Duas Mulheres escrita por Tina Granger


Capítulo 16
Cap 16


Notas iniciais do capítulo

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Samara abriu os olhos e decidiu levantar, quando sentiu como se facas, de dentro do crânio para fora, estivessem furando seus olhos.

Estrelas começaram a brilhar ao fechar os olhos. Ela gemeu levemente. Outra vez, não, por favor. Odiava o que estava começando. Uma terrível dor de cabeça, que somente passaria de várias horas deitada... dormindo, depois de tomar poções intragáveis que ela ainda não sabia preparar.

De maneira lenta, foi ao banheiro e voltou, colocando o uniforme. Provocar a diretora Minerva McGonagall após uma noite que a queridinha e amada Hermione lhe desapontara, era uma coisa que ela não queria experimentar. Preferia chamar Snape de morcegão nas fuças dele e em inglês do que irritar a diretora mais que ela já estava.

A vontade que tinha, era só botar um robe e descer até a enfermaria... tomar aquelas poções e esquecer dos novos problemas que se iniciavam.

Como encararia Snape? Era o mais assustador, que ela não queria saber a resposta, ao mesmo tempo, que gostaria de saber...  o porque dele a haver rejeitado, tanto quando ela nascera, quanto a cinco anos atras. Ele nunca sequer falara de maneira ligeiramente diferente do que com os outros alunos... se bem que ela já vira ele falar e aconselhar os sonserinos com um certo afeto até.

Contaria a Camila e Gabriel Sanders que tinha descoberto quem eram seus pais biológicos? Ou engoliria aquela informação como se fosse uma das poções desagradáveis da enfermeira da escola? Sim, por que se eles soubessem que um professor era o seu pai, eles seriam capazes de ir a Hogwarts tirar satisfações do porque Snape havia permitido que Cassandra a abandonasse.

Quando começara a flertar com Blaise Zabini, fora para provocar Neville... e isso dera certo. Só não esperava que os beijos do sonserino fossem tão bons. Não conseguira desenvolver sentimentos, mas odiava a ideia de usar Blaise de forma tão descarada. Bom, ela tivera uma certa má influência nisso, também. E a influência era Madame Angelique Beanchamp.

 Madame Beanchamp, uma francesa que tinha um ateliê em Londres, que a três anos, praticamente lhe obrigara a escolhe-la como costureira para os trajes de gala, dos bailes que não tivera mais. A mulher enquanto lhe tirara as medidas, coisa que não deixara as auxiliares fazerem. Camila e ela estavam olhando as vitrines, discutindo sobre qual modelo de vestido elas iriam comprar – fazer compras coisa que era uma das coisas que mais odiava. Tirar medidas, enquanto era espetada por alfinetes, quando Samara escutara um “não acredito” e uma mulher de cabelos cacheados e castanho escuros, com um visual anos setenta, praticamente se materializara na frente das duas. Ela se apresentara como Angélique Beanchamp. Dissera que era estilista de uma marca que estava começando na Inglaterra. Segundo ela, Samara tinha o perfil da linha que ela queria lançar: adolescentes, com um olhar de personalidade.

Sua mãe quase chorou de alívio quando Samara resolvera por alguma razão desconhecida por ela, até o momento, conhecer o ateliê da mulher... Talvez os olhos acinzentados claros, como os de Draco, fosse o motivo que Samara aceitara. Quando estava lá, a mulher fora extremamente simpática... E aceitara o desafio de Samara. Criar um vestido que fosse negro e laranja, que Samara usaria tanto no próximo baile. O preço? Usar qualquer outro vestido que Angélique criasse para o desfile.

A Grifinória acabara por amar o vestido, que no fim, tinha o corpo em preto, sendo levemente armado na cintura e rendas laranja. Até compensara o fato de usar um vestido com o corpete de cetim rosa e saias de renda da mesma cor, duas semanas depois. Ambos os vestidos pareciam ter sido confeccionados exatamente no corpo dela.

Angélique ficara ofendida, quando Camila dissera que no ano seguinte teriam dificuldades para encontrar outra pessoa que Samara aceitasse tirar medidas. Fora categórica: queria Samara em todos os próximos desfiles, pagaria o valor de uma modelo profissional, se preciso. E por enquanto, havia sido assim.

Samara abriu o cortinado da cama de Gina, espiando com os olhos semicerrados. A chamou por duas vezes, antes de suspirar e aproximar-se mais. Tocou a amiga, a chamando, até que a ruiva abriu os olhos.

— O que foi Samara?

— Não vou na aula do Snape, acho que em nenhuma.

— Por quê? - Gina bocejou, enquanto fechava os olhos novamente.

— Estou com enxaqueca. – murmurou, enquanto levava a mão a cabeça.

— Outra vez? – Gina começou a levantar-se. – Se você tiver um minuto de paciência, vou com você até a enfermaria.

— Por favor. – Gina saiu da cama, enquanto Samara ficava sentada na cama da amiga.

A ruiva colocou o uniforme, muito mais rápido que Samara, enquanto bocejava. Elas de maneira vagarosa, foram até a enfermaria.

Ao ver Samara, madame Pomfrey, que tinha a cara cansada, apenas suspirou.

— Muito bem, senhorita Sanders. – a enfermeira puxou uma cadeira, para si, enquanto apontava a cama para que a menina se sentasse ali. – A senhorita está outra vez com cólicas ou é a sua cabeça?

— É a cabeça de Samara que está doendo. – Gina respondeu, enquanto Samara, sem ser mandada, se sentou com um leve gemido. Fechou os olhos, enquanto imaginava Gina enforcando Pomfrey por demorar em lhe dar as poções.

— Bem... Acho que não vai querer apenas as poções para a senhorita Sanders, não é senhorita Weasley?

— Nós temos aula com a professora Sibila, duas com o professor... – Gina estava numerando as aulas, fazendo que Samara gemesse levemente quando terminou. – E duas com o professor Snape.

— Vou fazer os atestados. – Samara sorriu brevemente ao escutar aquilo. Ao menos naquele dia, não estouraria na cara de Snape, as perguntas que queria.

Quando Pomfrey se aproximou com a taça que continha a poção para dor de cabeça, Samara não conseguiu deixar de dar um sorriso agradecido... Que se dissipou ao sentir a primeira gota do líquido amargo.

— O que a senhorita andou aprontando que está com essa dor de cabeça? Tentou fazer uma poção do amor?

— Não fiz nada, madame Pomfrey. Juro pelo que a senhora quiser. Eu quase não consegui dormir e quando levantei, estava assim.

— Jura que não estava tentando descobrir como fazer uma poção qualquer que só tem na enfermaria? – a enfermeira sorriu brevemente. Samara sempre passava mal depois de experimentar as poções que fazia, para uma simples dor de cabeça, por exemplo. Embora não houvesse nada de simples nas dores de cabeça que ela sentia.

— Eu aprendi a minha lição. Só vou fazer poções conforme as instruções do morcegão... quer dizer, do professor Snape. – Samara tentou dar um sorriso inocente, antes de beber mais. Madame Pomfrey suspirou.

— A senhorita não deveria desrespeitar um professor, senhorita Sanders.

— Quando ele fizer por merecer meu respeito, eu aviso.

— As poções que está tomando, foram ele que fez em seu tempo livre.

Pomfrey informou, fazendo que Samara apertasse os lábios, para não soltar um “pra alguma coisa ele tinha que prestar.”

Assim que terminou de tomar a poção, a grifinória colocou o cálice na mesinha que estava ao lado da cama. Respirando fundo, não demorou muito para entrar em mundo sem sonhos.

***

Neville estava impaciente. Todas as meninas do quinto ano, com exceção de Samara e Gina, já haviam descido para o café da manhã. Quando questionadas sobre quando elas desceriam, Hanna Williams, o olhou com um sorrisinho debochado.

—  Por que não sobe para ver?

— Harry me contou sobre as escadas. E o que eu fiz de mal pra você que quer me ver me machucando?

— Um beijo com a Samara e você já está todo corajoso e botando as asinhas de fora...

— Hanna, eu não sou adivinho. – ele falou calmamente.

— Se você tivesse agarrado a Samara antes, talvez agora eu pudesse estar com o Blaise.

— Fique a vontade para fazer o que quiser com Zabini. Eu pretendo ficar com Samara o resto da minha vida.

Hanna o olhou, venenosamente.

— Acha que Samara é santa? Quanta coisa ela e Blaise já fiz...

— Não me interessa o que eles já fizeram ou deixaram de fazer. – Neville ficou vermelho. – Use essa sua mente perversa para conquistar Zabini e deixe Samara e eu em paz.

— Você é tão idiota, Longbottom. – Hanna sacudiu a cabeça, fazendo que os fios castanhos, num corte Chanel, batessem no rosto.

— E você tão malvada Willians. – Gina que havia voltado para a torre da Grifinória. – Samara sempre disse a você para ir atrás de Zabini se queria. E se Neville foi um pouco lerdo...

— Eu estou  aqui  e estou escutando... – Ele tentou protestar, mas Gina o ignorou.

— Zabini não vai desistir tão fácil de Samara. – Hanna falou, os olhos castanhos com raiva.

— Minha amiga não é um objeto para ficar em disputa. A vontade dela é que vai prevalecer, Willians. – Gina falou tão friamente quanto pode. Hanna olhou neville, que deu de ombros.

— Sei que Zabini é melhor que Neville. Não sei por que samara ia querer trocar um deus de ébano como Zabini do que por essa porcaria...

— Hanna Willians, que grande porcaria você está dizendo ai? Fique sabendo que...

— Que discussão é essa aqui? – Hermione apareceu fazendo que ambas a olhassem, Gina estava rubra, parecia prestes a se atracar com Hanna. Se Samara estivesse ali, provavelmente já estaria lhe dando umas bofetadas.

— Essa Sonserina disfarçada, está ofendendo o Neville e...

— Calma Gina. Depois de tudo o que Samara me disse, o que essa... como é a palavra que Samara diz se referindo a menina?  Que é em português? – Neville pediu, fazendo que Gina o encarasse com um sorriso.

— Guria.

— Essa mesma. – Neville ergueu um dedo. – Depois de tudo o que Samara já me disse, de toda a raiva que já me fez passar... Essa guria não me afeta em nada.

— Santo Neville. – Hanna praticamente cuspiu antes de sair, não sem esbarrar em Gina, de propósito.

— Escuta aqui... – Gina foi parada por Neville, que a pegou por um braço.

— Esquece essa aí. – ele falou, revirando os olhos. – Agora falando sério... Cadê a Samara? Hanna não quis me dizer...

— Ela vai ficar na enfermaria o dia inteiro. Amanheceu com uma dor de cabeça daquelas... – Gina respirou fundo, ainda estava irritada com Hanna. No ano anterior, Hanna não havia sido convidada a participar da Armada de Dumbledore, por não ser confiável.

Samara, por mais ranzinza e chata que fosse, sempre esteve ao lado de Harry. Quando Hermione havia decidido formar a Armada, seu nome foi colocado, também por ser amiga de Gina.

— Ah. – Neville fez uma cara de decepcionado. Ele demorou alguns instantes antes de pedir. – Sabe que horas ela vai sair de lá?

— Neville, acho que a proibição da professora Minerva...

— Ah, Hermione, você pode me fazer um favor? – Gina a interrompeu. – pode trazer o cabeça-dura do meu irmão e o Harry, mais ou menos na hora do jantar, levar eles na sala onde nós nos encontrávamos na Armada? E se encontrarem o diretor Dumbledore levem ele também.

—  E por que disso? – Hermione ficou curiosa.

— E eu? – Neville pediu, franzindo a testa.

— Se você não for a samara vai me bater. – Gina deu um sorriso. – vou buscar meu material, que está lá em cima.

— Ela está mesmo me esperando? – ele mostrou-se ansioso. Gina suspirou.

— A Samara vem enchendo o meu saco, falando sobre você a quase cinco anos, rapaz!  Ela só seguiu um conselho, que era te fazer ciúmes ou botar fogo nas suas roupas com você dentro! O que você acha que ela preferiu fazer?


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Notas finais do capítulo

agora que tal me dar um presente de natal em forma de comentário?



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