The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 40
Um Inimigo Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

AWEE! Capítulo 40, já!
Eu sei, eu sei. Demorei de novo, pois é. Mas cheguei! Tenho uma boa noticia: daqui a duas semanas entro de férias, aí vou ter tempo de sobra pra atualizar a fic e quem sabe, terminar TH2, pelas minhas contas, com uns 10 capítulos dá. *-*
Já tenho tudo planejado para TH2 e 3, aliás, muitas aventuras vem por aí. õ/
Enfim, boa leitura.



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Se eu soubesse o que tudo isso causaria depois, eu com certeza não teria feito. Ou talvez sim...

Para minha surpresa, levaram aquilo tudo a sério demais e cancelaram o restante das aulas. Porém, na hora do jantar, tudo já estava mais tranquilo já que não conseguiram achar os diabretes e nem qualquer outra evidencia de “Voldemort”. E nunca achariam, é claro. Mal sabiam eles que os diabretes agora estavam causando caos na África. Não me culpe, foi o primeiro lugar em que eu pensei em mandá-los.

Enfim, na hora do jantar estava tudo mais calmo. Tirando, claro, os cochichos dos alunos que conversavam sobre o episódio. Mas, a calma não permaneceria por tanto tempo. Mas, naquela hora eu não sabia disso...

Estávamos andando tranquilamente pelos corredores, alguns em direção as escadas e outros até a masmorra, quando ouvimos um grito de gelar.

─ O que foi isso? ─ Perguntei para Matt, estreitando os olhos.

Ele me olhou confuso e então percebeu que dessa vez não tinha sido nada que eu tenha feito.

─ Não faço a menor ideia... ─ Ele murmurou, franzindo a testa.

Viramos o corredor e encontramos os alunos que iam à frente, paralisados em choque, olhando a cena à nossa frente.

Uma garota estava caída no chão, com três marcas em seu rosto. Pareciam marcas de garras, mas o estranho era que as marcas sangrentas brilhavam em seu rosto. Ela estava desmaiada e na parede iluminada estava escrito uma mensagem, não com sangue, mas com uma espécie de tinta azulada.

Parecia a cena do episódio da Câmara Secreta, só que dessa vez não estávamos lidando com um basilisco. Parecia algo bem pior... Na parede estava escrito “Com cinco peças se formaram um castelo, e com mais cinco se abre o que espero”.

─ Mas o que...? ─ Sussurrei chocada.

─ Acalmem-se, acalmem-se. ─ Exclamava Lockhart, vindo pelo corredor. Mas ao se deparar com a cena, ele arregalou os olhos. Se eu não estivesse tão perturbada com a cena, eu até riria. ─ E-eu... Vou chamar Dumbledore! ─ Gaguejou e voltou correndo pelo corredor.

Eu tinha que me aproximar. Abaixei-me para olhar o rosto da garota e então percebi que não era sangue. Parecia que as marcas estavam cicatrizadas em sua pele, com algum liquido vermelho em seu rosto.

─ Que merda é essa? Quem fez isso com ela? ─ Estreitei os olhos. Disfarçadamente passei minha capa pelo liquido e afastei-me.

Dei um olhar para Matt e ele entendeu que tinha alguma coisa errada em tudo aquilo. Procuramos Harry e os outros no meio da multidão dos alunos e corremos até eles.

─ O que houve? ─ Mione perguntou ao nos ver.

─ Não sei, mas notei algo estranho. ─ Sussurrei com um olhar de “conversamos depois”. Ela entendeu e franziu a testa, preocupada.

Logo Dumbledore e os outros professores chegaram, mandando os alunos para suas respectivas salas comunais.

─ Em uma hora. ─ Harry sussurrou e todos nós assentimos ao compreender. Iríamos nos encontrar na Sala Precisa, era de extrema urgência, afinal.

Mione veio comigo para meu quarto, onde peguei minha capa e embrulhei.

─ Porque vai trocar de capa? ─ ela perguntou confusa.

─ Preciso mostrar algo pra vocês nela. ─ Apontei para a capa que retirei.

Ficamos sentadas na cama, esperando o tempo passar para sairmos. Eu já não aguentava mais esperar.

─ Vamos, já deu. ─ Mione murmurou e eu suspirei, aliviada.

Peguei em sua mão, levando-a para a porta da Sala Precisa com as sombras e a deixei lá, para arrumar tudo.

─ Já volto. ─ Avisei.

Fui buscar os outros e logo estávamos todos sentados em volta à mesa circular.

─ Lya, o que exatamente aconteceu? ─ Gina perguntou assustada. ─ O que aconteceu com a garota? Quem fez aquilo? O que exatamente fizeram com ela?

─ Lya, a garota está em coma. ─ Harry disse em seguida.

─ Espera, espera. Vamos por partes! ─ Levantei as mãos, pedindo calma. ─ Eu não sei o que aconteceu, mas se a garota está em coma... Bem, eu me aproximei para ver os cortes no rosto dela, mas não pareciam recentes. Estavam cicatrizados... Seja lá o que for que tenha a atacado, curou os cortes logo em seguida. Tinha um líquido vermelho no rosto dela, mas não era sangue. Olhem... ─ Contei e coloquei minha capa em cima da mesa, transformando ela em branca. O líquido vermelho que enxuguei um pouco estava visível na capa branca.

─ Será que é veneno? ─ Draco perguntou.

─ Pode ser. ─ Luna assentiu. ─ Provavelmente cortaram o rosto dela, colocaram veneno no corte pra entrar mais rápido na corrente sanguínea e então cicatrizaram o rosto. Mas que veneno deixa a pessoa em coma?

─ Esboço de Morte em Vida? ─ Harry opinou.

─ Mas, isso é muito suspeito... ─ Ron murmurou, estreitando os olhos. ─ Quem atacaria uma Lufa-lufa, para colocar ela em coma? Pra quê colocar ela em coma? Com quem estamos lidando? E essa poção é muito óbvia.

─ Droga, temos apenas 12 anos e já estamos querendo mudar o mundo. ─ Falei. ─ Parece que isso é mais difícil do que pensei...

─ Chame o Sean, ele é bom com essas coisas de veneno! ─ Harry exclamou.

Sean sempre foi apaixonado por poções, então era bem possível que ele soubesse o que era aquilo.

Sean? ─ Chamei.

Lya? O que houve? É quase meia noite... ─ Ele reclamou.

É urgente. Estamos na Sala Precisa, tem como vir aqui? ─ Pedi, preocupada.

Claro, estou indo. ─ Respondeu.

─ E então? ─ Luna pediu.

─ Ele vai vir. ─ Informei.

Assim que disse isso, Sean apareceu do nada na Sala Precisa, com uma cara de psicopata sonolento.

─ Credo, Sean. ─ Reclamei ao vê-lo.

Sean bocejou e se jogou na cadeira ao meu lado.

─ O que houve? ─ Ele perguntou quase dormindo.

Harry sorriu maleficamente e conjurou um balde de água, jogando em cima dele. Ele instantaneamente despertou.

─ Hey! Foi pra isso que me chamaram? ─ Reclamou, fazendo um feitiço para secar suas roupas. Sean estreitou os olhos, mas logo reparou na capa branca manchada de vermelho. ─ Isso é sangue?

─ Não. ─ Respondi. ─ Foi por isso que chamamos você.

─ Aconteceu algo hoje, uma garota da Lufa-Lufa foi atacada. ─ Harry começou, explicando tudo o que houve.

─ Foi muita coincidência acontecer justo quando Lya fez uma brincadeira sobre a volta de Voldemort. ─ Sean murmurou.

─ O que quer dizer com isso? ─ Draco perguntou.

─ Alguém estava esperando uma oportunidade para atacar, Lya deu exatamente o que ele ou ela queria. Agora todos devem estar pensando que foi Voldemort que atacou... Estão pensando que ele realmente voltou. ─ Mione entendeu, pensando rapidamente.

─ Exato. ─ Sean concordou.

Acenando com a varinha sobre a capa, ele franziu a testa.

─ Eu não entendo... ─ Murmurou frustrado. ─ Nunca vi algo parecido. Não é um veneno conhecido... Parece veneno mágico, de alguma criatura mágica...

─ Será que estamos lidando com uma criatura mágica pensante? ─ Perguntei preocupada.

─ Talvez tenha alguém controlando o bicho... Tipo, como o basilisco... ─ Harry pensou alto.

─ Sim. Mas, o que será? ─ Mione bufou, sem saber a resposta pra sua própria pergunta. ─ Odeio mistérios.

─ Mas e a frase? ─ Matt perguntou pensativo.

─ A frase? ─ Franzi a testa e então me lembrei da frase. ─ Ah, a frase. “Com cinco peças se formaram um castelo, e com mais cinco se abre o que espero.

─ O que significa isso? ─ Draco perguntou confuso. ─ Não tem como formar um castelo com cinco peças.

─ A não ser que ele não esteja se referindo ao castelo em si. ─ Mione levantou-se, com os olhos brilhando. ─ Entendi. Ele está falando de vocês, fundadores. Gryffindor, Hufflepuff, Ravenclaw e os dois irmãos Slytherin, os cinco fundadores, as cinco peças que formaram este castelo.

─ Mione, é tão bom ter uma nerd como você aqui! ─ Ron murmurou aliviado, sorrindo para ela, que lhe deu um olhar mortal.

─ Certo. Pode ser. ─ Ignorei Ron e seus elogios para Mione. ─ Mas o que significa “com cinco peças se abre o que espero”? O que essa pessoa ou esse ser, não importa, quer abrir?

─ Eis a questão. ─ Matt suspirou. ─ Mas que merda, nós não podemos ter nem um ano calmo?

─ Você já teve o ano passado bem calmo, queridinho. Agora aguente. ─ Sorri para ele, que revirou os olhos.

─ Bom, é melhor irem dormir, okay? Amanhã, nos encontraremos novamente aqui. Vou pesquisar tudo o que eu conseguir achar agora, sobre algo que se abre com cinco peças. ─ Sean informou. ─ Tomem cuidado, nunca andem sozinhos. Se essas cinco peças forem pessoas, faltam quatro.

─ Uma Lufa-Lufa, não é? ─ Mione murmurou. ─ Vai precisar de um Grifinório, um Corvinal e dois Sonserinos.

─ Provavelmente. ─ Concordei. ─ Agora estou pensando seriamente que se fosse o basilisco, seria bem mais fácil de lidar, mas Medusa é do bem... ─ Comentei.

─ Acho que é exatamente isso que temos que aprender. Não adianta mudar o futuro, pois vem coisa pior. ─ Mione filosofou.

─ Mas agora que começamos, venha o que vier e nós enfrentaremos. ─ Harry decidiu confiante.

─ Juntos. ─ Falei e sorrimos, mas apesar disso, a preocupação estava presente em nosso olhar. Como lidar com algo que nós mesmos causamos?

─ Não é culpa de ninguém, Lya. Muito menos nossa. ─ Matt disse-me, percebendo meu olhar. ─ O destino apenas quer brincar com a nossa cara. Mas vai ficar tudo bem.

─ Sei que vai. ─ Suspirei, sorrindo. ─ Mas e se não dermos conta?

─ Nós vamos. ─ Sean se intrometeu, dando um tapa em minha cabeça. ─ Pense positivo. Se você não pensar assim, quem mais pensará?

─ Vocês? ─ Falei com um olhar de “é óbvio”.

Harry revirou os olhos e riu.

─ Acontece que você é nossa alavanca. Você é a única que se preocupou em mudar tudo, para dar uma vida melhor para os que perderam com a guerra. Você nos quer feliz, e é isso que faz com que confiemos em você com a liderança.

─ Hey, parem com isso, se não eu coro. ─ Sorri, me controlando para realmente não corar. Eles confiavam em mim. Eu honraria essa confiança!

Depois de nos despedirmos de Sean, que levou minha capa com a substância vermelha junto, levei cada uma para seus dormitórios, deixando Matt por último, é claro.

─ Não acredito que eu tive que esperar. ─ Ele reclamou, mas eu apenas sorri para ele. Ficamos uns minutos apenas abraçados e quando me senti mais calma após os acontecimentos, levei ele para seu dormitório, despedindo-me com um beijo.

Voltei para meu quarto e me joguei na cama.

Pai, não deixe que meus amigos morram. Farei de tudo para salvá-los, até dar minha vida por eles. ─ Fiz uma prece, sentindo as sombras me envolverem. Eu sabia que meu pai iria ouvir e isso me confortava mais um pouco.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Vocês tem alguma ideia de quem pode ser o vilão dessa vez? Qual é a teoria de vocês? *-*
Até logo, beijos.



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