The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 29
Horcruxe, Perón e o Rato


Notas iniciais do capítulo

Finalmente consegui terminar o capítulo! *-*
O segundo ano deles em Hogwarts (que ainda vai demorar um pouco pra chegar) vai ser realmente muito diferente...
Agora, boa leitura amores! *-*



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─ Então... Essa é a câmara secreta? ─ perguntou Draco, olhando ao redor da biblioteca, interessado.

─ Não, essa é a biblioteca secreta de Salazar e Lindsay Slytherin ─ corrigi e ele me encarou, franzindo o cenho.

─ Como sabe disso? ─ ele questionou e eu sorri, dando de ombros.

─ Sou herdeira ─ contei. Eu realmente era herdeira, afinal eu vinha da linha direta de meu irmão, mesmo que no passado eu fui Lindsay Slytherin.

─ E tem mesmo um basilisco aqui?

─ Tem uma basilisco fêmea, ela se chama Medusa ─ respondi sorrindo ─ Agora, feche os olhos ─ mandei e ele fechou rapidamente. Envolvi as pálpebras de Draco com as sombras, criando uma barreira protetora. E então, se ele olhasse diretamente nos olhos de Medusa, nada aconteceria. ─ Pode abrir ─ falei e ele não abriu. Provavelmente achou que eu tinha trazido à cobra e deixado na frente dele para matá-lo. Boboca! Revirei os olhos. ─ Relaxa Draco, só protegi seus olhos pra não morrer ao olhar nos olhos de Medusa ─ expliquei e ele abriu os olhos, aliviado.

─ Certo ─ ele engoliu em seco, olhando ao redor e eu ri.

─ Vamos lá ─ chamei, abrindo a porta da biblioteca e saindo ─ Medusa, onde está você? ─ assobiei na língua das cobras e Draco me olhou incrédulo.

Minha senhora? ─ perguntou Medusa, saindo de um cano, arrastando-se até nós, animada ─ Em que posso ajudá-la?

─ É bem simples, Medusa. Mudei meus planos, não se preocupe com herdeiros nenhum vindo aqui dando ordens a você. Porém, se aparecer algum, os planos continuam. Mas tenho certeza que não virá nenhum. Você só precisará morder esse diário aqui... ─ respondi, estendendo o diário de Voldemort e colocando delicadamente na boca de Medusa.

Como eu esperava, assim que ela mordeu, a horcruxe dentro do diário deu um grito horripilante e se esvaiu. Agora eu não precisava me preocupar com a câmara secreta sendo reaberta esse ano. Eu havia mudado definitivamente a história. Embora, as consequências viriam, é claro...

─ O que foi isso? ─ balbuciou Draco horrorizado, encarando o diário destruído.

─ Uma horcruxe ─ eu respondi e ele paralisou, virando-se para me encarar.

─ Voldemort fez uma horcruxe? ─ questionou lentamente.

─ Você sabe o que é uma horcruxe? Ah, esquece... Puros-sangues sempre sabem... ─ revirei os olhos e depois suspirei ─ Uma só não! Ele fez sete, ou pelo menos ele fará a ultima quando ele voltar... ─ respondi e Draco suspirou.

─ Não vamos ter chance alguma! ─ ele exclamou mais pálido do que ele já era.

─ É claro que vamos! Já sabemos como destruir as horcruxes... Vai ser moleza! A única preocupação vai ser a guerra. Teremos de pensar em como lutaremos contra os comensais... ─ comentei e ele pareceu um pouco aliviado ─ E então, está dentro? Vai entrar pro nosso grupinho sem nome?

─ Não era você que teria de decidir isso? ─ ele questionou de volta, arqueando as sobrancelhas.

─ Por mim você já está no grupo, mas para ser um grupo todos tem que aceitar. Vou levá-lo para falar com os outros depois, mas primeiro vamos descer ─ falei, sentindo algo no centro da câmara. Quem estava lá? Ou o que estava lá?

Descemos as escadas pelo lado esquerdo da estatua e então eu vi um gatinho extremamente familiar.

─ Perón? Seu gato infeliz! Onde você estava? ─ berrei ao vê-lo.

Também senti sua falta”, ele respondeu divertido.

─ Onde diabos você estava? ─ perguntei ignorando sua diversão.

Eu estava caçando ratos...” contou ele, simplesmente.

─ Caçando ratos por um ano, Perón? ─ questionei incrédula. Eu tinha comprado um gato muito estranho, tão estranho quanto eu. Mas o que ele estava planejando?

Caçando não um rato qualquer, mas sim, ‘o’ rato!”, ele exclamou e eu entendi finalmente o que ele quis dizer.

─ Você estava caçando quem eu estou pensando? ─ perguntei animada. Eu não tinha reparado antes, mas o rato de Ron esteve sumido durante o ano...

Sim, o próprio!”, respondeu ele, caminhando até mim, com um rato gordo na boca. Conjurei rapidamente uma gaiola e abri a portinha, pegando o rato nojento e colocando na gaiola.

─ Muito bom Perón. Mas vê se não some assim sem avisar! ─ comentei e ele lambeu minha bochecha. Nojento! Estava com um rato na boca e fica lambendo os outros...

Fresca...” ele comentou e eu revirei os olhos.

─ Então você fala com gatos também? ─ perguntou Draco, atrás de mim, surpreso.

─ Na verdade, ele foi quem falou comigo primeiro ─ dei de ombros.

─ Não me surpreende, acho que nada mais me surpreende. Você é estranha! ─ comentou Draco, sorrindo e eu sorri de volta.

Ele era muito lindo e tudo mais, com os cabelos loiros e olhos cinzentos, mas eu realmente não conseguiria ter nada com ele. Quer dizer, seria o mesmo que ter algo com Harry, ou pior, com Sean. Eca! Eu estava considerando Draco como um novo irmão para o grupo, afinal, ele precisava de uma família.

─ Mas o que esse rato tem de importante? ─ Draco questionou.

─ Ele é Peter Pettigrew, comensal da morte, traiu os Potters para Voldemort e fantasiou um teatrinho bobo para enquadrar Sirius Black em Askaban. ─ respondi e Draco pareceu pensativo.

─ O que vai fazer agora? Ele parece morto... ─ comentou.

Ele está desmaiadocontou Perón.

─ Perón disse que ele está desmaiado ─ dei de ombros, pensando no que fazer.

─ Perón? Quem é Perón? ─ perguntou confuso.

─ O meu gato ─ revirei os olhos e Draco assentiu, olhando-o.

Eu tinha que arrumar um jeito de tirar Sirius de Askaban, mas não podia deixar o rato no Ministério e dizer que era Pettigrew. Eu tinha que deixá-lo em mãos capazes de conseguir a justiça e a única opção seria os duendes.

─ Já sei ─ comentei de repente e Draco se assustou ─ Vamos ao Gringotes?

─ Fazer o que? ─ o loiro franziu a testa ─ Você não está pensando em pedir ajuda dos duendes para conseguir justiça, está? Isso seria brilhante, mas duendes não costumam ajudar os bruxos...

─ É exatamente isso que estou pensando ─ concordei ─ E pode ter certeza que eles vão ajudar, é só agir da forma correta. Seja extremamente educado e não olhe para eles com cara feia.

─ Mas já é noite! ─ comentou Draco, pensativo.

─ Melhor ainda, ─ sorri ─, pois só nós estaremos lá.

Draco deu de ombros e se aproximou de mim, para viajarmos nas sombras. Aparecemos no átrio do Gringotes e então andei até os guardas na porta.

─ Boa noite ─ eu cumprimentei junto com Draco e segui em frente. Quando chegamos ao balcão, tive a sorte de encontrar justamente quem eu esperava: Rulfisk, o gerente das contas Skyford, que estava arrumando alguns papéis. ─ Boa noite, Rulfisk ─ falei e ele olhou para cima, surpreso.

─ Srta. Skyford ─ ele cumprimentou e depois olhou para Draco, mais surpreso ainda ─ Sr. Malfoy... Em que posso ajudá-los?

─ Podemos conversar em privado? ─ pedi e ele assentiu. Um duende veio e pegou os papéis que ele estava olhando, então ele caminhou até uma porta e chamou-nos com o braço. Era a mesma sala que fomos antes, na primeira vez que vim ao Gringotes.

─ E então, em que posso ajudá-los? ─ ele questionou novamente e eu sorri, levantando a gaiola e colocando em cima da mesa.

─ Esse rato é o dito morto Peter Pettigrew, que enquadrou Sirius Black inocentemente e fingiu sua própria morte para jogar o ex-amigo em Askaban. ─ contei e Rulfisk sorriu sombriamente, entendendo aonde eu queria chegar.

─ Mas o que o Sr. Malfoy tem a ver com isso? ─ questionou o duende, curioso.

─ Vou arrumar um jeito de adotá-lo a família, sem que o pai dele saiba ─ eu sorri e Rulfisk abanou a cabeça, como se não estivesse surpreso.

─ O que? ─ Draco questionou chocado ─ Você me quer na sua família? Sério?

─ Sim ─ respondi simplesmente e ele, fiquei chocada!, me abraçou.

─ Não sou muito emotivo, mas para alguém que descobriu minha verdadeira personalidade em um dia... Você é realmente incrível Lya! ─ disse ele, me soltando rapidamente e eu sorri apertando as bochechas dele.

─ Você não vai continuar pensando nisso em breve, Draquito! ─ comentei e ele revirou os olhos.

─ Estou vendo, Lilika...

Olhei ofendida pra ele, por causa do apelido ridículo, mas depois sorri. Eu tinha mais um irmão agora!

─ Sentimentalismos a parte, vamos aos negócios ─ sorri para Rulfisk, me ajeitando na cadeira ─ Eu entrego essa parte de justiça em suas mãos, Rulfisk. Tenho certeza que em breve Sirius Black terá um julgamento e sairá de Askaban inocentado como deveria ter sido desde o inicio ─ falei e Rulfisk assentiu.

─ Pode ter certeza, ninguém nos impedirá de dar a justiça a ele.

─ Muito bom ─ sorri encantada. Estava dando tudo certo! ─ Duplique o salário que você recebe como gerente das contas Skyford, por favor. Você merece! Obrigada por nos ajudar. ─ agradeci. O único jeito de pagar um duende é com ouro, oras! Eles adoram descontar dos clientes...

─ Vejo que falamos as mesmas línguas, então! ─ ele comentou satisfeito e eu sorri.

─ Agora sobre o assunto de adotar o Draco, tem como fazer isso sem que o pai dele descubra? ─ questionei.

─ Infelizmente não ─ respondeu Rulfisk com pesar e Draco ficou cabisbaixo ─ Mas você pode realizar um ritual de irmãos de sangue. Não irá constar em nenhum documento, apenas poderá ser revelado com magia. Mas ninguém sai fazendo o feitiço que revela irmãos de sangue, então é 99% seguro ─ termina Rulfisk e eu aceno com a cabeça em entendimento.

─ Ritual de irmãos de sangue ─ murmuro pensativa e depois sorrio ─ Isso pode me ajudar muito! Obrigada novamente Rulfisk ─ agradeço e sorrio para Draco, que me olha curioso. Poxa, porque todo mundo sempre acha que estou planejando algo?

Despedimos-nos de Rulfisk e então, transportei a gente para a câmara novamente.

─ E agora? ─ perguntou Draco curioso.

─ Me aguarde aqui, eu já volto ─ falei sorrindo e me transportei com as sombras para a casa dos Weasleys. Fiz um feitiço tempus e percebi que não havia levado muito tempo. Com sorte, Harry, Hermione e Ron haviam distraído a Sra. Weasley...

Tomei um banho ultra rápido e sai do banheiro com uma roupa limpa e confortável. Encontrei Hermione na porta, que me olhou questionadora.

─ O que estava fazendo? ─ ela questionou curiosa.

─ Vocês já vão descobrir. ─ falei sorrindo e ela revirou os olhos, entrando no banheiro.

Desci até a cozinha para falar com a Sra. Weasley, torcendo para que ela estivesse de bom humor. Eu tinha que convencê-la em aceitar mais um hóspede na Toca.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? O que acham do Draco ficar na toca? Não vai ser da forma que vocês esperam, mas ele vai estar lá... *-* Comentem, okay? Opiniões são muito mais do que bem vindas!
P.S.: Será que consigo alguma recomendação?