O Depois de Draco Malfoy - DRASTÓRIA escrita por Sónoanonimato, Vic Scamander


Capítulo 5
Monólogo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem demorar, mas tive dificuldades de postar e ainda faltou tempinho para poder usar o pc. Bem, aqui está o cap. Puf Pufs! Eu gostei do finalzinho, espero que gostem, vou tentar fazer capítulos fofos, porque na minha opinião Drastoria tem que ter fofura, o suspense fica pra depois.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/541419/chapter/5

MONÓLOGO

– Pode ir agora, Tom. Já está tarde.

– Claro! Olha a hora! Você não vem, Draco? – perguntou, enquanto tirava o jaleco e o punha num dos cabides perto da porta.

– Não agora. Vou começar um projeto especial. É sigiloso.

– Ah, ok então. Se precisar, os laboratórios do corredor B às vezes ficam abertos, há vários equipamentos diferentes dos que tem aqui na nossa sala. E não esqueça que a lareira 19 já está conectada à sua casa! Boa noite!

– Tchau, Tom! E obrigada pela ajuda!

Depois que ele saiu, comecei a preparar uns experimentos. Após fazer diversas misturas em cerca de sete caldeirões, bebido quatro canecas de café e escrito diversas anotações, percebi que deixei o laboratório um caos. Comecei a arrumar tudo e ouvi um barulho na porta. Acabei deixando cair um frasco com um pó arroxeado em um dos caldeirões.

– Quem está aí?

Abri a porta e vi o senhorzinho que fica no hall.

– Ah, oi. O senhor é o senhor Stanislaw? Ops, Staniswaf, desculpe. Bem senhor Staniswaf, eu estou terminando de limpar a sala.

Ele era um senhor de idade, tinha cabelos brancos, uma barba de Papai Noel, pele alva e um rosto gentil. Ele apontou para seu relógio de pulso.

– É, já está tarde. – comentei. Será que ele fala a minha língua?

Apontou novamente para o relógio.

– Sim, eu sei as horas. – ele negou com a cabeça e fez cara de brabo. Apontou novamente para o relógio. Parecia a minha mãe dizendo que estava na hora de dormir. Isso!

– Tá, eu sei que preciso ir descansar. Já vou, papai.

O velho sorriu e deu uns tapinhas nas minhas costas e entrou na sala e começou a arrumar meus papéis que ainda estavam jogados na mesa.

– Obrigado pela ajuda.

Ele não falaria nada para ninguém, então permiti que me ajudasse. Enquanto coletava amostras das últimas poções, esbarrei em um vidrinho com pó roxo, que caiu em um dos caldeirões. A poção verde que estava dentro ficou transparente.

– Ah, não! O que eu faço agora, Staniswaf?

Não fazia ideia do que tinha no vidro e muito menos porque a poção ficou transparente. O senhorzinho se aproximou de mim e pegou o pouco do pó que restara, analisou e negou com a cabeça.

– O senhor não faz ideia do que é? E agora? Estou perdido! Terei que refazer tudo de novo, isso pode ser tóxico, não sei do que se trata esse pó e nunca antes vi uma poção ficar transparente tão rápido!

Massageei as têmporas, tinha usado bezoar naquilo e custaria horas para fazer uma nova e deixar o bezoar descansando o tempo necessário. Olhei para Staniswaf e ele apontava para os jalecos.

– É, eles já foram. Mas esse vidro não tem identificação.

Ele bateu a mão na testa, pegou o vidro e foi por na prateleira.

– Espere! Não foi aí que eu devo ter pego isso. Tinha uma caixa naquele armário, eu fui pegar mandrágoras ressecadas lá e esse vidrinho deve ter estado na caixa que tinha as mandrágoras.

Ele me olhou atônito e fez o sinal de não com dedo na minha frente várias vezes, depois apontou para os jalecos no cabide e em seguida para o armário.

– Era de um projeto? Não tem problema, eu sou parceiro deles, saberei mais cedo ou mais tarde.

O velhinho ficou mexendo as mãos e olhou para mim. Era difícil decifrar as mímicas.

– Ãhn, deixa eu ver se captei as informações. Aquele armário era de um projeto secreto e eu não deveria ter mexido. Pera, ninguém deve mexer, porque... é importante e é da... Astória?!

Staniswaf concordou com a cabeça e sorriu, ficou perdido em pensamentos.

– É, eu conheci ela. Adorável.

O senhorzinho assentiu e levantou os braços indicando “muito” e depois ficou apontando para a cabeça.

– Sim, ela é inteligente. E bonita. Inteligente, bonita e adorável... me pareceu uma pessoa cativante! Espero poder conhecê-la melhor.

Ele ficou piscando e bateu na cabeça, depois começou a gesticular freneticamente.

– Tá, eu não deveria ter mexido nas coisas dela. Amanhã me desculparei com Astória, está bem? E tentarei repor o que foi perdido. Vou aproveitar e perguntar se era tão importante assim. Como está tarde, vou para casa agora. Boa noite, Staniswaf.

Peguei um tubo de ensaio e meti um pouco da nova mistura dentro. Com um aceno da varinha, guardei o resto das coisas que faltavam e pendurei o jaleco num dos cabides. Fui para o corredor onde tinham as lareiras e entrei na que estava conectada à minha casa.

Chegando lá, vi que era pequena, mas confortável, aluguei-a através do Ministério por alguns meses. Todos os cômodos eram simples, entrei no quarto, era verde claro, tinha uma TV, uma cama de casal e um guarda-roupa. Ao lado da cama tinha um criado-mudo, com um abajur em cima, e ao lado deste estavam minhas malas. Abri elas em cima da cama e peguei a varinha.

– Wingardium leviosa!

As roupas foram voando em direção ao guarda-roupa. Peguei uma camisa de flanela e uma toalha. Fui para o banheiro e tomei um banho de água quente, depois pus a blusa e deitei na cama.

– Ela está se adaptando. Sempre foi fraca. Mas a nossa outra filha é um espetáculo, o Lord ficará satisfeito!

– Soube que sua caçula se juntou à sangues-ruins e que defendeu uma “amiga” nascida trouxa. Tem também uma grifinória, ao qual ela se recusou a dar um simples Cruccio.

– Blasfêmias, Lúcio. São blasfêmias. Mas já acertei com Nott o casamento entre nossos filhos, a minha caçula com o filho do meio dele, que também é sonserino.

– O Lord está chegando!

– Estamos indo, Bella!

Acordei com um sobressalto. As duas vozes que falavam sobre os filhos... uma era do meu pai, a outra não reconheci. Mas... quem era essa caçula? Por que eu tive esse flashback? Deve ter sido o cansaço...

– Oh, Merlin! Ainda é cedo! Droga, não conseguirei dormir de novo.

Bufei. Deitei de novo e fiquei rolando na cama. Vi que na mesa de cabeceira tinha um papel, era um panfleto de lugares para visitar na localidade. Tinha um lago próximo à minha casa, segundo o mapinha do verso. Respirar ar puro me faria bem. Vesti uma roupa para caminhada e pus um casaco de couro, afinal, aqui era bem frio. Saí de casa e fui andando pela esquerda. Depois de quatro quadras, comecei a subir uma ladeira virando uma esquina e cheguei à um parque. Tinham algumas trilhas e segui a que levava ao lago.

Em quinze minutos de caminhada, estava em uma enorme clareira, tinha um lago cristalino bem no centro. Estava ventando, e uma fragância de pinheiros invadiu o lugar. Deitei no gramado e ouvi alguém se espantar.

– Desculpe! Não queria assustá-lo.

Virei para trás e vi Astória.

– Oi. Você vem sempre aqui? – essa frase é a mesma que os americanos usavam para paquerar as garotas. Para descontrair, dei uma risadinha. Mas acho que Astória nunca ouviu essa cantada, então ela não entendeu e fez cara de confusa.

– Venho. É um lugar tranquilo. Gosto de pensar sobre várias coisas aqui. eu tenho uma mania – suas bochechas coraram – de falar sozinha aqui. Ninguém julga, ninguém caçoa...

– Ninguém apoia nem aconselha. – completei. – Isso é depressivo. Vamos.

Peguei a mão dela, que se assustou e a puxei para a borda do lago. Sentamos e ficamos encarando nosso reflexo na água.

– Você é bem tímida, né? Vamos descontrair, você nem me conhece direito nem eu te conheço muito bem. Se quiser compartilhar algo, nada melhor que um estranho! – sorri gentil. Ela parecia ser tão doce.

– Eu não consigo conversar direito com estranhos e tenho dificuldade de me abrir até para a minha melhor amiga! Não rola. – riu.

– Então vamos falar sobre um pouco de nós. Eu começo. Sou Draco Lucius Malfoy, nasci em Londres...

E ficamos conversando até dar a hora de ir trabalhar. Um assunto levava à outro e Astória começou a se soltar mais, ela era divertida e tinha senso de humor. Me contou de vários filmes que gostava, ela tinha uma paixão por trouxas e eu falei sobre a vida que tive durante alguns anos nos Estados Unidos. Ela não ficou mais tão rígida perto de mim, nem nada.

Mas ainda fiquei com a sensação de que a conhecia de algum lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mandem ideias ou um gostei, não gostei nos comentários, dicas serão bem recebidas e comentários negativos também. Até! O Draco só vai falar do probleminha com a poção no próximo capítulo, eu não esqueci desse detalhe!
Beijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Depois de Draco Malfoy - DRASTÓRIA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.