Story of Us escrita por Sophie Valdez


Capítulo 27
Trauma


Notas iniciais do capítulo

Aaaaaleluia
Aaaaaleluia
AleluuuUuia!

Aee! Consegui! Terminei!

Sei que demorei, mil perdões, mas a criatividade tirou férias junto comigo infelizmente. Estou a uma semana tentando terminar esse capítulo, tentando formar algo que me ajudasse a continuar a história no caminho que queria.
Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538460/chapter/27

“ – Dominique, você não pode fazer isso! – Giulia dizia enquanto eu atravessava o gramado de Beauxbatons. – Você ainda está se recuperando da queda!

_ Eu estou bem Giulia! – digo me virando para ela. – Eu só preciso testar uma coisa.

_ Que coisa que não pode esperar? – ela indaga apressando o passo para me acompanhar.

_ Quando eu caí... minha vassoura parecia estar me mexendo sozinha! – digo olhando para o cabo nas minhas mãos. – Preciso ter certeza do que aconteceu.

_ Você caiu metros, direto no chão,demorou horas para a enfermeira remendar seus ossos. Isso aconteceu. – ela diz irritada. – Como pode ser tão teimosa! Mon Dieu!

Não lhe dei resposta e segui até a área aberta que estava usando como campo de Quadribol. O dia mal tinha amanhecido ainda, e estava ventando um pouco, quase a mesma situação do dia que caí. Apesar de falar tudo com certeza para Giulia, eu não tinha certeza. Só um sentimento. Na hora da queda era como se não tivesse o menos controle na vassoura e o resto foi só pavor e dor.

_ Muito bem... – digo respirando fundo e montando na vassoura. Se eu voasse sem problemas eu saberia que algo nada natural tinha acontecido. Agora, se minha vassoura realmente estivesse com defeito, eu perceberia daqui a segundos.

Impulsionei minha vassoura e comecei a subir no ar, sentindo o vento tirar meus cabelos loiros do rosto, mas diferente na sensação de liberdade que sempre senti, outro sentimento estava tomando conta de mim. Talvez porque eu estava ansiosa.

Abri meus olhos e olhei o campo abaixo de mim, Giulia parecia uma pequena boneca no meio do campo, e quando mais eu olhava, mais longe ela parecia estar, como se o chão estivesse se afastando. Meu estomago começou a embrulhar e estava se tornando cada vez mais difícil respirar, minha cabeça estava rodando. Eu via o campo, o céu, o campo, o céu...

_ Dominique!

Tentei fechar os olhos para me acalmar, mas então imagens do acidente anterior começaram a vir na minha mente, comecei a sentir a vassoura se mexer e minha altitude abaixar. O chão ficou mais próximo e ouvi Giulia gritar novamente.

_ Dominique. – alguém me chamou. – Dominique! – abri meus olhos e encarei Jack a minha frente, ele estava sobrevoando a arquibancada no campo de Quadribol onde eu estava sentada enquanto o Time da Lufa-Lufa estava tendo seu primeiro treino com Jack como capitão. – Você está se sentindo bem? – ele pergunta me olhando com atenção. – Está branca.

_ Sempre fui branquela. – digo forçando uma risada e vejo a sobrancelhas dele arquear, mostrando que não acreditou. – Estou bem, só um pouco cansada.

_ Desculpe te arrastar para cá. – ele diz ajeitando as luvas nas mãos. – Sei que precisa estudar. – acrescenta apontando para o livro no meu colo. Infelizmente eu não estava indo muito bem na maioria das matérias, talvez porque não estava estudando apropriadamente.

_ Eu prometi te ajudar. – digo sorrindo para Jack. – A propósito, se trocar os dois artilheiros vai ter um ataque melhor, porque Melissa claramente tem a esquerda mais forte.

_ Como você pode perceber isso enquanto estuda? – ele indaga olhando de mim para a artilheira.

_ Eu não estou prestando atenção na leitura. – respondo dando de ombros. – É por isso que minhas notas estão terríveis. – Jack revira os olhos e sorri antes de voltar a voar para o campo. O time da Lufa-Lufa continuava descoordenado e confuso, mas os jogadores pareciam estar mais confiantes e motivados com a mudança de capitão.

Era impossível não lembrar de nada olhando para o time jogando. Quadribol sempre foi uma das minhas coisas favoritas no mundo, e hoje em dia eu nem sequer conseguia ficar flutuando dois metros do chão. Era patético. Na época eu estava extremamente desconfiada de que tinha tido minha vassoura sabotada para que eu caísse, mas não consegui provas suficientes, e seja quem fosse conseguiu que eu nunca mais voasse ou jogasse.

Talvez fosse por isso que eu quisesse tanto ajudar James em conseguir voltar ao time da Grifinória, porque no fundo eu sabia que ele gostava tanto daquilo quanto eu e tinha sido afastado injustamente.

O treino durou mais algumas horas e o sol estava começando a se por. O time se retirou para o vestiário e eu já estava saindo do campo quando vi alguém entrando. James estava com sua vassoura nos ombros e uma goles embaixo do braço. Ele não demorou a começar a voar e arremessar nos aros. Eu não podia negar, James era um ótimo artilheiro, não errava um arremesso sequer e eles pareciam ter força para mandar o goleiro junto com a bola por entre o aro.

_ Dominique. – Jack me chama e eu me viro olhando para a entrada do campo. – Vai ficar mais um pouco?

_ Já estou indo, não precisa esperar. – respondo e Jack assente, olhando brevemente para o campo antes de ir embora.

_ Pensei que você não frequentasse mais campos de Quadribol. – James diz lá do alto, agora me encarando. – Porque está aqui?

_ Estou tentando ajudar o Time da Lufa-Lufa a ganhar a Taça das Casas. – exclamo e vejo ele rir. – Esse time tem muito potencial.

_ Eu não duvido. – ele rebate. – Só não entendo como você pode ajudar daí de baixo.

_ Eu conheço lances, jogadas, consigo ver quem está bem, quem está mau e ajudo nas posições. – respondo contando nos dedos. – Não é preciso voar na vassoura para saber sobre Quadribol.

_ É, mais você perde toda a parte divertida. – James diz planando sua vassoura te ficar flutuando na minha frente. Ele se debruça no cabo e me encara com a testa franzida. – Porque não voa mais?

_ Você sabe por quê. – respondo nervosa, dando as costas que tentando acabar com aquela conversa, mas James me cerca novamente.

_ Você caiu da vassoura. Qual é o grande problema? – ele indaga dando de ombros. – Eu não sei quantas vezes já te vi cair quando éramos pequenos, e você sempre levantava. E então você caiu de novo e desistiu? Isso soa fraqueza para mim.

_ Eu tive um trauma pós-queda ok? – rebato cruzando os braços. – Eu tentei voar de novo, mas eu não consigo. Toda vez que tento é como se tivesse vivendo o dia do acidente novamente. Eu daria tudo para voar de novo, mas não dá.... Não é franqueza. –digo entre dentes.

_ É fraqueza sim. – James diz me fazendo revirar os olhos. – Se você realmente quisesse, voaria. – ele girou a vassoura e voltou para o campo. – É uma pena sabe.... Você era boa nisso.

Observei ele subir e registrei mentalmente que não ia ajudá-lo mais. James tinha se tornado simplesmente um chato.

Girei meus calcanhares, abracei meu livro e comecei a andar para fora do campo indo para o castelo. Eu queria um bom banho antes de jantar e terminar alguns trabalhos atrasados. Eu olhei para o céu e esse foi meu pior erro. Senti um par de mãos segurar minha cintura e meus pés saíram do chão, meu livro ficou na grama enquanto comecei a ganhar altitude.

_ Me põe do chão! – exclamo me virando para James, que tentava dirigir a vassoura e tirar meus cabelos da frente.

_ Não. – ele diz rindo do meu desespero. – Relaxa Dominique. Sente o vento, olhe pro céu, e pare de frescura.

_ Não é frescura! – digo irritada, sentindo meu estomago embrulhar. Olhei pro chão tentando me acalmar, mas só piorava a situação.

_ Você costumava ser mais durona antigamente. – James comenta enquanto eu sinto minhas mãos tremerem, bem ao fundo eu conseguia ouvir os gritos das meninas no momento da queda. – A França te transformou nessa patricinha...

_ James... – digo tentando acabar minha respiração. – Por favor... Me põe no chão...

_ Abre os olhos Nique, não é tão assustador assim. – ele sussurra e eu sinto a vassoura parar, planando no ar. Engulo em seco e abro os olhos olhando para o por-do-sol na minha frente, era lindo ver o castelo dali. O vento bateu no meu rosto e senti que tinha lágrimas na minha bochecha, minhas mãos estavam apertando o cabo da vassoura com força e meu coração ainda estava acerelado.

_ Me põe no chão James. – digo novamente, ouvindo minha voz tremer, e desta vez James mexeu com a vassoura e voltou pro chão. Fechei meus olhos na descida e me afastei assim que pus os pés no chão. Minhas pernas tremiam assim como todo o meu corpo e eu sentia minha cabeça girar. – Hey! – James exclama me segurando quando tropecei, mas reuni forças para empurrá-lo para longe. James me encarou confuso e ainda com um ar de riso no rosto. – Não foi tão ruim, foi?

_ Não foi tão ruim? – repito irritada. – Nunca mais faça isso, me ouviu? – disparo apontando o dedo para seu rosto. – Nunca!

_ Dominique, você voou e nada aconteceu. – ele dispara abrindo os braços. – Não vê? Não há porque esse seu medo!

_ É o meu medo James! Todos nós temos um medo na vida, esse é o meu! E você pode não entender o motivo de eu tê-lo, mas isso não importa. Você deve respeitar isso, mesmo que ache estúpido. – digo passando a mão no rosto. – Porque se importa tanto, hein? Vá voar e me deixe em paz!

_ Você estava tentando me ajudar, e eu estou tentando te ajudar. – James responde antes que eu pudesse me virar novamente. – Eu lembro o quanto gostava de voar Dominique, o quanto gostava do vento no rosto, da adrenalina, da sensação de liberdade, de ver o mundo das alturas. Não sente falta disso?

James tinha se aproximado de mim enquanto falava e cada palavra surtiu efeito em mim. Eu sentia falta, mas sabia lidar com aquilo e estava muito irritada.

_ Eu sinto falta de muita coisa James. – digo olhando nos olhos. Apesar de tudo os olhos de James não haviam mudado em nada naqueles anos, continuavam aquela confusão entre marrom e verde. – Mas eu sei superar e seguir em frente. Eu aprendi a lidar com isso. Aprenda você também. – vi ele engolir em seco e saí antes que ele pudesse dizer outra coisa. Minhas pernas ainda estavam tremendo um pouco quando subi as escadas. Eu odiava aquele sentimento de fraqueza que me vinha sempre que tinha aquele tipo de experiência.

_ Dominique! – me virei assim que pus os pés no castelo e observei meu irmão se aproximar correndo e ofegante na minha direção. – Vo-você... v-viu..a-a... Lucy?

_ Não gaguinho, não vi sua paixão não. – respondo ajudando ele a se firmar no chão. – Porque essa afobação?

_ Eu... – ele puxou o ar com mais força e se endireitou. – Eu beijei a Lucy.

_ Oh, mais que gracinha, meu irmãozinho deu seu primeiro beijo! – cantarolo bagunçando os seus cabelos loiros que estavam sempre impecavelmente arrumados. Era bom rir e me distrair do acontecimento anterior. – Como foi? Muito babado?

_ Dominique..! – ele exclama me cortando irritado e um pouco corado, o que me fez sorrir mais ainda. – Eu estou com sérios problemas aqui ok? Para de brincadeira!

_ Sérios problemas? – repito rindo. – Oh Merlin! O beijo foi tão ruim assim? Não se preocupe, você melhora com o tempo!

_ Não foi meu primeiro beijo! – ele diz e eu arqueio as sobrancelhas. – Ok, foi... mas, não foi ruim....

_ Claro que não, porque foi com alguém que fosse ama! – digo piscando os olhos como aquelas menininhas românticas sempre fazem. – Louis e Lucy, sentados na árvore, se B-E-I-J...

_ DOMINIQUE! – ele grita e eu começo a rir mais ainda. – Você está passando muito tempo com a Lily.

_ Nem me fale. – murmuro concordando. – Ok, agora é sério, me conta como foi. Victorie vai querer todos os detalhes na carta que eu vou escrever.

_ Não conta pra ela... – ele resmunga com uma careta. – Sabe como Victorie é. É capaz dela vir aqui só para me fazer passar vergonha.

_ Eu espero que ela venha. – digo dando de ombros e recebendo mais um olhar mortal do meu irmão. – Ok, porque você está tão irritadinho?

_ Porque depois que eu beijei Lucy ela não correspondeu. – ele diz entre dentes. – Ela saiu correndo, sem olhar para trás. – Louis então se encosta na parede e se senta no chão. – Ela deve estar me odiando agora, me achando um tarado ou sei lá!

_ Isso não faz sentido! – exclamo me sentando com ele. – Lucy gosta de você! É óbvio!

_ Não me pareceu isso hoje. – ele murmura olhando pro chão. – Eu sempre tive medo de fazer algo que estragasse nossa amizade, e agora eu acho que ela não quer nem ser minha prima.

_ Não seja dramático Louis! – digo passando o braço sobre seus ombros. – Vocês são muito novos, Lucy deve ter ficado nervosa, só isso. Dê um tempo a ela. – Louis suspira e me encara sem muita certeza. – Olha, se quer um bom conselho é melhor procurar outra pessoa, eu não sou muito bom que romances.

_ Molly é amargurada por conta do último namoro, Roxanne se apaixona todo dia por alguém diferente, Rose vive um negócio estranho com Malfoy, e Lily sempre me dá dor de cabeça. – Louis diz. – Entre as meninas da nossa família você é minha melhor opção.

_ Victorie...

_ Nunca vou conversar com ela sobre isso. – ele diz rapidamente e eu rio.

_ Você é muito sábio, meu irmão. – digo encostando minha cabeça no seu ombro.

_ O que eu vou fazer..? – ele pergunta baixinho e meu coração se derrete com aquele pobre filhotinho. Louis sempre foi o mais normal entre meus irmãos. Muitos achavam que era Victorie, mas é porque não conheciam a figura.

_ Preocupe não Louis, vocês vão se resolver, porque eu sei que se gostam e isso é o que basta. – digo antes de ser interrompida por outro grito com meu santo nome.

_ DOMINIQUE! – ergui os olhos para Lily que parou na nossa frente. – Perguntei por você na sala da Lufa-Lufa e me disseram que estava no campo e eu.... Porque estão sentados no chão?

_ Nada não. – Louis diz me implorando com o olhar para não falar nada para Lily. – Já vou indo. Obrigado Domi.

_ Não foi incomodo algum Louis. – respondo dando uma reverencia. – Ok, qual a emergência Lily?

_ A emergência? – ela repete arregalando os olhos. – Se Rose e Scorpius não se resolverem logo eu vou explodir minha cabeça!

Lily e Anthony já haviam reclamado muito sobre o casal problema naquela semana. Anthony parecia querer matar alguém sempre que tocava no assunto e Lily parecia mais elétrica do que o normal, afinal ela estava tomando muito café.

_ Lily, não tem muito que fazer. Pensei que tínhamos combinado em juntá-los no passeio a Hogsmeade. – respondo coçando minha testa.

_ Mais vai demorar muito! – ela exclama balançando a cabeça. – Nós temos que arranjar algo...

_ Olha Lily, infelizmente eu não tenho muitas ideias no momen...

_ JAMES! – Meu ouvido estralou com o grito de Lily e me virei enquanto ela puxava James da porta.

_ Meu Merlin Lily! Porque o grito? – ele reclamou passando a mão no ouvido, e percebi que estava fazendo o mesmo movimento que ele.

_ Preciso de sua ajuda. – Lily diz afobada e James olha para mim preocupado.

_ Você está bem?

_ Estou ótima, por que? – respondo tentando parecer firme, mais saiu mais como uma resposta defensiva.

_ Nada. – ele murmura confuso e olha para a irmã. – O que tu precisa?

_ De uma festa. – Lily diz abrindo um sorriso e batendo palmas animada. – Eu preciso de uma festa James. Uma das grandes.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uhuu tuts tuts.... o/ o/

Pessoal, se o capítulo não ficou muito bom, desculpa, tentei o máximo possível.

Os capítulos viram mais rápido a partir de agora.

O que acharam? Gostaram do momento Jaminique? Sim, não, sem comentários?

Esperem grandes coisas para os próximos capítulos:
— Porque Jack não gosta do sobrenome?
— Festa
— Scorose
— Quadribol
— Nicholas e Dominique (?)
— Clube de duelos
— Hogsmeade


Espero os comentários! Beijos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Story of Us" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.