The Heiress II ─ The Rising escrita por Lady Caady


Capítulo 17
Retrospecto ─ Em Busca da Magia


Notas iniciais do capítulo

Não vou dizer nada aqui, por enquanto. Mas eu falo lá na nota final, ok? Boa leitura.



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Linha do tempo: entre o ano de 980 e o ano 1000 d.C.

Em um quarto simples e de aparência antiga, uma garota se admirava em um espelho bonito que estava em cima de uma cadeira velha de madeira. A garota tinha olhos verdes esmeraldas escuros e cabelos castanhos em um penteado elaborado. Ela vestia um vestido medieval na cor marrom com alguns detalhes verde folha.

─ Irmã ─ diz um jovem da sua idade, com cabelos castanhos na altura dos ombros, olhos da cor dos da irmã e uma barba rala, abrindo a porta do quarto e entrando.

─ Sim, irmão? ─ questiona ela, virando-se para olhá-lo.

─ Devemos deixar este vilarejo e honrar a morte de nossos pais. Partirei em uma busca a pessoas como nós, mas seria uma honra sua companhia ─ diz o jovem firmemente.

─ Tens razão, Salazar, meu irmão. Partiremos no momento em que achares mais adequado ─ concorda a jovem.

─ Então está tudo combinado, Lindsay. Partiremos ao amanhecer. ─ diz Salazar e saí do quarto, fechando a porta. A jovem Lindsay suspira e coloca uma mecha do cabelo que escapou do penteado atrás da orelha.

─ Será que vamos achar outros ou vai ser uma viagem perdida? Eu tenho um sentimento de que algo será diferente, mas eu não quero me enganar com meus próprios delírios... ─ pensa ela, para si mesma, andando suavemente pelo quarto.

No dia seguinte, ao amanhecer, os dois irmãos e únicos herdeiros vivos da família Slytherin, partem em suas montarias em busca de pessoas com o mesmo dom que o deles: a magia.

Caminharam por um longo tempo, parando ao anoitecer para descansar e enquanto um dormia, o outro vigiava e vice-versa. Três dias depois finalmente chegaram a um vilarejo, aonde teriam um lugar para descansar e comida decente.

Os aldeãos ao receberem os viajantes logo lhes arrumaram um quarto e uma refeição. A dona da casa era bem simples, mas aparentava ser muito bondosa. Ela tinha uma filha da idade dos dois irmãos, chamada Helga. Lindsay e Helga logo se tornaram amigas, o que os fizeram permanecer um tempo a mais do que estava planejado. O tempo foi passando e os irmãos suspenderam a viagem por um tempo, aproveitando para procurar pessoas com dons mágicos discretamente.

Um mês depois, enquanto Lindsay procurava frutos no bosque que circundava o vilarejo a pedido da mãe de Helga, a moça ouviu um grito e logo reconheceu a voz de Helga. Assustada, correu em busca da amiga e descobriu em cima de uma arvore e em baixo estava uma serpente enrolando-se no tronco da arvore, querendo atacar Helga.

Saiasussurrou Lindsay para a cobra, na linguagem que ela sempre soubera falar, a língua das cobras a qual todas as serpentes entendiam. Esse dom veio de sua família e sua falecida mãe havia ensinado a ela e seu irmão.

Helga ofegou surpresa ao ouvir sibilos vindos de sua amiga, a qual começara a considerar uma irmã. Mas o que aconteceu a seguir deixou Helga ainda mais perplexa: a cobra desenrolou-se da arvore, sibilando, como se houvesse escutado e entendido o que Lindsay sibilou, e então desapareceu rastejando para o meio da floresta.

─ Lindsay! ─ murmurou Helga ofegante, ao descer da arvore. ─ O que você é? Uma feiticeira? A serpente a entendeu!

─ Por favor, Helga, não conte a ninguém. Lembre-se que salvei sua vida, então me ajude em troca, guardando meu segredo. Terei que fugir com meu irmão caso alguém descubra... Minha amiga, eu lhe imploro. Dê-me apenas tempo o suficiente para sair sem ter de fugir. ─ pediu Lindsay temerosa.

─ Não se desespere, reconheço minha divida de vida. Não é a única a ter um dom místico, eu também sou uma feiticeira. Peço-lhe que me deixe ir contigo e seu irmão caso deixem o vilarejo. Nunca encontrei alguém como eu e seria besteira deixá-la partir levando consigo a chance de aprender mais sobre o dom que tenho. ─ contou Helga, levitando uma pedra do chão com as mãos.

Lindsay aliviada e animada por saber que mais alguém tinha um dom como o dela e de seu irmão, logo correu para contar a ele. Salazar então disse à irmã que mesmo com Helga tendo a magia correndo em suas veias, teriam de sair, para não serem acusados de enfeitiçarem-na, a tornando um ser diabólico.

Ser diabólico. Era isso que as pessoas achavam que eles eram, pois não compreendiam o que temiam. Mas apesar de tudo, eles não tinham a magia para usarem com o mal. A magia era uma parte deles, um meio de facilitar a vida deles, como outro braço, como uma parte de seus corpos.

Lindsay entendeu, apesar de estar triste. Mas ela sempre soube que de alguma forma o certo era isso, que algo melhor os esperava lá na frente. Helga, porem, não conseguiu convencer seus pais de seguir viagem com os irmãos Slytherin, e então, assim como todos do vilarejo, despediu-se deles. Mas ela não ia ficar para trás, ela já tinha tudo planejado.

Os irmãos partiram no dia seguinte, um mês e meio depois de acharem o vilarejo de Helga. Ao amanhecer, lá foram eles, em busca de mais pessoas como eles e Helga. E esta, dando um jeito de não ser notada por todos que estavam distraídos com a viagem dos irmãos, pegou sua montaria e suas coisas que ela havia arrumado na noite passada com o intuito de seguir os dois e saiu em disparada pela floresta em busca dos irmãos.

Ela não os encontrou tão cedo, apenas quando já estava quase entardecendo, que ela notou os rastros que vinham do caminho que eles tomaram, ao saírem do vilarejo. E no vilarejo todos procuraram por Helga, mas não a encontraram. Então seus pais descobriram que ela havia ido atrás dos irmãos, porém não havia nada que eles pudessem fazer, já que a essa hora do dia seria tolice buscá-los. Então todos choraram, como se Helga estivesse morta, pois para seus pais ela estava, já que ao fugir do vilarejo ela quebrara uma de suas leis. Fugir do vilarejo que eles fundaram era como deixar a vida para trás.

Porém, Helga jamais voltaria para lá. E quando ela encontrou os irmãos, os dois felizes por ela estar ali com eles, disseram-na que eles tomariam um caminho diferente do planejado. Eles estavam no lado norte da Inglaterra e antes de viajarem, no vilarejo, queriam ir para o leste. Porém Salazar sugeriu que fossem para o sul, em direção à Escócia.

Por dois meses viajaram sem parar em vilarejo algum, vivendo quase como nômades. Porém, ao viajarem encontraram uma aldeia e os aldeões, ao comando do chefe, os ofereceu refugio. Salazar não queria aceitar, mas as meninas querendo um pouco de conforto, por estarem cansadas da rotina de viajar, caçar, dormir, acordar e começar tudo de novo convenceu-no a aceitar a oferta do líder da aldeia.

Durante uma semana, aprenderam a viver na aldeia e se permitiram descansar por um tempo, antes de retornar a viagem. Os aldeões logo apresentaram sinais de fazerem rituais místicos, e em um desses, perceberam então que todos ali possuíam o dom da magia.

Quando o chefe da aldeia descobriu que eles também tinham a magia em si, ensinou-os nos caminhos da aldeia, que usavam rituais que ajudavam na colheita, na chuva e na proteção em volta do território deles.

Quando aprenderam tudo o que podia ali, o chefe liberou a saída deles e então partiram depois de quase sete meses ali. Então retornaram a rotina de viagem em busca das terras ao sul. Desde o inicio da viagem deles, quando encontraram o vilarejo de Helga até saírem da aldeia mágica, passou-se quase um ano.

Mas a viagem deles não estava preste a acabar tão cedo, pois levaria um bom tempo até que eles cumprissem o destino deles.

Acordei assustada, com a cabeça dolorida depois de todas as imagens e cenas que se passavam em minha cabeça, sem saber o que estava acontecendo.

─ Mas... O que... ─ murmurei sem fôlego.

Sinto muito ─ murmurou Lindsay em minha mente ─ Seu corpo de onze anos não aguentou toda a pressão que fiz e agora sua alma está lutando com a minha pelo controle de seu corpo. Eu tenho de perder, eu sei que vou. Mas mesmo assim, minhas memórias estarão tudo indo para sua mente. Até acabar tudo, você vai saber toda a minha vida. Você vai se tornar verdadeiramente a reencarnação de Lindsay Slytherin.

Desgraçada! Porque isso só acontece comigo? Que droga! ─ reclamei.

E então eu apaguei de novo, sem saber quando acordaria novamente.


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Notas finais do capítulo

Como perceberam, vai começar a parte das memórias da Lindsay. Eu estou tentando não deixar muito chato, mas me avisem se estiver muito monótono. Vou tentar escrever brevemente como os fundadores se encontram e tal, como Hogwarts surge e o legado que eles deixam após a morte deles e então vai voltar ao período de tempo normal. Até logo, beijos. E comentem. Adoraria saber o que acharam desse cap.! s2

NOTA 2: Esqueci de explicar um pouquinho do que está havendo: Ia ser no final do ano que a alma das duas iam se unir, mas como a Lya está num corpo de onze anos, a magia dela não aguentou uma alma estranha no corpo e se rebelou... Então, com as visões entrando na mente dela imaginei que doeria e que a Lya sentiria a dor no psicológico dela e não no corpo. Ela está sentindo seu corpo doendo, mas na verdade é apenas a mente e a magia dela rebelando contra a alma invasora, a alma de Lindsay, e contra as novas memórias. *-*



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