The Monster that lives in my head. escrita por Crazy Girl


Capítulo 7
Na sua casa?


Notas iniciais do capítulo

oi oi oi, gente! mais 1 capitulo para vocês, comentem e recomendem, boa leitura, até a próxima!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538709/chapter/7

–Isabella? -Abri meus olhos lentamente e vi uma mulher morena e alta na minha frente. -Tudo bem com você?

–Não. -Respondi curta e grossa.

–Por que não?

– Estou em uma cama de hospital, toda machucada, e você ainda me pergunta se tá tudo bem?

– Tem razão-ela ri- Você tentou se matar? Seja sincera.- assume uma postura seria.

– Não! -Gritei- Quer dizer, só depois que eu quebrei minha perna, não conseguia sair de lá, ele iria me matar, seria minha única solução.

– Você pode me falar o motivo para você tentar se matar? A vida é tão bela para ser desperdiçada.

– Aquele é o motivo! -Apontei meu desenho que tava em cima da mesinha. Ela olhou pra mim,pegou o desenho, o analisou e depois olhou pra mim de novo.

–O quê ele fez a você?

– Ele me atormenta o dia inteiro.

–Te atormenta como? Com palavras?

– Não, ele nunca falava, falou apenas dessa última vez. Ele aparece em todos lugares, me levando a loucura.

–Quando isso começou?

– Depois que me mudei para a minha nova casa.

– O que você acha de sempre que ele aparecer, você se imaginar o derrotando? Crie pontos fracos nele. Lembre-se você manda na sua cabeça.

– Espere ai... -Fiquei um tempo calada- Você tá falando que ele é coisa da minha cabeça? Você está me chamando de doida? Você acha que minha cabeça, abre portas de casa sozinha? Que faz cair panelas? Ele existe! E eu quero que ele venha até você.! Para aprender a parar me me culpar por esse terrível acontecimento.

– Não estou a culpando e nem te chamando de doida, a mente nos cria peças e nos engana, somos capazes de tudo, Isabella.

–O Slender existe! O quê não existe é essa baboseira que você está falando! Eu o vi! Ele não é apenas sonhos! Acha que eu iria querer me matar a toa?

– Foi a fuga que sua mente encontrou, e sim a mente pode nos enganar a ponto de ver coisas que não existem e cria-las.

– E acha que minha mente o criaria á toa? E por quê logo ele? Por quê um cara sem face?

–Pode estar relacionado a um trauma antigo seu.

– Meu único trauma antigo é a morte dos meus pais, e se fosse por isso, acho que os veria mortos e não um cara que não tem nada haver com o acontecimento.

– Isabella, só você pode se ajudar, só você pode acabar com ele.

– Saia da minha frente! -Gritei- Se não acredita em mim, vá se ferrar! Mas quando ele aparecer para você... Não tente correr, pois não vai adiantar.

– Vou marcar uma consulta para você em meu consultório, você vai conseguir acabar com ele, por hoje é só.

– Eu prefiro morrer do quê ver sua cara de bunda de novo.

– Você precisará me ver até o dia em que estiver livre dele.- ela continua calma como se tudo isso fosse normal. E sem se importa com meus insultos a ela.

– Ele existe! -Gritei tão alto que até uma enfermeira foi lá no quarto- Suma da minha frente agora, antes que eu faça besteira.

A mulher morena se levantou com uma cara não muito boa e saiu do quarto, respirei fundo, fechei meus olhos e senti minhas bochechas molhadas por lágrimas.

–Precisa de alguma coisa? -Perguntou a enfermeira- Aquele rapaz ainda está lá fora.

– Não, eu não preciso de nada. Quero apenas dormir. -Falei sem abrir meus olhos.

– Se precisar é só aperta o botão vermelho.

Dei de ombros, tentando controlar minhas lágrimas, e a enfermeira saiu do quarto. Depois de ficar cansada de chorar, finalmente consegui pegar no sono.
Quando abri meus olhos, olhei diretamente para janela, chovia fininho, mas parecia já ser de manhã, o céu estava claro, com poucas nuvens. Analisei direito a sala e vi Edward em um canto.

–Bom dia. -Ele olhou pra mim.

– Quando vou poder sair desse lugar?

– Seu médico vai vir checar tudo e talvez te dar a alta.

– Eu quebrei mesmo a perna ou foi apenas uma lesão?

– Bom... não tenho certeza tenho que perguntar, talvez você apenas torceu.

– Eu espero que seja apenas isso. -Falei rápido. Escutei ele cochichando algo que não deu pra entender, dei de ombros sem perguntar o que ele tinha falado.

–Eu preciso ir ao banheiro.

–Quer ajuda?

–Querer eu não quero, mas preciso.

Ele veio até mim, me ajudou a levantar, me fazendo apoiar nele, assim que ele me deixou na porta do banheiro, me apoiei na pia, fechei a porta, fiz minhas necessidades, lavei as mãos e abri a porta.

– O quê acha de sair um pouco daquela casa?

–Por que? -Olhei pra ele.

– Talvez um novo lugar faça você... digo ele, sumir.

– Ele também tava na biblioteca, lembra?

–Eu não o vi Bella.

– Talvez quando você chegou lá, ele ja tinha desaparecido.

– Sabe, como eu disse talvez se você trocar de casa ele... te deixe em paz.

–Acha que agora o problema é minha casa? Acabei de dizer... Ele apareceu na biblioteca, aquele dia também no parque. -Voltei a cama me apoiando nas paredes e dessa vez me sentei.

– Ele começou a aparecer quando você se mudou para lá.

– Agora ele não vai mais me deixar em paz.

–Claro que vai.

–Como tem certeza disso? -O encarei.

–Não tenho. Só quero acreditar nisso.

–Quando eu sair daqui... Você vai lá em casa comigo, e vamos entrar na floresta juntos, e você vai vê-lo, mas talvez... Você corre o risco de ficar vendo ele para sempre.

– Não vamos vê-lo e eu não tenho medo dele.

–Veremos então.

– Você está com o pé machucado, porquê não aproveita e fica na minha casa para fazer o teste se ele aparece ou não.

– Vamos lá na floresta, eu já disse. Ele mora lá, tenho certeza que você vai vê-lo.

– Bella você não pode entrar na floresta assim.

– Posso, claro que posso. Você vai comigo.

– Por que não fica comigo na minha casa e quando melhorar eu prometo que vou com você?-Bufei e olhei pra ele

– Na sua casa?

– É. Não é perto do centro e não é tao longe da civilização como a sua.

– Apenas por um tempo... E no dia que eu conseguir andar você vai lá comigo!

–Então está combinado.

–Ok. -Me deitei na cama.

– Vou chamar seu médico, não fuja.

– Como se fosse possível! -Revirei os olhos.

Edward riu e saiu da sala.Minutos depois, o médico entrou no quarto e se aproximou de mim.

– Bom dia senhorita Isabella, com se sente?

–Melhor.

–Você só teve alguns ferimentos superficiais pelo corpo e uma pequena lesão, em 1 ou 2 semanas você já estará novinha em folha.

– Menos mal. Já posso sair desse lugar?

–Já sim. -Ele assinou meu prontuário. Me levantei da cama, apoiando na parede.

–Onde estão minhas roupas?

– Estão no armarinho ao lado da cama, com licença. -Ele saiu do quarto.

Fui apoiando nas paredes até o armário, peguei minhas roupas e as vesti. Saí do quarto com ajuda de uma enfermeira, Edward me ajudou e me levou até o carro, quando entrei coloquei o cinto de segurança. Fiquei olhando as ruas pelo o vidro do carro enquanto ele dirigia.

–Quer ir direto pra minha casa?

– Sim, mas... Não trouxe roupas.

– Eu passo la, é só me dar as chaves.

–Pode deixar que eu vou.

–Então passamos lá primeiro.

– Ok. -Dei de ombros e voltei a olhar pra janela.

Assim que ele parou de frente minha casa, procurei as chaves da minha bolsa, mas eu não achei.

–Acho que está aberta.

Ele me ajudou a descer, me apoiei nele, e entramos em casa.

–Podemos subir de um jeito mais rápido? -Antes de eu responder ele me segurou no colo subindo as escadas -Qual porta?

–A segunda.

Ele abriu a porta,e me colocou no chão, peguei uma mochila, coloquei alguns objetos pessoais e algumas roupas lá.

–Precisa de mais alguma coisa?

– Só isso. -Coloquei a mochila nas costas.

– Vamos? Preparada ?-ele ri colocando a minha mochila nas costas.

–Claro. -Falei normal.

Ele me pegou no colo novamente, desceu as escadas, e só me colocou no chão quando chegou a porta. Assim que ele abriu a porta, demos de cara com a floresta e a fiquei olhando.

– Pronto -ele me entregou a chave da porta- já podemos ir.

– Não quer mesmo entrar na floresta hoje?

– Não, só quando poder andar com suas próprias pernas.

Dei de ombros e entrei no carro. Assim que ele estacionou o carro na garagem, desci apoiando nele.

– É uma bela casa. -Falei olhando a enorme sala

–Dá pro gasto.- Me sentei no sofá em silêncio

–Quer comer algo? Você não tomou café.

– Pode ser... Talvez só um suco, estou sem fome.

–Sinta-se em casa, vou buscar. -Ele saiu da sala.

–Obrigada.-Assim que ele voltou com o suco,peguei de sua mão e bebi.

– Eu vou subir e arrumar um quarto pra você.

– Tá bem... se quiser... eu arrumo. Não se preocupe

–Não se preocupe eu faço isso, e sinta-se em casa o controle da tv ta na mesa de centro.

–Tá.

Me levantei apoiando nas coisas, peguei o controle e coloquei em um canal qualquer, acabei cochilando ali, eu ainda estava muito cansada.

Acordei no meio da noite e vi que estava em um quarto, me levantei rápido, me apoiando na cama e olhando o local, resolvi sair do quarto e pegar um copo de água, minha garganta estava seca,me apoiei nas paredes e desci as escadas devagar. Edward estava sentado no sofá assistindo jogo de costas para mim. Peguei um copo no armário e vi um rosto branco na janela da cozinha, o copo caiu na minha mão na hora, se espatifando pelo chão da cozinha. Edward ao ouvir o barulho, correu até mim.

–Bella, o que houve?

– Ele tava ali. -Apontei pra janela

– Não tem nada ali-Ele diz olhando a janela.

– Eu falei que ele estava e não que está.

–Você tá legal?

– To...-Peguei outro copo, coloquei água e bebi.-Edward pegou a vassoura e limpou os cacos de vidro.-Desculpe por isso.

– Ta tudo bem, é só um copo.

–Acho que vou subir...

–Precisa de apoio?

– Se não se incomodar... eu aceito

–Você nunca me incomoda. -Ele sorriu-Edward me pegou no colo me levando até o quarto e me deitou na cama - Boa noite, tem um banheiro no fim do corredor e um aqui no quarto.

–Obrigada -sorri- E boa noite.

– Durma bem-ele saiu do quarto.

Fechei meus olhos e tentei dormir. Consegui cochilar um pouco, mas acordei assustada, com um pesadelo daquela merda daquele ser que nunca me deixava em paz. Lágrimas desceram por meus olhos e cobri minha cabeça com o cobertor. Alguém entrou no meu quarto e passou a mão no meu cabelo descoberto

– Ta tudo bem... -Olhei pra cima e vi Edward.

– Não se preocupe comigo. Volte para seu quarto. -Limpei minhas lágrimas.

– Não sei o porquê,mas não gosto de vê-la chorar.

–Isso acontece todas as noites.

–Se quiser... eu fico aqui até que você durma.

– Eu tava dormindo... mas acordei com um pesadelo.

–O quê você sonhou?

– Com o... Slender Man.

– Bella olha para mim -ele segurou meu rosto- Ele não é real!

– Edward... saia do quarto... eu quero dormir. -Tapei minha cabeça com o cobertor.

– Você sabe que ele não é real, se precisar de mim estou na porta da frente.

– Não vou precisar de você, e quando sair feche a porta! -Ele passou a mão no cabelo e saiu do quarto sem falar mais nada. Dessa vez chorei em silêncio, apenas com lágrimas descendo por minhas bochechas


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!