Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 61
Afinidade | Mabelle e Emery


Notas iniciais do capítulo

Hoje é quinta, hoje é dia de RDC!
Mais uma vez, estamos aqui no dia planejado. E, ainda por cima, todos os comentários estão respondidos! Olha, 2017 já está vindo com tudo para Rainha dos Corações (e, consequentemente, para mim haha)!
Semana que vem já começam minhas aulas (tristeza). Não faço ideia do que espera por mim esse ano, mas realmente desejo continuar nesse ritmo. Por sorte, já tenho alguns capítulos prontos para ir postando. Mas já estou tentando organizar meus horários direitinho para ter tempo todos os dias para escrever um pouco. Sem desculpas para o Sr. Bloqueio Criativo que sempre me assombra no período letivo haha!
Bom, nessa prova descrita logo no início do capítulo, as meninas farão um discurso e, como essa história ainda é interativa (!!!), gostaria que vocês participassem do processo criativo dele (discurso). Claro, vocês não escreverão ele inteiro, mas colocarão algumas ideias de suas personagens sobre o assunto para que eu possa fazer algo bem legal (e que agrade a Rainha Jujuba). Aqui está o link do questionário: https://goo.gl/forms/V43IjZJ46LSiFqyd2 (se você não tem uma Selecionada, pode responder também que eu to aceitando tudo ahsiashd)
Para escrever a segunda parte desse capítulo, ouvi essa música (https://www.youtube.com/watch?v=H69UeuMWfFI). Tenho que dizer que ela me inspirou bastante!
Até as notas finais,
xoxo ♥ ACE



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Mabelle estava exausta. Desde que todos os nobres chegaram para as celebrações do aniversário de Henrik, ela não tivera um segundo de folga. Foram dias e mais dias de correria pelo Palácio, executando as mais diversas tarefas. Quem olhava de fora dizia que o mais difícil fora organizar a festa em si, mas havia muito mais. Recepções, acomodação, entretenimento e despedidas. Tarefas que custavam tempo e energia das pobres competidoras. Tudo isso para que tudo saísse perfeito e, o mais importante, para garantir a permanência na Seleção.

Depois que os marroquinos, os noruegueses, os ibéricos, os suecos, a princesa saudita e a Rainha-mãe Sybil foram embora nas primeiras horas daquela manhã, tudo ficou calmo. O Palácio estava novamente vazio, os quartos estavam desocupados e o silêncio reinava, fazendo com que Belle acreditasse que teria pelo menos alguns dias — ela desejava meses, porém sabia que aquela era uma falsa esperança — de paz, apenas desfrutando os luxos da realeza. A Rainha Juliane, entretanto, não conhecia a palavra descanso e, logo depois do almoço, chamou suas futuras noras para uma reunião.

Agora Mabelle estava ali, no Salão Nobre, sentada mais uma vez com as outras nove garotas ainda restantes da competição, esperando a chegada da Soberana. Era a primeira vez, também, em vários dias —tirando a festa — em que ela pudera se vestir como queria, já que nos outros eventos as roupas das Selecionadas eram padronizadas. Assim, finalmente, ela conseguia ver a personalidade verdadeira de suas companheiras e não apenas a imagem distorcida criada pela Coroa. E, por mais que todas estivessem com expressões exaustas, era possível perceber a alegria que essa pequena liberdade trazia.

Após alguns minutos de conversa pacífica entre as garotas, a porta do Salão se abriu novamente, revelando uma figura tão conhecida por todas elas e pelo país. Juliane, com os cachos loiros perfeitos balançando no ritmo de seus passos, trajava um belo vestido longo, com cores que contornavam sua silhueta ainda tão bela. À medida que andava pelo pequeno corredor formado pelas cadeiras — agora quase vazias, visto que 26 pretendentes já haviam sido eliminadas — ela passava seu ar de superioridade, o qual Mabelle desejava muito ter, desde quando era apenas uma criança que via os membros da Família Real como os deuses que apareciam em sua televisão.

— Boa tarde, meninas — disse a Rainha, antes mesmo de chegar ao pequeno palco no fim do Salão, virando-se para as futuras noras logo em seguida. — Espero que vocês não estejam muito cansadas de todas as atividades que o aniversário de Henrik trouxe, pois temos uma nova prova de eliminação...

As competidoras suspiraram, e Mabelle apenas passou a mão pelos seus cabelos castanhos, irritada. Mais uma prova de eliminação. Era só o que elas faziam naquele Palácio. Nenhuma interação com o Príncipe, ou, pelo menos, nenhuma que pudesse o fazer se apaixonar por uma delas. Desde que chegara, ela conversara com ele poucas vezes uma vez, com assuntos que nada tinham relação com um flerte. Era como se ele as visse como amigas, nada mais. Não que Belle achasse isso ruim. Na verdade, não via problema nenhum na decisão dele de se aproximar delas primeiramente com uma pura amizade. Mas o tempo não parava de passar, dias, semanas, e nada de uma escolha. As eliminações ocorriam, e ela ainda não ficara sabendo de nem um mísero beijo. Ele não tinha afeto o suficiente por elas, apenas deixava que sua mãe mandasse todas embora por sua falta de perfil para o cargo. Cada vez mais, Belle percebia que o que era procurado naquela competição era uma Rainha, não uma esposa para Alexander, como fora prometido. Nada do romance que deveria acontecer, só uma série de testes que determinavam quais delas eram boas para sentar-se naquele trono e ser um exemplo para o povo.

— Já explicamos várias vezes a vocês que a Dinamarca, pela primeira vez em muito tempo, está em guerra como combatente. Desacostumado com esse estado de alarme, o povo não está nada satisfeito com toda a situação — falou a loira, andando de um lado em frente às Selecionadas. — Como vocês também são plebeias, queremos que entendam que as decisões que tomamos visam a um bem maior, mesmo que tragam consequências. Pode parecer difícil de entender, mas esse é o nosso trabalho, e vocês, como candidatas à futura Princesa, têm que aprender desde já a lidar com ele.

Mabelle ficou surpresa, mas logo depois refletiu sobre tudo que passara para estar ali. Quando ela entrou na competição, não esperava ter de viver tudo aquilo. Pensava que passaria algumas semanas apenas realizando tarefas fúteis com as outras meninas, todas tentando apenas ser perfeitas para a Família Real, como uma pequena distração para o público. Ela se lembrava do pai, Marcos, falando que os nobres só queriam algumas plebeias bonitas que passariam um pouco de esperança para os súditos. A mãe, Denise, sempre brigava com ele por isso, dizendo que ser uma pretendente do Príncipe Alexander era algo honrado e que ter uma filha dentro do Palácio era o maior orgulho de todos. No início, Belle não sabia em quem acreditar, mas agora via que os dois estavam certos. A Seleção era uma mistura estranha entre verdade e fingimento.

— Por isso, vocês farão, em trios, um pronunciamento em um dos parques de Copenhague, explicando a Guerra com suas palavras ao público, a fim de tranquilizá-los — continuou a Rainha, acordando a jovem Dumont de seus devaneios. — Vocês terão duas semanas para se prepararem para essa difícil prova, pois entendo que os últimos dias não foram nada fáceis e também porque as palavras escolhidas para seus discursos devem ser perfeitas e muito bem boladas, para que os ouvintes não fiquem ainda mais confusos sobre a situação.

— E quem serão os trios, Majestade? — perguntou a voz de Wanessa, vinda de duas cadeiras ao lado de Mabelle, arriscando-se como sempre. — Eles serão escolhidos na hora ou a senhora vai revelá-los agora?

A Rainha virou a cabeça para a Selecionada de cabelos ruivos, que sorria com muita simpatia. A mais velha, então, passou os olhos por todas as presentes, analisando suas faces com cuidado. Nenhuma delas tinha coragem de falar, abrindo espaço para que um silêncio constrangedor se instalasse no local. Belle encarou, de canto do olho, a companheira logo ao seu lado, Laryssa, que parecia ficar mais nervosa a cada movimento que a Soberana fazia em sua frente. Ela era uma menina muito querida e amorosa, mas seus problemas de saúde misteriosos a impediam de conviver com o resto das competidoras em vários momentos. Será que ela pensava que iria ser eliminada dessa vez?

— Ulrika, Wanessa e Layla. Mayrelles, Emery e Kristal. Laryssa, Mabelle e Marzia Esses serão os grupos, não há possibilidade de troca — respondeu Juliane alguns minutos depois.  — Com isso, dou por encerrada essa reunião. Vocês agora podem ir a seus quartos para aproveitar essas duas semanas de folga.

Antes de se levantar para sair do Salão, Mabelle sorriu para sua parceira ruiva, recebendo apenas um aceno um pouco desanimado de cabeça como resposta. Daquela forma, ela pôde finalmente ver as grandes olheiras escondidas pela maquiagem e que manchavam seu rosto tão branco e perfeito. Mesmo não sabendo quais eram seus problemas e aflições, a vontade de ajudar aquela jovem — mesmo sendo apenas um ano mais nova que a outra — menina só aumentava. E, então,  Belle decidiu que aproveitaria aquela prova de eliminação para isso.

***

Desde que Emery entrara na Seleção, temia todas as câmeras que sempre cercavam a Família Real. No dia em que Cassiopeia mandou uma de suas criadas enviarem a revista da Gossip Denmark que falava absurdos, ela ficou ainda mais insegura. Em todas as situações que o mínimo contato com a mídia, ela se escondia, tentava evitar sua exposição de qualquer maneira. Ela não poderia, entretanto, fugir daquela próxima prova de eliminação. Sua sobrevivência na competição e, consequentemente, a maior verba de sua família em anos  — a qual praticamente a tirava da fome  — dependiam disso. O que, mesmo que ela tentasse com todas as suas forças, não a impedia Emy de enlouquecer.

Naquele momento, sentada em um dos cantos da ala feminina do Palácio com outras quatro Selecionadas, a jovem de origens tão humildes só conseguia pensar em todas as barreiras de sua timidez que teria de quebrar durante seu discurso sobre a Guerra. Por sorte, uma de suas companheiras de equipe, Kristal, era atriz, logo, tinha desenvoltura e dicção incríveis, o que deixava Emery muito mais tranquila. Mas mesmo assim ela não parava de imaginar as mais diversas possibilidades de cenas catastróficas que poderiam ocorrer dali duas semanas. Seus olhos verdes, fixados em uma das janelas da sala, mas sem realmente ver nada que estava do outro lado dela, viam todas aquelas imagens como se ocorressem logo ali em sua frente. A seu lado, as outras meninas conversavam, mas ela não prestava atenção, era apenas o seu corpo que se encontrava ali.

— Emery — chamou uma voz suave, acordando a garota de seus devaneios. — Está nos ouvindo?

Emy voltou o foco para as concorrentes, que a observavam com curiosidade. A dona da voz, Layla, afagou o braço da outra garota, com toda a delicadeza e calma do mundo. Desde o dia em que a revista de fofocas chegou aos quartos da Selecionadas, ela se tornara como que uma protetora de Emery. De forma inexplicável, ela entendia a colega e conseguia amenizar todas as suas inseguranças. E, a cada dia, a jovem Kansas tinha mais certeza que não tinha mais chances de se tornar Rainha, pois aquela menina de cabelos negros compridos e de olhos azuis encantadores era a mais perfeita para o cargo.

— Desculpem-me — respondeu ela, dando um sorriso fraco. — Eu estava apenas pensando sobre essa próxima prova…

— Ah, Emery — falou Ulrika, sentada mais ao ponto do grupo, mexendo casualmente em seus belos fios aloirados. — Temos duas semanas para preparar isso, com toda a calma. Você não precisa ficar se estressando com isso agora. Quer perder a nossa tão esperada folga preocupada?

— Além do mais, vai dar tudo certo. Faremos um discurso arrasador, tenho certeza — afirmou Kristal, se inclinando um pouco para tocar a perna da outra Selecionada com muita ternura. — Teremos 15 longos dias para trabalhar essa sua timidez. Quando comecei a atuar, tinha um problema parecido, mas acabou que tudo era uma questão de autoestima.

Emery sorriu para a colega, olhando-a com verdadeira gratidão. Nunca esperara encontrar meninas tão boas em um ambiente como aquele. Nos primeiros dias de competições, queria desesperadamente voltar para casa, para seus irmãos. Mas agora ela via que, até naquela sala quase que completamente dourada, existia empatia e a vontade de fazer amizades.

Antes que Emy pudesse responder, porém, a porta do salão foi aberta com suavidade, mas mesmo assim fazendo um ruído que ecoava por todo o local. Quase que ao mesmo tempo, as cinco Selecionadas ali presentes viraram suas cabeças na direção do som. Uma figura com um vestido colorido que ia até a metade de suas pernas finas surgiu aos olhos delas. Seus cabelos eram um tanto emaranhado demais para alguém que estava no Palácio de Amalienborg, mas tinham uma cor que brilhava com a luz fraca que entrava pelas janelas. Seus olhos, azuis como as chacantitas que a família Kansas costumava usar nas joias que fabricava, tinham um ar triste, como se tivesse acabado de parar de chorar. Emery demorou algum tempo para perceber que era Isabella, sempre tão animada e divertida. Naquele momento, com certeza, ela não estava em seu estado de espírito natural.

— Não sabia que tinha alguém aqui — falou ela, encarando as pretendentes do irmão e já abrindo a porta novamente para sair. — Desculpem-me.

— O Palácio é mais seu do que nosso, Alteza — afirmou Ulrika, se levantando e já indo na direção da Princesa. — Não precisa ir embora só porque estamos aqui. Venha, sente-se conosco.

A nobre deu um sorriso fraco para a competidora, enquanto a mesma estendia a mão para ela. Com os braços cruzados — como as mulheres da realeza costumavam fazer, Emery já observara —, elas andaram até o resto do grupo. Os pés de Isabella, envoltos por uma sapatilha cor de pérola praticamente se arrastavam pelo chão. Sua postura não estava nem próxima do que sempre era, pomposa como uma perfeita aristocrata. Naquele momento, seus ombros estavam baixos e curvados, como se ela não conseguisse aguentar o seu próprio peso. Quando ela sentou mais ao canto do pequeno sofá em L creme, seu rosto foi iluminado por todos os reflexos dourados dos painéis da sala, fazendo com que a luz dançasse em suas belas feições. Mas mesmo assim, sua boca com contornos delicados e rosados não demonstrava nenhum sinal de sorriso.

— Você quer nos contar o que está acontecendo? — questionou Mabelle, com muito cuidado e com a preocupação estampada em seu rosto sempre tão doce.

A Princesa suspirou. Ela passou alguns segundos apenas observando as garotas a seu lado. Provavelmente, nunca havia conversado com nenhuma delas, pelo menos não de forma tão profunda para poder revelar o motivo de todo seu sofrimento. Isabella era uma menina muito nova, mas que tinha um espírito mais vívido que o de muitos, e, em pouco tempo no Palácio, Emery já percebera toda a alegria que sempre a rondava, toda sua simpatia. A Selecionada sempre pensou que a vida de um nobre era como a de um conto de fadas, sem nenhum sequer sinal de dor ou de choro. Nunca imaginou que ela estaria ao lado daquela cabeleira dourada que tentava, por meio de uma respiração lenta e profunda, controlar as lágrimas.

— Esse era o local do Palácio do qual Ingrid menos gostava, pensava que era mal decorado e entediante, por isso nunca era vista aqui. Agora, com a partida dela… — a nobre admitiu, passando a mão pela testa, tentando não fazer contato visual com as outras. — Tento de todas as maneiras amenizar a saudade. Sei que faz pouco tempo, mas não consigo evitar. Todas as salas me lembram dela, todos os cantos do Palácio me trazem memórias. Foi aí que me recordei desse local.

— Ela foi à Noruega, não? É tão perto aqui da Dinamarca, você pode visitá-la com muita facilidade, não é como se ela tivesse sido mandada para a América — afirmou Mabelle, passando a mãos suavemente pelos cabelos da menina mais nova. — Quando você menos esperar, vocês já estarão juntas novamente.

— Já tentei colocar isso em minha cabeça várias vezes, mas não consigo — ela balançou a cabeça e cruzou as mãos de forma nervosa em seu colo. — Sempre sinto que toda essa situação é culpa minha, que todo o sofrimento dela por estar longe da família foi causado por mim. Simplesmente não suporto a ideia de fazer mal a ela. É uma dor que não consigo controlar.

Emery, então, conseguir captar todos os sentimentos negativos contidos naquele corpo e também toda a força que a Princesa estava fazendo para reprimi-los. Era como se ela não quisesse mostrar o quanto a partida de sua irmã a afetava, como se ela se culpasse por estar triste também. Ela não poderia deixar de se sensibilizar, de querer ajudar. Por mais que seus sofrimentos com a família e com toda a questão da Seleção fossem muito maiores que aquele, ela sentia-se na obrigação de ignorá-los por um tempo. Não aguentaria ver alguém — por mais que sua intimidade fosse mínima — daquele jeito. Por isso, ela tomou coragem pela primeira vez na competição e se levantou, indo para frente da garota. Seu vestido rosa claro encostou-se ao chão com suavidade enquanto ela se ajoelhava. Suas mãos pegaram as dela como se fossem joias. E, depois de puxar o ar lentamente para seus pulmões, ela deixou que todas as lembranças daquela tarde tantos anos antes voltassem a sua mente.

— Eu sei o que você sente. Quando tinha 9 anos, estava brincando com meu irmão mais novo, Eric, de 8 na época.  Costumávamos apostar quem subia a árvore no quintal de nossa casa mais rápido. Mamãe sempre brigava conosco por causa disso, mas éramos crianças e não víamos o perigo — ela contou, tentando não se emocionar muito com aquilo que por muito tempo a amedrontava. — Nesse dia em específico, estávamos em um campo, meus pais e outros irmãos faziam um piquenique em um local mais afastado. Eu já estava no topo da árvore e Eric tentava me alcançar a todo custo, porém algo deu errado. Ele não conseguiu segurar em um galho, seu pé escorregou e ele caiu. Foi uma queda feia, mas a sequela foi o pior. Eric ficou paraplégico, destinado ao resto da vida em uma cadeira de rodas. Ele nunca me culpou por isso, mas eu, sim, todos os dias.

Isabella a olhou com curiosidade. Os olhos azuis estavam arregalados, provavelmente surpresos. Mas, mesmo assim, seus dedos finos apertavam os de Emery com força, o que fez com que a Selecionada afastasse seu medo de continuar.

— Dar um exemplo desses não é o melhor a se fazer, eu sei. E eu também não costumo falar tanto. Mas ao contar essa história, queria lhe dizer que não tem problema ficar triste. É claro, no seu caso, não foi sua culpa. É normal sentir a falta de Ingrid. É normal chorar. Eu passei dias sem conseguir sair do meu quarto, por exemplo — ela afirmou, afagando a mão da outra. — O mais importante, entretanto, é que você não deixe nem a distância acabar com esse amor tão forte que você tem pela sua irmã. Ele pode salvar muitas coisas, sabia?

Isabella finalmente sorriu, não com toda a alegria de sempre, mas com muito carinho. Se inclinando um pouco, abraçou Emery com uma humanidade que a mesma pensava que não existia na realeza. Em pouco tempo, as duas derramavam lágrimas nos ombros uma da outra. E, naquele momento, ela soube que o maior legado de seus tempos no Palácio eram aqueles momentos em que tinha conversas verdadeiras, momentos em que poderia sentir a verdadeira alma das pessoas, estando ela feliz ou triste. Nem seu medo das câmeras e da mídia poderia a afastar disso ou impedir que ela vivesse aquilo.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Essa prova de eliminação vai dar o que falar, não vai? O povo vai finalmente poder ver as aspirantes à Princesa em ação e ainda por cima ao vivo? O que será que vai acontecer, como será que as meninas vão se sair??
E Mabelle: vai ajudar Laryssa como? Será que nossa Selecionada ruiva vai contar sobre sua gravidez para a outra competidora? Ou será que ela vai apenas esconder?
E a Emery consolando a Isabella com sua história? Coisa mais querida. Tenho que admitir que me dá uma dor toda vez que tenho que escrever sobre a Bellinha assim, tão triste. Ingrid era realmente, vamos assim dizer, mas não é o termo, uma âncora para ela. Essas duas irmãs vão me MATAR com esse amor todo que elas têm uma pela outra AAAAAAA
Bom, nós nos vemos nos comentários ou no próximo capítulo, que sai daqui duas semanas, dia 16/02 (já está quase pronto, uhuu, tá top)
Até lá!
xoxo ♥ ACE



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