It's you! escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 9
Capítulo IX




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Clara Oswald

Assim como Clara previu a noite foi turbulenta. O cheiro de John não a deixava dormir, ela pensava no que teria acontecido após o beijo. Como ela ficaria em relação a Robb, como ficaria em relação ao John. Clara nunca havia se sentido tão confusa.

De um lado estava o namorado drogado que a humilhava e batia nela por culpa das suas próprias frustrações, do outro o ator rico que também era drogado mais que se preocupava com ela e com todos ao redor dele.

Clara girou de um lado para o outro e pegou o celular, era três horas da manhã e ela ainda não havia dormido nada, nem um pouquinho. Ela por fim criou coragem e levantou, dando uma olhada no espelho para ver com estava, não que ela quisesse ficar bonita para John... na verdade queria!

Ela desceu as escadas silenciosamente e o encontrou sentado no sofá. Ele olhou rapidamente para ela, Clara sentiu o sangue subi para o seu rosto imediatamente. John tinha esse poder, conseguia fazê-la ficar com vergonha mesmo naquelas circunstâncias.

Ela andou rapidamente até a cozinha, encheu a xícara de café e ouviu a porta sendo aberta. Ela andou silenciosamente até a sala e não encontrou mais John, saiu até o jardim e o encontrou arrancando a grama do jardim enquanto olhava para algum lugar distante que não fosse as várias estrelas no céu.

— Não se tem isso em Los Angeles ou nas grandes metrópoles! — John disse.

Clara franziu o cenho.

— Uma noite tranquila?

John riu. Seu rosto estava refletido sob a luz do luar, o que o deixava mais bonito. Nessa circunstância seu olho era apenas branco, sem o verde que Clara gostava de ver.

— Não, estrelas. Não se tem estrelas nas grandes metrópoles.

Clara sentou ao lado de John. O vento frio batia contra a pele dela a fazendo tremer, ela tomou um gole de café em uma tentativa de se aquecer, mas o café estava frio. Clara pôs a xícara ao seu lado e encarou o céu. Ela adorava o céu de Leadworth.

— É a minha coisa preferida na cidade — John disse.

— A minha também!

— Por que você ainda está com ele?

Clara arregalou os olhos. Aquela não era uma pergunta que esperava escutar.

— Com ele quem?

Clara o escutou rindo.

— Com o seu namorado. Não precisa ser um gênio para descobrir que ele fez essas marcas em você. E então? Por que ainda está com ele?

Clara arrancou um pedaço da grama.

— Ele não é sempre assim.

— E eu nem sempre uso drogas!

— É diferente!

— Também sou.

— Ele não era assim antes, ele pode mudar.

— Eu também não bebia, nem usava drogas e nem fumava. Isso é um bom sinal!

— É bem diferente! — Clara disse irritada.

— Não, não é. Eu que sou bem diferente, eu posso parar. Ele não. Ele te bate porque gosta, você é maravilhosa e se eu fosse o seu namorado — Clara estremeceu com aquele comentário — eu não encostaria um dedo em você.

— Ele só está passando por um momento difícil. Só isso!

John ficou de pé passando as mãos no cabelo.

— Essa é a desculpa mais idiota de todas. Todo mundo passa por momentos difíceis. Você está passando por isso agora, nem por isso sai batendo em ninguém, não usa drogas e nem bebe e fuma.

— Pessoas podem mudar! — Clara disse também ficando de pé e encarando John.

— Esse é o problema. Pessoas boas mudam, pessoas más não mudam.

John Smith

O sangue de John fervia em suas veias. Ele estava irritado por Clara defender o homem que batia nela, qual era o problema das mulheres?

— Você é uma idiota! — John disse apontado irritado para Clara.

— Como?

— Não vou repetir, você já escutou.

John viu que os olhos da garota agora brilhava. Ele já havia chamado várias garotas de idiota, ou então de outros nomes piores, ver uma delas chorando por causa daquilo era novo.

John foi até Clara rapidamente.

— Não chegue perto! — ela disse, a voz denunciando que ela já estava chorando.

— Desculpe!

Clara ergueu os olhos para ele. John não queria que ela ficasse olhando desse jeito para ele, era o mesmo olhar das garotas com que ele namorava. John não era o homem mais gentil do mundo em relação a mulheres.

— Eu só estou irritado. É irritante ver que você quer continuar na mesma vida de sempre. Que merda!

— Você acha que é tão simples? Que eu simplesmente posso ir embora?

— Eu posso te ajudar!

— Como?

John coçou a nuca. Não poderia ir e enfrentar o namorado dela, não estava em condições de brigar com ninguém, além do mais ele precisava ficar calmo por mais algumas semanas e então voltaria.

— Eu não sei. — John disse por fim.

— Isso ajuda em muita coisa!

John sentou novamente na grama e Clara sentou ao lado dele. Ele conseguia ver o rosto dela sob a luz do luar e podia jurar que nunca havia visto uma pessoa mais bonita que ela.

John a viu tremendo novamente e passou o braço sob os ombros dela. Ele sabia que se por acaso o namorado dela resolvesse aparecer, ambos estariam totalmente ferrados, mas qual o problema? Ele já estava em grandes problemas.

Clara encostou a cabeça no ombro dele e John sorriu. Sabia que causaria estragos e ficasse e de alguma forma se entregasse para ela. John não confiava em mulheres, não depois do ensino médio, mas ele já havia feito isso, já havia se entregado para mulheres que só queria usar ele para ter os seus cinco minutos de fama. Se Clara fosse igual a elas, qual o problema? Ele pelo menos estaria feliz, ficaria feliz por belos cinco minutos.

— Eu saio por cinco minutos e você arruma outro?

A voz veio de um homem alguns centímetros mais baixo que John. Tinha cabelos cacheados que estavam em uma completa bagunça e usava roupas folgadas, provavelmente um pijama.

John viu Clara arregalar os olhos e soube no exato momento que aquele era o namorado dela. Ele tinha uma cara de drogado, a mesma cara que John via todos os dias ao se olhar no espelho.

— Eu pensei que você fosse maior! — John disse rindo.

— Oi?

— Você leva a sério!

— Que merda você está falando?

— “Bata em alguém do seu tamanho” você leva isso a sério!

Clara apertou o braço do moreno, ele percebeu que ela estava preocupada.

— Seu filho da puta!

John ficou de pé rapidamente enquanto o namorado dela vinha em sua direção. Ele se deu ao luxo de sorrir antes que ele o acertasse com um soco no rosto.


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Notas finais do capítulo

Agora eu vou apelar! A coisa vai ser o seguinte, a história agora vai ser movida a comentário. Quando esse capítulo tive 3 comentários, aí eu posto o outro!