Revolution escrita por Rafaela


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a grande demora, tá meio corrido agora. Tinha trabalhos e agora começou o novo semestre/trimestre (me confundo, desculpem) e aí agora dia 21.09 eu faço 15 anos -Parabéns adiantado para mim.- e na semana que vem é a festa, então tá meio corrido. Desculpem mesmo.



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Eu estava caindo,

estava gritando,

estava morrendo...

Mas não, eu estava apenas acordando novamente naquele quarto completamente escuro. A luz havia queimado e não havia ninguém que viesse trocá-la.

Eu não me importava mais, me perguntava apenas quando eles iriam acabar seus experimentos comigo e me matar.

Era só o que eu esperava.

Eu queria, queria mesmo tentar sobreviver e encontrar meu irmão e meus pais e meus amigos, mas eu estava esgotada física e mentalmente.

Eles me torturavam todos os dias, drenavam meu sangue, me furavam, faziam experimentos e colocavam soros em mim.

Eu não sabia o que aquilo podia causar, só sabia que coisa boa não era.

—Candicce. —Anunciou alguém ao entrar no quarto e eu percebi que era o cara mais novo desta vez. Ele entra com uma bandeja de comida e fecha a porta atrás de si.

Sento-me na cama enquanto ele me entrega a bandeja.

Ele se senta nos pés da cama e fica me olhando.

Abaixo os olhos para a comida. É uma sopa de cor marrom, digamos assim.

—Eles estão te usando como uma desculpa, não estão? —Questiono sem levantar os olhos.

—Eles tem medo de você. —Ele fala baixo.

Eu rio irônica, mas quase não sai som.

—Medo de mim? —Eu o encaro. —Olhe para mim! —Eu ri novamente. —

Imagine se eles não tivessem medo.

—Eles tem medo do que você pode fazer. Do que você é capaz. É por isso que estudam vocês, para saber. Quem sabe, não teme.

Eu não respondo, pois não sei o que responder.

—É melhor você comer. Eu acho que prepararam algo novo para hoje.

Eu assenti.

—Você sabe me dizer como está Lily? —Perguntei depois de tomar metade da sopa.

—Eu não sei dizer exatamente, acho que ela está ficando louca. —Ele respondeu colocando a mão na testa.

—Você não se parece com eles. Por que está aqui? —Pergunto colocando mais uma colher na boca.

—Eu não tenho escolha.

—Todos temos escolhas.

—Eles são minha família. —Disse frustado.

—Eu lamento.

—Obrigado.

Passaram-se alguns segundos

—Estou me sentindo melhor. O que tinha na sopa? —Franzi a testa.

—Eu coloquei uma vitamina. —Ele sussurrou.

—Obrigada. Mesmo.

—Eu estou do seu lado, Candy. Eu lutarei com você quando quiser, porque eu sei que você não vai deixar assim.

—Eu não sei o que fazer... Desculpe, eu não sei seu nome. —Notei.

—Steven. —Falou.

—Então, eu não sei o que fazer, Steven. É tanta coisa que eu nem sei por onde começar.

—Me espera... Eu tenho que ir agora ou eles irão desconfiar. Iremos pensar em algo, eu prometo.

O garoto então pegou a bandeja e sumiu.

Meia hora depois estou eu segurando o meu grito... Ou melhor, o meu berro.

Eu não gosto nem de pensar no que está sendo colocado em mim neste momento, então quando Steven chega eu fixo meu olhar no dele.

Ele aperta os olhos como se não gostasse de ver aquilo.

—Você está vendo, Steven? É assim que se faz. —Diz a mulher enquanto me fazia soltar um grito de dor agudo.

—Estou vendo, tia. —O garoto responde sem tirar seus olhos dos meus.

—Você não pode ter piedade ou compaixão por eles. São perigosos e vão acabar matando a humanidade. —A mulher, se é que posso chamá-la assim, comentou e Steven interrompeu nossos olhares.

—Por quê você diz isso? —Perguntou.

—Ora. Olhe bem para esta aqui. —A mulher provavelmente deu um aceno de cabeça para mim. Porque ele olhou em minha direção durante alguns segundos. —Agora, este é o DNA dela.

Eu não sei o que ele viu. Só sei que ficou surpreso e me olhou com algo que eu não consegui compreender.

—Este é o cérebro dela. —A mulher falou e eu estava curiosa demais para saber o que tinha naquilo, o que dizia. Eu precisava saber.
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Acordei parecendo que tinha engolido areia ou a podridão que nos cercava.

Lia estava um pouco mais afastada.

Deitamos no chão puro quando estava quase amanhecendo.

Ouço vozes.

—Lia. Lia! —Levantei sacudindo a loira.

—Hmmm. O que foi? —Murmurou esfregando os olhos.

—Estou ouvindo vozes. —Respondo.

—Vozes? —Ela se levanta. Alerta.

Ficamos de pé um ao lado do outro.

Lia segurou minha mão quando notamos alguém se aproximando, mas não conseguia enxergar seu rosto.

—Vocês estão vivos!
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Acordei deitada na cama do meu quarto -se é que eu posso chamá-lo assim- estava tudo escuro e ao que parecia eu tinha desmaiado e...

—Ah! —Eu tampo minha mão para reprimir o maior grito. —Que susto! —

Reclamei quando vi Steven.

—Tá, eu vou te perdoar, mas só porque eu sei que você já passou e passa por muita coisa e deve se assustar fácil mesmo. —Ele sentou-se na minha cama.

—Eu não me assusto fácil. —Reclamo. —Só me assustei porque eu acordo do nada com alguém me observando!

—Certo. Desculpe.

—Ta... Mas só se você me falar o que você viu lá. —Perguntei lembrando-me do que ocorreu antes de eu aparentemente ter desmaiado -o que viera se tornando muito comum.

—Foi isso que eu vim falar com você. Aproveitando que eles estão ocupados demais torturando algum coitado antes de irem dormir... Eles vão ficar lá um bom tempo, então...

Fiz uma careta ao escutar ele falando que alguém estaria sendo torturado nesse exato momento. Senti-me enjoada.

—Você pode cortar a introdução? Estou ficando enjoada só de imaginar alguém sendo torturado. —Falei com voz de nojo.

—Certo, desculpe. —Começou. —Você é realmente muito poderosa Candy. Muito mesmo. Eles ainda não sabem exatamente o que você é capaz de fazer, mas sabem que é muito mais que qualquer outro Radioativo que eles estudaram e eles acham que você pode colocar tudo em risco. É por isso que eles estão tentando novas táticas de estudar você e largando mais os outros, eles acham que se souberem de você eles conseguirão derrotar todos os outros com um estalar de dedos, um piscar de olhos. É como se você fosse a chave e se estiver estragada... Eles jogarão fora.

—Então se eles não conseguirem o que querem eu serei morta? —Perguntei vagando com minha mente.

—Não se impedirmos. —Ele falou como alguém que tivesse um plano.

—Então você tem um plano?

—Basicamente. —Ele sorri orgulhoso de si mesmo.
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—Eu não acredito que é você mesmo! —Sorri apertando forte a mão de Lia que também estava contente em ver a pessoa em nossa frente.

—Achei que não tinha sobrado mais ninguém, estamos levando os poucos que restaram para o Rio Grande do Sul. —Respondeu.

—Para o quê? —Questionou Lia.

—Ah, vocês sabem que tudo o que disseram para vocês sobre só existir nossas Províncias era mentira, não sabem? Então, há muito mais que isso. Estamos muito distantes de onde morávamos. E eu irei contar tudo durante nosso caminho, podem deixar.


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