O Preço do Poder escrita por Leh


Capítulo 11
Novas preocupações


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoal, como vocês estão? =3 Eu estou com sono enfim boa leitura.



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Fazia poucas horas desde que as grandes agulhas dos mares, ou melhor, as potentes embarcações vikings chegaram a terra, mas tinham muito a tratar antes de um ataque frontal. Astrid já tinha descido, alimentado Tempestade e alguns outros dragões que a seguiram enquanto carregava consigo um grande pote com peixes, estava se preparando para dar uma olhada nas riquezas que as novas terras, que na opinião da guerreira, já pertenciam a seu povo. Entretanto foi impedida no momento em que Cabeça-Quente disse-lhe que Minaz a esperava no gabinete, ainda no barco.

E lá estava ela irritada com os braços cruzados concentrando o peso de seu corpo em uma das pernas enquanto a outra ficava pouco a diante batendo algumas vezes no chão ela pode constatar que aquele gesto irritada o viking, que hora lançada o olhar as batidas de seu pé e outra olhava para seus olhos azuis irritados e provocativos. Mas pacientemente o homem suspirou.

–Astrid, você é uma ótima viking, eu te considero muito.

Astrid estava desconfiada, não fazia sentido algum aquela reunião particular, ela não tinha feito nada que ia contra as regras de alguém, geralmente ela só as desobedecia quando Soluço estava por perto para encorajá-la, o não era nem um pouco o caso. Astrid não gostava de Minaz, desde quando era criança, ele sempre fora diferente, sempre era sombrio e sempre justificou os seus fins pelos meios. Ela se lembrava de um episódio o qual Minaz não fazia diferença perante as mortes de alguns vikings enquanto montava uma de suas armadilhas contra dragões. Astrid não costumava julgar ninguém, mas tinha certeza que Minaz os usaram como isca. Ela tinha certeza de uma coisa. Em Minaz ela não confiava.

–O que mais você quer? Eu já estou dando todo o auxilio necessário as escudeiras. Pode ser mais objetivo? Eu estou com pressa. – Disse ela com frieza, as batidas de seu pé no assoalho eram mais frequentes. Ela viu Minaz retorcer sua expressão em um tanto raivosa e ela tinha conhecimento que ele estava tentando manter o controle. O homem suspirou novamente ignorando o fato de Astrid tê-lo interrompido.

–Vai ter um estopim nessa “missão”. Sei que vou precisar da ajuda de alguém de confiança. – Ele disse demonstrando sua ambição, ele se aproximou de Astrid e seus olhos brilhavam. Mas ela se afastou, não por temer a presença de Minaz, seu corpo apenas agiu sozinho.

–Não. Não terá estopim. Não é o seu direito decidir isso. Você não é o líder, Soluço é.

Ela tinha pisado no calo de Minaz. Ele rangeu os dentes e se virou subitamente para direção da loira que ainda apresentava sua postura pouco despreocupara com os braços cruzados e o olhar provocativo mirando os dele. Ele deu um passo para mais perto dela, Astrid não fez menção de se mover. Ela mal conseguia enxergar naquele momento, a sombra de Minaz a cobria por inteira e a chama da vela era fraca para iluminar o ambiente com precisão.

–O filho de Stoico...? – Ele tinha desdém na voz. Astrid deu meia risada e andou para o lado onde a luz a alcançava, depois rodeou o homem e esperou que ele a seguisse em seus movimentos lentos, assim ele fez. Ela parou novamente e voltou a fita-lo.

–“Filho de Stoico”? – Ela repetiu cuspindo as palavras totalmente debochada. Continuou. – Soluço nunca será lembrado apenas por ser filho de Stoico. Ele fez muito por Berk. O que jamais ninguém nunca teria feito. Nem Stoico, nem eu e muito menos você.

Ela viu Minaz perder a fala, e pelo olhar que ele lançava sobre si sabia que não era mais seguro ficar ali. Ela caminhou em passos lentos em direção à porta, pois ainda tinha humor para provocar a sanidade do viking.

–Eu vou ficar de olho em você, Minaz. – Ela ameaçou, mas antes de virar a maçaneta da porta ouviu Minaz voltar a falar.

–É mesmo Astrid? Você realmente não queria que a anciã te escolhesse naquele dia? Não queria ter continuado sendo a melhor da sua geração?

Astrid parou por segundos, surgiram lembranças em sua mente, ela estava extasiada. A loira tinha acertado na mosca quando decidira provocar o viking, mas aos gestos que ela demonstrou naquele momento foram a comprovação à Minaz que ela tinha sido afetada pelo comentário dele.

–V-Você não é mais que ninguém... – Ela se amaldiçoou pela voz ter saído mais insegura do que tinha planejado. Ele riu.

–Pode ser. Mas você é. E sabe disso.

Ela saiu e em passos largos andou até Tempestade, ela mal pode ver as pessoas que pararam seus afazeres e a encararam pelo estrondo da porta batida atrás dela. Tempestade voou até o lado de fora do barco, perto do mar. Astrid encarou o mar por mais de um minuto, estava ofegando e seu coração batia rápido. Ela chutou uma pedra com força antes de gritar com raiva.

–Filho de troll, maldito! Que Loki esteja planejando seu futuro.

[...]

Merida analisou os movimentos pouco mais de cinco minutos em total silêncio, mal se lembrava da presença de Soluço. Os vikings em grande maioria eram sim, altos e fortes tiravam cuidadosamente instrumentos de guerra, como se já não bastassem os dragões. Merida soube naquele momento que a Escócia seria estraçalhada se não fizesse nada. Ela se virou, pode ver o sobressalto de Soluço após o movimento brusco dela. Ela se deparou com os olhos verdes dele e a expressão triste que ele tinha. Ela respirou fundo e começou a andar em passos largos em direção de onde tinha vindo. Pelo menos tivera sorte o suficiente para que ninguém tenha tomado nota de sua presença, talvez passar a noite ao lado de um viking e um dragão tenha deixado o cheiro dela natural aos olfatos das grandes bestas. Por mais estranho que fosse pensar daquela forma, era o mais lógico para ela naquele momento.

Merida sentiu a mão de Soluço segurando seu braço, ela puxou o braço e continuou andando como se os protestos do viking atras de si fosse apenas um mosquito zumbindo em seu ouvido. Ela precisava chegar em casa, dizer aos lordes para preparar as tropas, pois deveriam atacar com toda a força. Depois de poucos segundos Soluço se colocou na frente dela, segurando pelos ombros, sua expressão era séria.

–Pra onde você vai? – Ele pareceu um pouco desesperado, mas a sua expressão continuou intacta. Merida estreitou os olhos para ele, Soluço sabia para onde ela ia e para quê, respirou fundo, enquanto o rapaz recuperava a distancia que tinha tomado dela devagar, para ter certeza que ela não voltaria a andar apressada.

–Eu vou para casa, pra onde mais iria? – Ela disse irônica. Soluço olhou Banguela por varias vezes o réptil estava pouco atrás de Merida, como se ambos estivesses tentando impedir que a moça escolhesse a fuga. Merida percebeu isso, mas ela não pensava que pudesse escapar de um dragão.

–Não! Eu posso convencê-los de não começar uma guerra, mas só se não forem atacados. – Merida riu-se e tentou manter a calma. Os vilarejos queimados e a morte do Lorde Dingwall eram tão facilmente esquecidos pelos pensamentos que Soluço alimentava, com aquelas ideias Merida o considerava tão inocente.

–Soluço... Se não estando preparados vocês já têm uma força assim, imagina se não atacarmos primeiro? - Ela sorriu para ele e balançou a cabeça negativamente, ela estava de mãos atadas, tudo o que precisava era da localização dos vikings não podia deixar, uma mera amizade permitir a morte de uma nação.

–Pensei que tínhamos um plano de paz. - Ele estava apelando para o lado emocional, se afastou um pouco e cruzou o braço igualmente, suas sobrancelhas se contraíram, e Merida analisou as sardinhas espalhadas pelo rosto dele, bem mais marcadas que as dela, e a pequena cicatriz que ele possuía no rosto. Ela não ousara pensar que ele carregava a mesma inexperiência que ela, afinal ele não tinha uma das pernas, então por quê, por Dagda, por que ele desejava tanto a paz? Ela suspirou.

–E temos, mas não vou deixar que mais pessoas morram por minha causa. - Soluço entendia os sentimentos dela, como líder ele jamais desejaria que seus povo morresse aos pouco por causa de um pacifista maluco. Não era um problema tão grande em vista de que não era Berk sofrendo as percas, ele tentava clariar essa sensibilidade, pois o único responsável era ele, ele era o líder, ele ensinara a todos a treinar os dragões. Mas ele estava parado, pensativo por mais tempo que deveria.

E por fim, Merida tinha vencido na argumentação começou a andar em passos apressados na direção o qual sabia que o castelo estava. Soluço olhou para Banguela que se aproximava gradativamente e se virou na direção a qual ela andava, olhou para Banguela novamente.

–Ela não me deixa escolha deixa? – Disse ele divertido, vendo que o dragão caminhou apressado em direção a garota de cabelos ruivos, e pulou em cima dela.

Merida sentiu o impacto forte com o chão e viu que Banguela tinha a derrubado, ela se virou para tentar para-lo, mas apenas pode se defender, pois Banguela brincava com ela como um gato brincava com uma bola de lã, mas ele não tinha a intenção de machuca-la, certos momentos ela até ficou tentada a rir da própria situação, mas se continuasse ela tinha certeza que sua reação não seria muito agradável.

–Mande que pare! – Ela disse pausadamente, enquanto Soluço se aproximava com os braços cruzados e com uma expressão despreocupada.

–Ah sim... – Ele disse com tom de brincadeira, encarou os grandes olhos de Banguela e sorriu para o mesmo.

–Pode parar amigão. Acho que a escocesa aprendeu a lição do que acontece com que mexe com a gente.

Ele disse ironicamente vendo Merida arrumar algumas mechas dos cabelos cacheados que lhe caiam na face e lançou um olhar irritado para ele, que apenas lançou a mão para ela, ela segurou e se levantou, tirando as gramas de seu vestido. E por fim lançou o olhar preocupado para Soluço.

–Eu não quero guerrear de verdade, mas que outra opção vocês nos deixam? - Ela disse tristemente.

Soluço pensou por um momento e voltou a encará-la.

–Eu vou resolver me dê mais um dia pode ser?

Ela revirou o olhar e por fim assentiu.

–Eu vou pra casa, se amanhã você não resolver isso, vamos atacar, mesmo sabendo que morreremos. Pode conviver com essa responsabilidade? - Ela colocou as mãos na cintura e encarou Soluço um pouco cabisbaixo. Soluço se tornou pensativo e seus olhos miravam o chão, lembrou-se da visão de guerra em sua mente, do cheiro forte de morte e de Minaz matando Merida na sua frente. Ele não a deixaria morrer, disso ele tinha certeza em seu pensamento, por mais que um lado de sua mente dizia que ele era fraco de mais para esse cargo. Ele respirou fundo e encarou os olhos azuis da ruiva.

–Vocês não vão morrer, porque não haverá guerra. - Disse por fim, mesmo não acreditando fielmente que ele era capaz de impedir os vikings, mas estava certo que daria seu melhor. Os dois começaram a caminhar um ao lado do outro a caminho do castelo.

–Me conte mais sobre dragões. Temos quase meio dia de caminhada. - Encorajou Merida tentando quebrar o clima tenso que tinha se formado ali, Soluço percebeu isso e sorriu e começou a falar mais sobre os melhores aliados de Berk.

[...]

Maudie encarou o céu mais uma vez para poder ver o sol, já estava quase no meio, o que queria dizer que já ia dar meio-dia, de manhã ela entrara no quarto da princesa, para ver se ela estava bem, e para lhe oferecer um prato de seus deliciosos bolinhos, mas não tinha sinal da princesa, Angus estava no estábulo e o arco de Merida estava em cima da cama da mesma. E ela teve que inventar mil desculpas para os lordes que a cada minuto vinha um dos dois para lhe perguntar se tinha visto a princesa pelo castelo.

Ela viu os três príncipes correndo por entre a cozinha, mas muito rápido eles saíram, ela começou a seguir com sua postura zangada, mesmo sabendo que suas pernas curtas não eram páreas para os trigêmeos, precisava de uma distração, ela parou na escada quando viu uma das empregadas na escada correndo, ela tropicou em um dos de grais mais parou na frente da governanta.

–O rei...A rainha está... – A moça estava ofegante de mais para conseguir falar uma única palavra, mas pelo estado dela e pelas únicas palavras que dissera ela correra até o quarto em que Fergus estava. Elinor estava segurando fortemente a mão do marido e segurava as lágrimas com dificuldades, ele ainda não estava morto mas tinha muita dificuldades para respirar, Maudie colocou a mão na boca e deu um passo para trás.

Elinor percebeu a presença dela, e encarou rápido, mas evitou que a mulher visse seus olhos lacrimejados.

–O que está esperando Maudie?! Chame as crianças?!

Maudie correu a ponto de bater na parede de pedra atrás de si, ela correu para fora do castelo visivelmente desesperada, correu por entre as folhagens tentando memorizar cada arvore em seu caminho, quando por um milagre divino, ou não, ela pode ver a princesa em seu campo de visão a alguns metros de distancia, mas ela estava acompanhada por um rapaz, da mesma idade com os cabelos castanhos e com ele, um dragão. Maudie sentiu sua pressão abaixar, mas conseguiu continuar de pé percebeu a expressão desesperada de Merida tentando inutilmente se esconder atrás da fera, mas seus fios acobreados ficaram totalmente expostos.

Soluço viu o dragão ficar arisco, por isso ele ficou atento as atitudes dele, mas sua curiosidade correu para Merida que mordia o lábio inferior na esperança que a senhora não tivesse visto.

Entretanto Merida respirou fundo e se afastou de Banguela, vendo que o mesmo fazia tonava-se ameaçador em direção de Maudie. Ela olhou Soluço que tinha sua expressão mais confusa do que nunca, ela sorriu de canto, sabia que a festa tinha acabado.

–Maudie, o que faz aqui? – Ela perguntou colocando-se na frente de Bnguela, que mudou sua expressão, encarando a princesa que apenas passou a mãos algumas vezes no fucinho dele para ele se acalmar.

–Q-Quem é e-ele? – Ela apontou o dedo tremendo para Soluço, ela estava aterrorizada enquanto colocava a outra mão no coração e se afastava um pouco. Merida abriu a boca algumas vezes para responder, mas sua atenção foi para Soluço que começou a falar.

–Eu sou Soluço Spantosicus Strondus III, o líder dos vikings.

Ele disse com naturalidade, Merida deu um tapa no braço dele e depois colocou a mão na própria testa prevendo o espanto de Maudie. Soluço ficou ainda mais confuso ele tinha sido amigável.

Merida estranhou o fato de Maudie não ter saído correndo, ela apenas estava assustada, mas ela estava sendo forçada por si propra a permanecer ali, pior ainda se aproximar da princesa que estava na frente de um dragão que rangia os dentes para a figura da mulher desconhecida.

–Princesa... O seu pai...

Merida via as lagrimas desesperadas escorrerem no rosto da mulher, era o medo de estar perto de um viking, um dragão e medo do futuro. Merida mal pode perceber quando seus pés começaram a correr em direção do castelo, ela não tinha feito questão de esperar Maudie, mas ela pode ouvir os soluços engasgados a perseguindo, ela viu seus irmãos na escada correndo também em direção ao quarto, e enfim ela chegou, olhou para trás para ver Maudie avermelhada e cansada atrás de si. Sua mãe e irmãos já estavam no quarto. Ela procurou a coragem em seu coração para entrar, lembrou-se da história que Soluço tinha lhe contado, ela não queria que o fim do rei estivesse ali, se fosse, ela se casaria? Dunbroch pereceria diante os vikings?


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Notas finais do capítulo

God save the king...wait, what?! (país errado e "queen"-"king" e aí?! =D acho que ninguém ia entender o trocadilho mesmo)#Tenso. Espero que tenham gostado, amanhã assim que tiver tempo eu vou revisar (Parece que eu não tenho mais nada pra falar né?!)... Isso é tudo pessoal o/ Até o próximo ^^