Rainha dos Corações escrita por Angie


Capítulo 22
Baile de Recepção | Juliane


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridas jujubas!!!!!!
Antes de tudo, preciso agradecer a Ravena pela LINDÍSSIMA recomendação! Vocês quase me perderam, porque eu estava a ponto de ter um infarte! Sério! Foi muita felicidade para um corpo só! Li umas duzentas vezes para ver se era real!!!! MUUUITO OBRIGADA, RAVENA!!!! (precisava agradecer assim, em público, porque mds, fiquei mais feliz que criança no Natal)
Surtos à parte........
Hoje é quinta, hoje é dia de RDC! Por um milagre da vida, aqui estou eu postando às duas horas da tarde! Ainda estou de férias (última semana, #choremos) e me animei de manhã e comecei a escrever. Eu, particularmente, gostei do resultado desse capítulo!
Sugiro que vocês leiam ouvindo as músicas dessa playlist: https://www.youtube.com/watch?v=u75dKuy3jmc&index=1&list=PLJ6il2SWnGhu8AG0DUOqT0UUhkEISkITF
Escrevi o capítulo todo ouvindo isso! Foi muito bom!
Para quem quer ver os looks: http://www.polyvore.com/baile_de_recep%C3%A7%C3%A3o/collection?id=4178665
Ficaram todos lindíssimos *-*

Sem mais delongas, fiquem com o capítulo!

Até as notas finais!
xoxo ACE



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O luxuoso tablado de mármore ficava no fundo do Salão de Bailes. De lá, podia-se ver tudo, desde a orquestra, a Filarmônica de Copenhague, até a porta folheada a ouro no outro extremo. Duas cadeiras privilegiadas se localizavam ali, eram feitas do metal mais nobre, diferente das outras. Era o local onde se sentavam o Rei e a Rainha, autoridades máximas no evento.

O vestido azul-escuro da Rainha tocava o chão com leveza. Sentada, ela observava a decoração meticulosamente preparada por ela e por suas assistentes. Assentos luxuosos foram colocados de forma que contornavam o local, deixando o meio livre para as danças. As pinturas do teto foram cobertas por seda azul-clara, que deixava as os cantos dourados ainda mais em destaque. Aos olhos de quem entrava, aquele lugar era mágico, um pedaço do céu.

A Filarmônica já entoava uma bela melodia. Uma valsa vienense, que lembrava a infância e a adolescência de Juliane, quando ela visitava os tios para participar dos grandes e luxuosos bailes Germânicos. Ela balançava a cabeça levemente, ouvindo a música. Aos poucos, seus olhos se fecharam, deixando o clima suave do momento entrar totalmente em sua alma. Sem perceber, a mão direita, onde se localizavam o anel de noivado e as pulseiras de ouro branco, marcava o tempo da música. Os dedos se mexiam como se estivessem tocando seu tão amado violoncelo.

Ela não notou, mas o marido vinha em sua direção. A farda lotada de medalhas brilhava sob a luz dos lustres de cristal. Porém o que mais brilhava era seu sorriso. Há tempos não via a mulher daquele jeito, tão envolvida com algo que não era o trabalho. Aliás, a última vez que contemplara a mulher assim fora em seu casamento. Por coincidência, naquele dia ela usava a mesma coroa de pérolas.

Chegando por trás da cadeira da esposa, ela a abraçou por trás, desajeitadamente. Ela só então abriu os olhos, saindo do transe musical. Por um momento, seus lábios se curvaram em um sorriso. Os olhos azuis-escuros encontraram os do marido, como costumavam encontrar quando mais jovens. Permaneceram assim por um tempo, apenas se encarando. Até que o som de risada, acompanhados pelo ranger das portas, foi ouvido. A Rainha, então, retomou a postura dura, desviando o olhar do marido.

As cinco crianças entraram. Saphira, que trajava um vestido cor de pérola, vinha na frente, girando, como se dançasse valsa. Os movimentos de seus braços imitavam o balé, o qual ela aprendia desde que dera seus primeiros passos. Logo atrás, vinham as causadoras das risadas, Isabella e Ingrid. As estaturas altas das duas ficavam bem em qualquer vestido longo, elas sempre se vestiam com elegância. E, naquela ocasião, até a Rainha deveria admitir que a escolha de traje foi boa. Bella usava um vestido rosa claro com o corpete brilhante e as mangas largas. Já Griddy trajava um vermelho vinho decotado com babados. Elas estavam igualmente lindas.

Mais atrás, vinham os dois meninos, o orgulho de Juliane. O mais velho usava uma farda como o pai. Já o menor vestia um terno marrom escuro, visto que não tinha idade para o serviço militar. Diferentes das irmãs, eles estavam sérios. Davam passos largos e lentos. Os sorrisos estavam contidos e, apesar de estar longe, a mãe podia perceber o nervosismo em suas expressões. Mas por quê?

Chegando à frente do tablado, os cinco se alinharam em uma fila horizontal em ordem de nascimento. As três meninas se calaram, seguindo o protocolo. Todos, então, se inclinaram em uma reverência. Mesmo sendo filhos dos soberanos, eles não escapavam da formalidade.

— Alexander, Ingrid, Isabella, Henrik e Saphira. – disse o Rei, ainda atrás da cadeira da esposa, olhando para cada criança quando falava seus nomes. – Bem-vindos ao baile. Não se esqueçam de sorrir para nossos convidados! Agora podem subir.

Christian sentou em sua cadeira e os príncipes e princesas se posicionaram atrás. A mais nova ficou do lado do pai, que segurava uma de suas mãos. O mais velho, por sua vez, apoiava-se na cadeira do soberano, logo atrás da irmãzinha. As gêmeas ficavam atrás da cadeira da mãe, assim como Henrik. Era uma cena digna de um retrato de família.

— Alexei, querido, você está nervoso? – perguntou Juliane, virando a cabeça para olhar para o favorito. – Fique calmo. Você já participou de vários bailes e foi muito tranquilo, esse não vai ser diferente.

Antes que ele pudesse responder, a porta foi aberta. Preparadas para entrar estavam as sete primeiras Selecionadas. Elas estavam organizadas em duas filas. A Rainha não conseguia ver direito, mas ela podia vislumbrar os sorrisos nervosos em todos os rostos, sem exceções.

— Apresento as Senhoritas Layla Sophie Foster, Mabelle Dumont, Isabelle Valência De La Rosa, Laryssa Rockwell Mercer, Rosaly Müller, Ferissa Hannah Dahl e Monika Rickarda Lykke.- anunciou o guarda, logo depois de tocar a corneta.

Esmeralda, azul celeste, vermelho vinho, azul-escuro brilhante, azul claro, laranja vivo e rosa. Eram, respectivamente, as cores dos vestidos das meninas. Cada uma estava mais pomposa que a outra. E, a Rainha tinha de admitir, estavam lindas. Layla ,a primeira delas, porém, ainda trazia desconfiança à soberana. Com uma pequena tiara na cabeça, ela lembrava uma antiga amiga, a Rainha Freya da Germânia, que morrera há tempos. A lembrança só poderia ser alguma loucura da mente de Juliane.

“Freya está morta. Assim como Eris, sua filha. Não tem nenhuma possibilidade de essa menina ser uma delas.Pensou a mulher, enquanto ainda encarava a competidora. “A Seleção está me deixando maluca!”

As sete fizeram ma reverência sincronizada e demorada. Para completar, sorriram para a família. Terminado isso, elas seguiram até as cadeiras reservadas para elas em um dos cantos do Salão. Enquanto isso, a porta era aberta novamente, revelando mais sete figuras.

— Apresento as Senhoritas Wanessa Claire Schultz, Emery Kansas, Kristal O'Mally, Mayrelles Alice Williams, Annabelly Sofie Grey, Solaria Luana Gray e Cassiopeia Marie Enrikson.

A primeira garota, que trajava um vestido vermelho vivo com o corpete brilhante, ofuscava todas as outras. Seus cabelos ruivos cacheados balançavam enquanto ela caminhava, o que direcionava a atenção ainda mais para ela. As competidoras que vinham logo atrás vestiam cores claras, que ficavam apagadas atrás do brilho da primeira.

Elas deveriam ter escolhido cores mais vivas.” Notou Juliane. “Infelizmente, fizeram uma escolha ruim.”

— Apresento as Senhoritas Rachel Live Garder, Allice Rangel, Marzia Rose Lester, Ulrika Amelie Senger, Tatienn Rose Liesel, Maeli Diana Klimt e Victoria Hummel.

Nenhuma das últimas Selecionadas chamou a atenção da Rainha. Assim como as antecessoras, elas trajavam cores claras e opacas. Pareciam apagadas diante das outras, que abrilhantavam. A única coisa que a mulher podia pedir era que suas personalidades não fossem fracas como os vestidos.

Assim que a reverência das sete últimas foi feita, o único som que restou foi o da bela melodia da Filarmônica. Juliane teve novamente o luxo de apenas ouvir, em silêncio, a arte. E, pelo jeito, os outros faziam o mesmo. Exceto por Saphira, que claramente estava ansiosa para a próxima entrada.

— Daqui a pouco as siberianas entrarão! – sussurrou ela, para que apenas a família ouvisse. – Elas devem estar estonteantes.

— Estou curiosa para saber o que Serena irá usar. ­– admitiu Isabella, dando um risinho. – Essa menina sempre acha um jeito de ficar maravilhosa, ainda mais com as roupas da L'Abensur One. Nós poderíamos comprar umas roupas dessa marca também, não é, mãe?

Juliane nem se deu o trabalho de responder, primeiro porque já tivera essa discussão com a filha e segundo porque as portas já se abriam novamente. Dessa vez, apenas quatro figuras estavam ali. As quatro nortistas sempre elegantes. A aura em volta delas era mágica, como se algo celestial estivesse em seus lugares. Seus vestidos balançavam com o vento vindo do lado de fora e seus olhos brilhavam mesmo à distância.

— Vossa Majestade a Rainha Odelle da Sibéria, Vossas Altezas Reais a Princesa Herdeira Katarina da Sibéria e a Duquesa de Omsk e Vossa Alteza a Princesa Yelizaveta Alla. – disse o guarda, depois de tocar a corneta pela quarta vez.

A quatro damas caminharam lentamente até o tablado. O olhar de todas as Selecionadas estava sobre elas, invejando sua beleza e graça. O vestido prateado da Rainha brilhava, assim como sua coroa de esmeraldas. O mesmo acontecia com as joias de Yelizaveta, que eram feitas dos mais nobres diamantes e metais. Em Katarina, o que mais brilhava era seu anel de noivado, que a mãe fazia questão que ela usasse, para exibir o bom casamento que tinha arrumado para a filha. Já em Serena a luz não reluzia no vestido, mas reluzia em seus acessórios de rubi, que realçavam o degrade da roupa.

— Querida Juliane, muito obrigada por ter organizado esse baile para nós. – disse a soberana estrangeira com o sorriso de sempre, logo depois da reverência. – Está tudo belíssimo!

— É uma honra tê-las aqui, cara amiga. – respondeu Juliane. – Espero que...

A fala da Rainha foi interrompida subitamente. O guarda assoprava no bocal da corneta mais uma vez, enchendo os ouvidos de todos com um som estridente e abafado. Com o susto, até a música suave da Filarmônica cessou. O silêncio constrangedor já tomava conta do local quando as portas se abriram. E todos encaravam, com curiosidade, as duas figuras que apareceram.

Um menino e uma menina. Ela com um vestido amarelo simples e ele com uma farda militar como todos os homens. De braços dados, os dois seguiam o caminho marcado pelo tapete azul escuro, ignorando todos em sua volta. A menina morena encarava Juliane firmemente com seus olhos verdes. Todos estavam confusos com a visita não avisada, até mesmo o guarda, que não os anunciara. Por isso, o silêncio ainda predominava. Apenas o barulho dos passos deles eram ouvidos.

— Vossas Altezas Reais Aline Meredith, a Princesa Herdeira do Reino Unido e o Príncipe Arthur Nicholas Theodore, o Duque de Norfolk. – anunciou o guarda, finalmente, depois que uma criada sussurrou as informações em seu ouvido.

O que eles estão fazendo aqui?” perguntou-se Juliane.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram??
O Baile nem começou e já tem treta ashuasahsuashaus
Esse é o primeiro de três capítulos sobre o baile, já que tem muita gente que precisa de seu momento nesse evento. Então, se sua personagem não apareceu direito, pode ter certeza que ela terá muito mais tempo para aparecer!
Ah, e algumas não me mandaram o look, por isso dei mais destaque para quem mandou (as primeiras sete e a Wanessa). Desculpa, mas teve que ser assim!

Agora mudando de assunto... Vocês viram o novo post do blog? Se não viram ainda, corre lá para dar uma olhada! Eu apresentei as nossas queridíssimas siberianas. Depois me digam se gostaram (principalmente as criadoras).

Espero que esse capítulo tenha as agradado!!!!!!!!
Até quinta que vem!
xoxo ACE