Something Called Destiny escrita por Lizzie, Amanda Ragazzi


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olha que veio cedooooo!
É a vontade de terminar heuheue.
Bem, Sinto dizer mas este é o último capítulo sim !!! E ele será diferente terá musicas . EXEMPLO:
Quando tiver ***¹ e ***² em azul, cliquem, são as musicas em suas devidas ordens ;)
Quero mandar um Beijinho pra Linyelin que vai ter que me dar uma recomendação agora heuehuehuehue.
Acho que é isso. Ah e preparem os lencinhos, pq até eu chorei escrevendo ;)
Boa leitura
PALAVRA-CHAVE: THE



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P.O.V. DIMITRI.

Vou para lá, apenas para ver a cena mais chocante de toda a minha vida. Meu mundo desabando e aquilo acontecendo. Joshua enfia uma faca em Rose como se estivesse empalando alguém.

*** ¹

Não sei como chego até o tal Joshua, mas sei que quando começo a perceber minhas ações, vejo ele deitado no chão, com uma propícia poça do seu sangue se formando. Sua roupa está ensanguentada e ele se afoga com o próprio sangue. Tomara que morra e vá viver com o Diabo até o fim do universo.

Olho para Rose, que está perdendo sangue, tanto pela barriga quando pela cabeça. Ela faz umas caretas de dor. Sei que ela só está tentando se mostrar forte. Me abaixo ali e tento a aconchegar nos meus braços para levá-la para dentro da SUV em que ela veio. Mas a um simples na lateral do seu corpo, ela solta um gemido involuntário. Costelas quebradas. Deve ter sofrido algum dano. Começo a olhar apavorado para sua barriga. O bebê. Rose vai perder o bebê. Ela está perdendo muito sangue. Tiro minha camisa e coloco no local onde aquele desgraçado penetrou a faca, na tentativa de fazer um estancamento. Mas logo a camisa começa a ficar ensopada de sangue, empapando ainda mais as roupa de Rose.

Escuto os tiros começarem a sessar ao longe e escuto Hans perguntar se está tudo bem. Olho para ele, agora com Rose nos braços, e ele fica chocado por verem lágrimas se formando em meus olhos. Hans pega o telefone e começa a falar com alguém, ou melhor, começa a berrar com alguém na linha. Volto meus olhos novamente para a Rose ferida em meus braços.

— Roza... Vai ficar tudo bem. Vamos te levar para o hospital e você vai sair de lá novinha em folha.— Digo olhando pra ela. Queria acariciar seu rosto. Mas talvez se eu fizer isso, o estancamento do sangue não vai ter quase efeito nenhum. Rose faz uma careta e eu sorrio um pouco.

— Você sabe como eu gosto de hospitais não é camarada?— Disse ela já com a voz enfraquecida. Tive vontade de dizer para ela não falar, mas se ela parar e adormecer talvez seja o fim. Mesmo fraca, preciso mantê-la na ativa para a vida. Não posso simplesmente perder o amor da minha vida logo quando eu o encontro.

— Sei sim Rose... Mas você sabe que precisa ir.— Digo num tom autoritário. Rose solta um riso desmaecido. Seus olhos estão começando a ficar opacos.

— Dimitri, prometa pra mim, que não importa oque aconteça. Morrendo aqui ou não, você vai seguir em frente certo?— Fala ela olhando fixamente para mim. Sei que ela quer uma resposta, mas não consigo falar. Ela não pode morrer e me deixar. Nunca vou encontrar alguém que com um simples sorriso, aqueça meu coração e me faça querer rir junto. Alguém tão teimosa que chega ser linda. Eu a amo tanto que dói. Dói, dói tanto que só o fato de imaginar ficar sem ela, já abre um buraco em minha alma. Eu a amo, e nunca tive tanta certeza de algo como isso em toda a minha vida. A amo com todas as minhas forças, e também, com todas as forças que eu não tenho. Se eu pudesse, daria minha vida somente para que ela continuasse espalhando sua beleza, carinho e tudo que se encontra de bom nela. Lembro então, que ela ainda aguarda uma resposta sobre a sua pergunta. Olho para ela, seus olhos cada vez mais pertos de se fecharem. Me pergunto se seria a última vez que eu veria aqueles olhos castanhos brilhantes. Se escutaria mais uma vez aquele humor sarcástico. Se acordaria de manhã antes dela, vendo seus cachos negros desgrenhados sobre o meu travesseiro. E talvez até, ela correndo atrás de nosso pequeno. Imaginei sempre ambos parecidos...

— Dimitri.— Rose olha fixamente pra mim, acariciando fracamente a minha mão que está tentando estancar o sangramento.— Prometa pra mim, por favor. Que você não vai se condenar. Você não é o culpado disso tudo.

— Roza eu...—Digo sentindo as lágrimas descendo livremente pelo meu rosto.

— Só... Prometa...— Dizia soltando um leve suspiro com o semblante sofrido.

— Eu prometo Roza. Eu prometo.— Falo me desesperando com seu tom fraquíssimo. Ela sorri para mim. Talvez nunca mais eu veja estes sorrisos lindos dela. Cheio de felicidade. Mesmo que talvez sejam os últimos e mais sofridos momentos dela, preciso apreciar cada detalhe de si.

E com um simples mover de lábios, Rose diz "obrigada". E então seus olhos ficam mais opacos ainda e começam a se fechar. E é ai que percebo. Rose começa a se render a escuridão. Aquela que é somente um vazio no nada.

****

Olho para o céu. Um dia lindo demais para ficar sentado dentro de casa trabalhando. Levanto de minha cadeira e vou até a varanda dos fundos.

Finalmente as coisas se ajeitaram, sem Interpol, sem perigo, somente eu meu amor. Comprei uma casa no estilo Vitoriana em um bairro nobre. Penso em como a vida ficou mais calma após sair da Interpol.

Vejo uma pessoa baixinha passar correndo por mim. Cabelos castanhos e cacheados. Uma pequena cópia da mãe, mas em versão masculina.

— Papai, papai. Me ajude a fazer uma pipa?— Olha o pequeno garoto com os olhos brilhantes em minha direção. Sorrio e vou até ele dobrando as mangas da camisa até os cotovelos.

Depois de fazermos a pipa e colocarmos ela no céu, o pequeno explica o motivo repentino de querer uma pipa.

— Eu pensei papai, que como a mamãe está no céu, poderíamos fazer companhia para ela de algum jeito. A pipa somos nós, e o céu é ela. Então ela sempre olha a gente e agora nós sempre estaremos com ela.

*** ²

Acordo de supetão no banco do hospital. Vejo Hans ainda andando de um lado para o outro. Que sonho... Talvez tudo tenha haver com a situação e a tensão em que todos nós nos encontramos agora.

Hans olha para mim e lança um olhar de compreensão. Acabei tendo de contar tudo para ele a caminho do hospital que aqui na sala de espera. Afinal, não poderíamos deixar tudo isso passar escondido. Ele escutou e apoiou tudo desde a primeira até a última palavra proferida por mim. E quando soube do bebê, correu mais ainda com tudo.

Agora estamos todos aqui, até o pai de Rose veio, mas está observando a cirurgia de algum lugar. No início fiquei com medo de conhecer ele, mas na situação que estamos, o único medo de ambos nós dois é perder a Rose. Falando nela, não temos notícias a mais de horas. Ela foi para as cirurgias e até agora nada. Nem para dizer se ela está mais pra lá do que pra cá.

Levanto e vou até o térreo do hospital, onde tem uma cantina com um café forte. Estou bebendo cafés aqui faz um bom tempo. Chego lá e a moça do balcão nem pergunta oque eu quero, só a quantidade.

— Noite difícil, não?— Disse mascando um chiclete.

— Um pouco.— E você não imagina o quanto.

Pronto para sentar e beber meu café o meu celular toca. É Hans. Atendo antes de tocar pela segunda vez.

Belikov. O médico está aqui com notícias da Rose. Acho melhor você vir aqui.— Disse ele já desligando.

Não perco tempo e vou voando para o andar da Rose.

Chego correndo na sala de espera e o médico conversa com um Hans atento a tudo que lhe é dito. Olho para o médico um a esperança de que ele me traga uma boa notícia. Uma ótima notícia. Mas assim que Hans começa a se afastar com Ellen, percebo que as coisas não estão tão boas quanto eu imaginei.

— Senhor Belikov. Sinto dizer, mas o seu menino não sobreviveu as cirurgias. A quantidade de sangue perdida na região foi muito grande.— Sento na cadeira. Meu mundo desaba. Era um garoto. O meu garoto. Nunca vou poder jogar bola com ele. Empinar pipas, correr, levar pra escola, ver sua colação de grau. Se casar, nos dar netos... Nada disso...

Coloco as mãos no rosto tentando afastar as lágrimas que fazem meus olhos arderem.

— Sentimos muito mesmo. Fizemos de tudo. Mas só conseguimos manter a menina viva a todos os processos, e ela aguentou tudo firme e forte.— Disse ele tentando me consolar. Uma menina. Eram gêmeos. Minha menina.


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Notas finais do capítulo

Bem, isso é o fim... Não me matem pelo fim vago... Era pra ser assim e está sendo ;)
Obrigada a todas!
Não sei quando voltaremos com o epílogo. Mas esperamos que seja depressa.
Não tenho muito oque dizer... Então bye e até epílogo, onde vou chorar até as tripas haha
PALAVRA-CHAVE: END