Isso não é normal - Perina escrita por Pipoca


Capítulo 24
P.S. - Viajando na maionese




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NOTAS INICIAIS: "EU TENHO TANTO PRA LHES FALAR, MAS COM PALAVRAS NÃO SEI DIZER... COMO É GRANDE O MEU AMOR POR VOCÊS ♥ #PipocaEmocionada Vocês me surpreenderam, um comentário mais lindo que o outro, mensagens no twitter, “perguntas” no ASK... Fiquei encantada com tanto carinho, vi muita gente que nunca comentou vindo aqui se manifestar só pra me animar, vocês não tem ideia do tamanho da minha felicidade! Essa fanfic que meu xodó, meu primeiro amorzinho e ver que vocês gostam dela é muuuuuuuuuuuuito importante pra mim! Desde frases curtas até textos enormes, eu me vi afogada num mar de gente fofa, tô muito feliz! Minha vontade é de puxar cada um de vocês pela tela do PC e colocar num potinho! Chega de melosidade e vamos ao que interessa!
PS: Vou colocar um “POV” só pra deixar mais engraçadinho!
PS²: GENTEEE EU TÔ ESCREVENDO OUTRA FIC!! Se chama “Cinderella” e eu tô escrevendo com a “PoxaIsaa” mais conhecida como Belle ♥ Estamos postando todos os dias, um dia ela, um dia eu... E como os capítulos não são tão compridos dá pra manter, mas relaxem... A “Isso não é normal – Perina” é meu xodó ♥ EU NÃO VOU ABANDONAR A FIC! Enfim, passem lá, eu acho que a história está agradando, porque com 3 capítulos já temos uma quantidade considerável de acompanhamentos e um número legal de comentários então acho que vocês vão gostar!
EU TÔ NO CHÃO! QUASE 300 COMENTÁRIOS *O* AMO VOCÊS ♥" Gente o site não estava colocando no espaço, então eu coloquei aqui... Me desculpem! ―

O dia amanheceu e assim que acordou Karina resolveu trancar o caderno de Pedro numa gaveta vazia do guarda roupa, para não correr o risco dele flagrar-lo no meio das coisas dela. A lutadora foi tomar banho e decidiu que não faria nada do plano até o fim da reunião do P.S., para não correr o risco de estragar tudo.

Pedro acordou cedo, e foi dar um passeio na praia do flamengo, que ficava a quase 15 minutos do seu prédio. Ele saiu às 7:30 e voltou às 9:00, Karina estava na cozinha conversando com alguma amiga, pelo que ele pode perceber.

― Espera só um minuto Juh ― Disse Karina ao telefone ― Pedro onde você tava? E porque tá enchendo tudo de areia? ― Perguntou Karina com um bom humor que não era tão característico dela, ainda mais de manhã.

― Eu devia te dizer que não te interessa, mas como somos “amigos” agora, eu vou responder: Eu estava na praia, por isso a areia. Satisfeita esquentadinha? ― Disse Pedro indo para o banheiro tomar um banho.

― Juh, cê tá aí ainda? ― Perguntou Karina ao telefone.

― Tô, olha a Pri falou com a Fabi e disse que de 14:00 quer te ver na frente da sorveteria. Tudo bem pra você? ― Perguntou Júlia que andava de um lado para o outro enquanto conversava com Karina pelo celular.

― Tudo, de 14:00 eu vou estar lá! Tchau Juh. ― Disse Karina ouvindo um “tchau” e desligando o telefone em seguida. Pedro saiu do banheiro e foi para a cozinha ver o que tinha para o café da manhã.

― Nossa, correr da uma fome... ― Disse ele chegando por trás da lutadora e apoiando sua cabeça no ombro dela.

― Pedro só basta você respirar que já fica com fome. ― Disse Karina sorrindo.

― Tipo isso. Você tá pensando em fazer alguma coisa ou só vai ficar encarando o balcão? ― Pedro perguntou num tom provocativo.

― Eu queria comer uma coisa diferente... ― Disse a lutadora fazendo sua melhor voz “Bianca”.

― Já sei! Vamos fazer... PANQUECA! ― Disse Pedro olhando para o nada como se estivesse visualizando um letreiro brilhante onde estivesse escrito “Panqueca”.

―Tá, como se faz? ― Perguntou Karina e Pedro olhou pra ela um tanto incrédulo.

― Você não sabe fazer panqueca? ― Perguntou Pedro e Karina riu.

― Eu sei comer e não cozinhar. ― Disse Karina que sabia apenas cozinhar coisas básicas do dia-a-dia e alguns poucos pratos, que geralmente eram do tipo “comida de fim de ano” aquelas que aparecem na ceia de natal, por exemplo.

― Você é um caso perdido. Pega 1 ovo, o leite em pó do armário, e o óleo. ― Disse Pedro pegando a farinha e o sal.

― E agora? ― Perguntou Karina com os ingredientes no balcão.

― Deixa que eu coloco. ― Disse Pedro colocando tudo na medida certa dentro do liquidificador. ― Agora liga! ― Disse o músico pensando no recheio...

― Acho que já tá bom... ― Disse Karina ao ver que a massa já estava bem homogênea.

― Tem razão... Olha aqui tem nescau? ―Perguntou Pedro indo para a geladeira e pegando o nescau e o leite condensado.

― Panqueca de brigadeiro? ― Perguntou Karina com água da boca.

― Aham... ― Disse Pedro e ela começou a fazer o brigadeiro enquanto ele procurava a margarina para assar a massa das panquecas. O “brigadeiro” ficou pronto e Pedro achou a margarina. ― Agora veja só como se faz! ― Disse Pedro se preparando para jogar a panqueca para cima.

― Quero só ver... ― Disse Karina observando ele se preparar para o “lançamento”. Pedro jogou a panqueca e ela foi ao chão. ― Parabéns chef Pedro eu realmente aprendi como NÃO virar uma panqueca. ―Disse Karina rindo da cara de bobo dele.

― Essa aqui vai prestar! ― Disse ele se preparando novamente, no entanto ela grudou no teto.

― E agora como a gente vai tirar isso daí?? ― Perguntou Karina sorrindo.

― Relaxa, só vou tentar mais uma vez! ― Disse Pedro estalando os dedos numa espécie de aquecimento e jogando a panqueca, só que desta vez ele ficou com medo do que Karina diria.

― PEDRO! ― Gritou Karina com a panqueca grudada na testa.

― Desculpa, mas essas panquecas parecem que tem vida própria! ― Disse Pedro rindo da lutadora até que quando ela ia tirar a panqueca da testa a que estava grudada no teto caiu na cara de Pedro.

― TOMA! ― Disse Karina gargalhando com a massa no rosto.

― Ahh é? ― Perguntou Pedro abrindo a geladeira e tirando o mel, ele abriu e como havia muito mel, ele nem precisou fazer muita pressão para o líquido espirrar na garota. ― O que seria das panquecas sem o mel? ― Disse ele irônico gargalhando enquanto ela pegava um ovo e jogava na cara dele. ― Aii! Tem gema até na minha pupila! ― Disse Pedro que tentava não rir, ela foi até ele ver se o tinha machucado.

― Te machuquei? ― Perguntou ela que achou que o ovo pudesse ter batido no olho dele.

― Há! Pegadinha do malandro! ― Pedro aproveitou a proximidade dos dois para começar a fazer cócegas na lutadora, que foi se encolhendo e quando deram por si, já estavam no chão. Ela se debatia rindo e implorando pra ele parar, mas ele continuava. E quando ele parou ela ainda tentava manter o ritmo da sua respiração que já estava acelerada.

― Agora eu também estou lambuzado de mel e a senhorita está fedendo a ovo. ― Disse Pedro rindo, com um braço em cada lado do corpo da jovem e tirando os pedaços de panqueca do cabelo dela.

― Olha a bagunça que a gente fez! ― Disse Karina rindo ofegante.

― Pelo menos sobraram algumas panquecas e o chocolate já deve ter esfriado... Tá com fome? ― Perguntou Pedro ainda “em cima” dela.

― Tô, mas eu quero tomar um banho antes e se você puder, faça o favor de sair de cima de mim, para eu poder sentir minhas pernas novamente. ― Disse Karina com as pernas dormentes, ele riu e levantou.

― Vem! ― Ele ofereceu a mão para ela levantar, ela aceitou e ele a puxou para si. ― Você tá mesmo precisando de um banho! ― Disse ele pegando-a no colo e a colocando no seu ombro.

― PEDRO! ME COLOCA NO CHÃO! ― Disse Karina tentando não rir, batendo nas costas do músico e balançando as pernas.

― Calma! ― Disse ele entrando no banheiro com ela e finalmente a colocando no chão. ―Só te dei uma carona. ― Disse ele se fazendo de “inocente”. ― Você não vem? ― Ele perguntou tirando a blusa e ela ponderou ir, mesmo tendo dito a si mesma que não iria nem chegar perto dele até o fim da primeira reunião do P.S. ela não resistiu ao pedido e foi entrando no box junto com ele, que para provoca-la já estava tirando a bermuda. Ela fingiu que não viu o “strip tease” dele e começou a tirar sua roupa também.

― Chega pra lá que tem mel no meu cabelo e eu preciso lavar! ― Disse Karina indo para debaixo do chuveiro tirando o excesso de comida e saindo para passar o shampoo.

― Quer ajuda? ― Perguntou ele e ela o olhou por cima do ombro.

― Se você quiser lavar meu cabelo eu agradeço. ― Disse ela num tom sarcástico sendo surpreendida pela mão dele esfregando seu couro cabeludo.

― Eu tenho mil e uma utilidades. ― Disse Pedro arrancando uma risada dela.

― Deixa eu enxaguar. ― Disse Karina indo para o lado onde ficava o chuveiro e tentando ser o mais “sexy” possível, mas não é tão fácil sensualizar com shampoo no olho.

― Você vai sair hoje? ― Perguntou Pedro esfregando o próprio couro cabeludo.

― Vou, eu marquei com as meninas pra ir na sorveteria. ― Disse Karina tirando o excesso de água do cabelo e passando shampoo de novo.

― Acho que eu vou dar uma passadinha lá em casa, quer dizer, na casa dos meus pais... Vou procurar o caderno e por o papo em dia com a Tomtom. ― Disse Pedro indo enxaguar o cabelo e Karina não sabia o que fazer tendo uma visão daquelas na sua frente. Ela tratou de ficar de costas olhando para a parede, só pra não encarar o músico seminu no chuveiro.

― Pedro quantas vezes eu preciso lavar o cabelo pra sair o cheiro de ovo com mel? ― Perguntou Karina com um “black power” de espuma na cabeça.

― Não sei... Acho que umas três vezes bastam. ― Disse o músico que já estava passando o condicionador.

― Então vou enxaguar. ― Disse Karina tirando o “visual” afro e deixando seus longos fios loiros molhados.

― Pedro, a gente podia trazer a Tomtom pra dormir aqui, qualquer dia... Tô com saudade da pequena... ― Disse Karina e Pedro sorriu, ele adorava o carinho que ela tinha com a irmã.

― Por mim tudo ótimo! Qualquer sexta dessas a gente traz ela. ― Disse ele indo tirar o condicionador do cabelo.

― Pedro! A gente ainda tem que limpar a cozinha! ― Disse Karina com uma voz que expressava toda a sua preguiça.

― Eu já terminei aqui, vou arrumar as panquecas nos pratos equanto você termina. ― Disse Pedro saindo do box. “Que bundinha... “ Pensou Karina rindo em seguida. Ele ficou sem entender, mas pegou sua toalha e saiu. Karina terminou de lavar o cabelo e foi procurar a toalha para se enxugar, mas ela não havia trago e Pedro levou a toalha que ficava no banheiro. “Merda!” pensou ela.

― PEDRO! TRAZ UMA TOALHA PRA MIM? ― Perguntou Karina em cima do tapete do banheiro, Pedro pegou a toalha e abriu a porta se deparando com sua musa mais competente tremendo de frio esperando a tal toalha.

― Toma. ― Disse ele entregando a toalha para ela que se enrolou e foi para o quarto.

― Pedro, o chocolate prestou? ― Perguntou Karina saindo do quarto e indo para a cozinha se deparando com o rapaz colocando o restinho do chocolate sobre as panquecas.

― Voilá! ― Disse Pedro como se fosse um grande chef.

― Nossa, tá com uma cara ótima... Nem parece que a gente fez uma guerra na cozinha. ― Disse Karina sentando à mesa de quatro cadeiras que havia na sala.

― O gosto tá melhor ainda! ― Disse Pedro pegando o primeiro pedaço, logo os dois já tinham devorado tudo. Depois de limpar o estrago que fizeram na cozinha, lavar os pratos e preparar “macarronê alá sardinhôn” mais conhecido como “macarrão com sardinha” para o almoço Karina foi preparar uma roupa para sair. Depois de almoçarem ela saiu apressada para não se atrasar e foi de busão para a sorveteria.

...

Karina chegou e logo viu Júlia e Fabi numa mesa, Pri já deveria estar chegando.

― Oii K! ― Disse Júlia e Fabi virou, metaforicamente, como se fosse uma coruja.

― K! Já tava pensando no que a Pri pretende! ― Disse Fabi deixando Karina um pouco assustada.

― Gente para, eu tô meio assustada... A Pri tem cada ideia... ― Disse Karina sentando e olhando o cardápio.

― CHEGUEI! ― Disse Pri um pouco distante.

― Até que enfim! ― Disse Juh se abanando.

― Pri! Olha você não pretende iniciar o P.S. aqui na sorveteria não, né? ― Perguntou Fabi se abanando com o outro cardápio.

― Não... Vamos pra casa de alguém... Fabi a gente vai pra tua casa. ― Disse Pri se sentando junto das meninas.

― Que bom que a senhorita se auto convidou. ― Disse Fabi rindo.

― Claro, eu sou de casa já. ― Disse Pri e todas riram da maluquice dela. Depois de pedirem os sorvetes elas foram, andando mesmo, para a casa de Fabi. Chegando lá, Pri sentou Karina numa poltrona e as meninas no sofá e se pôs de pé em frente a elas.

POV Karina

Isso é loucura. A Pri me fez sentar e eu estou aqui esperando ela começar os “ensinamentos” que eu sei que não vão dar certo, mas não quero cortar o barato delas, até a Jujuba se animou com a ideia de me fazer de fantoche.

― Toda mulher tem seu lado sensual. Nós o descobrimos em algum momento das nossas vidas e então aprendemos a usa-lo para conquistar a nossa “presa”. ― A Pri fala como se estivesse dando uma palestra, alguém me tira daqui por favor??

― Eu acho que eu tenho isso aí, mas eu devo ter tirado pra lavar e a Bianca acabou usando o meu e o dela, deve ser por isso que ela era o centro do universo. ― Eu estou tentando relaxar porque sei que alguma loucura a Pri vai inventar e eu estou realmente afim de mergulhar nessa palhaçada.

― Larga de ser boba K! Olha só pra você, você é linda! A primeira coisa que você tem que aprender e a confiar no seu potencial! Ter autoestima é importantíssimo! ― Pri dizia olhando nos meus olhos e por um instante eu quase acreditei que tinha algum potencial.

― Tá, próxima lição! ― Eu quero ver as ideias mais loucas, quero ver até onde vai a imaginação da cidadã.

― Bom, como toda equipe que se preze, nós nos dividimos: Eu vou te ensinar a linguagem corporal, a Fabi vai elaborar as situações e a Juh vai ser nosso bode espiatório, tipo uma agente dupla, ela vai arrancar informações do João, que como namorado, não tem segredos com ela... E você é a nossa cobaia. ― Elas estão loucas. Socorrooo!

― Nossa sempre quis ser cobaia de alguma coisa. ― Eu disse gargalhando.

― K! Para de rir e vamos começar! ― A Pri se empolgou com esse negócio de P.S.

―Karina Duarte, você jura solenemente que vai sair desta operação a mulher mais sexy do mundo? ― A Fabi começou a viajar na maionese junto da Pri e me fez levantar a mão direita em juramento.

― Juro, mas se vocês fracassarem a culpa não vai ser minha. ― Eu aviso logo.

― K, você tem que ser otimista! Olha só o Pedrinho não tem segredos com o João e o João não tem segredos comigo, eu acho, então... Vou tentar descobrir umas coisinhas. ― Até a Jujuba, que era uma das pessoas mais sensatas que eu conheço entrou nessa.

― OK, vamos começar. ― Eu disse levantando do sofá.

― Bom, na reunião secreta da cúpula do P.S. decidimos que a gente vai se encontrar uma vez por semana e te ensinar algumas coisinhas... A Fabi vai preparar uma situação, eu vou te mostrar como você deve agir e a Jujuba vai descobrir se deu certo. ― A Pri meio que se tornou uma espécie de mente criminosa do P.S. e eu tô preocupada com o que ela vai me mandar fazer...

― OK... ― Eu estava tentando não rir, mas a seriedade delas deixou tudo mais hilário.

― Pernas. Você tem pernas lindas e esse é o ponto fraco de muitos homens, talvez seja o do Pedro. A Fabi vai te dizer uma situação que envolva suas perninhas. ― Disse Pri e eu fiquei ouvindo atentamente.

― Bom, vocês vão estar na sala, assistindo algum filme e a senhorita vai colocar suas belas pernocas no colo dele, pra ele admirar, endendeu? ― Disse Fabi e eu ri, ri muito.

― Para de rir! Isso é sério! Olha só o meu exemplo. ― Disse Pri e a Júlia que tava sentada no sofá “interpretou” o Pedro. A Pri colocou as pernas no colo da Juh e ficou olhando para a TV, como se nada tivesse acontecendo. ― Viu só como é que se faz? E se você puder, coloca um short bem BC. ― Eu não acreditei no que estava ouvindo, se bem que, pra quem já ficou de calcinha no chuveiro com ele usar shortinho BC era coisa de iniciante.

― BC? ― A Juh perguntou e eu ri pensando no significado.

― Beira “sul”. ― Pri disse e eu queria ter gravado a cara de “como assim beira sul se é com C, não tem lógi... AH... HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAH” que a Juh fez. Foi hilário.

― Enfim... Olha K, vai ser fácil, a gente não pode forçar a barra agora até porque você não é nenhuma expert e se a gente te falasse pra ir logo pro sorvete ele ia se assustar. ― Disse Fabi olhando para as cúmplices, eu demorei pra entender o que tem de sexy num sorvete e quando meu lado poluído agiu eu fiquei espantada.

― Ah eu acho que o Pedrinho ia adorar ver a K sensualizando com o sorvete, mas isso já um nível mais “hard”... ― A Pri tava rindo e eu tenho certeza de que era da minha cara de bocó.

― Se bem que a K, não é tão santinha assim... Até banho juntinhos já rolou... ― Eu que estava corada agora estava quase tendo uma parada cardíaca de vergonha, se bem que pelo rumo das coisas...

― CONTA TUDO! ― Pri gritou e eu comecei a tagarelar, cada detalhe, nem sei porque falei tanto, mas eu meio que não consegui calar a boca. ― KARINA EU TÔ SÉPIA! ― Ela estava de boca aberta e me olhando com uma carinha de “ah sua safada”.

― Tipo isso meio que aconteceu hoje, de novo. ―Eu disse e elas SURTARAM, eu mais uma vez contei tudo.

― Nossa K, você com essa carinha de santa... ― Até a Juh estava tirando uma com a minha cara.

― Para gente! É que a Fabi me disse pra ser mais “ousada” e ele me olhou com aquela carinha... Não resisti. ― Confessei de uma vez.

― K, porque vocês não conversam e fazes as pazes? ― A Juh fez a pergunta que não quer calar.

― Eu fico insegura, só bastou eu dar as costas pra ele ir atrás de outra. E... Eu as vezes paro pra pensar se ele realmente gosta de mim... Acho que só topei isso pra mostrar pra ele que ele não precisa ir atrás de outra garota porque ele tem a mim, mas eu não sei se sou o suficiente. ― Fiquei aliviada em abrir o jogo com elas, desabafei mesmo, afinal, elas são minhas amigas! Se eu não desabafar com elas, vou desabafar com quem?

― Karina Duarte, pare de se rebaixar! Você é maravilhosa! Eu dou minha cara a tapa que ele ainda gosta de você, mas que esse lance é estranho, ele é. ― Agora era a Pri dizendo que essa história era estranha... Primeiro a Fabi me disse que as “versões” não batiam e agora isso... Tá tudo muito estranho, mas uma coisa de cada vez...

― Eu não sei o que faria sem vocês! ― Soltei e nos “abraçamos”, todas nós.

― Annw K! ― A Fabi tava toda emocionadinha.

― Gente é o seguinte! K, você vai escolher um dia para realizar a sua missão e a gente vai bolar o próximo passo. Semana que vem que reunião de novo e eu quero saber de todos os detalhes da missão coxas. ― A Pri disse com uma naturalidade “missão coxas” que eu não me contive, não sei por que, mas agora eu tô mais risonha do que antes... Talvez seja porque eu estou me abrindo mais com as meninas... Tô gostando da sensação de dar boas gargalhadas com elas, senti falta disso.

― “Missão coxas”?? Pri tu não vale nada! ― Eu disse rindo e a gente ficou lá alguns minutinhos se despedindo e depois foi cada uma pra sua casa.

_*_

POV Autora

Pedro passou a tarde com a família no perfeitão, ajudou seus pais e depois ficou com a irmã, não achou o livro em canto nenhum e depois de contar como é morar com a “fera” (tirando os detalhes quentes) a irmã ficou com os olhinhos brilhando, ela sempre adorou a idéia de ter Karina como cunhada e, por mais que eles negassem, ela sentia que eles ainda se gostavam. Ela ficou chateada com o que Karina disse ao irmão, mas depois esqueceu, porque mesmo o magoando, só pelo fato de ter voltado trouxe com ela o sorriso do músico, que a tanto a família não via. Ele voltou para casa e Karina ainda não havia chegado, então ele foi para o quarto, pegou sua planilha de aulas e começou a preparar tudo com antecedência, pra não se encher de coisas pra fazer em cima da hora.

Karina chegou e não viu o músico, ela pensou que ele ainda estava na casa dos pais e foi para o seu quarto. Ela colocou uma roupa confortável e foi procurar a chave da gaveta, onde ela havia guardado o caderno dele. Depois de fazer a maior bagunça ela achou e pegou o caderno, deitou na cama e começou a ler. Pedro ouviu o barulho que ela fez procurando a chave e quando terminou de preparar a aula da segunda-feira foi para o quarto dela.

― Karina, cê tá aí? ― Ele perguntou e ela ficou desesperada, acabou deixando o caderno cair no chão, ele forçou a maçaneta para abrir e ela num impulso se jogou da cama para cair em cima do caderno.

― AII! ― Gritou a lutadora estendida no chão.

― Karina cê tá bem?? ― Perguntou ele indo até ela.

― Acho que sim... É que eu tava dormindo e você me assustou, não sabia que você tava em casa. ― Disse ela com a mão na cabeça.

― Tá doendo? ― Perguntou ele se oferecendo para ajuda-la a levantar.

― N-quer dizer... Tá! Tá doendo um pouco sim... Pega um comprimido pra mim? ― Disse ela lembrando da voz manhosa de Bianca quando queria algo do pai.

― Tá eu já volto. ― Disse ele correndo na direção da sala.

― Ufa. ― Disse a lutadora sentando no chão e afastando o caderno para baixo da cama.

― Esquentadinha eu esqueci um detalhe... Onde tem remédio aqui? ―Disse Pedro voltando em seguida sem saber onde tem comprimidos.

― Deixa... Eu tô legal. ― Disse ela se levantando.

― Tem certeza? Não quer que eu vá comprar? ― Perguntou Pedro preocupado.

― Não, não precisa... Tá tudo bem. ― Disse ela com um sorrisinho bobo por ele estar sendo tão atencioso com ela.

― Mesmo assim, vem cá... Eu vou fazer um chá pra você. ― Disse ele a abraçando pela cintura, ele achou que ela fosse se afastar, mas ela o abraçou de volta e eles foram para a sala. Depois de tomar o chá, Karina disse que estava cansada e foi dormir, Pedro fez o mesmo.

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Notas finais do capítulo

Geeeenteee PLMDDS digam o que acharam! Eu sei que vocês colocaram bastante expectativa nesse P.S. e eu espero ter correspondido! Quanto a “Cinderella” vão lá e deem uma olhada com carinho na história