Edward PDV

Caraca que tombo. Apressei-me em descer e socorrê-la.

Encontrei-a deitada com os braços e pernas abertas e a testa sangrando. Ao ver aquela cena meu coração se partiu, ela parecia estar muito mal.

Agachei-me ao seu lado e tentei reacordá-la. Mas nem sequer um sinal de que estava consciente. A peguei no colo e coloquei deitada no sofá; sei que não deveria ter mexido, pois se ela tiver algum ferimento grave, locomove-la seria pior para seu estado.

Dei leves batidinhas em seu rosto e nada dela acordar.

As luzes da casa acenderam de repente e meu pai apareceu no topo da escada.

– Edward? Oh meu Deus, o que houve? – perguntou ao notá-la desacordada e sangrando no sofá.

– Ela se assustou comigo na escada e caiu. – poderia ter acontecido o pior, mas ela ainda está viva, eu sei por que medi os batimentos do seu pulso e ela ainda respira.

– Você não deveria ter mexido nela, sabe disso. – reprovou

– Eu sei.

Meu pai tentou reanimá-la, mas de nada adiantou. Ele me contou que a garota se chamava Isabella e era filha da Esme, eu me senti um idiota por ter pensado que eram crianças, mas ele me disse que os três tinham quase a mesma idade que eu e meus irmãos. Menos mal.

Depois de uns minutos ela começou a se mexer. Meu pai tentou chamá-la, mas ela não respondia. Então resolvi fazer alguma coisa. Nada melhor do que um tapa – fraco – no rosto pra despertar. Espero que dessa vez funcione.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI. – gritou abrindo os olhos

Ta, acho que não foi tão fraco assim.

Bella PDV

Aiii minha cabeça dói, minha perna dói, meu braço dói. Tudo dói.

Que droga de escada. Que droga de garoto psicopata que tentou me atacar. Que droga de casa. Que droga de corpo dolorido. Que droga de aquecimento global. QUE DROGA.

Eu sinceramente acho que desmaiei, porque estou me sentindo uma gelatina. É essa a sensação de quando se desmaia né?

Depois de um tempo em órbita viajando com os duendes da minha imaginação – bati forte a cabeça – consegui ficar consciente.

Mas tudo que é bom dura pouco. Ouvi a voz do doutor me chamando e não respondi. Não mesmo, não sou obrigada a responder quem eu não quero.

Esperei ele desistir pra que eu pudesse ficar numa boa de novo com meus “duendes” – incluindo a Alice, é claro, ela também estava no grupo dos meus amiguinhos –, até que senti um chute na cara e gritei abrindo os olhos.

É, não foi exatamente um chute, mas mesmo assim doeu.

– QUEM FOI O IDIOTA QUE ME BATEU? – continuei gritando, olhei para o doutor e percebi que tinha mais alguém na sala.

Peraí, foi esse o psicopata de cabelo acobreado que me atacou na escada?

– Você está bem Bella? – perguntou o Carlisle.

– Foi você. – ignorei sua pergunta e apontei para o garoto perto de mim.

– Eu? Eu o que? – fez cara de desentendido.

– Você me atacou na escada. – acusei

– Eu não fiz nada, nem sequer te ataquei. Você que se jogou. – me olhou com indiferença.

Ah que ridículo. Ainda me acusa de causar minha própria quase morte... Que ousado.

– Ah, tem é graça. A culpa é sua que apareceu como a sombra do mal pra me assustar e me derrubar. – falei indignada

– Pelo jeito o tapa foi forte, você já ta tendo alucinações. – falou divertindo-se

– Foi você que me bateu? – levantei sentindo pontadas na costela.

– Você estava desacordada há muito tempo, eu tinha que fazer alguma coisa. E nem foi tão forte. – cruzou os braços me encarando.

– Não foi tão forte? NÃO FOI TÃO FORTE? Além de tentar me matar ainda me bate? – o encarei furiosa.

– Calma Bella, foi o Edward que te socorreu quando você caiu. E acho melhor você se sentar porque poderá piorar a sua situação. Você acabou de cair de uma escada, então é melhor não abusar. – falou o doutor

Olhei pra ele com desdém e pensei seriamente em mandá-lo pra PQP. Mas resolvi que seria melhor me sentar, minhas costas davam sinais de vida.

– Toma esse comprimido Bella, vai amenizar as suas dores. - falou me entregando os comprimidos e um copo com água.

– hmm, Obrigada. – falei baixinho, se ele escutou, ótimo, se não escutou, melhor ainda.

– De nada. – é ele ouviu – eu vou lá em cima ver se todos já acordaram e contar o que houve. Edward fique aqui pra caso ela precise de algo. – deu ênfase a última frase.

Eu não entendi, mas tudo bem. E eu nem preciso de babá. Muito menos uma babá assassina.

– E então, como você está? – perguntou quando ficamos sozinhos

– Tirando os hematomas permanentes e a dor insuportável?... É ta tudo bem – falei ironicamente. Ele sorriu e se aproximou de mim, sentando ao meu lado.

– Eu queria te pedir desculpas. Não era minha intenção assustá-la, e muito menos machucá-la. – falou parecendo sincero.

– Você ta falando sério? – perguntei incrédula. Enrugou a testa sorrindo e confirmou com cabeça.

– hmm, ta tudo bem não se preocupe. – tentei não mostrar minha desconfiança.

Nossa, que progresso. Há alguns minutos nós estávamos discutindo e agora isso? Ele deve ser bipolar, só pode. Não posso falar nada, eu também sou. Pelo menos é isso que a Alice fala. Mas, não se deve confiar muito no que ela diz. Enfim, não custa conversar civilizadamente né? Nada mais que isso. Devo esclarecer, se não ficou devidamente explicado, que ainda não quero nenhum envolvimento afetivo com os Cullens.

– Que bom. Mas a culpa ainda é sua. – falou arrogante. Arfei incrédula. Como pode uma coisa dessa?

– Ah vai começar? – perguntei irritada.

– É brincadeira. Eu só queria te provocar. Percebi que você fica irritada por pouca coisa. – riu levemente, sorri, na verdade ficou parecendo uma careta, e me recostei no sofá. Depois de um tempo o silêncio ficou desconfortável e ele foi o primeiro a quebrá-lo. Ainda bem, não estou nem um pouco a fim de puxar assunto.

– O que você acha de começarmos tudo de novo? Primeiro as apresentações. Eu sou Edward Cullen. Prazer. – falou estendendo a mão.

Olhei pra sua mão pensando se deveria ou não apertá-la.

– Isabella... Swan – suspirei e apertei sua mão rapidamente.

– Você é filha da Esme, certo?

– hmm, é... eu acho que sim. – ele riu

– Pelo jeito você não está nem um pouco feliz de estar aqui, não é? – perguntou parecendo interessado.

– Eu queria estar na minha casa, ao invés de estar em um lugar em que eu não me sinto bem. – falei sem pensar e conseqüentemente fui sincera

– Olha Isabella

– Bella, eu prefiro que me chamem de Bella. - interrompi

– Tudo bem então, Bella, - sorriu e continuou - eu também não estou nada feliz com isso. Mas, nós poderíamos nos entender e tentar ser amigos pra felicidade dos nossos pais? – falou olhando em meus olhos.

– Eu creio que não dará certo. – abaixei a cabeça

– Por quê?

– Purque eu num lavo rorpa nu rio. – fiz voz de caipira e balancei as mãos como se estivesse no tanque.

– han? Que negócio é esse de rio? – eu ri, tentei explicar de uma forma que não soasse arrogante e mal-educada.

– Eu não acho que devemos ser amigos. Sinceramente. Mas, acho que conhecidos já é o bastante. – sorri observando sua reação. Ele ainda ficou confuso com o que eu disse de lavar roupa no rio, mas, por fim sorriu torto e me olhou nos olhos, provavelmente pensando no que falar.

– Okay, é uma boa. Mas, eu também percebi que você não gosta muito do meu pai. Por quê? – perguntou curioso.

– Eu prefiro não falar sobre isso. – fui honesta negando com a cabeça

Achei melhor não responder, não sei se deveria falar porque não gosto do Carlisle. Eu não sei explicar isso. A única coisa que eu sei é que minha mãe confiava em mim, me falava tudo que acontecia em sua vida. E hoje ela está namorando, esconde as coisas de mim e ainda me traz pra passar férias com o homem que eu nem sabia que existia. Acho que foi isso que me magoou, saber que minha mãe escondia um relacionamento de mim, saber que ela teve medo... medo de me contar que tinha encontrado um novo amor. E eu não entendo porque ela escondeu isso. Eu não seria capaz de proibi - lá VIVER. Eu apenas queria honestidade. E ela não me deu isso. Preferiu ficar de segredinho com o namoradinho riquinho. Isso é ridículo. O que eles querem? Uma convivência forçada? Eu não queria estar aqui. Eu não quero ter intimidade com ninguém dessa família. Só oi e tchau já esta ótimo. Eles poderiam namorar normalmente, só era ter me contado desde o inicio. E eu não faria questão de conhecê-lo, só de saber que ela confiou em mim pra contar, já era o suficiente. Ele pode até ser um cara legal, mas ele não é meu pai. E nunca vai ser.

– Tudo bem, não vou insistir... han, tem só mais uma coisa que eu estou meio intrigado. – perguntou hesitante.

– ta, fala ai.

– Porque quando me viu na escada você gritou? – perguntou divertido e tentando esconder o sorriso.

– Então,...- pausei, pensando no que dizer – eu me assustei, achei que você fosse um maníaco tarado... e que iria me atacar. – assumi envergonhada. Ele pra ajudar, gargalhou loucamente, se divertindo com minha desgraça. O olhei feio e cruzei os braços emburrada. Tava bom demais pra ser verdade.

– Desculpa, mas é que foi engraçado. E desculpe de novo por ter te assustado. Não foi minha intenção. – continuou segurando o riso.

– hmm, sei. Tanto faz. – falei ignorando seu sorriso idiota.

Ta, foi até bom ter conversado com ele. Mas nós não nos conhecemos muito bem então sem muitos detalhes sobre minha vida e sobre a dele. Só que tive que ser sincera sobre algumas coisas. Afinal, não gosto de mentir. Apenas sobre assuntos necessários, se é que me entendem. Não entendem? Então, deixa pra lá.

Felizmente, minha mãe, meus irmãos, o Carlisle, uma menina loira – aliás, super bonita, meu ego foi pro lixo depois de ver ela. Sério mesmo. – e um garoto - também loiro e com cara de galã de novela das oito. Só tem gente loira e bonita nessa família? Tirando o Edward é claro. Ele nem é tão bonito, ah eu não achei. Ele é simpático. Ta bom eu assumo ele é charmosinho, nada mais que isso. -, desceram as escadas e vieram em minha direção.

Garanti a todos que estava tudo bem e que não precisavam se preocupar. Conheci a Rosalie e o Jasper que são muito legais e simpáticos, só que esse Jasper me intriga. Ele é bonito sim, como já comentei só que tem uma expressão estranha, tipo meio sério e conquistador. Intrigante. Mas, interessante.

Depois de um tempo Carlisle chamou todos pra tomar café. Ótima hora pra resolver – um dos – problemas que me assolam.

– Você poderia ter me falado que ele tinha filhos, não poderia? – falei normalmente para minha mãe, quando ficamos sozinhas na sala.

– Eu achei que você não iria vir se soubesse. - falou surpresa com minha pergunta

– Isso não justifica você “esquecer” de falar que seu namorado tem filhos.

– Filha me escuta. – tentou argumentar

– Não mãe, você acha que eu sou o que? Um monstro? Que eu não vou entender se você me falar algo importante ou algo ridiculamente pequeno como seu namorado ter filhos? Sua falta de confiança em mim me surpreende.

– Bella, eu sei que escondo muita coisa de você. Mas não é por querer querida, acredite em mim. – disse acariciando meu rosto e abrindo os braços para me abraçar.

No começo relutei. Mas ela é minha mãe, não podemos ficar brigadas por algo tão idiota. E eu acho que não teria coragem de falar na sua cara tudo que eu acho. Eu iria com certeza magoá-la e não é isso que eu quero.

– Okay. – falei indo abraçá-la

Emmet PDV

Depois do infeliz acidente com a Bells, fomos todos filá a bóia.

E devo acrescentar que eu enchi o bucho com aquelas comidas. Cada coisa que até mendigo pagaria pra comer. Sérião.

Como imaginei a Belletz não ficou nem um pouco feliz em saber que o Carlisle tem filhos, mas como sempre ela tentou esconder isso de todos. O problema é que de mim ela não esconde esse tipo de coisa. Eu sou esperto demais pra ser enganado, ta pensando o que. Com Emmet não se brinca.

Uma coisa não me passou despercebida. Aquela loira estonteante que para até bicicleta em parque aquático. Que garota linda, meu coração pulou mais que bunda de passista em carnaval. E pra piorar a minha situação ela sentou bem ao meu lado no café da manhã.

Quando terminamos o café e todos foram resolver seus respectivos assuntos, eu fiquei a observando e quando ela saiu da casa eu não perdi tempo e a segui. Precisava conversar com ela. Nem que seja só um pouco. As minhas intenções são as melhores, só quero conhecer melhor minha nova “irmãzinha”.

A encontrei sentada na beira da piscina com os pés dentro d’água. Fui a sua direção e me sentei perto colocando também os pés dentro da piscina. Ela olhou pra mim e sorriu.

– Oi. – falei tentando puxar assunto

– Olá. – falou simplesmente, mexendo os pés

– Emmet. – me apresentei esticando a mão que ela prontamente apertou.

– Eu sou Rosalie. – olhou pra mim e sorriu baixando a cabeça. Opaaa, aquilo é uma tatto atrás da orelha dela?

– Ih ó lá, você tem uma tatuagem? – cara é linda. A tatuagem e ela.

– É eu fiz há algum tempo. – riu delicadamente.

– É uma formiga em cima de uma folha? – perguntei fascinado

– Sim. Eu sou apaixonada por insetos. Então resolvi demonstrar meu amor por eles. – sorriu virando a cabeça pra mim.

– Eu também amo insetos. Eu tinha um grilo chamado Criseildo – pausei, a emoção era tanta que deixei escapar uma lágrima.

– OMG você esta chorando? – perguntou preocupada

– Não, homem não chora. Só entrou um cisco. – funguei e passei a mão no olho. Qualé Emmet, chorando agora? A gata vai achar o que? Que você é uma garota emotiva. Se recomponha mano. É isso ai. – voltando ao assunto, eu tinha um grilo, mas infelizmente ele morreu. – abaixei a cabeça sem conseguir me controlar. Me surpreendi quando a vi sorrindo fraco e passando a mão nas minhas costas. Me confortando.

– Eu sinto muito. Sei como é perder algo ou alguém que você ama. – falou carinhosamente

– É. Mas, em homenagem ao meu parceiro eu também fiz uma tatuagem. – sorri e levantei a camiseta.

Agora ela vai se sentir seduzida pelo meu corpitcho.

Rosalie PDV

Depois de conhecer a família Swan, que devo falar que aparentam ser pessoas maravilhosas, sai da casa em direção a piscina. Esse lugar me tranqüiliza, eu gosto de ficar aqui sozinha pra pensar.

Mas, depois de um tempo alguém senta ao meu lado, era o Emmet. Ele tem uma cara de bobão que me faz sorrir só de olhá-lo.

Conversamos algum tempo e descobri que ele é um garoto encantador. Por incrível que pareça ele viu minha tatuagem e se emocionou ao lembrar-se de seu grilo, que se não me engano se chamava Criseildo.

Senti-me totalmente na obrigação de reconfortá-lo. Mas, logo depois ele fez uma coisa que no começo me surpreendeu. Levantou a camiseta até o pescoço revelando uma tatuagem linda de um grilo bem em cima do coração. OMG que lindo.

– Eu decidi fazer depois da morte dele. – falou passando a mão em cima do coração. Ai gente que fofo.

– É muito lindo. – falei

– Obrigado. – agradeceu baixando a camiseta.

Ah que garoto mais sentimental. Depois dessa demonstração de afeto pelo pequeno grilinho, continuamos a conversar sobre coisas sem importância como: escola, faculdade, comida, musica, medos entre outros.

Ele é um garoto especial. Parece ser meio desprovido de inteligência e brincalhão, mas, ele é maduro, mesmo que não pareça, é inteligente em algumas coisas e muito alegre.

Eu gostei dele. Espero que sejamos ótimos amigos. Eu pelo menos quero isso.

Jasper PDV

O ruim das férias é que a cambada ta toda viajando e você não têm quem pegar.

Não, eu não sou um cafajeste, mas faz falta dar uns roles com as gatas. Se é que me entende.

Agora mudando totalmente de assunto. Quem aquele bombadão pensa que é? O super-homem versão modelo da Calvin Klein? A meo o cara parece um monstro e fica andando por ai sem camiseta só pra humilhar os gostosos como eu. Eu não estou com inveja. Nunca senti inveja de ninguém, aliás, esse é um sentimento horroroso. Mas, bem que ele deveria respeitar, essa é uma casa de família.

E falando em família, que baixinha é aquela heim? Brother ela é muito linda, e nem precisa fazer força pra ser atraente.

O pequeno problema é que ela é minha quase-irmã. E seria imperdoável querer algo mais que amizade com ela.

Pensando bem, nem seria tão imperdoável né? Pow a gente nem é do mesmo sangue.

Não Jasper, isso é errado.

É melhor conversar com o Edward, eu já estou até discutindo comigo mesmo.

Encontrei-o na sala de TV assistindo... nada. Pois é ele estava sentando no braço do sofá olhando pra TV desligada. Pode uma coisa dessa? Desconfio seriamente que ele tenha problemas.

– E ai? – falei batendo em suas costas. Para minha não surpresa ele se assustou e caiu do sofá. Agora me diz como ele conseguiu essa proesa? A pessoa tem que realmente estar com problemas. Problemas sérios. Não me controlei e ri dando a volta no sofá e sentando. Ele se recompôs e sentou em uma poltrona quase a minha frente.

– Pow não chega assim assustando as pessoas, imbecil. – me chingou o que me fez rir mais ainda.

– Você anda muito distraído cara. Qual o problema? – perguntei

– Nada. Só estava pensando na conversa que eu tive com a Kenia agora a pouco e na Bella que caiu por minha causa. – falou derrotado.

– A mano a culpa não foi sua, tira isso da cabeça, e ela já está melhor. Então, desencana. – tentei consolá-lo, ele apenas confirmou com a cabeça

– Então, que lance é esse com a Kenia? O que aconteceu dessa vez? – no momento em que ele abriu a boca para responder, aparece a Alice saltitante sentando ao meu lado com um sorriso de orelha a orelha.

– Oi gente. Estou atrapalhando? – falou se acomodando mais ainda no sofá.

– Não imagina. – falei a olhando

– hmm, que bom. Na verdade eu vim aqui pra nos conhecermos melhor. Prazer Alice. – sorriu mais ainda estirando a mão pra mim. Eu apertei delicadamente sentindo a textura de sua pele macia. Iiiih para que coisa. Logo depois ela esticou a mão para o Edward que apertou distraído. É impressionante como ela se enturma fácil.

Essa menina sorri pra caramba né? Como consegue? Mas, ela fica linda sorrindo. As bochechas rosadas e os lábios delicados, os olhos se apertando. Oh que droga, eu tenho que parar com isso. Mas, não consigo. Quando eu a vi no café da manhã me cativei com sua simplicidade e alegria.

O pior é que até agora ela nem sequer olhou direito pra mim, não demonstrou nem um pouco de interesse. Nem se abalou com meu charme. Ótimo era isso mesmo que eu precisava. Não ser notado é uma maravilha, principalmente quando você ta a fim da pessoa. Acredite o mundo fica lindo quando isso acontece. É eu sou irônico quando estou frustrado.

Coloca na sua cabeça que ela é sua MEIA-IRMÃ seu idiota.

Sei que esse interesse foi meio prematuro, só que é assim comigo. Eu olho de primeira e se me interesso já era.

Se fosse outra garota já estaria aos meus pés. Porque eu tenho que querer justo ela? Uma Swan, que agora é parte da minha família?

Meu pai vai me matar se souber que eu já to de olho na filha da Esme. Eu mereço.

Será que ele entenderia se eu só ficasse com ela uma vez? Afinal é só isso que eu quero. Ele entenderia né?

Ah fala sério. Não se iluda. É lógico que não.

Alice PDV

Ah eu amei essa casa. É a coisa mais linda que eu já vi. Babei litros no meu quarto. É tão bom ver minha família toda unida de novo. São poucas as vezes que nos encontramos em um mesmo lugar, juntos, mesmo sendo totalmente opostos, nós fazemos questão de viver como uma família feliz, entendendo e agüentando as diferenças. Porque é assim que uma família deve ser. Minha felicidade é tanta que eu poderia até cantar.

(N/A: é só um pedaço da música que a Alice canta mentalmente rsrs’. O link ai embaixo é mais fácil pra ouvir, porque abre direto no media player. Divirtam-se. Quem não conseguir é só avisar, porque na próxima colocamos dois links.)

* * *

# abre direto no media player #

http://www.sissinossosite.net.br/Inter-A/Avril-Lavigne/Anything-But-Ordinary-(Bonus-Unplugged).mid

Sometimes I get so weird
I even freak myself out
I laugh myself to sleep
It's my lullaby

Sometimes I drive so fast
Just to feel the danger
I wanna scream
It makes me feel alive

Is it enough to love?
Is it enough to breath?
Somebody rip my heart out
And leave me here to bleed
Is it enough to die?
Somebody save my life
I'd rather be anything but ordinary, please

* * *

Okay, agora sem cantoria. Os filhos do Carlisle são pessoas adoráveis. Eu não entendo porque a Bella não gostou deles. É claro que ela tentou ser simpática e tal, mas, mesmo assim ela não quer nenhum envolvimento com nenhum deles. Se ela não quer, eu quero. O que eu mais gosto é sair pra festas e fazer compras e agora que eu tenho mais três irmãozinhos vai ser uma maravilha.

Eu estou amando essa junção de famílias. A Bella deveria se esforçar pra ser gentil né? Eu acho que sim. Eu acredito que a birra dela com os Cullens é um tremendo exagero. Até porque não tem motivo pra ela não gostar deles.

Mas eu também percebi que ela teve uma ótima conversa com o Cullen mais velho, Edward. Ele é bonitão, na verdade todos eles são.

O Jasper eu achei meio esquisito. Ele fica me olhando com uma cara estranha. Não gostei nada, nada. Talvez eu esteja enganada, espero que sim.

Vai ser demais quando todos nós sairmos para nos conhecermos. Eu adoraria ter uma relação saudável com todos eles. Vai ser gritante.

Agora voltando no tempo um tiquinho. A Bella tem que se acostumar e se adaptar a nossa futura família. Não custa nada. Eu acho até que foi bom ela ter caído da escada. Calma, calma, eu não sou uma louca de humor negro. Não, não. É que com essa queda ela meio que sem querer acabou se aproximando um pouquinho dos dois Cullens machos, agora só falta os outros dois.

Mas, eu creio que isso não vai dar certo. Ela é uma pessoa difícil de conviver, então conseqüentemente vai ser difícil conviver com ela. HAHA’ piadinha escrota, mas tudo bem.

Vou voltar no tempo de novo. Depois do acidente com Belletz nós todos fomos tomar o delicioso café da manhã. Os Cullens são extremamente educados e adoráveis. Se eu falar adorável de novo, por favor, me mata.

Ah, já ia esquecendo, eu conversei com o Edward e o Jasper. Demais né? Eu sei. Pra falar bem a verdade eu meio que me intrometi na conversa deles, mas quem se importa? Eu não.

Esse foi mais um momento em que descobri mais sobre eles. Por exemplo, descobri que o Edward tem namorada, garota sortuda né, fala ai? Mas, eles estão passando por uma crise. Arrã eu descobri até isso. Às vezes me surpreendo comigo mesma.

Continuando, o apelido do Jasper é Jazz. Estranho pra caramba. Quem em sã consciência se chama Jazz? Mas eu duvido que ele tenha escolha. Eu particularmente prefiro Pagode, Jazz é um ritmo completamente chato e irritante. Será que ele gostaria de ser chamado de pagode? Qualquer dia eu pergunto.

Só falta a Rosalie pra conversar. Mas, é super difícil achar alguém nessa casa. Fala sério, onde esse povo se enfia. Depois do café todos evaporaram. Só achei o Ed e o Pagode. Eu tenho intimidade okay? Se conforme.

Não vejo a hora de sair dessa casa e conhecer as baladas de Washington. Pra ser sincera eu nem queria estar em Forks. A cidade é muito pequena, não tem nada pra fazer. Quem sabe eu não consigo convencer minha mãe pra que a gente possa viajar pra outro lugar. Seria maravilindo.

Mas, como acabamos de chegar eu ainda quero conhecer os lugares e beber até me mijar. É foi exagero. Qual o problema de curtir e aproveitar? Nenhum. Na verdade tem problema sim, porque depois que volto da balada esqueço tudo que aconteceu. É frustrante não saber o que você aprontou.

Eu sou uma moça de família, então provavelmente não faço nada de exagerado. Meus irmãos nunca me falam o que eu fiz. Não sei por quê. Pessoas bobas.

Eu sei que sou demais, e muito comportada, portanto sou uma Lady e me comporto como tal.

Vou provar isso esse final de semana, quando todos nós formos para o putz putz. Só preciso chamá-los. Afinal não conheço nada dessas cidades da redondeza então alguém que conheça precisa ir.

E duvido muito que recusem meu pedido. Ninguém nunca recusa um pedido de Alice Swan.

CONTINUA...