Revolution escrita por Rafaela


Capítulo 9
Capítulo 9




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540822/chapter/9

THOMAS

—Eu não me importo com as consequências, eu só quero tirar Candicce de lá. —Gritei com Jefferson que, quanto mais eu falava mais ele achava que tinha razão. Ele não tinha.

—Acho que alguém descobriu como entrar em nosso computador. —Thiago anunciou e todos fomos em sua direção.

Quando chegamos ele apertou em algo que fez com que a mensagem abrisse e instantaneamente eu tive um reflexo de vômito. Lia soltou um grito e eu nao reparei em mais nada.

THIAGO

Meus olhos foram os primeiros a ver a imagem: uma freezer, ou seja lá o que aquilo seja, cheio de bolsas de sangue e outras coisas que eu, sinceramente, preferi não tentar identificar.

E então a tela pisca e a tela fica preta mostrando em letras brancas "E nós temos quem vocês querem" e um grito de dor preencheu o fundo e eu Fechei as janelas com o estomago embrulhado.

—VEM AGORA ME DIZER SE EU NÃO TENHO RAZÃO. —Thomas gritava com Jefferson sem se importar. Eu o entendia e se Jefferson não fosse conosco nós iriamos sozinhos.

—Nós temos bombas, Nimble já está chegando com parceria fechada com a Ásia. Nós podemos atacar. —Jefferson o ignora completamente.

Lia está verde e acho que ela vai vomitar. Levanto instintivamente e corro para pegar um balde. Levo-o para Lia que mal consegue me agradecer e ja coloca a cabeça dentro do balde, pondo tudo para fora.

Thomas não se demora e já está ao seu lado levando os cabelos da garota para trás.
Bem ou mal algo atingiu meu coração ao ver aquela cena. Mas ignorei.

—Quando começamos? —Perguntei a Jefferson.

—Agora. —Thomas falou com sua voz, forte e autoritária enquanto amparava Lia.

—Agora. -Jefferson respondeu, surpreendendo todos nós.

Corri para chamar os nomes dados por Jefferson, eles iriam voar usando helicópteros até o Rio de Janeiro. Iríamos descer na sede da SSUCOR e invadiremos. Eles possuíam armas dr grande porte, melhores que as da Força, e seus uniformes eram cinza claro com manchas em escuro. Quando nós dissemos o que iriamos fazer muitos dos R aprovaram, principalmente os que vieram conosco.

—Nós vamos causar uma guerra. -Exclamou uma voz feminina ao fundo.

—Nunca precisamos disso antes. -Uma outra voz diz.

—É, nós nunca tivemos problemas. Por que teremos agora?

E assim varias vozes soaram até Jefferson se posicionar e dizer um "chega" bem alto para que todos ouvissem.

—Nós nunca entramos em guerra? Bem, nossa geração não, mas nada foi fácil para termos nossos lugares na sociedade, vocês mesmos sabem. Nós não queremos causar problemas para os Humanos, por isso precisamos de uma boa quantia para protege-los. E sim, nós vamos fazer isso, vamos por que toda a nossa especie está em risco. Não foram só eles. —Jefferson fez uma pausa sabendo que teria que jogar toda a verdade para fora nesse exato momento.

—Eu não contei antes para que não houvesse preocupação, não até saber com o que estamos lidando, mas agora sabemos. Há um sistema chamado SSUCOR, Sociedade Secreta Unida Contra Os Radioativos. Eles e o Governo das Províncias de onde os nossos amigos vieram causaram toda a destruição onde eles viviam, como vocês sabem. Com isso eles se mudaram para o Rio de Janeiro —Quanto mais ele falava mais as expressões das pessoas mudava, de confusão para compreensão e então pavor, medo, surpresa e varias outras. Alguns cochichavam algo com outros e então se calavam para continuarem ouvindo.

—Hoje Thiago conseguiu entrar no computador da SSUCOR e no do Governo deles, nós gravamos um pequeno vídeo para passarmos enquanto nós copiávamos arquivos importantes. Nós encontramos muitas coisas, informações realmente repulsivas e eles também mandaram imagens. Vocês querem ver? —Ele perguntou.
Um coro fez "sim" e outro não respondeu. Jefferson então pegou um controle na mão e apertou um botão.

Uma imagem holográfica começou a aparecer e Vi Lia se encolhendo nos bracos de Thomas escondendo o rosto.

Um coro se formou e varias pessoas ficaram com nojo, outras revoltadas e assim ia até que Jefferson desligou.

—Isso é o que eles estão fazendo conosco. As Províncias foram apenas o inicio, vocês acham realmente que eles iriam parar por ali? —Ninguém respondeu. —Pois bem. Quem quiser se juntar conosco terá fichas de preenchimento na bancada. Qualquer duvida podem falar comigo, Thomas ou Thiago. Lia também poderá ajuda-los. —Ele apontou para nosso grupo e Lia surpreendeu-se ao ouvir seu nome.

E então, acabou.

THOMAS

Fui chamado no Núcleo do LdR-POA, lá ocorriam as reuniões importantes. Não avistei Lia então ela podia já estar lá, ou nem ter sido chamada -o que eu duvidava, pois Jefferson falou que podiam entrar em contato com ela também.

O corredor que dava ao Núcleo era escuro e as únicas luzes que possuía eram azuis escuro. Forcei a porta para abrir e me deparei com uma mesa cumprida cheia de gente. Dei um aceno de cabeça e Fechei a porta atrás de mim e me dirigi procurando meu assento.

Todos eles tinham nomes marcados com papel branco.
THOMAS, li em um. Era ao lado de Thiago. O assento ao lado do meu estava vazio. Não deu tempo de olhar o nome, pois a porta se abriu novamente e todos se viraram para olhar.

Lia chegava respirando pesadamente. Devia ter corrido.

—Desculpem o atraso. -falou.
E então seguiu assim como eu, procurando por seu nome. Olhei para o lado e reprimi um sorriso ao ver que seu nome estava ali. E então ela tomou seu lugar. E nossos olhos se encontraram.

—Hey. -Ela murmurou.

—Hey. -Respondi.
Noto que Nimble está sentado a mesa também, não o Vi chegar ao LdR,

—E então vamos começar. -Jefferson, que estava sentado na metade da mesa falou. Todos ouvimos o que ele tinha a dizer, suas propostas e planos que ele e Thiago fizeram. E então eu ouvi meu nome.

—Thomas. Precisamos de você. -O líder do LdR poa me olhou e eu retribui o olhar com um quê de confusão.

—Nós conversamos muito sobre o assunto e chegamos a conclusão que é de você que precisamos.

—Para quê? —Questiono sem esconder minha confusão.

—Nós precisamos de alguém para nos representar. Nós temos que divulgar nossa revolução e queremos que você seja a cara estampada nela.

—Por que eu? -Continuei indagando. -Você e Thiago tem mais jeito para isso.

—Candy pode ter sido a namorada de Thiago e eu posso ser o líder desse local, mas isso não significa muita coisa agora. Thomas, sua irmã esta com a SSUCOR. Vice está com raiva e quer ela sã e salva. Não que nós nao queiramos, mas você é o que vai fazer mais por nós. A sua dor, sua raiva e determinação vai fazer com que muita gente venha conosco. E nós precisamos disso tanto quanto antes e o mais rápido. Você aceita?

Eu repasso as palavras na minha cabeça.

—Isso vai ajudar a trazer Candicce de volta?

—Sim. -Ele responde.
Então não importa o que eu tenha que fazer, só quero ela de volta.

—Não importa o que aconteça, eu irei lutar com vocês. -Anunciei.

—Se você assim quiser.

—Então eu aceito.

Não dormimos, começamos gravando os vídeo-hackers que eles chamavam agora de track convidativo (track-con) para convidarmos mais pessoas. Eu aparecia em todos eles. Thiago e Lia também gravaram, Nimble também fez a sua parte.
Me colocaram de costas para um fundo verde enquanto eu pronunciava as palavras:

—Radioativos de Londres, nós sabemos que vocês existem. Não só nós como a SOCIEDADE SECRETA UNIDA CONTRA OS RADIOATIVOS. —Editaram o vídeo colocando uma legenda ''não mais secreta'' —Eles estão atrás de informações e fazem de tudo para descobrir, deste mutilações e outros métodos levando-os a morte. Nós precisamos de vocês para impedir isso.

E outros do tipo: todos temos que nos unir, somos uma grande família e juntos somos mais poderosos que qualquer governo.

Os track-con começaram a ser passados em várias cidades de vários continentes. Nimble falou que a Asia estava conosco e com uma conversa através de um programa no computador eles confirmaram que irão ajudar no ataque contra o Governo após atacarmos a SSUCOR do RJ.

Cinco da manhã foi a hora que todos se separaram para irem dormir. Enviamos um vídeo para o governo, eles não tinham enviado o tal DUSK? Bem, nós também enviamos o nosso. Era "estamos vivos" em sueco, nao esperávamos que eles entendessem de primeira, por isso essa foi o idioma escolhido.

Lia e eu caminhamos lado a lado até os quartos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

X



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Revolution" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.