Duas Mulheres escrita por Tina Granger


Capítulo 2
Promessas




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Promessa?

Alguém envolto em capas negras subia apressadamente as escadas. Harry e Hermione mal tiveram consciência disso, antes que dois elfos domésticos aparecessem na frente dos dois. A expressão dos elfos era algo entre curiosa e indignada.

Quem pensam que são, invadindo a casa do meu mestre, sem a autorização dele?

Quem falou foi o elfo marrom, com as orelhas pontiagudas, olhos como os de Dobby. Ele pareceu reunir coragem para enfrentá-lo, mas quando o fez, não demonstrou medo nas atitudes.

Desculpe, mas você é Dynduawndy? – Hermione perguntou, educadamente.

Não, não. Não sou Dynduawndy. Sou Dyndy. E a senhorita, quem é?

Sou Hermione Granger. Esse é Harry Potter, nós estávamos em Hogwarts, quando...

Hogwarts? Harry Potter? – os dois elfos se encararam antes de virarem-se para eles. – O mestre não vai gostar nada de saber que Harry Potter está na casa dele. E muito menos com essa menina abelhuda!

Ei, Hermione falou com educação... – Harry protestou, sendo ignorado por Dyndy.

Dobby pode ser uma vergonha, Harry Potter, mas Dyndy sabe muito bem quem essa garota é: uma abelhuda que quer que Winky traia seus amos! – ele respirava furiosamente, os olhos em chamas.

O mestre vai ficar furioso se encontrá-los aqui, Dyndy. Nem mesmo a senhora vai conseguir acalmá-lo... – o outro elfo falou finalmente, a voz esganiçada revelando o medo que sentia pelos dois.

Tem razão, Flor. O mestre vai ficar muito bravo... E vai brigar conosco se encontrar esses grifinórios aqui. – Ele pareceu ponderar por um momento o que fazer, mas quando uma voz masculina gritou o seu nome, ele pareceu tomar uma decisão. – Esconda eles onde o mestre não os procurará, Flor. Senão... Até mesmo a mestra não poderá nos ajudar. – ele praticamente voou para cima.

Venham com Flor, venham logo! – o elfo fez um sinal para os dois. – Cuidado com Dyndy. Ele está muito, muito bravo com Hermione Granger. Não aceita que Dobby tenha conquistado a liberdade, nem que a senhorita tente fazer Winky gostar da liberdade...

Vocês falaram em uma mestra.

Ela está fora, senhorita. Flor devia estar com a senhora, ao invés de ficar na mansão, mas o mestre não permitiu... Embora se amem muito, costumam ter discussões terríveis, e a mestra bateu a porta! E é tão delicada... O mestre não devia gritar tanto com ela. - Ela respirou fundo, como se tentasse se acalmar.

Flor, como você pode falar sobre...

A mestra permitiu... Disse que enquanto fosse casada com o mestre, os elfos...

FLORRRRRRRR! – a mesma voz masculina gritou novamente, fazendo a elfa dar um pulo.

Por aqui, ligeiro, ligeiro! – ela os conduziu até a cozinha, e quando chegou lá, os empurrou para dentro de um armário, ignorando os outros dois elfos que estavam na cozinha. O armário de tamanho extremamente reduzido obrigava Harry a se curvar, e os dois a permanecerem com os corpos muito juntos.

Uma pequena fresta deixava ver uma cozinha brilhando de limpa, com uma mesa onde havia uma jarra, com um liquido transparente e três copos, dentro de uma bandeja.

Minha tia ia adorar essa limpeza. – Harry resmungou, antes de tentar se ajeitar melhor.

Harry James Potter. Mexa-se um milímetro que seja e eu vou providenciar que Voldemort não vai ter o prazer de te enfrentar. – Hermione sentia o rosto em brasa.

Desculpe, Hermione, mas...

Shh! – eles escutaram o homem entrando na cozinha como um furacão, seguido por mais dois homens enquanto discutiam.

Escute aqui, Severus, a questão é muito simples: ela morrendo, tudo volta ao normal.

Esqueça Henry. Fiz uma promessa há dezesseis anos atrás e vou cumpri-la, não importa o que me custe.

Até sua vida? – o tal Henry não parecia desistir.

Esse é um preço muito pequeno a ser pago.

Henry, Severus fez uma opção. Cabe a todos respeitar essa opção.

Como você pode ser tão conformista, Lupin? Achei que lobisomens fossem mais...

Já basta os comensais serem sanguinários, Henry. E não vou voltar atrás na minha decisão. – Snape estava gelado.

Depois dizem que capricornianos não são teimosos. – Henry sentou-se à mesa, de frente para o armário. – mas se algum comensal entrar aqui, se descobrirem o que há no sótão...

Os elfos sabem o que fazer. E não vou mudar minha postura só por conta da sua incompetência.

Se alguém me dissesse há algum tempo atrás, que eu te veria dizendo isso...

Já arrisquei muito ao permitir que Lupin soubesse o que há no sótão e não vou deixar que mais ninguém entre lá. Estou sendo claro, ou preciso escrever e registrar em cartório? – O tom sarcástico e gelado não fez o homem à sua frente nem piscar.

Está tão irritadinho assim por que? Pegou algum sonserino agarrado a uma grifinória?

Henry, Severus tem os próprios motivos para não querer que essa estória se espalhe. E tem mais: enquanto você for um medi-bruxo e membro da Ordem, acho que os juramentos que fez devem ser respeitados.

Isso se esse imbecil souber o que é respeito.

Não precisa gritar aos quatro ventos que me ama, Severus, senão minha mulher me faz dormir no sofá... E ele é bastante desconfortável. – Henry e Lupin riram, mas Severus soltou um muxoxo.

Quem mandou se casar com uma megera?

Definitivamente – Henry colocou água em um copo e depois de olhar um Lupin surpreso, pelo comentário de Severus. – permanecer muito tempo ao meu lado tem afetado a mente do professor Snape. – Lupin e Henry caíram na gargalhada, com a careta de Severus.

Qualquer pessoa de mente sã enlouqueceria ao escutar seus comentários imbecis.

Quem foi o sonserino? Ou melhor perguntando, com quem que Samara Sanders estava?

Draco Malfoy.

Definitivamente, a garota não tem bom gosto. Se o garoto parece um pouco com a ameba do Lucio, a garota tem o mesmo dedo podre da Narcissa para escolher homens. Se bem que Samara ainda tem solução, já que se Draco realmente gostar dela, vai precisar de muita coragem para enfrentar os pais dele. Olha, que se eu estivesse na posição dele, não hesitaria um instante. Aquela garota tem um corpo muito atraente, aliás, a...

Continue a falar Henry, e quem vai precisar de um medi-bruxo é você. – Severus o cortou bruscamente.

Henry sorriu, antes de fingir passar um zíper na boca.

Esse assunto morreu. Mas o que você pretende fazer para acalmar você-sabe-quem?

Não creio que eu lhe deva dar detalhes do meu plano, Henry. Mas o principal é que Potter não pode de maneira alguma sair de Hogwarts.

Se fosse só filho do feioso do Tiago, ia ser meio difícil isso acontecer. Mas como também é filho do anjo ruivo... – Henry pareceu ficar pensativo. – bom, já passa da meia-noite.- ele comentou, ao escutar o relógio antigo que bateu as horas na sala. - Se eu chegar a essa hora na minha casa, o sofá vai ser minha cama. Lupin, não sei quanto a você, mas eu vou me retirar. A cama do meu quarto parece pequena, por não ter nenhuma deusa de cabelos castanhos, mas pelo menos vai servir de repouso para meus velhos ossos.

Concordo com você. – Lupin ergueu-se espichando os braços. – é uma longa caminhada até minha casa, mas...

Os dois vão permanecer aqui. Falei com o diretor Dumbledore a respeito desse assunto e ele concordou comigo, que era melhor ter proteção a mais do que apenas os elfos.

E os meus pacientes?

Espera que os Longbotton irão se recuperar em dois dias?

Os danos, embora graves, eu considero sim, Severus, que possam ser revertidos. Ter fé foi o motivo por eu ter escolhido essa profissão.

Fé. Que grande babaquice. – o tom de deboche deixou bem claro o que pensava sobre o assunto.

É preferível ser um babaca com fé, que um idiota que acredita que a ciência tem todas as soluções, Severus Snape. E principalmente não acredito que seja você que esteja me dizendo isso. A maior prova está lá em cima.

O que está lá em cima é o meu passado, Henry. Nada mais que isso. O meu passado. – ele falou, antes de suspirar cansado.


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