Unpredictable Love escrita por Bruna Neuer


Capítulo 13
'Cause you're all I need


Notas iniciais do capítulo

Capítulo narrado pela nossa diva Beatrice, a música do capítulo é "Stay With Me" do Sam Smith. Espero que gostem, o capítulo ficou bem grandinho (como uma certa amiga minha me pediu).



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Eu tenho que ser escolhida. O primeiro dia do Torneio Tribruxo começa hoje, logo de manhã. O Cálice irá escolher os campeões e eu quero ser um deles. De qualquer forma, hoje também vai começar o Torneio de Quadribol (que dia cheio). A primeira parte dos jogos de Quadribol está organizada assim, respectivamente:

Grifinória X Lufa-Lufa

Corvinal X Sonserina

Grifinória X Sonserina

Corvinal X Lufa-Lufa

Lufa-Lufa X Sonserina

Corvinal X Grifinória

Isso significa que hoje eu vou fazer minha estreia no Quadribol e com boas notícias, a final eu consegui colocar meu sobrenome que todos conhecem na minha veste (lalalala Tyler se deu mal lalalala). Lufanos aguardem!

–Beatrice, vamos logo! Vocês garotas levam séculos para se arrumar! Que droga, cara – George já estava sem paciência comigo desde ontem, quando eu sem querer não tão acidentalmente derramei suco de Abóbora nas vestes deles, mas eu tinha que fazer isso, eu queria que um momento fofo entre a Crystal e ele acontecesse. Sério, nunca vi duas pessoas negarem tanto que se amam.

–Estou pronta, fica calmo homem, não é nem você que vai ser escolhido pelo Cálice hoje – eu disse, tentando deixa-lo mais irritado.

–E querida, quem disse que é você que vai ser a escolhida? – Deu certou ele ficou muito mais irritado.

–Quem disse que eu disse que seria eu? Eu nunca disse nada disso, George – ficava melhor a cada instante.

–Ah, cala a boca – disse o garoto.

O Grande Salão estava cheio com os mesmos alunos de sempre e com desconhecidos das outras escolas, que pelo visto podiam sentar onde quiser. Havia um menino da Durmstrang sentado onde normalmente nosso grupo se sentava. Isso explica o porquê de as meninas estarem sentadas quase na ponta da mesa. Isso está errado, nem um novato iria me tirar do lugar que eu sento todo o santo dia.

–Oi, você é da Durmstrang? – eu disse com o sorriso irônico mais amável do mundo.

–Beatrice, eu acho melhor nos irmos sentar com as meninas – George estava nervoso, não acredito nisso.

–Olá, aparentemente eu sou sim da Durmstrang – O garoto respondeu com um ar de superioridade (mexendo a sobrancelha direita), com quem ele acha que está falando?! Acho que ele sentou-se à mesa errada, só acho.

Odeio quando falam assim comigo. Odeio.

–E eu evidentemente sou de Hogwarts, como você pode ver – eu respondi no mesmo tom – Bom, eu e meus amigos estamos acostumados a sentar nessa parte da mesa, então desculpe, mas nós vamos continuar sentando aqui, Okay? Ah, e seja bem vindo a mesa da Grifinória.

–Tudo bem, a casa é sua na verdade, você faz o que você quiser. Eu sou só um convidado. – Ele respondeu mais amigável, acho que ele entendeu quem manda aqui. – Meu nome é Louis Elliot, a propósito.

–Beatrice Woodley – disse – E esse e meu amigo, George Edwards.

Nós dois (e o tal do Louis Elliot) tomamos café-da-manhã juntos, já que as meninas não quiseram nos acompanhar. George teria ido se juntar a elas, mas ele um bom amigo e não me abandonou (contra a vontade dele, fiz ele ficar).

–Como dividem vocês em casas? – Louis Elliot perguntou-me.

–Louis Elliot, há um artefato mágico chamado Chapéu Seletor, e é ele quem nos divide em casas. Mas ele também leva em consideração a sua escolha de casa. – respondi.

–Como, por exemplo? – ele me perguntou (de novo).

–O Chapéu acha que você é totalmente Corvinal, mas seu coração diz que você é Grifinória e você quer ir para a Grifinória, então o Chapéu te coloca lá. Entendeu? – respondi a ele.

–Sim – nossa que grande comprovação de entendimento.

–Bom dia, alunos! Sejam bem-vindos ao primeiro dia do Torneio Tribruxo! – Dumbledore disse iniciando a cerimônia de escolha. – Em momentos o Cálice estará pronto para nos contar os nossos grandes ganhadores.

O salão explodiu de gritos e vivas. O Cálice estava fazendo barulhos estranhos, parecia que ele iria vomitar. Dumbledore estava ao lado dele.

E o Cálice vomitou um papel azul-celeste. Isso era nojento até mesmo para um cálice.

–A Campeã de Beauxbatons é... Kaya Jones! – a primeira Campeã era uma garota alta e loira, parecia frágil para competir ao Torneio Tribruxo. Pensando bem, todas elas pareciam frágeis e inúteis (posso estar enganada, é claro).

A menina foi até Dumbledore, cumprimenta-lo e depois ficou no lugar onde o nosso diretor pediu para ela se posicionar tentado ser o mais perfeito o possível. Acho que elas tem aula de “Como ser Perfeita” lá em Beauxbatons.

–Muito bem, muito bem. – dizia Dumbledore.

O Cálice estava tentando vomitar de novo. E quando ele conseguiu, um papel preto saiu dele. Imagino que o papel deveria ser branco, mas por algum motivo ele escureceu.

–O Campeão de Durmstrang é... Louis Elliot! – Dumbledore disse, ele não estava surpreso.

O menino que havia sentado conosco foi escolhido. Como assim?! Quem era ele? Eu perdi algo? Olhei para George, que estava tão confuso quanto eu. Vai saber por que isso parecia tão na cara. Dumbledore ficou com uma cara meio de “Quem não sabia disso?”.

Ouvi alguém dizer na outra mesa que ele é o “preferido” de Durmstrang como eu sou aqui. Isso me deu raiva. Achei que já tinham esquecido essa história de eu ser a perfeitinha filha do Ministro da Magia, que tem um irmão bonito (porém babaca, ao meu ver) capitão do time de Quadribol da Grifinória.

O Cálice estava se preparando para vomitar novamente e pela última vez. Finalmente seria o Campeão de Hogwarts o anunciado. Dumbledore pegou o papel vomitado e o encarou. Por Merlin, quem ele tirou? Estou muito curiosa e até um pouco nervosa, tem que ser, tem que ser eu.

–Por final, o último Campeão do Torneio Tribruxo é... – O suspense estava muito grande – THOMAS HALE!

O quê! Como assim! Isso não pode! Deveria ter sido eu!

Expliquem-me como aquele garoto pálido, magro (mas nem tanto), aparentemente tímido, e estupidamente alto (foi um exagero necessário para descrevê-lo, mas é verdade, não que isso seja algo ruim).

Thomas havia se levantado para ser cumprimentado por Dumbledore. Que raiva! Deveria ter sido eu! Ele estava com o seu sorriso de sempre no rosto e parecia que estava procurando por alguém, que logo depois desistiu de procurar. Estava feliz, com certeza.

–Era só o que me faltava, um deles foi escolhido Campeão! – Crystal dizia com desgosto. Ruby e ela, haviam ido para o nosso lado (não tão discretamente) logo após que Louis Elliot tivera sido escolhido.

–Era melhor de sido a Beatrice do que esse ai! – George falou isso com tanto desprezo a mim, que me deixou chateada. Eu não falei nada, estava muito ocupada com os meus próprios pensamentos.

Por fim percebi que Dumbledore ainda estava falando, congratulando os escolhidos e dizendo que teríamos o Baile de Inverno no próximo Domingo.

–Todos vocês estão sendo convidados para o nosso Baile de Inverno anual – dizia ele – Não é necessário vocês viram acompanhados de um par, vocês podem ir muito bem sozinhos, a final nos estamos nos tempos modernos!

Eu iria sozinha com certeza, ou melhor, eu nem iria. Não ia ficar de vela atrapalhando a noite de George e Crystal, bem se o covarde do George a convida-la.

–Eu tenho mais um aviso, direcionado os integrantes do time de Quadribol das casas Grifinória e Lufa-Lufa. Os capitães dos times de vocês aguardam em seus salas comunais respectivamente.

Eu, George e Ruby tínhamos que ir logo, mas eu queria que falar com o Thomas. Pedi para eles irem seguindo logo para a sala comunal que eu iria logo em seguida. Encontrei Thomas com o James no caminho das masmorras, James por sua vez viu que eu queria falar com Thomas e foi seguindo o seu caminho, enquanto a Thomas, ele se direcionou para mim.

–Oi, Beatrice – eu disse (sorrindo é óbvio).

–Oi, Thomas, parabéns por ter sido escolhido – eu disse tentando sorrir agradavelmente, coisa em que eu não era nem um pouco boa.

–Obrigado, você estava chorando? Seu nariz está vermelho – ele me perguntou e para minha surpresa, ele realmente parecia se importar.

–Não, eu só estou com uma alergia feia da minha maquiagem – menti, eu não podia dizer que havia “lagrimado” por ter perdido, mas eu não tenho culpa se eu fico vermelha rápido.

–Eu sei que você está mentindo – disse ele afirmativo. Como ele podia saber disso?

–Eu não estou mentindo! Como você sabe? – eu perguntei na defensiva.

–Hm, primeiro você acabou de admitir e segundo, toda vez que você mente você coça o seu nariz ou levanta a sobrancelha de um modo diferente. – ele disse com uma cara de “eu te peguei”.

–Mas como você sabe disso, Thomas? – eu perguntei, aquele garoto estava pior que o Sherlock Holmes.

–Já passei muito tempo com você durante as aulas, sei quando você mente para um professor. Todavia isso não vem ao caso, porque você estava chorando? Você não pode mentir. – ele me disse me desafiando.

–Não devo satisfações a você – eu disse seca.

–Qual é Beatrice, para de ser tão dura, não tem problema se mostrar frágil de vez em quando – ele me disse, até que amigavelmente.

–Não fui escolhida pelo Cálice, Thomas, pronto é isso – eu disse me humilhando.

–Eu teria ficado feliz em não ter sido escolhido para morrer em “praça pública” – ele me disse tentando me fazer sorrir.

–Thomas, eu queria muito isso – eu me senti mais idiota ainda, pois falei isso como uma criancinha.

Depois de eu ter falado isso, ele fez a cara mais fofa do mundo. Após isso me abraçou e beijou minha cabeça, enquanto abraçava. Foi a melhor coisa que já aconteceu comigo. Sério. O melhor abraço que uma pessoa já me deu.

–Eu sei que você não está pedindo isso, mas se desse para trocar de lugar com você, eu não faria isso nunca sabe por quê? – ele falou e eu não entendi sua expressão.

–Não sei Thomas, não sei. Você disse que não queria morrer – eu falei na defensiva.

–Porque eu não quero perder você, eu preciso de você – ele me disse tão fofo quando um ursinho recém-nascido.

–Thomas... – eu também não queria perder ele, eu mesmo não querendo admitir, preciso dele.

–É verdade, pode parecer estranho, mas você é minha melhor amiga – ele me confessou.

Ele havia pagado a minha mão e eu não tinha percebido, até agora.

–E o James? – eu não consigo não questionar as pessoas.

–Meu melhor amigo. Bom até hoje, ele ainda é um homem. Amanhã eu não sei de nada. – ele me disse ainda com um sorriso sonhador (porém um tanto cínico, devido o comentário sobre o James)

–Você também é um dos meus melhores amigos. – eu disse satisfeita, agora depois de ter esclarecido a situação do James. Eu também estava rindo. – Bom, eu tenho que ir agora, caso não meu irmão vai me matar.

Odiei ter feito aquilo. Eu só queria ter ficado mais um pouco com ele.

–Tudo bem, boa sorte no jogo. Eu estarei lá – ele disse.

Eu virei de costas e fui embora, Meu Deus! O que tinha sido aquilo? Melhor, porque eu sou tão emotiva? Ai Meu Deus! Como eu vou chegar assim sorrindo na sala comunal? Vão saber que algo aconteceu! Eu preciso ter mais autocontrole, mas isso esse plano nunca funciona.

Eu fui caminhando para lá, quase correndo, estava uns muitos minutos atrasadas. Quando cheguei ouvi o Tyler reclamando aos gritos:

–Onde essa irresponsável está? – ele gritava. – Onde ela está, George!?

–Eu já disse – George falava bem calmo – Eu. Não. Sei.

–Oi, eu estou aqui! – eu tinha acabo de entrar – Desculpa Tyler!

–Onde você estava?! – ele estava literalmente gritando comigo.

–Fala baixo, não te interessa onde eu estava. – disse rígida – O importante e que eu estou aqui.

–Tudo bem, você já sabe o que fazer hoje. O resto está dispensado para se dirigir ao campo, menos você – Tyler apontou para mim.

–O que você estava fazendo? – falou ele mais baixo e mais calmo.

Ele me entregou minhas vestes. (Woodley 12)

–Tyler! Eu não sou mais uma criança, para você ficar controlando todos os lugares aonde eu vou! - já estava sem paciência com ele.

–Vai para o campo – ele disse também com raiva.

Só segui as ordens dele por que eu tinha que ir pra lá mesmo.

–Ah Beatrice – meu irmão havia me chamado – Caso você não repare sua rebeldia, você não vai ser a próxima capitã do time de Quadribol.

Como se eu quisesse (tudo bem eu quero). Não é com chantagem que ele irá conseguir tudo o que ele quiser, sinto muito. Em mim ninguém manda. No mínimo, ele me deve respeito. Eu não fico querendo saber para todo o lugar que ele vai com a namorada dele, logo ele não precisa ter que ficar sabendo as coisas que eu faço. Espaço individual é uma coisa que todos devem ter só que Tyler não respeita isso.


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Notas finais do capítulo

Beijos! XOXO
(Vocês já sabem dos comentários)



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