Isso não é normal - Perina escrita por Pipoca


Capítulo 30
A Volta da “GDR”


Notas iniciais do capítulo

Só pra constar esse site tem algum tipo de preconceito comigo, as notas iniciais nunca vão inteiras. Estão ai embaixo, espero que vocês leiam e me odeiem menos



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NOTAS INICIAIS:

Me perdoem, não tive outra maneira de iniciar essas notas a não ser me desculpando, eu acabei tendo que pegar o tempo que eu tinha pra escrever a fic pra estudar, ensino médio não é brincadeira ainda mais que eu mudei de escola, OK! Isso não é desculpa pra o tempo absurdo que eu passei pra postar, mas eu espero que vocês não tenham desistido, não de mim, mas da fic que me fez gostar de escrever. Para aqueles que ainda estavam esperando o dia em que eu ia postar o cap. 30... AQUI ESTÁ ELE MEUS TCHUTCHUCOS ♥ Beemm... Tem uma surpresinha: Como eu disse, estou sem tempo, mas eu já havia bolado como seria o fim da fic (#chorando) ENTÃO eis que apareceu a luz no fim do túnel chamada Dani, vulgo meu apego, vulgo queen das fics, vulgo autora da versão perina de “O melhor amigo da noiva”, que topou uma parceria de última hora e digitou o cap. com base numas ideias que eu tinha, então além de me desculpar com vocês eu quero agradecer a essa pessoa maravilhosa que me deu essa super ajuda e que vai brilhar escrevendo comigo os últimos caps. PALMAS PRA DANI ♥ Eu espero que vocês gostem, relaxem porque a gente vai concluir a fic em breve (sério) e eu espero que me perdoem, BEIJÃO DA PIPOCA ♥

Dizem que tudo que é bom dura tempo o suficiente para ser eternizado, Pedro e Karina compreendiam o significado dessas simples palavras, os dias que passaram no Chile só poderiam ser descritos como dias do mais puro amor e era esse mesmo amor que retornaria com eles para o Rio de Janeiro, quando estariam de volta ao seu lar. Não havia o pesar de estar deixando algo para trás, as lembranças mais lindas de dias de imensa alegria e noites de paixão estariam guardadas dentro de seus corações para sempre, com a certeza de que a felicidade era uma meta que eles alcançaram, neste clima de certezas de que coisas melhores os aguardavam em seu retorno se despediam do Chile, dando boas vindas a continuação da felicidade.

Enquanto esperava que os sogros fechassem a conta da reserva que tinham feito, Karina esperava observando a paisagem a sua frente, pensando em tudo que ela e o namorado tinham passado para enfim poderem ficar em paz e felizes, o quanto foram teimosos, incapazes de se comunicarem, se tivessem deixado seu orgulho de lado, muita coisa poderia ter sido evitada, isso a lembrava de que ainda existia um segredo entre eles, algo que ela precisava esclarecer assim que chegasse em casa, mas seus pensamentos foram interrompidos por aquele que ocupavam sua mente.

― Eu também vou sentir muita falta deste lugar. ― Pedro afirmou abraçando Karina por detrás, colocando as mãos em torno de sua cintura, apoiando o rosto em seu ombro, imaginando saber o teor dos pensamentos da namorada.

― Eu vou sentir falta também, mas não era sobre isso que eu estava pensando. ― Karina respondeu com seriedade, olhando para Pedro com o canto de seus olhos.

―E eu posso saber o que é? ―O moleque pediu virando Karina de frente para ele.

― Só estava pensando o quanto precisamos passar para poder estamos aqui tão bem e tão felizes. ― Ela respondeu olhando dentro dos olhos dele.

― E nós merecemos essa felicidade, sem mal entendido, sem ninguém querendo atrapalhar, só eu, você e o nosso amor. ― O guitarrista afirmou dando um longo beijo na namorada.

― Pê não vamos deixar nunca mais ninguém ficar entre nós, promete?

― Eu prometo que nunca mais você se livra de mim, nem mesmo se você quiser. ― O moleque afirmou fazendo cócegas na sua esquentadinha.

A família de Pedro os chamou para irem ao aeroporto, já que o táxi estava esperando por eles, interrompendo o momento de descontração do casal. E assim eles retornaram as suas casas, Delma, Marcelo e as meninas seguiram para o Catete, enquanto o casal Perina voltou ao seu apartamento nas Laranjeiras.

...

Assim que abriram a porta e Karina se preparou para entrar, Pedro a impediu.

― Qual foi moleque? Eu to cansada, doida pra deitar na minha cama... ― Ela começou a reclamar, mas Pedro a interrompeu com um beijo.

― Uma vez Esquentadinha, sempre Esquentadinha, um namorado não pode nem tentar ser romântico, mas ele vai ser mesmo assim. ― O guitarrista falou pegando Karina no colo e entrando com ela em casa.

― Agora sim! Bem vinda de novo em casa. ― Ele falou ainda segurando Karina no colo, voltando a beijá-la.

― Como eu amo esse guitarrista maluco. ― Karina afirmou olhando para Pedro com paixão. ― Mas será que agora você poderia pegar nossas malas e entrar com elas? Eu tenho uma coisa importante pra conversar com você.

― Coisa importante boa ou ruim? ― Ele perguntou, colocando-a no chão.

― Eu vou te esperar lá quarto, aí você descobre. ― A garota afirmou dando um selinho nele, enquanto foi pegar algo que lhe pertencia para entregar ao verdadeiro dono.

Pedro fez o que Karina pediu, mas deixou as malas na sala mesmo, sua prioridade era saber do que ela estava falando. Quando ele chegou no quarto a encontrou sentada na cama, segurando seu caderno azul em suas mãos, aquele que imaginava ter perdido durante a mudança.

― Eu acho que isso te pertence. ― Ela afirmou se levantando e estendendo o caderno para ele.

― Esse tempo todo ele esteve com você? ― Pedro perguntou e Karina assentiu.

― Você leu o que estava escrito? ― O guitarrista perguntou e novamente ela somente assentiu, o moleque não demonstrava suas emoções e ela temia que ele pudesse estar chateado por ela ter invadido sua privacidade.

― E o que você achou? ― Pedro perguntou ainda com um olhar impassível.

― Eu acho que você tem um grande talento escondido e que está na hora de outras pessoas saberem disso. ― Karina afirmou com seriedade.

― Ka, eu não escrevi essas coisas para mostrar pra ninguém, essas letras foram somente uma forma de eu colocar em palavras tudo que eu estava sentindo, acho que não preciso te perguntar se você sabe para quem elas foram escritas.

― Eu sei sim e te peço desculpas por ter estado o tempo todo com esse caderno sem te contar nada, mas ele era a minha esperança de que algum dia nós iríamos ficar bem, ninguém poderia escrever palavras tão lindas, senão as sentisse.

― Tudo bem meu amor, a partir do momento em que eu te dei o meu coração e a minha vida não há segredos para você e tudo que é meu, pertence a você e esse caderno e tudo que está escrito nele também é tudo para você.

Quando Pedro terminou sua declaração Karina correu para seus braços o beijando com todo amor que existia em seu coração, mas com o pensamento de que aquele tesouro que o moleque tinha nas mãos não poderia ficar em oculto, assim como o sonho que ela sabe que ele ainda possui em seu coração de brilhar. Seu guitarrista nasceu para estar em cima dos palcos de todo o país e do mundo, ela sempre lamentou que a Galera da Ribalta tivesse sido desfeita e no que dependesse dela faria com que essa situação fosse modificada. Assim que o beijo cessou ela voltou ao assunto.

― Pê, senta aqui comigo. ― Ela pediu arrastando-o para que se sentasse ao seu lado na cama.

― Você não vai me deixar em paz, né? – O moleque perguntou assim que sentaram.

― Eu ainda não falei nada. – Karina respondeu se fazendo de desentendida.

― Mas eu já sei o que você vai falar, aliás continuar a falar, é sobre as músicas que eu escrevi, você vai tentar me convencer a mostrar par alguém.

― Você está quase certo. – Ela afirmou.

― E qual é a parte em que eu estou errado? – Pedro perguntou ficando curioso.

― Eu não espero que somente você mostre para alguém, porque assim qualquer pessoa poderia cantar, eu acho que passou da hora de você voltar a correr atrás do seu sonho e ter novamente a sua banda, interpretando as suas canções.

― Karina, infelizmente eu não posso viver de sonho, eu tenho uma vida real, com problemas reais e contas reais que eu preciso pagar quando chega no final do mês.

― Não foi esse Pedro que eu conheci e por quem me apaixonei. – Karina afirmou pondo a mão no rosto dele, enquanto relembrava de quando se conheceram. – Eu me apaixonei por um moleque metido que queria ser um rock star e ganhar o mundo com sua música e que tinha um sorriso maior que o próprio rosto e olhinhos brilhando quando falava sobre isso, eu te amo e vou te amar de qualquer jeito, mas em nome da nossa história você deve essa tentativa.

O guitarrista segurou a mão que estava em seu rosto e a beijou, antes de abraçar a namorada, as palavras dela mexeram com seu coração, mas era inevitável não sentir medo do futuro, mas por ela estava disposto a vencer todos os seus temores, ele quer ser aquele moleque novamente cheio de sonhos, por ela, o maior sonho que já teve em sua vida.

― Está bem Karina, eu vou fazer por você, mas e se não der certo? – Ele perguntou ainda abraçado a ela.

― Senão der certo nós vamos olhar pra frente e dizer que tentamos e vamos seguir a nossa vida do exato momento em que paramos. – Karina tentou transmitir segurança a ele.

― Está bem, Esquentadinha, eu vou ligar pro Nando e marcar de mostrar pra ele as músicas. – O guitarrista afirmou secando o rosto que ele até então não tinha percebido que estava banhado por lágrimas. Karina pegou seu celular e entregou para ele.

― Você quer que eu ligue agora? – Ele perguntou incrédulo, como se ela não estivesse acreditando nele.

―Pra que esperar por amanhã para as coisas que podemos fazer hoje? – Karina respondeu com seu jeito mandão.

― Você venceu. – O moleque afirmou pegando o aparelho e discando o número de seu antigo professor.

― Fala Pedroso, ao que devo a honra da ligação? – Nando respondeu assim que atendeu.

― Nando, tenho uma parada séria pra conversar contigo, que dia eu posso te encontrar na Ribalta?

― Se é sério assim pode ser amanhã mesmo, de manhã to de bobeira por aqui. – Nando respondeu preocupado.

― Beleza então, mais uma coisa, será que você teria como pedir pra antiga galera da banda estar junto, o que eu quero falar envolve eles também.

― Você tá querendo o que eu acho que você tá querendo? – Nando perguntou ficando animado.

― Nando, agora a única coisa que eu to querendo é tomar um banho e cair na cama, porque voltei hoje de viagem e to morto. – Pedro respondeu fugindo do assunto.

― Tá certo moleque, pode deixar que vou reunir a galera, nem que eu tenha que buscar cada um pessoalmente e te espero amanhã.

― Valeu... – Foi a única coisa que Pedro pronunciou antes de desligar a ligação e sentar na cama, dando um suspiro profundo. – Pronto, está feito. – Ele falou em parte pra si e outra pra Karina.

― E eu estou muito orgulhosa de você. – Karina afirmou beijando o namorado no rosto, que se apoiou no ombro dela.

― Mas como você disse está tarde, vai tomar um banho, enquanto eu preparo alguma coisa pra gente comer. – A garota afirmou tentando animar o namorado que tinha um semblante preocupado.

― Está bem, Esquentadinha, mas será que eu posso dormir aqui com você? – Ele pediu com seu olhar de menino carente.

― Claro meu amor que você pode ficar aqui comigo todas as noites que você quiser. – Karina afirmou sorrindo para ele. – Mas agora banho. – Ela se levantou da cama, saindo do quarto e levanto Pedro junto.

Eles tomaram banho, lancharam enquanto conversavam sobre a viagem, deixando o momento tenso fora da pauta. Quando terminaram Pedro se ofereceu para lavar a louça, já que Karina tinha preparado a refeição. Eles deixaram para desfazer as malas no dia seguinte e foram ter seu merecido descanso, dormiram a noite toda abraçados um ao outro.

No dia seguinte acordaram, tomaram café, Pedro foi se arrumar para seu compromisso enquanto Karina resolveu aproveitar que estaria sozinha para fazer uma faxina no apartamento, já que era seu precioso sábado e ela não precisava trabalhar, em dias normais ela teria preferido ficar na cama até tarde, mas estava ansiosa demais pelo namorado para conseguir se entregar ao sono.

Ela estava no seu quarto desfazendo as malas quanto Pedro apareceu com a guitarra nas costas, o caderno nas mãos e um olhar de esperança no rosto.

– Esquentadinha eu estou pronto, me deseja sorte?

– Você não precisa de sorte porque você tem talento, não só você, mas todo pessoal da banda e eu tenho certeza de que eles vão perceber a oportunidade que têm nas mãos de agora alcançar o sucesso, já que estão mais maduros e vão fazer dar certo. – A esquentadinha falou transmitindo segurança para ele.

― Você não quer ir lá falar essas coisas para eles? – Pedro perguntou brincalhão.

― Moleque, para de ser covarde e vai lá. – Ela falou dando um rápido beijo nele.

― Também te amo! – Pedro afirmou enquanto saía, deixando Karina sorrindo.

Quando chegou na Ribalta, seus antigos amigos da banda já esperavam por ele, pedindo ajuda as “forças superiores” ele colocou seu melhor sorriso no rosto.

― Fala galera, quanto tempo! – Ele afirmou cumprimentando um por um.

― Quem é vivo um dia aparece, né Pedrão? – Rominho afirmou.

― Se bem que estou muito curioso pra saber por que estamos aqui. – Foi a vez de Luca afirmar.

― Eu espero que seja um motivo muito importante pra eu ter me abalado de Marechal até aqui. – Sol afirmou com seu jeito metido de sempre.

― Galera, deixa o nosso amigo Pedro respirar pra nos contar o motivo desta reunião extraordinária. – Nando pediu, abraçando o pupilo.

― Então, antes de mais nada eu preciso saber se vocês ainda sonham em ganhar o mundo através da música.

― Se o assunto é esse eu estou indo embora, porque eu não tenho mais tempo de sonhar com coisas que não vão acontecer. – Sol afirmou já se preparando para ir embora.

― Onde foi parar aquela menina cheia de confiança de que era uma estrela pronta para ser descoberta e não me diz que você tem uma vida porque eu também tenho, mas não é o que eu quero e se eu lembro bem, o que nós cinco sempre quisemos foi mostrar para esse mundo a nossa arte, eu já desisti uma vez, mas não estou disposto a fazer isso novamente e é o que eu quero saber de vocês, se vocês estão comigo nessa.

― Você está propondo voltar com a Galera da Ribalta? – Paula se pronunciou pela primeira vez;

― Estou sim. – O guitarrista afirmou com segurança pela primeira vez do que pretende fazer pelo restante de sua vida.

― Mas como seria isso? – Sol perguntou se interessando novamente.

― Na verdade eu andei compondo umas músicas e gostaria de mostrar para vocês, porque pra começar mesmo que cantássemos músicas de outras bandas, nós temos que ter a nossa identidade, eu posso mostrar pra vocês? – Pedro pediu.

― Claro parceiro, manda ver. – Rominho deu a oportunidade.

O moleque tirou a guitarra da capa e começou a tocar um pedaço de cada uma de suas músicas, só para eles conhecerem um pouco do que ele pretendia.

― E aí o que vocês acharam? – Ele perguntou assim que terminou de tocar, ansioso pelas opiniões.

― Tem certeza de que foi você mesmo que escreveu? – Sol perguntou, fazendo Pedro a olhar de cara feia. – Me desculpa Pedrinho, mas está tão bom que nem parece você.

― Hahaha, muito engraçado Solange. – Ele respondeu sem graça.

― Eu curti, acho que tem tudo pra fazer sucesso, ai gente, eu to achando que dessa vez pode dá certo. – Paula respondeu animada.

― Eu conheço uma ou duas pessoas pra quem nós poderíamos mostrar essas músicas. – Nando respondeu, fazendo o papel de empresário da banda. – Claro se vocês quiserem.

― Eu to super dentro também. – Rominho afirmou.

― Eu to dentro também. – Lucas respondeu.

― E você Sol, tá dentro ou vamos precisar de uma vocalista nova? – Pedro perguntou.

― Até parece que vocês encontrariam alguém melhor. – Ela afirmou metida, se juntando ao grupo.

― É gente, parece que é oficial, a Galera da Ribalta está de volta! - Pedro afirmou sorridente, se sentindo enfim plenamente feliz, sabendo novamente que devia mais essa a sua esquentadinha.


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Notas finais do capítulo

Eaiiiiiii?? Gostaram??



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