Unpredictable Love escrita por Bruna Neuer


Capítulo 15
I'm a nightmare dressed like a daydream


Notas iniciais do capítulo

Queria começar as notas do capítulo agradecendo a todos que estão lendo e comentando Unpredictable Love. Amo vocês!!!!
A música do capítulo é Blank Space da Taylor Swift e vai estar no POV da Beatrice.
Espero que gostem, beijooosss.



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Estou pronta. O jogo começa daqui a meia hora, nós já estamos todos concentrados no campo e Tyler está falando um bando de coisas que todo mundo sabe e que ninguém liga. Acho que vai ser fácil ganhar da Lufa-Lufa porque eles estão enfrentando problemas nesses últimos tempos, mas nunca se sabe tudo pode acontecer.

Alguém me disse que assistiria ao jogo hoje. Espero que ele venha, não que isso importe, é claro que não importa. Falando em pessoas que me disseram que viriam assistir ao jogo, Crystal foi uma delas. A garota está sentada ao lado de algumas das nossas colegas de quarto e não parece nem um pouco contente. Ela é a única pessoa em Hogwarts que eu conheço que não gosta de Quadribol.

–Não é que eu não goste, eu só não entendo – Crystal dizia toda vez que era questionada sobre o porquê de não gostar do esporte.

Não estou nervosa nem ansiosa para o jogo, eu nunca fico nervosa para esse tipo de coisa. O motivo para o qual eu estar um tanto angustiada era o Baile de Inverno que aconteceria nesse sábado (daqui a três dias) e ninguém havia me convidado para ir. Eu pensei que alguém iria acabar me convidando, pensei errado. Sendo assim, eu não vou ao Baile.

–O jogo vai começar! – anunciou Tyler. – Vocês já sabem o que fazer quando entrarem no campo.

–Sim, você já disse isso umas trezentas vezes – comentou George baixinho.

–Eu ouvi isso – Tyler resmungou. Ele estava mais estressado do que o normal.

Quando entramos no campo, o barulho ficou pior do que já estava. Grifinória e Lufa-Lufa eram as casas mais barulhentas, então imagine o barulho ensurdecedor de um jogo de Quadribol entre as duas casas.

–Que o jogo comece! – Madame Hooch anunciou.

A Lufa-Lufa não estava conseguindo chegar nem perto dos aros. O que significa que eu não estava fazendo praticamente nada nesse maldito jogo.

– E a goles está sob posse de Stocker da Grifinória – narrava um garoto corvino - E é ponto!

A torcida da Grifinória estava totalmente enlouquecida. O jogo estava 70 para Grifinória a 0 para Lufa-Lufa. Tyler estava perseguindo o Pomo de Ouro (aquele danadinho). Nós já estávamos jogando fazia uma hora e eu estava começando a ficar cansada.

–Será que é agora a grande chance da Lufu-Lufa?! – continuava narrando o corvino – Não! Grande defesa da goleira Woodley, palmas para ela gente!

Que vergonha, que vergonha. Enquanto isso George tentou marcar outro ponto sem sucesso, devo dizer.

–Woodley maior apanhou o Pomo! – anunciava o garoto corvino – Fim de jogo! Grifinória vence!

Graças! Eu já estava começando a ficar nervosa com a droga desse jogo que não parecia nem perto de acabar.

–FESTA NA SALA COMUNAL – alguém gritou provavelmente um Grifinório.

Nós fomos para os vestiários conversar sobre o que achávamos do jogo. A maioria achou que foi um bom jogo exceto o Tyler, é claro.

–Vocês deveriam ter jogado melhor! – dizia ele – Quase a Lufa-Lufa apanhou o Pomo!

– A culpa não é nossa se você não estava conseguindo apanhar o Pomo como deveria – respondeu Ruby desafiando-o – Que eu saiba o encarregado disso é você!

–Gente, o importante é que nós ganhamos. – disse Luke, um dos nossos batedores – E eu não vi problema nenhum no jogo.

–Tá, se é isso que vocês acham, estão dispensados – meu irmão mais velho falou mal-humorado, como sempre.

Então eu fiz uma coisa que normalmente não faço. Eu o abracei como fazia quando eu estava com medo de algo no tempo em que nós éramos crianças e ele retribuiu. Apesar de tudo ele era meu irmão e eu gostava dele.

Depois disso eu fui embora, eu precisava de um bom banho. Ao contrário da maioria dos alunos de Hogwarts, eu não estava dispensada pelo resto do dia, eu ainda teria aula de Astronomia, junto com Thomas e outras pessoas.

O campo de Quadribol ainda estava cheio de gente, a maioria da Grifinória comemorando a vitória de hoje. O barulho estava muito alto, mas mesmo assim eu ouvi uma voz não tão conhecida me chamar, era Louis Elliot.

–Beatrice! – ele estava gritando, eu não faço a mínima ideia do que ele queria comigo.

–Hm, oi – eu respondi desconfiada.

–Oi, é que o Baile de Inverno é este sábado... E eu queria saber se... Se você queria ir comigo? – Louis Elliot estava claramente nervoso – Eu não conheço ninguém aqui em Hogwarts e eu preciso levar alguém ao Baile, então eu pensei em você... Sabe a gente ir como amigos.

Essa pergunta me pegou de surpresa, eu nunca na vida esperei que Louis Elliot fosse me convidar para ir ao Baile de Inverno, nós nem somos amigos assim como ele disse, eu acho que ele está realmente desesperado. Eu esperava (queria) que o Thomas me convidasse para o Baile, isso não vai acontecer. Acorde Beatrice.

–Claro tudo bem, Louis Elliot – eu sorri tentando ser o mais agradável possível.

–Muito obrigado, Beatrice – ele disse aliviado – Você me salvou.

Eu ri dessa vez de verdade, foi muito engraçado o jeito que ele falou. Nós podemos ser amigos sem problema, mas nada mais que isso. Depois disso ele me acompanhou de volta ao castelo e nós conversávamos sobre coisas avulsas.

–Não sabia que você jogava Quadribol tão bem assim – falou surpreso – Eu costumo jogar em Durmstrang também, sou apanhador.

–É meio que coisa de família – expliquei – Meu irmão mais velho é o apanhador da Grifinória e capitão do time também.

–Então isso explica o mesmo sobrenome – ele falou – Devo pedir para ele permissão para te levar ao Baile?

–Não, claro que não – Disse desconfortável, se Louis Elliot fosse falar com Tyler, ele iria achar que eu gosto dele e não do Thomas, ia ser um desastre total. – Sério que você não achou ninguém que gostasse de você de verdade sabe tipo namorado para levar ao Baile?

–Não – ele me olhou mais desconfiado do que eu olhava pra ele – Você sabe de alguém?

–Claro que sei, Louis Elliot! – falei e não era mentira – Tem uma menina da Sonserina que está caidinha por você

–Sério?! – ele parecia muito surpreso – Elas são tão difíceis, nunca pensei que uma delas você gostar de mim.

–Você tá me chamando de fácil? – perguntei ofendida e não era tão de brincadeira assim – Querido, eu sou um pesadelo disfarçado de sonho.

–Tudo bem então – ele falou rindo, não era par ele rir – eu vou indo.

–Okay – eu respondi e ele já estava longe de mim.

Thomas Hale é um covarde, idiota e mentiroso. Ele vai sofrer em minhas mãos agora, ele vai ver. Eu não quero ir ao Baile idiota de Inverno com Louis Elliot, será que ele não vê? Será que ele teve medo de me convidar e eu recusar? Talvez ele nem tenha pensado em me convidar. Ele só me deu falsas esperanças, todos fazem isso eu já deveria ter me acostumado. Que raiva. Eu sabia que ele seria meu próximo erro, estava na cara. Pensei que isso você durar um pouco mais do que para sempre, mais pelo jeito acabou em chamas antes mesmo de começar.

Já eram 10h30min da noite e a aula começaria às 11h00min, resolvi então ir logo para Torre de Astronomia. No caminho não encontrei ninguém, como o traidor disse quase ninguém do sexto ano se inscreveu nessa aula este ano. Quando cheguei á Torre só ele estava lá.

–Oi Beatrice – ele falou com seu sorriso de sempre.

–Olá Thomas – resolvi que o melhor jeito de fazê-lo sofrer era fazer com que ele achasse que estava conseguindo alguma coisa comigo quando na verdade não tinha nada. Exatamente como ele fez comigo. Vou fazer o jogo virar era hora da vingança.

– Você jogou muito bem hoje – ele disse me parabenizando. –Parabéns. Acho que vamos ter problemas com a Grifinória.

–Não foi nada – nossa ele tinha ido ao jogo! Não que eu ligasse para ele...

–Aconteceu alguma coisa? – ele me perguntou – Você parece incomodada com algo.

–Não, eu estou bem – respondi a ele, era mentira é claro. Apesar de todo o sentimento de vingança o que eu queria mesmo era chorar.

Nós estamos olhando bem do alto da Torre de Astronomia, ou seja, dava para ver praticamente todo o terreno de Hogwarts. Resolvi chegar mais perto dele tentando fazer com que ele me abraçasse e foi o que ele vez. Ridículo. Thomas Hale o pior ainda está por vir. Estava o fazendo ficar nervoso, quase sem fôlego na verdade.

A professora Aurora Sinistra havia começado a sua aula falando sobre estrelas. Eu não estava conseguindo prestar atenção em nada o que ela estava falando. Thomas estava. Nós estávamos um ao lado do outro e de vez em quando eu sentia que ele me olhava e sorria. Eu amava aqueles sorrisos, julgava eles como uma coisa que ele só fazia para mim, sorrir. Depois eu me lembrava de que se ele realmente gostasse de mim, ele teria me convidado para o Baile, o que não aconteceu.

A aula passou em um piscar de olhos, quando eu vi a professora já estava dizendo para nós voltarmos para as nossas salas comunais. Eu e Thomas fomos os últimos a sair da Torre.

–Você quer que eu vá com você até a sua Sala Comunal? – ele me perguntou.

–Não precisa, eu sei ir sozinha – eu respondi, sei que eu fui grossa, mas ele merece.

–Beatrice, eu sei que aconteceu algo com você – ele disse sério – Você está muito estranha e está agindo diferente.

–Como assim? – perguntei o desafiando – Como você pode ter tanta certeza assim? Você mal me conhece.

–Eu te conheço bem o bastante para saber disso – ele disse afirmativo de novo.

–Então, qual é minha cor favorita? – foi a primeira coisa que veio na minha cabeça

–Isso não importa! – ele disse com raiva, nunca tinha visto ele com raiva, ele ficava bonito com raiva. Por um momento fiquei com medo de ter estragado tudo, mais do que estava estragado. Talvez nossos bons momentos não fossem sobreviver a essa discursão. – Você está me escondendo algo, tenho certeza disso.

–Não te devo explicação nenhuma – eu disse calma – E para de gritar comigo. Ele ficou com uma expressão culpada por um momento.

Quando dizem que muitas coisas acontecem na Torre de Astronomia, acredite porque é verdade.

–Desculpe – ele disse e vi que ele estava a ponto de chorar, a raiva estava diminuindo, porém ele ainda continuava muito nervoso.

Eu não respondi nada. O que eu podia dizer? A tempestade tinha acabado de começar e eu não vou acabar com ela agora. Resolvi ir embora para a Sala Comunal e ele me seguiu. Odiei isso. Quando chegamos lá, ele viu que eu não iria desculpar, então falou como última tentativa de perdão.

–Beatrice, você pode não me desculpar por algo que você começou – ele começa a falar – Mas quero que você fique sabendo que eu não vou deixar isso estragar nada entre nós, porque eu gosto muito de você.

Depois de falar isso ele foi embora, me deixando culpada. Não acredito que ele disse isso. Ele é tão ridículo, mesmo assim eu continuo gostando dele. Acho que fui longe de mais.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido!
Vou ficar um tempo sem postar por motivos pessoais, desculpem :(
XOXO



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