78 Não ajudarei!

 

 

Megan POV

 

Quem ele pensavam que era? Eu não tenho motivos nenhum para ajudá-los, minha mãe ficara em casa, estará segura e quanto aos outros to pouco me lixando, a não ser por Emmett, mas aquela loura esta grudada nele feito cola, é difícil passar por cima dela. Mas e meu pai? Nem ele mesmo esta merecendo minha ajuda, aliás, nunca mereceu ele não gosta de mim, mas eu o amo. O deixaria morrer por orgulho? Ou arriscaria minha vida para salvar alguém que não me ama? É uma escolha difícil, será que eu seria capaz de trocar minha vida pela dele? Pois eu não sei se vou poder ir contra Thor, mesmo meu dom sendo bom eu provavelmente não poderia ir contra ele, ele é um  vampiro completo é adulto,minha vida estaria em perigo com certeza. Esta ai, mas uma prova que meu pai não tem afeto nenhum por mim,ele é capaz de permitir que arrisquem minha vida pela de todos eles,não que eu tema isso,eu particularmente não tenho medo de nada, mas dói saber que seu pai não importa se você esta viva ou morta. Então esta decidido, minha ajuda ele não teriam.

 

- Por que não ajuda eles?- Kayo perguntou no quarto.

 

- Por que eles não merecem- Eu disse seca.

 

- Mas... - Ele iria argumentar alguma coisa, mas eu cortei.

 

- Cala a boca Kayo, quero pensar.

 

- Para que me chamou aqui então?

 

- Para você me ajudar a fazer uma coisa.

 

- O que?

 

- Depois, agora quero pensar.

 

- Pensar em que? Te conhecendo você não faria o bem para ninguém.- Sorri diabólica, eu gostava de ser mal vista, eu não sei porque talvez uma forma de defesa, mas eu gostava de me sentir superior, gostava que as pessoas  temessem a mim e ao mesmo tempo me amassem a ponto de fazer qualquer coisa por mim.

 

- Ainda bem que você sabe.

 

- Se eu fosse você, e tivesse seu dom eu ajudaria.

 

- Ajudaria nada, você é um medroso.

 

- Não sou medroso. - Ele disse fazendo bico era impressionante a diferente de nossa mentalidade, ele era mais velho, mas sua mente parecia ser BEM mas nova que a minha.

 

- Não é? Você faz tudo que eu mando Kayo, você tem medo de mim mesmo sendo menino e maior que eu, você me teme, por isso não me contraria. - Ele abaixou a cabeça triste. - Vai chorar? Não acredito, deixa de ser bebezinho Kayo. - Ele levantou a cabeça lentamente e olhou diretamente em meus olhos.

 

- Admito que tenho um pouco de medo de você, mas não é só isso. Eu gosto de você Megan, gosto de ti ver feliz.- Ele disse meigo com aquela voz fina e infantil,como ele poderia gostar de mim? Eu era tão ruim com ele.

 

- Por quê? Quero dizer, não te dou motivos para gostar de mim.

 

- Não sei. - Ele permitiu-se sorrir. - Você é estranha, não gosta de ninguém, mas eu sinto que você é assim só por fora, talvez dentro de você tenha outra Megan e  quando essa Megan resolver sair, ela vai precisa de alguém que goste dela, já que essa que esta ai no momento vai afastar todos, deixando esta outra sozinha e arrependida. Por mais que você seja má, eu gosto de você e sempre estarei com você Megan. - Eu não sou sentimentalista, mas eu não podia negar que Kayo era um fofo e era bom ouvir que alguém gostava de mim do jeito que eu era.

 

- Espero que se acostume com essa Megan que esta aqui hoje, pois essa outra de que você falou não existe e se existisse eu nunca permitira que ela saísse, pois seria uma boba tola assim como você, eu gosto de mim assim, eu acho que compaixão não combina comigo. E eu sempre vou ser má, então não confie em mim Kayo. - Eu gostava de Kayo também, mas eu nunca diria isso em voz alta. Mas mesmo assim o que eu tinha acabado de dizer era a mais pura verdade, eu não era confiável nem a mim mesmo. Sou imprevisível.

 

- Mas eu confio, pois se eu não confiar em você. Em quem vou confiar? Você é minha melhor amiga, alias a única. - Ele sorriu fraco da sua observação.

 

- Se você quer alguém para confiar, faz uma coisa Kayo, confie em si mesmo. Você que é seu próprio amigo não confie em ninguém além de si. - Eu era brusca com as palavras, mas era minha personalidade. Eu sei que as coisas que eu digo a ele e poderia estar ferindo sua inocência, mas era verdade, pois eu poderia ser tudo menos hipócrita e falar que o mundo era cor de rosa.

 

- Somos tão diferentes, eu não entendo o por que. Nós pensamos tão desiguais, quando eu falo com vocês às vezes parece que estou falando com minha mãe sei lá. Por que você é assim?

 

- O problema é que eu nunca fui criança. Mesmo tendo a aparência de uma, minha mente se desenvolveu muito rápido, disso eu tenho certeza. Não penso como você Kayo, talvez um dia nossos pensamentos e visão da vida sejam iguais, mas para isso você tem que crescer primeiro. - Ele respirou fundo deitou na cama e começou a chorar. - Eu disse alguma coisa de errado?

 

- Não, é que eu to com medo.

 

- De que?

 

- De perde meus pais, ou ate mesmo a família toda.

 

- Eles vão ficar bem Kayo, agora para de chorar. - Sentei na cama ao seu lado e ele por impulso deitou sua cabeça no meu colo, me assustei com o ato, eu não era muito de contato físico ou sentimental, mas eu não disse nada e nem me afastei. - Kayo eu devo ter chorado umas duas vezes na vida e isso quando eu era recém-nascida, mas você chora quase todo dia, qualquer coisa você ta chorando. - E esta ai, mas uma vez a minha rispidez.

 

- Eu sou criança, você não. - Ele usou minha teoria, então fiquei quieta escutando suas soluções de medo. - Eu queria tanto poder ajudar, se eu tivesse um dom igual ao seu.

 

- Mas você tem um dom Kayo, quem sabe ele não pode ajudar?- Ele levantou brusco.

 

- Não contou a ninguém né?- Eu não entendia dele querer esconder que tinha um dom, que garoto mais estranho.

 

- Não, mas ainda acho besteira você querer esconder. Quem sabe seu dom pode ajudá-los?

 

- Claro que não pode, eles precisam de um que atravesse o escudo daquele vampiro lá, o meu não faz isso, mas o seu sim.- Bufei, era impressão minha ou ele estava querendo me fazer mudar de idéia?.

 

- Seu dom é muito parecido com o meu só tem que aprender a usá-lo. - Ele abaixou a cabeça. - É por isso né? Você não quer conta, porque não saber usar seu dom?

 

- É fácil para você falar. Já nasceu usando o seu. Quando eu aprender a usar o meu eu conto.

 

- Não tem mistério nenhum em seu dom, você já o usou.

 

- Eu estava treinando e mesmo assim não deu muito certo.

 

- Claro que deu, sabia que seu dom é melhor que o meu? Para de ficar se lamentando.

 

- Melhor que o seu? De onde você tirou isso. - Ta eu tinha exagerando, mas pelo menos ele pararia de ficar se lamentando no meu ouvido.

 

- É sim, você pode apagar

memórias.                                                                                  

 

- Você também.

 

- Eu não posso apagar memórias. Quero dizer, eu posso apagar sim, mas eu tenho quer por outra no lugar. Não posso simplesmente apagar e deixar sem nada, posso disser que eu não apago e sim substituo já você não, você pode apagar e deixar a pessoa sem memória nenhuma, ela ficar perdida e sem rumo.

 

- Mesmo assim, seu dom é mil vezes melhor. Você pode fazer o que quiser da pessoa, já eu, só apago memórias e controlo o que as pessoas podem pensar. Grande coisa.

 

- Ué, você também pode ler mentes. - Ele olhou para mim e bufou.

 

- Você ainda não entendeu como é meu dom né. Olha eu não posso ler mentes igual ao meu avô, se fosse igual ele seria legal, mas não é.

 

- Eu pensei que era igual ele.

 

- Não Megan. Olha, eu posso controla o que as pessoas então pensando, mas para mim fazer isso eu preciso saber o que elas estão pensando. Então eu só posso ler a mentes dela se for mudar o que ela ta pensando e não por diversão, assim, vou ler a mente dela agora e pronto, claro que não, só escudo se eu for mudar.

 

- Entendi, ta vendo seu dom é bem legal.

 

- Há é, você ta pensando em comer galinha,ai eu vou lá faço você pensar que quer comer carne. Me poupe por favor.- Dei uma gargalhada.- Para de rir Megan é serio,meu dom é um saco não posso ajudar ninguém.

 

- Claro que pode ajudar, muda o pensamento dos Volturi. - Eu disse ainda rindo.

 

- Eu não posso mudar os pensamentos deles, só posso controla o que eles estiveram pensando no momento, a única coisa boa é que eles nem percebem e que seus pensamentos estão sendo controlados, fazem tudo como se tivessem pensando sozinhos. - Parei de rir e fiquei ouvindo Kayo falar. - Eu tenho que aprender a usar meu dom.- Isso é fácil, era só ele treinar mais. - Já estou treinando.

 

- Não acredito você estava usando seu dom em mim?

 

- Sim,ta vendo você nem percebeu que eu estava controlando o que você pensava,parou ate de rir. Não gosto que riem de mim, viu fiz você pensar que não queria mais rir.

 

- Não use mais seu dom em mim. Se fizer isso outra vez juro que faço você pensar que é um cachorro. - Falei raivosa e ele encolheu os ombros.

 

- Desculpa, eu só estava brincado. Nem fiz nada de mais, só fiz você pensar que era para mim treinar e que queria para de rir,não precisa ficar brava.

 

- Não faça mais.

 

- Você disse que queria minha ajuda, em que?

 

- Preciso beber sangue.

 

- Pede para seu pai, simples.

 

- Não quero sangue de animal. - Ele arregalou os olhos e entendi muito bem o que ele pensava. - Isso mesmo, sangue humano.

 

- Não vão deixar você beber sangue humano,quando você era bebezinho sim,mas agora acho meio difícil.

 

- E quem disse que vamos pedir permissão?

 

- O que quer dizer com isso? Que vamos matar?

 

- Seria fácil para nós, e ninguém ficaria sabendo.

 

- Vamos nos encrencar Megan, sem contar que eu não sei se conseguiria matar alguém.

 

- Depois fala que não é medroso.

 

- Ta, mas só essa vez e só uma pessoa. Mas tem um problema, não vão nos deixar sair de casa sozinhos.

 

- Essa noite você pede a sua mãe para dormi em meu quarto. E quando todos estiverem distraídos, a maioria fica em seus quartos de madrugada mesmo, ai nós pulamos a janela. - Ele se levantou e foi ate a janela.

 

- É muito auto.

 

- Desce é o de menos Kayo, olha onde eu cacei ontem tinha um grupo de pessoas acampando, elas devem esta lá ainda. Vai ser fácil. - Ele olhou para mim amedrontado, mas Kayo nunca diria não a mim.