A Maldição da Tigresa escrita por Juliana Lira, Marshall lira


Capítulo 1
Prólogo: A maldição


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Pretendo postar pelo menos duas vezes por semana, estudo em um colégio de tempo integral. Aqui está o prólogo. Eu tirei, digitei e atualizei do livro, Não se espantem com a coincidência! Bjs por favor comentem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/539054/chapter/1

A prisioneira estava com as mãos amarradas diante do corpo, cansada e imunda, mas com uma postura altiva digna de sua herança indiana real. Sua captora, Laura, olhava-a com desdém, sentada em um trono dourado, luxuosamente esculpido. Pilares brancos e altos erguiam-se como sentinelas em torno do salão.

A mulher presa era a princesa de um reino indiano chamado Mujulaain. O fato de Laura ter sequestrado a princesa não era tão surpreendente quanto saber quem se encontrava sentado ao lado de Laura: Yashida, o filho da rajá e noivo da prisioneira, e a irmã mais jovem da princesa, Kelsey . Sob a camisa, o amuleto de pedra da princesa repousava frio sobre sua pele, enquanto a ira percorria-lhe o corpo.

A prisioneira falou primeiro, lutando para manter longe de sua voz o sentimento de traição:

—Por que minha futura mãe me trata com tamanhafalta de hospitalidade?

Indiferente, Laura fixou um sorriso deliberado em seu rosto.

—Minha cara, você tem algo que eu desejo.

Nadaque você pudesse querer justifica isto. Nossos reinos não estão prestes a se unir? Tudo o que tenho está à sua disposição. Você só precisava pedir. Por que fez isso?

Laura esfregou o maxilar, os olhos brilhando.

— Planos mudam. Parece que sua irmã gostaria de tomar meu filho como noivo. Ela me prometeu certas recompensas se eu o ajudar a alcançar esse objetivo.

A princesa voltou sua atenção para Yashida.

Esperava-se que seu casamento arranjado com o rapaz desse início a uma era de paz entre os dois reinos. Ela estivera ausente pelos últimos quatro meses, supervisionando operações militares numa região distante, e deixara à irmã a incumbência de cuidar do reino.

Então Kelsey estava cuidando de outras coisas além do reino.

A prisioneira avançou, destemida, encarou Laura e a desafiou:

— Você enganou a todos nós. É como uma cobra enrodilhada, escondida em um cesto esperando o momento de dar o bote.

Ele alargou o olhar para incluir a irmã e o “noivo”.

— Vocês não percebem? Suas ações libertaram a víbora e nós fomos picados. Seu veneno agora corre pelo nosso sangue, destruindo tudo.

Laura riu, desdenhosa, e falou:

— Se você concordar em entregar sua parte do Amuleto de Damon, talvez eu a deixe viver.

— Viver? Pensei que estivéssemos negociando meu noivo.

— Receio que seus direitos de noiva tenham sido usurpados. Talvez eu não tenha sido clara. Sua irmã terá Yashida.

A prisioneira cerrou o maxilar e disse apenas:

— Os exércitos do meu pai a destruirão se você me matar.

Laura riu.

— Ele não destruirá a nova família de Kelsey. Nós vamos apaziguar seu querido pai e informá-lo de que você foi vítima de um infeliz acidente.

Ela passou a mão pelos cabelos e esclareceu:

— Entenda que, mesmo que lhe permita viver, eu governareiambosos reinos. — Laura sorriu. — Se me desafiar, serei obrigada a pegar sua parte do amuleto à força.

Kelsey se inclinou na direção de Laura e protestou com firmeza:

— Pensei que tivéssemos um acordo. Eu só lhe trouxe minha irmã porque você jurou quenãoa mataria! Apenas pegaria o amuleto.

Laura estendeu a mão rápido como uma cobra e agarrou o pulso de Kelsey.

— A essa altura você já deveria ter aprendido que eupegoo que eu quiser. Se preferir a visão de onde sua irmã se encontra, ficarei feliz em satisfazê-la.

Kelsey se remexeu na cadeira, mas manteve-se calada.

Laura prosseguiu:

— Não quer? Muito bem, estou alterando nosso acordo anterior. Sua irmãserámorta se não ceder aos meus desejos evocênunca se casará com meu querido filho, a menos que entregue sua parte do amuleto a mim também. Esse nosso acordo particular pode ser facilmente revogado e eu posso casar Yashida com outra mulher... Uma mulher daminhaescolha. Se você quiser permanecer perto de Yashida, terá que aprender a se submeter.

Laura comprimiu o pulso de Kelsey até que ele estalou ruidosamente. Kelsey não reagiu. Flexionando os dedos e girando lentamente o pulso, Kelsey se recostou, ergueu a mão para tocar o pedaço do amuleto, oculto sob sua camisa, e fez contato visual com a irmã. Uma mensagem silenciosa foi trocada entre elas.

As irmãs lidariam uma com a outra mais tarde, mas as atitudes de Laura significavam guerra e as necessidades do reino eram prioridade para ambas.

A obsessão subiu pelo pescoço de Laura, latejou em sua têmpora e se assentou atrás de seus olhos negros. Aqueles mesmos olhos dissecaram o rosto da prisioneira, sondando, avaliando-a em busca de fraqueza.

Encolerizada, Laura pôs-se de pé num salto.

— Que assim seja!

Ela puxou de sua túnica uma reluzente faca de cabo adornado com pedras preciosas e rudemente arrancou a manga do casacojodhpurida prisioneira, antes branco, mas agora imundo. As cordas se enroscaram em seus pulsos e ela grunhiu de dor quando Laura correu-lhe a faca pelo braço. O corte foi fundo o bastante para que o sangue aflorasse, vertesse e pingasse no chão de ladrilhos.

Laura arrancou um talismã de madeira de seu pescoço e o colocou debaixo do braço da prisioneira. O sangue gotejou da faca para o amuleto e o símbolo ali gravado fulgurou com um vermelho abrasador antes de pulsar com uma luz branca estranha.

Embora fosse forte, ela não estava preparada para a dor. A prisioneira gritou quando seu corpo de repente se inflamou com uma erupção que lhe queimava a pele. Ela desabou no chão. Estendeu as mãos para se proteger, mas só conseguiu arranhar debilmente os ladrilhos brancos e frios do piso. A princesa viu indefesa, quando tanto Yashida quanto sua irmã atacaram Laura, que empurrou ambos com violência.

Yashida caiu no chão, batendo a cabeça com força no tablado sobre o qual se achava o trono. A princesa tinha consciência de que a irmã estava ali perto, tomada pela tristeza à medida que a vida se esvaía do corpo mole de Yashida. Em seguida, não teve mais consciência de nada que não fosse a insuportável dor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem os erros! Criticas positivas e negativas serão bem vindas! Até o próximo cap!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição da Tigresa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.