Story of Us escrita por Sophie Valdez


Capítulo 14
Não me chame pelo sobrenome


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! VOLTEI!

Não demorei, então... então nada! kkk


—rufem os tambores--- JACK IS BACK, BITCHES!!!!! UHUUUUU

Eu sei que ele tem muitas fãs!kkkkkk

Boa leitura!



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É claro que eu já devia esperar por isso, ou pelo menos ter me acostumado a ver tal cena, mas aquilo me trouxe um terrível deja-vú.

James estava na porta de uma cabine, coversando com Aaron que parecia rir descontrolado, e abraçada ao pescoço de James estava uma menina baixinha, com cabelos castanhos ondulados. Eu reconheceria o sorriso cínico de Katherine nem que se passassem cem anos.

— É obvio que eles iam virar namorados. – resmungo parando de andar. Rose olha para mim e para o grupo a minha frente por um tempo, meio confusa.

— Ah... James e Kate? – ela pergunta e eu faço uma careta com o apelido. – Eles não são namorados.

— Não? – rebato vendo “Kate” dar um beijo no pescoço de James.

— Ok, eles tem um... lance. Um rolo. – Rose responde dando de ombros. – Os dois já namoraram quando Jay tinha 15 anos, mas não deu muito certo. Então agora eles são amigos, só que com benefícios.

— Isso me dá náuseas. – murmuro dando meia volta.

— HEY DOMINIQUE! – o grito de Fred me impede de ir embora e eu xingo baixinho antes de me virar. Fred estava saindo da cabine onde James estava escorado.

— O que foi Fred? – pergunto me aproximando relutante. Percebi que James ficou mais tenso.

— Lorcan e Lysander queriam de dar um oi. – Fred responde dando de ombros e se afasta para eu ver os outros ocupantes da cabine.

Eram dois meninos, com cabelos loiros e olhos azuis. Um deles usava uma jaqueta de couro de dragão verde e o outro um moletom escrito “Salve os naguilés.” Eu não via aqueles gêmeos a um bom tempo, desde que eles me visitaram quando foram na França em uma convenção sobre diabretes junto com o pai deles.

— Lorc! – exclamo abraçando o da direita com jaqueta verde. – Super D! – digo abraçando o outro que me abraça mais forte e me faz cair no banco.

— Não me chame com esse apelido ridículo Nini! – Lysander diz me fazendo rir.

— Ora, ora, uma intrusa! Como vai Dominique? – a voz incrivelmente gentil e irritante de Katherine me fez olhar para ela. Katherine estava com uma postura rígida e com as mãos na cintura, claramente posição de defesa. – Quanto tempo! Você está tão diferente!

— Já você não mudou nada Katherine. – respondo forçando o sorriso menos falso que eu tinha.

— A grande questão é saber se a mudança de Dominique foi para melhor ou para pior. – James intromete se sentando a minha frente e puxando Katherine para o colo dele. Vejo Aaron encarar a cena meio confuso. – Eu tenho minha opinião...

— Foi para melhor. Eu aprendi muita coisa nesse últimos anos... Como escolher amigos por exemplo. – digo me levantando e lançando um último olhar de descaso para James. – Vamos Rose.

Puxo minha prima para longe dali sem nem me despedir dos outros, mas era sempre assim quando eu discutia com James.

— Eu não entendo. – Rose diz depois de um longo silencio.

— Isso é novidade, você não entender algo... – comenta a fazendo bufar. – Tudo bem, oq eu você não entende?

— James... e você. – ela diz lentamente. – Sabe, James não é grosso e chato daquele jeito. Não de verdade... Ele sempre foi um cara bem legal, sempre brincando comigo e com as outras meninas, tratando nós como irmãs dele. Mas é só você dois se encontrarem para ele se transformar em um mau educado. E você liga o botão do sarcasmo... Eu só não entendo o que acontece com vocês.

— Bom, James é um idiota comigo, eu não vou trata-lo bem. – respondo rapidamente chegando na nossa cabine que estava vazia a não ser por Molly que ainda lia sua revista.

— Mas porque James te trata assim? – Rose insiste. – Porque eu me lembro de vocês sempre juntos, melhores amigos e agora.... É como se vocês guardassem uma mágoa!

— E guardam. – Molly diz antes que eu abra a boca. – Eles brigaram no nosso primeiro ano, por isso a Domi foi embora.

— Nós não brigamos, exatamente. – digo baixinho. – E não foi por isso que eu fui embora... Foi pela minha avó...

— Isso foi um dos motivos, Domi, fala sério! – Molly exclama balançando as mechas roxas do cabelos enquanto mexia a cabeça. – Eu estava lá com vocês anos atrás... Eu me lembro de ver você todo sábado sozinha esperando por James. Eu me lembro de te ver triste pelos corredores enquanto ele se divertia com os novos amigos. E eu sei que você foi embora porque ele te deixou de lado, novamente, naquele natal.

— VocÊ está enganada. – digo com a voz meio embargada devido ao bolo na minha garganta. – Minha ida não teve nada a ver com James.

— Mas, Domi... – Rose começa mas eu saio da cabine antes que ela diga mais alguma coisa. Achei uma cabine vazia ali perto e me tranquei lá, sentada com a testa no vidro da janela.

Tudo que Molly me disse me trouxe lembranças horríveis, da época em que eu ainda chorava por sentir falta de James. Mas isso não ia acontecer mais. Eu aprendi a seguir em frente sem depender do carinho de alguém.

Acho que adormeci um pouco, pois acordei com o trem parando na estação de Hogsmeade. Sai meio cambaleante da cabine e procurei por alguém da minha família.

— Perdida Dominique? – alguém pergunta atrás de mim e eu me viro encontrando o sorriso sedutor de Scorpius Malfoy.

— Um pouco. – digo voltando a andar com ele ao meu lado.

— Bom, eu posso te ajudar. Sou bem melhor com novatos do que Hagrid. – ele diz estufando o peito em brincadeira.

— Talvez devesse se candidatar ao cargo então Malfoy. – digo rindo. – E eu não sou novata.

— Não me chame assim. – ele diz. – Malfoy. – explica ao ver minha cara confusa. – Isso me lembra aquela diabinha da Rose.

— Aquela diabinha... Que você é apaixonado... – digo baixinho mas o suficiente para ele ouvir e me olhar com a cara fechada.

— O que está insinuando? – ele ralha.

— Que você gosta da minha prima, mas fingi odiar. – respondo sem rodeios e ele arregala os olhos por um instante. – Não é verdade?

— Não. – ele responde desviando o olhar. – Talvez... – continua meio confuso. – Ok, mesmo que eu tivesse uma pequena atração por ela... Nunca aconteceria nada. – Scorpius solta um longo suspiro. – Ela é a única garota da face da terra que me rejeita.

— Nossa, modesto você né? – comento rindo. – E isso é bom, sabe, ela resistir a você... Acho que foi isso que fez você nota-la de maneira diferente. – ele parece pensar um pouco e então se vira para mim com as sobrancelhas arqueadas.

— Por que eu estou falando sobre isso com você? Te conheci hoje! – Scorpius exclama parecendo indignado e eu me limito a rir.

— Não sei Scorpius, mas só saiba que se quiser ajuda para conquistar a Rosie, pode contar comigo. – digo lhe dando um tapinha nas costas.

Entro na primeira carruagem dali com Scorpius e ela logo começa a ir para a escola. Os alunos que estavam ali conosco me olhavam meio torto enquanto Scorpius estava imerso em pensamentos que possivelmente envolviam minha prima Rose.

Não demorou para o grande castelo surgir na minha visão, com as janelas piscando na noite e mandando uma sensação mágica.

A carruagem parou e Scorpius me ajudou a descer, seguindo em seguida para dentro do castelo. Eu fiquei mais uns instante olhando tudo e entrei com os retardatários até sentir alguém puxando meu braço de leve.

— O que foi dessa vez? – pergunto olhando para James que não parecia muito feliz.

— O que f... O que foi dessa vez? Lily e Rose me disseram que você tinha sumido, elas ficaram preocupadas. E agora eu descubro que você demorou porque estava se pagando com o Malfoy! – ele exclama.

— Eu não estava m...

— Você passou muito tempo longe Dominique, então eu vou te dar uma folga. – ele suspira e volta a falar mais calmo. – Mas, Rose, ela gosta daquele garoto... Não sei bem porque, mas gosta. E não é legal você ficar dando em cima dele. – o tom sério e preocupado dele quase me fez abaixar a guarda. Quase.

— Eu sei que ela gosta dele. Acha que sou cega? Percebi o que havia entre os dois na primeira troca de olhares! – respondo fazendo ele me olhar surpreso. – Mas isso não me impede de conversar com Scorpius, ou melhor... Ele gostar de Rose é um belo assunto para eu discutir com ele.

— Então vocês n...

— Não. E apesar de estar acostumada com suas idiotices, saiba que vocÊ insinuar isso me magoou. – digo por fim passando por ele mas sou impedida novamente. – O que foi? Mas alguma acusação?

— Não... Desculpa ok? – se eu não visse sua boca se mexendo eu não acreditaria.

— Está se desculpando por agora, ou por todas as vezes que foi grosso comigo? – pergunto entortando levemente minha cabeça.

— Você é impossível... – ele resmunga baixinho e quase tenho vontade de rir. – Onde você estava que as meninas te perderam de vista?

— Não te interessa. – respondo passando rápido por ele e entrou na Salão Principal. E me arrependo por isso.

Todas as cabeças se viraram para mim quando entrei. A diretora Minerva acenou com a cabeça para mim e eu correspondi. Ergui minha cabeça, me lembrando da minha vida em Beauxbatons, e caminhei até a mesa da Lufa-Lufa.

— Dominique Weasley certo? – uma menina loirinha diz estendendo a mão assim eu que me sento.

— Sim... – digo hesitante. Ela não me era nada estranha. Tinha um rosto arredondado e gentil e olhos castanho claro.

— Sou Alice Longbottom, monitora da Lufa-Lufa. Não sou a monitora chefe... Mas isso é uma questão de tempo...

— Claro, Alice! – exclamo a interrompendo. – Eu me lembro de você, estava sempre nas festas de aniversário lá na Toca e tudo o mais!

— Isso! Sabe, eu decidi me apresentar formalmente porque não achei que fosse se lembrar de mim. Mas... Bem vinda de volta Dominique! – ela diz rapidamente sorrindo sem parar. – Eu sei que pode ser complicado voltar depois de tanto tempo, então se precisar de qualquer coisa é só me chamar ok?

— Obrigada. – digo sorrindo com sinceridade e volto a me ajeitar no banco enquanto a Diretora faz um breve discurso. Poucos segundos depois um banquete surge nas mesas fazendo meu estomago roncar, e percebo que não comi nada no trem. Ataco os pasteis e o pernil e coloco tudo para dentro com um pouco de suco sem me importar exatamente com os modos a mesa.

— Pelo jeito não mudou nada. Continua esfomeada. – alguém diz ao meu lado e só então reparo no menino ali sentado. Ele era alto, mas não muito, não era musculoso, tinha cabelos escuros meio enrolados e uma expressão de superioridade e tédio que eu me lembrava bem.

— Pierce! – exclamo surpresa e animada.

— Não me chame pelo sobrenome. – ele ralha.

— Pelo jeito não mudou nada. – repito sua frase lhe tirando um pequeno sorriso. – Mas fora isso... Jack! Quanto tempo!

— É, nunca imaginei que você voltaria um dia. – ele comenta mexendo na comida. – Dizem que o ensino na França é melhor do que aqui.

— Questão de opinião. E eu prefiro minha família do que uma escola. – respondo descontraída.

— Péssima decisão. – ele diz me chamando a atenção. – Eu escolheria a escola sem nem pensar.

—É bom saber que seu humor não mudou muito. – digo sorrindo de canto e ele sorri um pouco. Nossa conversa é interrompida pelo discurso longo de McGonnagal, que repete as regras gerais da escola, avisa sobre a nova professora de Aritmancia e fala sobre os testes de Quadribol.

— Você joga no time? – pergunto para Jack quando o pessoal começa a se levantar. Avisto Alice levando os novatos para a sala comunal com a maior calma do mundo.

— Sim. – ele responde seguindo para o corredor a direita do salão. – Nós somos péssimos...

— Mas no nosso primeiro ano o Time da Lufa-Lufa estava incrível! – digo surpresa.

— É, aí se passaram anos, e agora somos péssimos. – ele diz revirando os olhos. – Você precisa se atualizar Dominique.

Chegamos rápido na Sala Comunal que estava com a porta aberta devido ao tanto de gente que entrava lá. O cheiro característico de chocolate quente invadiu minhas narinas e um sorriso brotou nos meus lábios.

Alguns já estavam lendo alguma coisa perto da lareira enquanto outros só conversavam um grupos nos pufes.

— Acho que eu já vou dormir. – Jack diz ao meu lado e indo em direção as escadas.

— Hey! – eu o chamo. – Senti sua falta Pierce.

— Não me chame pelo sobrenome. – ele repete fechando a cara e dando as costas, voltando a me olhar segundos depois. – E você também fez um pouco de falta... Dominique.

< Jack


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Notas finais do capítulo

Comentários!

Eles finalmente foram para Hogwarts! Jack voltou, e a Kate chata tbm.....
Scorose mais um pouco, porque eu gosto muito kkkkkkkk

Até o próximo, beeeijos!