O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 59
Capítulo 53 - Arco de Gaia: Monstro


Notas iniciais do capítulo

~desvia das pedras, tomates, facas e afins~
OIEEEE
OLÁ MEU POVO. QUANTO TEMPO.

Depois de quase fucking cinco meses, CHEGAY.
Não vou nem dar desculpa, pq n tenho esse direito. kkkkkk' Mas caso queiram saber, foi uma mistura de preguiça, falta de inspiração e desmotivação. -_-'
Maaas, aqui estou eu. Não sei se gostei mt dessa budega, mas precisava postar. kkkkkk'

Boa leitura! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541820/chapter/59

9 anos antes...

O fogo trepidava em grandes chamas que emanavam um calor sufocante. Suas vistas estavam embaçadas e provavelmente não enxergariam mais nada além da morte em alguns instantes. O sangue escorria por seus braços e pernas, dentre as quais uma delas se encontrava quebrada e disposta em um ângulo estranho ao chão. Queimaduras surgiam por sua pele, embora ela já tivesse alcançado o limite de dor, onde seu corpo já se encontrava dormente. Tentou mais uma vez se levantar, inutilmente. Sua garganta já se estava seca o suficiente para não ter mais voz para gritar.

Sorriu.

Que belo fim.

Pega por sua própria indiferença. Traída por sua própria traição.

Realmente, um belo fim para alguém tão desprezível quanto ela.

Tirando os longos cabelos negros do rosto, deitou-se sobre o chão quente e repleto de destroços. Levantando seus olhos para o teto que era destruído pelo fogo, enxergou os últimos pedaços de madeira que ainda seguravam o andar superior sobre sua cabeça partindo-se.

O fim havia chegado. Esperava que a morte fosse rápida o suficiente para ela não chegar a senti-la. Fechou os belos olhos verdes, esperando apenas o impacto e a escuridão que a aguardava. Ouviu a madeira finalmente se partindo e então caindo sobre si.

Será que o inferno era tão quente quanto ali estava?

Os destroços começaram a tocar seu corpo, sentiu o formigamento em sua pele, já dormente, sob as farpas e madeirites e então o calor havia sumido, assim como a sensação dos restos do antigo teto caindo sobre si.

Se aquilo ali fosse o inferno, parecia muito menos assustador do que diziam, ironizou consigo mesma.

Abriu os olhos. As chamas também haviam desaparecido. O que a cercava agora eram árvores frondosas e de folhagem verde escura, sob um céu muito azul e sem nuvens. Estava começando a pensar se havia sido receptora da Misericórdia Divina e mandada ao paraíso ao invés do inferno, onde claramente era seu destino certo, quando percebeu alguém arfando, jogado no chão ao seu lado.

― Foi por pouco, não? – a voz grave entoou sarcasticamente, após alguns instantes.

― Por quê?

― Como? Você estava prestes a ser massacrada quando te encontrei! – exclamou exasperado pela pergunta.

― Perguntei o porquê de ter me salvo. – explicou friamente, sentando-se, enfim encarando seu salvador.

Os cabelos despenteados e os olhos sempre tão carregados de malícia a sorriram de forma zombeteira.

― Eu não poderia deixar um pedaço de mal caminho desses ser destruído por um incêndio inútil, não é mesmo? Ainda pretendo experimentar desta carne que me parece tão saborosa. – concluiu expondo mais um de seus sorrisos maliciosos.

― Me poupe de seus desejos sexuais, Hiasuki. – cortou ainda de forma fria. Queria explicações. ― Vocês sabem que os traí e que os deixei lá para morrer. Por que me salvou?

― Por que eu dei ordem para isso. – uma segunda voz masculina explicou no lugar do espião e os olhos esverdeados de Mabelly exalaram surpresa ao enxergar seu chefe se aproximando da clareira na floresta. ― Hiasuki te procurou e te tirou de lá por ordens minhas. E agora eu te pergunto, Mabelly. Por quê?

(...)

As águas cristalinas do mar que banhavam a praia permaneciam indiferentes à luta que ali acontecia, embora agora estivessem começando a ser tingidas com o vermelho sangue.

― Ora, acha mesmo que conseguirá fazer qualquer coisa contra mim, mulher?! – retrucou em fúria pela humilhação das palavras que Mabelly havia utilizado.

O resultado derradeiro não demorara muito, contudo.

Sua resposta fora seu próprio gemido, ao sentir as adagas da morena perfurando o centro de seu peito. Mas não teve tempo de ver muita coisa além disso, pois Mabelly girou as armas enfiadas na carne masculina, fazendo-o gritar com a dor excruciante. O capitão pirata caiu ao chão, já sem vida. Seus subordinados gritaram, espantados, enquanto os jovens que antes lutavam observavam a cena, também petrificados.

Mabelly encarava o corpo do homem de cima, indiferente a qualquer tipo de reação. Abaixou-se então, levando suas mãos ao casaco que o cadáver vestia.

― Não! – a voz forte e firme de Kymo ecoou num tom quase desesperado. ― Já o matou! Não viole o corpo! – pediu em tom de súplica.

Uma vida havia sido tirada de forma violenta naquelas terras tão sagradas. A dor que sentia em seu coração podia ser comparada a dor física que aquele homem sentira antes de enxergar sua morte.

― Não se preocupe. – respondeu a espiã em tom ainda indiferente, embora muito tranquilo. Era visível que um assassinato a mais para sua lista não a impactava em nada. ― Quero apenas isto. – afirmou retirando a mão do bolso interno e, se pondo de pé, mostrou o objeto.

― Um Eternal Pose?! – exclamou em surpresa o companheiro da mulher, enquanto se aproximava para observar melhor o objeto de navegação. ― Um Eternal Pose para Mont Noir!

― Sério?! – Ken também se aproximou, junto de seus companheiros.

― Por que fez isso? – o tom sério e ressentido de Seion surpreendeu os presentes, assim que ele se abaixou para encarar o corpo inerte nas águas rasas.

― Porque é meu trabalho. – respondeu simplesmente a morena. ― E porque ele estava abusando da sorte. – deu de ombros, ignorando o choro dolorido dos piratas que se subordinavam ao capitão.

― Você é um monstro. – a voz embargada de Hana chamara a atenção.

― Estou acostumada a ouvir isso. – comentou, jogando o Eternal Pose para o Monkey, e então seguiu em direção ao Sunny Jr. ― Agora podemos sair daqui. Então não vamos mais nos atrasar.

Os jovens, por sua vez, a olharam exasperados, enquanto os habitantes da ilha ainda se lamentavam.

Hiasuki se aproximou dos piratas desolados.

― Leve o capitão de vocês. – pediu, calmo, embora seu tom constantemente zombeteiro e canalha não estivesse presente. ― Melhor saírem logo daqui, antes que ela resolva voltar para terminar o trabalho. – concluiu sombrio.

― Como vamos sair daqui? – um deles questionou numa mescla de ira reprimida e tristeza profunda.

― Podem ficar com ele. – surpreendeu o moreninho, que jogou o objeto de volta às mãos do mais velho. ― Eu sinto muito. – pediu, realmente sentido.

Não teve resposta, entretanto. Os piratas recolheram os feridos e o corpo de seu capitão, levando-os de volta ao Galeão. Os Pirates of King, junto do espião e dos moradores do arquipélago, observavam a cena, ainda exasperados com a situação.

Hiasuki sorriu desgostoso.

― Não se impressionem tanto. – anunciou, já caminhando em direção à floresta, já que, novamente, não tinham como sair dali. ― Essa mulher tem mais mistérios do que o Novo Mundo inteiro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até mais, pessoal! Espero que me perdoem. :C
E espero não demorar tanto a voltar! hehe'
Tchauzinho ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Alvorecer De Um Novo Sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.