─ A família Potter deixou um testamento, mas Dumbledore bloqueou a leitura. Se o jovem Sr. Potter dizer as palavras certas, poderemos ler o testamente provisório e então a Sra. Bellator poderá tomar a guarda de Harry. Dumbledore não poderá interferir, pois temos a prova de que ele bloqueou a leitura do testamento. ─ disse Rulfisk.

─ Espera! Sra. Bellator? Você quer dizer... A minha mãe? E porque Dumbledore bloqueou a leitura do testamento? ─ perguntei chocada.

─ Esse Dumbledore... Ele é mal? ─ perguntou Harry.

─ Quais são as palavras? ─ perguntou Sean.

─ Uma pergunta de cada vez. ─ disse Rulfisk calmo. ─ Sim, Srta. Bellator, eu quis dizer sua mãe. Pelo visto não sabe que ela é uma bruxa, certo? ─ perguntou.

─ Não, acho que eu deveria saber, mas eu sou meia nova por aqui, sabe? Eu não estava nesse tempo, se é que me entende. ─ contei e ele me olhou surpreso mas acenou com a cabeça.

─ Certo. Bom, sua mãe tomará a guarda de Harry. E sobre a sua pergunta, Sr. Potter, não Dumbledore não é mal. Ele é apenas um velho, que já esqueceu que foi jovem. Ele bloqueou o testamento, pois queria protegê-lo, não achando que tinha idade o suficiente para saber sobre o testamento. Mas ele não levou em conta que seus “parentes” pudessem ser tão asquerosos assim. Mas não deixaremos o velho interferir. ─ respondeu Rulfisk e então olhou para Harry seriamente. ─ Quer ler o testamento então, Sr. Potter?

─ Quero... Mas como é que eu faço para desbloquear? ─ perguntou Harry.

─ Foi o que Sean perguntou. As palavras são “Eu, seu nome, desejo desbloquear qualquer testamento bloqueado em minha família”. ─ disse Rulfisk.

Harry respirou fundo e me olhou. Sorri para ele, e acenando com a cabeça como se quisesse dizer “vai em frente”.

─ Eu, Harry James Potter, desejo desbloquear qualquer testamento bloqueado em minha família. ─ disse ele e apareceu um pergaminho brilhante na mesa de Rulfisk. Após uns segundos, o pergaminho parou de brilhar, então Rulfisk o pegou e desenrolou.

─ Vamos a leitura do testamento dos Potters ─ disse Rulfisk e então começou a ler.

“Eu, James Charlus Potter deixo como legado toda a minha herança para meu filho e herdeiro Harry James Potter e para minha afilhada e coerdeira Lyara Natielle Bellator. Filho, saiba que eu e sua mãe o amamos demais e tudo o que fizemos foi para protegê-lo. Nos desculpe por não estar ai com você, mas não se culpe, a culpa é toda de Voldemort. Não deixe seus amigos com medo que eles serão prejudicados apenas por serem seus amigos, pois sem amigos nada somos. Não culpe Dumbledore por isso, pois ele já está velho e não tem a consciência de que o mundo mudou. Viva sua vida da melhor forma possível, sem arrependimentos. Agora vou deixar sua mãe escrever, se não eu vou dormir no sofá.”

“Eu, Lilian Elizabeth Evans Potter deixo como legado toda a minha herança para meu filho e herdeiro Harry James Potter e para minha afilhada e coerdeira Lyara Natielle Bellator. Harry, meu amor, a mamãe ama você. Nós sempre soubemos que nossa hora iria chegar então não se culpe pela nossa morte. Estamos orgulhosos de você, meu bebê. Dê o melhor de si mesmo para o que você acredita e nunca perca as esperanças. Estaremos te olhando, aonde quer que esteja meu amorzinho. E saiba que nada é impossível se você acreditar que pode conseguir. Eu amo você, meu bebê. Sempre e sempre”.

Harry deixou cair umas lagrimas e eu o abracei. Jamais iria pensar que eu fosse afilhada dos Potters.

─ Ainda não acabou. ─ disse Rulfisk e eu soltei Harry.

“Nós, Lilian Elizabeth e James Charlus Potter, por meio deste, declaramos que nosso filho, em caso de nossa morte, deverá morar com sua madrinha Annia Bellator. No caso desta não poder cuidar dele, deverá morar com seu padrinho Sirius Black. Em caso deste estar impossibilitado de cuidar dele, deverá morar com a família Longbottom. Ele jamais deverá morar com os Dursleys, nem se as pessoas acima não estiverem possibilitadas de cuidar dele. Assim seja.”

Eu ofeguei.

─ Será que ninguém nunca leu mesmo esse testamento? Poxa, ai diz que o Harry jamais deveria morar com os malditos Durleys... O que Dumbledore estava pensando? ─ eu berrei inconformada.

─ Ele estava pensando que pode fazer tudo o que ele quer... ─ disse Sean irritado. ─ Isso não vai ficar assim!

─ Não mesmo. Será que ele nem se interessou em saber o que os Potter queriam para o filho deles? ─ murmurei entre dentes.

─ Eu não gosto dele... ─ murmurou Harry e eu concordei com a cabeça.

─ Eu gostava, mas perdi todo o respeito agora... ─ falei sombriamente.

─ Isso não importa agora. O que importa é que você não irá mais morar com eles, Harry. Aí diz que você devia morar com a mãe da Lya, então Dumbledore não poderá interferir de forma alguma. ─ disse Sean.

Harry olhou esperançoso e eu sorri aliviada. Eu estava começando a pensar em Harry como um irmão mais novo, que eu faria de tudo para defender.

─ Agora, irei chamar a sra. Bellator. Já aprontei os documentos de adoção, e a partir do momento em que ela assinar, o Sr. Potter será filho dela. ─ disse Rulfisk.

─ Harry, está tudo bem em ser adotado pela minha mãe? ─ perguntei.

─ Sim... Eu não vou voltar pra lá, vou? ─ perguntou ele quietamente. Eu soube imediatamente do que ele estava falando. Obviamente!

─ É claro que não, Harry! Nunca mais, eu prometo. ─ falei e ele me abraçou de repente. O abracei de volta, feliz. Agora eu teria mais um irmão. Ele me lembra um pouco do Nico... Será que voltarei a vê-lo um dia? E meu pai? Apaguei esses pensamentos e me concentrei em abraçar Harry fortemente. ─ Agora, se você precisar de alguma coisa, qualquer coisa, pode contar comigo, okay? ─ separei-me dele e olhei em seus olhos verdes que estava um pouco vermelhos, mas estavam brilhando de felicidade. ─ Agora você é meu irmão, e eu faço de tudo pela minha família. ─ falei e ele sorriu, balançando a cabeça assentindo.

De repente a lareira da sala de Rulfisk brilhou em verde e Harry ficou olhando assombrado.

─ É um meio de viagem bruxa, é só colocar um pó chamado pó de flu, entrar na lareira e dizer o local em que queremos ir e seremos transportados lá através da lareira. ─ expliquei para Harry, que ficou olhando admirado. Até que minha mãe saiu da lareira.

─ Mãe! ─ eu falei feliz. ─ Que história é essa de você ser bruxa e não me contar? ─ perguntei e ela olhou chocada para mim. Será que ela não sabia que eu ia vim para o Beco? O Sean não contou?

─ Lya! O que faz aqui? Sean! Eu achei que ia levá-la ao parque e... ─ ela exclamou surpresa e Sean deu um sorriso tímido.

─ Desculpe, é que eu ia fazer uma surpresa depois que a Lya comprasse todo o material. Ninguém mandou você não prestar atenção no correio pensando que ela iria puxar para apenas um dos lados da família. ─ disse Sean, se desculpando. Então entendi que mamãe esperava que eu fosse apenas semideusa e não bruxa como ela.

─ Eu puxei para os dois lados da família, mamis. ─ falei e ela ficou pálida. ─ O que? Eu sei quem é meu pai... ─ falei.

─ Você... Você sabe? ─ perguntou e respirou fundo.

─ Sim, bem, é uma não tão longa história que eu conto depois. ─ respondi ─ Bem, você sabe por que está aqui? ─ perguntei.

─ Não, não sei. ─ respondeu e olhou para Sean e Rulfisk ─ O que aconteceu? ─ ela perguntou e depois notou Harry. ─ Você... Oh, Merlin! Meu afilhado! O que houve? ─ desesperou-se.

─ Acalme-se Sra. Bellator e sente-se, por favor. ─ pediu Rulfisk e mamãe sentou-se. ─ Acabamos de ler o testamento dos Potters. ─ contou ele e mamãe respirou fundo.

─ E? ─ perguntou apreensiva.

─ Queremos que adote o jovem Sr. Potter. ─ disse Rulfisk.