A chuva caía de forma tórrida lá fora. Aquela dor era terrível. Ela já havia ouvido de muitas pessoas que partos eram bastante doloridos, a ruiva só não imaginava que fossem TANTO. As dores pontiagudas que invadiam todo o seu corpo eram constantes e a força que ela estava fazendo era sobre-humana. Já estavam ali há um bom tempo e finalmente estava acabando.

― Nasceu! ― a voz alegre e emocionada do doutor fora ouvida pelos presentes no quarto.

Automaticamente um “Ufa!” surgira na mente da garota, enquanto ela ainda tinha algumas sensações doloridas. No entanto, naquele mesmo instante, toda a dor, todo o sofrimento durante aquelas demoradas horas se esvaiu de forma surpreendentemente veloz. Aquele choro agudo e infantil tomou todas as suas emoções de forma avassaladora e então a ficha dela caiu.

“Eu sou mãe. Eu sou mãe de um filho seu!”

Assim que ela tomou seu filho nos braços pôs-se a observá-lo. Tinha os seus olhos, porém os cabelos e a expressão tranquila que agora pairava sobre o rosto infantil, assim como boa parte dos traços do mesmo, eram de seu pai. Um turbilhão de lembranças atacou sua mente e a felicidade a tomava por completo, não a permitindo evitar que as lágrimas escorressem de forma abundante de seus olhos castanhos.

“Seu sangue permanece vivo... atravessando as veias dessa criança. Ele nunca deixará seu nome ser esquecido. Afinal... uma pessoa só morre quando é esquecida, certo?”

Um sorriso surgiu em meios às lágrimas de alegria.

Nami jamais se esqueceria daquele dia.

Jamais.