar os corpos de vocês ou como vou matá-lo -- uma expressão de quem estava pensando surgiu em seu rosto -- Primeiro eu vou matar o pirralho e você vai ter que ver tudo, depois eu mato você e ai eu ficarei com a elena

acha mesmo que ela vai te querer? -- perguntei rindo

ela vai ter que querer, ou eu vou matar a filha dela, então pro bem daquela garota a elena vai me querer e me amar -- ele disse obvio -- E nós dois vamos criar sua bebe juntos, ela está perto de nascer né? não se preocupe, pra ela talvez eu seja um bom pai

você não vai encostar nos meus filhos -- eu estava prestes a explodir ali.

deixa de falar e vamos logo comprar as passagens -- ele disse apontando pra fila que estava andando,faltava mais cinco pessoas pra chegar a nossa vez -- Se falaram alguma coisa, ou tentarem uma gracinha eu tiro a arma da cintura e mato seu filho e você aqui mesmo -- levantou um pouco a blusa e mostrou a arma que estava na cintura, concordei no minuto seguinte e gabriel se escondeu atrás de mim,olhei ao redor e notei Ric perto da escada do local, enquanto que stefan estava no segundo andar, observando tudo de longe, olhei pra fila e faltava uma pessoa apenas pra nossa vez, mason a nossa frente olhando a todo momento pra nós dois, e com a mão perto da cintura, a moça que estava sendo atendida saiu com a passagem em mãos e mason ficou completamente de costas pra nós dois pra comprar a nossa, me abaixei pra ficar a altura de gabriel e ele olhou desconfiado, mas o abracei pra disfarçar.

presta atenção -- falei baixinho pra ele e olhei de relance pra mason que estava abrindo a carteira e pegando identidades falsas pra nós três, queria saber como ele havia conseguido aquilo e foto minha e do meu filho pra isso -- O tio ric ta bem ali -- apontei com o dedo discretamente e gabriel olhou mas o forcei a olhar pra mim -- Quando eu mandar você vai correr até ele e ele vai te levar de volta pra casa, entendido ? -- ele balançou a cabeça -- eu amo você

vou correr como flash? -- ele perguntou e notei que estava atrasando o atendimento de mason pois ele estava escolhendo a cidade que iríamos, assenti sorrindo forçado e arrumei sua jaqueta que estava caindo pra trás -- E você vai correr ?

eu vou logo atrás de você -- o assegurei e ele assentiu, mason olhou pra trás e chutou minha perna pra que levantasse e assim fiz, ele me olhou seriamente e apontou com o olho pra arma, balancei a cabeça em afirmação e ele voltou a atenção pra atendente -- Vai .. -- afirmei pra gabriel e ele saiu correndo na direção de Ric, desviando entre as pessoas, se bateu numa moça e caiu mas logo levantou e voltou a correr.

mas oque.. -- mason virou e viu ele correndo, pegou a arma da cintura e apontou na direção dele, e quando ia disparar empurrei seu braço pra cima fazendo o tiro ir no lustre do local, as pessoas começaram a correr assustadas e mason e eu começamos a brigar pela arma -- vou acabar com você -- novamente puxou o gatilho.

RIC :

Assim que damon entrou na estação, esperamos uns minutos como combinado e entramos, stefan seguiu logo pro andar de cima e ficou observando dali,parei perto da escada e fiquei fingindo estar mexendo no telefone com a cabeça baixa, levantando-a algumas vezes mas vagamente pra que o tal de Mason não notasse e quando menos esperava gabriel estava correndo na minha direção e tentando desviar das pessoas, caiu ao dar de encontro com uma mulher mas logo levantou e no minuto seguinte mason notou que ele estava fugindo e pegou uma arma, ouvir apenas o barulho de tiros e fechei os olhos achando que gabriel havia sido atingido mas logo após senti uma mãozinha segurar minha calça.

ta bem ? -- perguntei o pegando no colo e ele assentiu chorando.

ele atirou no papai -- ele falava chorando e eu tratei logo de sair dali com o mesmo, stefan vinha correndo logo atrás de mim -- ele atirou no papai

seu pai ta bem -- falei tentando acalmar ele e stefan parou ao meu lado ofegante como eu , estavamos na frente do meu carro, abri o mesmo e coloquei gabriel no banco de trás seguro, fechei a porta e olhei pra stefan, achando que ele estava indo na direção do carro dele mas o mesmo ia na direção da estação novamente -- Onde você vai ? -- perguntei sem entender nada -- Esse não era o plano

mas ele é meu irmão -- stefan disse me olhando e voltou a andar , na verdade correr pra estação, entrei no carro e fiz oque havia prometido a damon, levaria gabriel de volta pra casa e rezava pra stefan fazer o mesmo com damon.

ELENA :

Eu estava quase morrendo, andando de um lado pro outro e as vezes sentava tentando me acalmar, mas logo voltava a andar, meu coração batia tão rápido que cheguei a achar que morreria de ataque cardíaco, não recebia ligações e quando ligava pra damon dava na caixa postal, nunca me senti tão inútil e desesperada em toda minha vida, eu poderia perder muito coisa nessa noite, ou perderia meu filho ou perderia Damon. De toda forme eu perdia, e não estava preparada pra isso.

pelo amor de deus alguém liga pra policia -- eliza disse cansada de esperar e o barulho de pneus cantando e um carro sendo deligado soou na frente de casa, mais que depressa rebekah correu pra janela pra ver quem era.

É o Ric -- ela disse e continuei andando de um lado pro outro na sala -- E ele ta com o Gabriel -- sorriu suspirando e parei de andar pra ver se havia ouvido bem, um alivio percorreu meu corpo e eu acho que sorri, Giuseppe correu pra abrir a porta e por ela entrou um Alaric ansioso com gabriel no colo.

vem ca -- falei puxando gabriel dos braços dele e o peguei no colo o apertando, mas logo coloquei-o no chão já que não podia pegar peso, me ajoelhei e fiquei vendo se ele estava bem, o virando de um lado pro outro -- Graças a Deus você ta bem, ele não te machucou não ?

não , mas ele machucou o papai -- falou assustado e uma pontada no peito me atingiu, olhei pra ric implorando pra saber se era mentira.

Não sabemos, ninguém viu apenas ouvimos os tiros e eu fiz oque damon havia pedido, tirei gabriel de lá o mais rápido possivel -- ele disse respirando pesadamente.

e o stefan? -- rebekah perguntou

ele devia ter vindo mas decidiu voltar e ajudar o damon -- o loiro falou e procurou um lugar pra sentar, ric parecia cansado, assim como ele sentei no sofá e peguei gabriel pro meu lado, o abraçando enquanto ele chorava por damon, eu estava começando a ficar nervosa novamente, precisava agora era saber noticias de damon.

DAMON:

Saber que gabriel estava seguro me deixou mais calmo, mas eu ainda precisava me livrar de mason, estavamos brigando pela arma e ele estava disparando tentando girá-la na minha direção mas eu a mantinha pra cima, depois de seis disparos ele perdeu todas as balas e larguei a arma, deixando-a só pra ele.Sorri debochado pra sua cara que tentou disparar a arma em mim, mas não havia mais balas.

idiota -- falei indo pra cima dele e dei um soco em seu estômago fazendo ele se curvar de dor -- Mexeu com a criança errada -- mais um soco e ele riu, usando a arma pra me acertar no rosto, com a pancada cai no chão e levantei o rosto rapidamente, sentindo o gosto de sangue na boca.

vou acabar com você -- ele disse irado e partiu pra cima de mim,a gente começou a girar pelo chão batendo um no outro e senti duas pessoas me tirarem de cima dele, notei que eram policiais e logo depois vi stefan mais distante falando que o bandido era Mason e não eu, então eles me soltaram e seguraram ele.

pensei que tivesse levado gabriel -- falei olhando pra stefan, me sentia cansado e dolorido da surra que levei, apesar de ter batido muito também.

é meu irmão, eu precisava ficar e te ajudar -- ele disse me entregando um lencinho pra limpar o sangue da boca e antes de fazê-lo olhei pra trás e ví mason sendo algemado, ele me olhava com um sorriso insano no rosto, stefan eu ficamos observando -- Vamos pra casa -- ele disse dando as costas e começou a andar mas eu fiquei parado olhando mason, virei na direção de stefan e caminhei junto a ele.

cuidado -- um policial gritou e antes que pudesse virar pra ver oque era, senti o impacto no peito direito, e meu corpo foi pra frente um pouco, olhei pra stefan ao meu lado e ele tinha uma expressão de susto no rosto,antes que pudesse cair pra trás senti ele me segurar em meio ao chão gelado da estação, olhei pra mason e ele estava caído ao chão sendo mantido deitado pelos policiais já que havia conseguido pegar a arma de uma deles mesmo algemado e atirar em mim, ele me olhou sorrindo insano e olhei novamente pro meu irmão.

vamos chamar a ambulância, aguenta firme -- ele falava nervoso e eu sorri sentindo dores -- Vai ficar tudo bem, vai ver -- stefan estava chorando, sua mão tremia e estava suja com meu sangue.

tem muito sangue -- falei molhando os lábios e ele negou tentando mentir -- eu sei que tem stefan, você ta tremendo -- minha voz já saia fraca, e eu sentia minha vista ficar turva.

damon, presta atenção na minha voz -- ele falava desesperado e eu tentei manter-me acordado, mas ficava cada vez mais difícil -- Damon ? -- respirar doía e a voz de stefan ficava cada vez mais distante -- Você não vai morrer , ta me ouvindo ? -- comecei a tossir e senti o gosto de sangue na boca, não faz ideia de quanto tempo eu estava ali mas apenas ouvir a ambulância chegar e tudo se apagou.