29 A chata virou amiga?

Na hora do almoço,eu não conseguia tirar os olhos de Micaella,e não conseguia parar de pensar no quanto ela era infeliz. Eu estava convicto de que eu não gostava dela,de que ela era chata insuportável . Mas na verdade estava me incomodando muito o fato dela estar triste,era um sentimento estranho diferente de tudo que já tinha sentido, era como se Micaella fosse muito mas para mim do que eu pensava,eu querida protege-la,deixá-la feliz. Enquanto disfarçadamente eu observava Micaella,Edward vira e meche olhava para mim,por que?

- Ela gosta de você.- Disse ele,eu não entendo. Ele nunca fala comigo,e quando fala é uma coisa que de alguma maneira me ajudaria.

- Não estou te ajudando,eu só entendo você, e sei o que esta sentido.- Ele não sabe de nada,nem eu mesmo sei. A parti de hoje,nem “oi” com a Micaella vou falar,ela que se dane com os problemas dela.

- Você quem sabe.

- Da para vocês me dizerem,que tipo de conversa é essa?.- Perguntou Emmet.

- A curiosidade matou o gato Emmet.- Disse Edward.

- Sei que sou um gato,mas sou imortal, então a curiosidade não vai me matar. - Já que ela não vai te matar,vai continuar curioso.- Edward disse,se levantado o sinal tinha acabado de tocar. Então todos se levantaram.

- Não vem Alec?- Perguntou Nessie.

- Daqui a pouco.- Todos foram,e eu continuei sentado ali vendo Micaella. O refeitório estava quase vazio e ela não se levantava. Fiquei por uns minutos,eu já estava impaciente.

- Ai, já chega.- Eu disse a mim mesmo,levantado e indo ate onde ela estava sentada,eu já estava de saco cheio daquilo- Sabia que esta atrasada?.

- Pelo visto, não sou só eu.- Disse ela rindo.- Mas já estou indo.- Ela se levantou,e começou a caminhar. Não fui atrás dela,fiquei olhando ela sumir na porta. Me deu vontade de faltar aula, pensar um pouco, mas não podia. Então fui para sala. Quando cheguei,estava ela lá mas uma vez sozinha,eu não aguentava ver aquela cena,não com a Micaella. O que estava acontecendo comigo?.

- Posso sentar aqui?.- Eu disse apontando para a cadeira fazia ao lado dela,ela deu de ombros então eu sentei.

- O que? Agora é meu amigo? - Eu ri da cara que ela fez pra mim.

- Claro que não,mas falando nisso,cade seus amigos Micaella?- Fui direto ao assunto. Eu tinha dito a mim mesmo que não falaria com ela,mas eu não conseguia era mas forte que eu.

- Que legal,você aprendeu meu nome.

- Aprendi,mas você não respondeu minha pergunta.

- Ta bom! o que falaram para você?.- Ela era bem esperta,e eu pela primeira vez iria ser educado e sincero com ela.

- Eu soube da Jennifer, e que ninguém fala com você.- Ela abaixou a cabeça,o assunto a tinha deixado triste.- Se não quiser fala,não precisa.

- Não ligo,é ate bom fala com alguém, faz tanto tempo que não faço isso. Você deve ter percebido,mas eu não tenho amigos.

- Nem em outro lugar?.

- Na casa do meu pai,eu conheço dois garotos mas não são meus amigos eles são irmãos,só converso com eles as vezes e só quando vou lá,o que é de ano em ano.

- Mas aqui não?.

- Não! mas eu não ligo já estou acostumada. O que te falaram sobre a Jennifer?.

- Falaram que ela morreu,e descobri que você mentiu para mim sobre a cor rosa.- Eu brinquei tentado da humor a conversa.

- Ela gostava de rosa,e eu sempre dizia que rosa era para menininhas,mas ela descordava,dizendo que rosa nunca sai de moda e que tudo na vida dela seria cor de rosa,ela gostava tanto da cor que quando ela morreu,foi uma maneira que achei de estar com ela.- As palavras de Micaella estavam mexendo comigo,eu queria abraça-la.

- É injusto o que fazem com você nessa escola.

- Quando a fixa de que Jennifer tinha morrido caiu, eu descobri que estava sozinha, no começo foi difícil, mas eu já me acostumei.

- Ninguém se acostuma com a solidão Micaella,nem mesmo um vampiro.- Droga,falei de mais.

- Vampiro?.- Agora eu teria que explicar.

- Os vampiros,são sozinhos por natureza. Mas nem eles gostam disso,geralmente encontram uma parceira e vive com ela o resto de sua eternidade,tem outros que constroem até família. Mas o que ninguém sabe,que tudo isso é só para não ficarem sozinhos.

- Como sabe disso?.- Porque sou um!.

- Eu sei que não gosto de estudar,mas eu leio algumas coisas tá. Então resumindo,não se acostume com a solidão Micaella.

- Eu não tenho opção,ninguém aqui quer falar comigo.

- Pode deixar, a partir de hoje eu sempre falarei com você, pode contar comigo, sempre. Você nunca mas estará sozinha.

- Por que está fazendo isso?.

- Porque me importo com você.- Ela sorriu,e o sorriso dela iluminou meu coração morto.

- Você é estranho,primeiro sou a Barbie chata,agora sou sua amiga? Você é difícil de entender.- Eu não era amigo dela. Era?.

- E quem disse que sou seu amigo? E você continuar sendo a Barbie chata.- Ela não disse nada,ficou me encarando por frações de segundos,e nesse meio tempo percebi que ela também se importava comigo,e eu via nos seus olhos que ela estava feliz com minha presença.

- Vamos parar com essa conversa ai atrás,daqui a pouco quero o trabalho de vocês?.- O professor falou,e Micaella como eu pegamos nossos trabalhos.

- Olha ele esta estudando,sera que fez direito? Deve esta todo errado!.- Ela pegou meu trabalho,e ficou boquiaberta.- Você não fez isso.

- Claro que fui eu.

- Acho que não dão isso nem na faculdade,como conseguiu resolver?.

- Foi fácil para mim,e é o que o professor pediu.

- Ele pediu uma explicação,e não uma aula inteira e cálculos exatos do avançado,claro que o professor pediu isso,mas não a nível de doutorado. Onde aprendeu isso? Pensei que não gostasse de estudar.

- E não gosto,só fiz o que o professor pediu.

- Então você é muito inteligente,e não sabia disso

  - Não vou dizer de novo para ficarem quietos ai atrás,cade o trabalho?.-Estendi o meu e o de Micaella,o professor de Física era pior do que o de cálculos e esse também me odiava.

Quando as aulas terminaram,caminhei com Micaella ate o estacionamento,Edward estava no carro dele,e ficou me olhando,porque ele fica me olhando tanto?.

- Obrigado.- Disse ela

- Pelo o que?

- Por ser meu amigo.

- Já disse que não sou seu amigo.- Não que eu não queria ser amigo dela. Mas me incomodava pensar nela como uma simples “amiga”. Só que eu não entendia o porque.

- Então,obrigado por ser importa comigo.

- De nada Barbie.- Ela sorriu,pela primeira vez não se importando por eu não chama-la pelo nome.

- Tchau Alec.

- Tchau.- Ela entrou no carro,e foi embora. Era estranho o vazio que senti quando não consegui mas avistar seu carro. O que era aquilo que eu estava sentido?. Olhei na direção de Edward,e ele ainda estava olhando para mim. Ele geralmente fingi que eu não existo,e agora esta me olhando com uma cara estranha,o que sera que ele tinha?.