Use Somebody escrita por Thaís Romes


Capítulo 20
Longe do meu lado.


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo! Adorei escrever esse capítulo, sério... Bom espero que vocês gostem!
Ps: Caso tenham reparado, algumas vezes o título do capítulo não faz muito sentido, bom todas as vezes que não consigo pensar em um título, uso o nome de uma das minhas músicas preferidas, como foi o caso de hoje! (Acho que estou pegando a mania da Felicity de dar informações desnecessárias).



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Abri meus olhos sentindo um gosto terrível de ferro na boca. Eu estava na caverna, mas não conseguia me lembrar de como cheguei. A ultima coisa que me lembro e do Oliver, ele dizia algo sobre a ilha... E a explosão! Olhei rapidamente para meu corpo na medida do possível. Estava machucada, minha perna enfaixada, havia aparelhos médicos a meu redor e um cateter em meu braço. Tentei encontrar minha voz, precisava chamar alguém, não poderia estar sozinha... Não poderia...

–Felicity! –Era Barry. –Ela acordou! –Gritou.

Então muitas pessoas apareceram ao meu redor. Diglle, Roy e ate mesmo Laurel estavam ali. Mas onde estava Oliver? Tentei levantar a cabeça para procurá-lo. Ele não me deixaria em uma hora dessas. Ou deixaria?

–O... Oli... Oliver. –Chamei com muito esforço.

Barry e Diglle se entreolharam o que me pareceu uma espécie de decisão mutua. Tentei me levantar novamente, mas nesse instante Barry injetou algo no soro que me puxou de volta a inconsciência.

OLIVER

Eu estava na outra caverna, sentado no chão sentindo pena de mim mesmo e me amaldiçoando por ser quem sou. Eu nunca deveria ter me aproximado de Felicity. Nunca deveria ter procurado a ajuda dela. Ivo me disse uma vez, quando o acusei por matar Shado, que ele pode até ter puxado o gatilho, mas eu fui quem mirou a arma. Essa frase ficava dando voltas intermináveis em minha mente... Eu mirei a arma na primeira vez que procurei Felicity. Ela não estaria no banco tentando pegar o rei dos relógios se não fosse por mim. Era minha culpa. E agora eu sei que não podemos mais ficar juntos. O som de passos me tirou de meus devaneios me deixando em modo alerta. Eram Laurel e Diglle.

–O que vocês estão fazendo aqui? –Acusei. –Não quero falar com ninguém.

–Não precisa falar. –Respondeu Laurel de forma doce. –Não viemos te convencer de nada, só não vamos deixar você sozinho.

Eles se sentaram cada um de um lado. Apoiei a cabeça nos joelhos me encolhendo enquanto chorava. Os dois permaneceram em silencio, sem me tocar ou tentar me fazer parar de qualquer forma. Respeitando minha dor.

–Como ela está Diglle? –Perguntei após muito tempo.

–Ela acordou. –Meu coração bateu mais forte. –Mais de uma vez para dizer a verdade.

–Ela acorda muito agitada chamando por você, entra em desespero quando percebe que você não está lá. –Disse Laurel. –Então Barry tem a mantido sedada.

–Eu não a faço bem.

–Nesse momento realmente não faz. -Disse Diglle se levantando.

Olhei para ele assustado. Tudo bem que eu decida me afastar dela, mas não pensei em momento algum que teria apoio. Laurel olhou para os próprios pés, desconfortável.

–Você pensa que é sua culpa não é verdade? –Perguntou Diglle. –Acha que foi você quem explodiu aquele restaurante? Por que não foi! –Ele andava de um lado para o outro irado.

–Eu a coloquei nessa vida! –Me levantei.

–Droga Oliver! –Começou. –Felicity já estava nessa vida antes de você a procurar, ou esqueceu que ela pesquisava a mesma lista que você usava para combater o crime?

–Mas fui eu quem a colocou em perigo deixando que ela me ajudasse.

–Se não fosse por ela você estaria morto! –Gritou. –Eu estaria morto, e até mesmo ela. –Apontou para Laurel que agora estava em pé parecendo assustada. –Estaria morta. Eu sei que você quer protegê-la. Eu também quero, mas não vou a abandonar para fazer isso. Por que isso Oliver não vai proteger ninguém além de você mesmo!

–Não estou pensando em mim!

–Não... Você não está pensando em nada!

–Oliver. –Chamou Laurel. –Sinto muito por todos que você perdeu. Sinto por sua mãe e por Tommy. Lamento por tantas outras que deve ter perdido durante os cinco anos na ilha. –Ela me abraçou, me consolando. –Lamento pela dor que deve estar sentindo agora. –Disse enquanto acariciava minhas costas. –Mas você precisa aceitar a felicidade Oliver. Precisa parar de se culpar por tudo.

–Mas isso é minha culpa. –Disse me soltando de seu abraço.

–Oliver. –Chamou Diglle. –Não foi sua culpa. Vocês estavam felizes, mais felizes do que eu já virá qualquer um dos dois estar antes.

–Se quer realmente o bem dela. Esteja ao seu lado quando ela acordar. –Falou Laurel. –E não siga seu instinto de correr sempre que algo bom acontece em sua vida. Não a abandone, por que isso não trará bem algum a nenhum dos dois.

Cheguei à caverna para vê-la. Barry estava sentado buscando algo no computador enquanto Roy estava em uma das duas cadeiras que foram colocadas ao lado da maca.

–Oi. -Falei me anunciando. –Como ela está Barry?

–Sedada, mas já que chegou posso acordá-la. –Ele pegou uma seringa e injetou no soro. –Dois minutos.

Roy se levantou da cadeira saindo da caverna junto com Barry. Peguei a mão de Felicity e esperei... Então aconteceu.

–Oliver. –Sua voz era um sussurro apenas, chamando meu nome ainda com os olhos fechados. Nenhum outro som no mundo jamais me deu tanta alegria.

–Estou aqui meu amor. –Respondi beijando sua mão. –Não vou a lugar algum.

Foi quando seus olhos se abriram...


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam!!!! Beijos.