The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 32
Tânatos


Notas iniciais do capítulo

Não acredito que fiquei duas semanas sem postar! Mas tenho explicações para isso: primeiro que a antena da minha net quase caiu e segundo porque eu estava me desesperando por causa do Enem. Eu não conseguia me concentrar em nada, sério. Ontem, foi uma bosta!
Enfim, eu voltei. Estou mais desocupada por agora e espero que o resto do mês continue assim... *-*
Desculpem-me pela demora, eu sinto muito mesmo, de verdade!
Boa leitura amores.



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─ Acho que vamos ter de fazer uma visitinha a esse tal Lord aí ─ falei sorrindo, mas por dentro, um pressentimento de que algo iria acontecer estava cada vez mais forte. Seja lá o que fosse acontecer, não seria algo do qual esqueceríamos tão cedo.

A rainha sorriu aliviada e então duas fadas trouxe um espelho gigante até nós.

─ O que é isso? ─ perguntei desconfiada ─ E não digam que é um espelho, porque isso é obvio. O que ele faz?

─ Esse espelho vai escolher quais de vocês ganharão o presente das fadas assim que voltarem. Não poderão olhar-se nele agora, apenas na volta. Desejo uma boa viagem para vocês! Caminhem sempre em frente e chegarão ao vosso destino. ─ disse a rainha, despedindo-se e em uma explosão de luz brilhante ela desapareceu.

─ Para onde vamos? ─ perguntou Gina.

Olhei ao redor

─ Siga sempre em frente... Grande ajuda! ─ debochou Hermione, irritada.

─ Bem... ─ murmurei olhando ao redor. Pra frente tinha uma bela floresta cheia de flores, para a esquerda tinha um pequeno lago cristalino, para a direita tinha alguns penhascos e atrás de nós, uma caminho escuro. Onde mais estaria esse tal Lord da Escuridão? ─ O caminho mais óbvio é o caminho escuro... ─ eu falei duvidosa.

─ Nem sempre o óbvio é o certo ─ filosofou Hermione, olhando para a floresta florida.

─ Já que é pra ir pra frente... ─ disse Gina e então todas nós olhamos para o que tinha exatamente a frente de nossos olhos: um caminho escondido entre o pequeno lago e a floresta florida.

─ Será que...? ─ começou Hermione, parando no meio da frase, em expectativa.

─ Quem sabe... ─ disse Gina, pensativa.

─ Vamos lá, pessoal! Em destino a nossa provável morte! ─ falei com uma falsa empolgação e as meninas me bateram no braço. ─ Ei, brutas! ─ reclamei.

─ Sua “empolgação” não vai nos levar a nada, Lya ─ disse Hermione, revirando os olhos e eu ri.

Começamos a andar pelo caminho estreito, olhando a paisagem mudar enquanto adentrávamos a floresta. Não tinha nada de florido naquele caminho, pois ele desviou nosso curso. Não estávamos nem um pouco na floresta florida...

Passamos por um bosque de árvores cor de rosa, com lindos macaquinhos verdes pendurado nos galhos e então o caminho começou a escurecer. As tonalidades das arvores foram escurecendo e tudo o que encontrávamos eram pedras, folhas secas e árvores totalmente negras. O frio estava quase insuportável e mesmo que as copas das arvores cobriam o céu, era possível sentir e ouvir o uivo do vento ao nosso redor.

─ Não estou gostando daqui ─ murmurou Gina assustada, ficando entre eu e Hermione.

─ Nem eu ─ Hermione concordou. Eu não disse nada para não piorar a situação, mas eu também não estava gostando nada dessa floresta escura.

O vento começou a soprar mais forte, como se estivesse soprando apenas ao nosso redor e então logo tudo se aquietou, formando um silencio mortal. Os únicos sons eram nossas respirações.

Bem vindas ─ sussurrou uma voz ao longe, como se estivesse sendo trazida pelo vento.

─ Que-quem é você? ─ gaguejei. Era como se eu não estivesse mais sentindo minhas emoções, eu estava sendo induzida a sentir um pavor tão grande, mas tão grande, que... Espera! Alguém estava controlando minhas emoções! Que ultraje! ─ Quem está controlando minhas emoções? ─ rosnei, sentindo aqueles sentimentos se afastarem.

És realmente esperta Le’tha... ─ respondeu a voz e eu franzi a testa. Le’tha? O que é isso? ─ Estou esperando vocês há muito tempo, feiticeiras. A sábia Thaal, a guerreira Gwen e a portadora das chamas negras, você, Le’tha.

Le’tha, Thaal e Gwen eram nomes? Mas nomes de quem?

─ Meu nome não é Le’tha, é Lya ─ respondi franzindo a testa.

Na língua dos humanos pode ser, mas na língua das fadas celestiais, seu nome é Le’tha.

Então percebi que estava ainda parada no meio da floresta. Olhei pras garotas e tive a maior surpresa da minha vida: elas não estavam mais lá.

─ Onde elas estão? O que você fez com elas? ─ perguntei apavorada.

Não poderão chegar até mim acompanhadas, todas terão de fazer seu próprio caminho. Você pode decidir vir até mim quando quiser. Estarei te esperando Le’tha ─ anunciou a voz, sumindo ao dizer meu “nome de fada”.

Olhei ao meu redor, engolindo em seco e percebi que não tinha como voltar, pois se eu olhasse para trás, só veria o breu. E... Aquilo são olhinhos me olhando dentro daquele buraco na arvore? Os pelos de meu pescoço se arrepiaram e eu não pensei em mais nada, disparei a correr em direção ao caminho à frente, sem olhar para mais nada.

A única coisa que me fez parar foi o fato de que eu tropecei em uma pedra e cai de cara no chão. Mereço! Nem mesmo em uma aventura eu caio com dignidade. Levantei o rosto e olhei para frente, avistando algo que fez eu me sentir muito idiota, muito mesmo. Eu estava em frente a um labirinto e ele tinha varias entradas, seis para ser exata, assim como o labirinto do meu sonho. É claro que meu sonho não poderia ser um sonho, apenas. Eu era tão sortuda...

Suspirei profundamente, levantando-me do chão e aproximei-me do labirinto. Cada entrada apresentava uma cena diferente, como se fosse um lembrete do que me aguardava se eu entrasse por uma delas: a primeira mostrava um campo de quadribol, a segunda uma sala de poções, a terceira mostrava uma loja de varinhas, a quarta uma loja de vestes bruxas, a quinta uma biblioteca e a sexta mostrava o submundo.

Eu não precisei pensar muito sobre qual entrada eu escolheria, é óbvio. Eu entrei na sexta, a que mostrava o submundo, o local que obviamente me faria sentir-se em casa. Quando atravessei a espécie de portal, fui transportada realmente para o submundo, as margens opostas do rio, como se estivesse mesmo nele. Mas era realmente o submundo? O único local em que eu poderia encontrar respostas seria o castelo de meu pai.

Caminhei por entre as almas, e atravessei o portal de julgamento, passando por Cerberus sem dar atenção a ele, que choramingou. Ignorei tudo, focando-me em chegar até o grande castelo negro. Quando me aproximei da entrada, tudo desapareceu e eu estava em uma pequena sala circular. No meio, estranhamente iluminado, estava um pedestal e em cima dele tinha três caixas vazias.

─ Olá, Le’tha ─ disse a mesma voz da floresta, porem mais nítida, vinda de trás de mim. Mesmo assim, não consegui identificar se era voz de homem ou de mulher. Virei e deparei com algo que jamais pensei ver. A figura vestia uma capa negra e segurava uma foice. Será que era a...

─ Dona Morte? ─ perguntei ainda incrédula.

─ Dona Morte? ─ a voz parecia incrédula e irritada ─ O que lhe deu a impressão de que eu fosse mulher? Eu sou homem, ok? Mortais imbecis... ─ resmungou aproximando-se.

Quem eu teria que encontrar mesmo? Ah, sim, o Grande Lord da Escuridão. Seria ele a figura a minha frente? A morte? Ou melhor, ‘o’ morte? Isso parecia tão ridículo.

─ Quem é você então? ─ perguntei.

─ Sou Tânatos, o deus da morte ─ disse a voz, tornando se muito mais nítida. Uma voz masculina e muito bonita.

─ Prazer ─ eu comecei ─ sou Lyara e não Le’tha! Filha de Hades e bruxa também, como você já sabe. ─ cumprimentei.

─ Filha de Hades? ─ perguntou Tânatos, surpreendido ─ Por isso você demonstrou conhecer o submundo ─ terminou pensativo.

─ Exatamente. Sabe, disseram-me que apenas quando eu morresse é que eu iria encarar a morte... Mas aqui estou eu, na sua frente ─ eu falei, lembrando-me da ultima vez que morri. Trágico! ─ Como isso é possível? Estou morta?

─ Seu pai é deus dos mortos não é? ─ ele questionou e eu acenei com a cabeça com uma cara de ‘é óbvio!’ e ele sorriu ─ Mas seu pai não está morto. Já eu sou o deus da morte, mas isso não signifique que eu seja a morte ─ disse ele e o encarei extremamente curiosa.

─ E quem é a morte? ─ questionei.

─ Ela não está mais no submundo ─ contou ele ─ Era filha de Hades também e minha irmã de consideração. Quando ela morreu, ficou extremamente entediada em só ficar torturando as almas e então eu pedi para ela representar-me. Ela aceitou e tomou para si à identidade de Lady Reaper, a ceifadora. ─ terminou deixando-me mais chocada do que já estive em toda a vida.

─ Qual era o nome dela? ─ sussurrei, com um mau pressentimento.

─ Lindsay, o nome dela era Lindsay ─ ele respondeu e eu forcei-me a permanecer de pé.

─ O que estou fazendo aqui? ─ perguntei mudando de assunto. Eu era Lady Reaper? A representação da morte? Mas... Porque não me lembro de nada disso? Lembrei-me de quando Sean disse que papai havia me ensinado tudo quando eu era Lindsay, mas eu também não me lembrava. Quando perguntei a ele, ele disse que eu não lembraria mesmo das coisas que aconteceram enquanto eu estava... Morta! Eu fui Lady Reaper quando eu morri? Porque só aconteciam coisas bizarras comigo?

─ Já mudando de assunto? ─ perguntou ele, sem saber de meus pensamentos conturbados ─ Está aqui, pois preciso de algo que sei que você pode conseguir.

─ É uma missão então? ─ questionei e depois pensei no que ele disse ─ O que quer que eu consiga?

─ Não exatamente uma missão, apenas um acordo. Quero que consiga as relíquias da morte, os objetos que criei para minha irmã enquanto ela fazia meu serviço. Uma capa da invisibilidade, uma pedra da ressurreição caso ela quisesse ressuscitar alguém e uma varinha poderosa tendo minha essência como núcleo ─ Tânatos contou e eu paralisei. Eu era a dona das relíquias da morte?

─ Porque você quer as relíquias? E o que vou receber em troca se eu aceitar o acordo? ─ eu questionei cada vez mais confusa.

─ Quero as relíquias para poder encontrar minha irmã. Ela reencarnou, mas não consigo rastreá-la. Então procurei três bruxas poderosas, que acreditam na verdadeira magia, ou seja, vocês. Quanto ao que você receberá em troca... Bem, eu sei que no futuro você e suas amigas estarão na frente de uma batalha e ter a recompensa das fadas é algo que será de muita ajuda a vocês. Umas das três receberá o poder das fadas se você aceitar encontrar as relíquias. E então? O que me diz?

─ Primeiramente, isso parece aceitável. Mas, antes de eu aceitar, quero perguntar mais algo. Onde estão as garotas? ─ perguntei, preocupada.


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Notas finais do capítulo

Acho que a Lya vai ter que abrir um clube para irmão, porque ela com certeza tem uma coleção agora! Mas por enquanto, ela não vai mais arrumar irmãos.
Só a Lya mesmo para chamar o Tânatos de Dona Morte... KKKKK
O que vocês acham que é o poder das fadas? E quem das meninas irá ganhar?
Até logo e comentem, pois a opinião é e sempre será muito importante para mim.
Beijos!



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