E se Eu Abrir os Olhos Agora?! escrita por Débora Barreto


Capítulo 1
Tudo pode acontecer...


Notas iniciais do capítulo

oooooooooooi gente BONITA!
Tomaraa que gostem!
Boa leituraa!
beeeeijooos! (L



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- E se eu abrir os olhos agora?! – perguntei a mim mesma pela vigésima vez.

Eu, como sempre, não sabia o que fazer, como sempre tinha medo.

Eu sempre estava preocupada demais com o que viria a seguir, com o que poderia acontecer.

Sempre procurava fugir de problemas, achando que assim os resolveria, mas eu sabia que não.

Eu sempre estive perdida na minha própria escuridão que não vi a bobagem que estava fazendo... Talvez a maior bobagem da minha vida!

Eu simplesmente deixo a vida passar por entre meus dedos ao em vez de segurar – lá firme e aproveita – lá.

Perco festas de família, casamentos, aniversários infantis e até festas bombásticas. Vivo para meu trabalho, sempre.

Sou médica em um conceituado hospital de Forks, uma cidadezinha do interior, e só eu sei o quanto lutei para chegar aonde eu cheguei.

Eu nunca fui uma boa aluna no colegial, não ligava para nada, só para festas e churrascos. Ou seja, me matei para entrar na faculdade e quase morri de tanto estudar nos anos seguintes.

Me acostumei a ficar em casa e sair só para trabalhar, era mais fácil assim, eu sou um desastre ambulante!

Se eu descer as escadas de meu apartamento é capaz de eu tropeçar em meus próprios pés, atravessar uma janela e até afogar uma velhinha caquética na banheira. Por isso, fico em casa, lendo livros, mas não sem antes verificar se a algo nele que possa voar na minha testa e me partir em duas.

Bom... HOMENS?!

Só vejo velhos decreptos, moços CASADOS doentes ou o Cáo, o porteiro do meu prédio, ele até é novinho, da minha idade mais ou menos, vinte anos, mais não tem três dentes e fede mais que cachorro molhado!

Sou bem independente, moro sozinha, pago minhas contas, tenho meu próprio carro, que após comprar mandei Jake, o borracheiro do bairro, arrumá – lo para que ele fosse protegido contra tanques; sei lavar, passar... Só tem um pequeno probleminha...

Como nada é perfeito, minha mãe, Reneé, me liga de cinco em cinco minutos, pede satisfações, onde estou ou deixo de estar, até que roupa eu estou ela pergunta! E agora ela cismou que o novo vizinho dela é um assassino em série! Eu lá tenho culpa se o cara adora um churrasquinho?!

Estava vendo uns livros para comprar pela internet quando o MALDITO telefone começou a tocar incessantemente.

DROGA!

- Alô?! – perguntei meio estressada, afinal, eu já sabia muito bem quem era.

- Bella! Filhota linda! – gritou minha mãe feito uma louca – Como está?!

- Bem... Considerando as estatísticas... Acho que amanhã ainda estarei viva! – disse brincando. Todos os dias ela perguntava as mesmas coisas.

- RARÁ! – riu irônica – Já sabe das novidades?!

- Er... Qual delas?! Se for que o tio Barnie caiu da escada e quebrou o cóccix eu já sei! Fui examiná – lo ontem... Ele não sabe o que é gilete! – disse fazendo uma cara de nojo ao lembrar daquela bunda peluda e mole. CREDO!

Ela riu e continuou.

- Não, não... Outra novidade! – disse feliz.

- Hum... – pensei um pouco – Então fale logo! – pedi já curiosa.

- SUA PRIMA ALICE VAI SE CASAR! – berrou desnecessariamente – E VOCÊ É A MADRINHA!

- O QUE?! – berrei feito uma louca.

Nunca que eu vou sair de casa a noite!

Estremeci só de pensar na multidão de pessoas que iriam estar no casamento.

- Alice é sua melhor amiga! – disse incrédula – Você vai sim!

- Mais mãe... – tentei dizer.

Ela estava usando o mesmo tom de voz que usou para me OBRIGAR a ir à minha festa de formatura fracassada. Foi inútil fugir.

- Ela convidou mais de 400 pessoas! – disse minha mãe feliz.

Minhas pernas bambearam e meu nariz começou a coçar.

- 400?! – repeti gaguejando.

- Não é demais?! – perguntou toda feliz – Ela disse que irá ter muitos homens bonitos! VAI DESENCALHAR FILHA!

- MÃE! EU NÃO TO ENCALHADA! – berrei pausadamente – Só... Esperando o homem certo! – disse tentando convencer a mim mesma.

- Sei! – disse rindo – Vai ser no sábado, às sete da noite!

- Mais... – pensei um pouco – HOJE É QUINTA-FEIRA! – berrei quase chorando.

- Ai bobagem... Você se prende a pequenos detalhes! – disse rindo - Amanhã tire um dia de folga! Vamos comprar os vestidos!

- Mãe... Eu não posso...

Tarde demais, ela já havia desligado.

Suspirei e sentei no sofá quase tremendo.

O QUE EU FAÇO AGORA?!

(...)

Olhei para o relógio pela milésima vez.

AQUELE PONTEIRO NÃO ANDA NÃO?!

Os dias passaram rápido demais, mais rápido do que eu esperava... Infelizmente.

Já estava deitada na cama a três torturantes horas, mais quem disse que eu consigo dormir?! Até calmante eu já tomei.

Amanhã será o grande dia, quem me ouve falando isso até pensa que sou eu que vou me casar... Eu até ficaria mais feliz se esse fosse o caso.

Passei o dia todo procurando vestidos com minha mãe. Entramos em inúmeras lojas e experimentamos muitos deles. Acabei comprando um preto, que vai combinar perfeitamente com meu humor. Tenho que admitir, ele era magnífico, com detalhes brilhantes e meio parecido com os das princesas, mais sem aquele negocio armado embaixo.

Alice havia me ligado lá pelas oito, ela estava radiante, tenho que admitir. Era bom vê – lá assim, ela sempre me apoiou tanto.

Ela viria amanhã bem cedo para cá, pois depois do almoço iríamos para um SPA, passar o dia em banho Maria.

Ela já estava planejando me apresentar para todos os amigos de Jasper, seu noivo, o que não ajudou muito no meu juízo.

EU VOU PIRAR!

Com inúmeros pensamentos pessimistas e imbecis dormi.

Mesmo sendo meio idiota, tive a esperança de que algo bom pudesse acontecer amanhã... Pois não dizem que ela é sempre a ultima que morre?!

Talvez isso não funcione muito bem para os azarados...

(...)

TRIM TRIM TRIM

Apenas abri meus olhos, já estava acordada há tempos. Para minha sorte acordei inúmeras vezes à noite.

Desliguei o despertador que marcava sete horas e fui tomar um banho, talvez assim eu me acalme.

Demorei bem mais que o necessário e me concentrei em esquecer o que aconteceria hoje.

HOJE É SÓ MAIS UM DIA COMUM... COMUM!

Fiquei repetindo inúmeras vezes em minha mente, mais quem disse que ela entendia?!

A campainha tocou e eu fui correndo atender, somente de toalha.

- BELLA! – berrou Alice pulando em cima de mim e me abraçando forte.

Comecei a rir e a abracei também. Com todo o trabalho e minhas preocupações idiotas eu me esquecia de ir visitá – lá. Ela me fazia muita falta.

- PARABÉNS! – berrei ainda a abraçando.

Ela riu e olhou para mim.

- Você vai ser a próxima! Tenho certeza! – disse piscando – Fique de olho no buquê! – riu.

- É só nele que eu penso! – disse sarcástica e a empurrando até meu quarto.

Na verdade eu nunca acreditei muito em lendas ou superstições idiotas, elas nunca faziam sentido pra mim.

- Você esta horrível! – disse Alice rindo e se sentando em minha cama – Dormiu muito?! – perguntou rindo.

- Não muito mais que o Drácula! – disse rindo – Já tomou café?!

- Não... Pensei que poderíamos ir a uma padaria, sei lá... O que acha?! – perguntou olhando nossa foto no porta retrato que estava em  cima do criado mudo.

- Hum... Essa não é uma boa idéia...

- Claro, claro... Você tem aversão à rua... – disse bufando.

- Eu posso fazer panquecas! – disse sorrindo, sabendo que ela não resistiria as minhas panquecas. Ela pedia sempre que me via, mesmo me vendo no hospital ou no supermercado. Ela sempre soltava um “Faz panquecas?!”.

Seu rosto de iluminou e ela começou a pular em cima de mim.

- EU TE AMO! – berrou beijando minhas bochechas.

Comecei a rir. Coloquei um vestidinho leve e fomos para a cozinha.

- Já sabe o que aconteceu com o tio Valter?! – perguntou Alice sentada no balcão da cozinha enquanto eu fazia as panquecas.

- Não... – a olhei séria – O que houve?!

- Engasgou com uma espinha de peixe!

- Hum... – disse tentando não rir.

- Coitado! Tiveram que levá – lo para o hospital... – disse me olhando com agonia – Tiraram a espinha com uma pinça! Ela estava quase furando a garganta do coitado! – disse rindo.

- Nossa... – ri também – Porque não me chamaram?

- Você estava cuidando do tio Barnie!

Fiz uma cara de nojo e continuei a fazer as benditas panquecas.

Depois que comemos um monte, ficamos conversando no sofá e relembrando os velhos tempos, tempos de escola, quando ainda saiamos muito e não perdíamos uma gandaia. A vida tinha me mudado, disso eu tinha certeza.

Fizemos até guerra de travesseiros e assistimos um filme que estava passando na TV.

- Já está na hora... – falou Alice olhando para o relógio do celular – Vamos?!

Assenti com a cabeça e peguei minha bolsa.

Respirei fundo e sai, rezando para chegarmos vivas no SPA.

(...)

- Que tal um brinde?! – perguntei dentro da banheira de hidromassagem.

MEU DEUS!

Quase morri de tanto receber massagem! Era massagem para o rosto, costas, barriga, pés, até para a orelha tinha!

- AI EU QUERO! – gritou Alice com um canudinho na boca tentando fazer mais bolhas na banheira.

Pedíamos para a moçinha que estava checando as temperaturas das outras banheiras e ela logo nos trouxe duas taças cheias de champanhe.

- UM BRINDE A... – gritou Alice pensando.

- Felicidade! – completei.

- Isso! Um brinde a felicidade... – brindamos e demos um belo gole na taça – A minha longa e maravilhosa noite de lua de mel – disse rindo e batendo em minha taça novamente – E for fim... Um brinde ao sortudo que vai transar com você essa noite!

- ALICE!

- Brinda logo! – disse rindo. Brindamos novamente e terminamos com os líquidos das taças.

Saímos da banheira e fomos para o quarto, pois logo os maquiadores e cabeleireiros chegariam.

- Ai eu to nervosa! – disse Alice quase QUICANDO na cadeira enquanto eu terminava de arrumar o seu véu.

Ela estava linda, com um vestido parecido com aqueles de contos de fadas, com direito a brilhos e uma tiara linda de brilhantes que prendia o véu no cabelo.

- RESPIRA! – pedi olhando para o relógio que estava em cima da porta – Você já está atrasada uma hora! – disse incrédula, pensando em Jasper que provavelmente estava surtando no altar.

- ELE QUE ESPERE! – berrou se levantando da cadeira e começando a andar pelo quarto. Era a quarta vez que ela fazia isso.

- Daqui a pouco o motorista vai embora sem a gente! – disse rindo e a puxando porta a fora.

Entramos no carro e logo chegamos na igreja.

Ela me olhou com os olhos arregalados e eu segurei sua mão, que também estava tremendo, assim como a minha.

- É só dizer “sim”! – brinquei tentando descontrair o ambiente.

Ela sorriu e me abraçou.

- Eu te amo amiga! – sussurrei em seu ouvido.

Saímos do carro e eu fui na frente, a deixando aflita lá fora.

A decoração estava simplesmente linda, com rosas para todos os lados e convidados se amontoando nos bancos. Alguns até permaneciam em pé pela falta de lugar, ou seja, a igreja iria explodir a qualquer momento!

Fui para o altar e me posicionei ao lado de um homem lindo. Ele tinha olhos verdes intensos e sorriu para mim, o que me fez esquecer de Alice, que entrava na igreja, por um momento.

Me concentrei em Alice que parecia uma fadinha entrando na igreja, seu sorriso me fez sorrir também.

A cerimônia começou e logo avistei minha mãe aos prantos no banco da frente.

ELA É TÃO CONTROLADA!

Me emocionei com os votos de Alice e sorri quando ela disse o “Aceito”, que saiu meio como um soluço pelo choro excessivo.

Eles se beijaram feito dois loucos recebendo limpadas de gargantas, inclusive de mim.

- Ai gente! – disse ela feito uma tapada, com as bochechas vermelhas.

Jasper foi cumprimentar o pai e ela veio correndo até mim. Nos abraçamos e fizemos uma discreta dançinha da vitória.

- Sai logo da igreja... Tem quinze quilos de arroz te esperando! – sussurrei em seu ouvido, fazendo seus olhos se arregalarem.

Ela puxou Jasper para fora da igreja e saiu correndo. Como sempre doida!

- Vamos?! – perguntou o lindo desconhecido me encarando com um sorriso nos lábios.

- Hum... Claro! – disse sorrindo também.

Ele pegou minha mão e envolveu em volta de seu braço.

Saímos da igreja a tempo de ver Alice e Jasper comendo arroz até pelo nariz!

Sorri involuntariamente ao ver o carro virando a esquina.

MEU PESADELO COMEÇARIA AGORA... A FESTA!

- Vai para a festa?! – perguntou o homem desconhecido me olhando. Seus cabelos eram bagunçados e cor de bronze, o que me chamou atenção.

- Uhum... Se eu não for vão me matar! – falei sincera.

- Uma carona?! – perguntou me olhando.

Assenti com a cabeça aceitando e falei.

- Bella! – disse estendendo minha mão.

Eu não preciso poluir os ouvidos do coitado com meu nome inteiro... Isabella.

Eu já disse que eu odeio meu nome?!

- Edward! – sorriu apertando minha mão. Sua mão era quente e macia.

O segui até seu carro, que para minha surpresa era uma moto, bem grande por sinal.

Ele sentou na moto e me deu um outro capacete, que mais parecia ser de uma criança.

- Todo mundo fica horrível nesse capacete mais... – começou a dizer mais parou ao me ver fazer uma cara sexy, com direito a biquinho e tudo – Ou em quase todos! – disse me encarando deslumbrado.

Sorri vitoriosa e subi na moto, envolvendo meus braços em sua cintura, temendo cair.

Ele dirigia feito um louco!

Apertei minhas mãos ainda mais em sua cintura e afundei seu rosto em suas costas, o fazendo rir.

- Chegamos! – disse o nem tão desconhecido rindo.

Tirei a cabeça de suas costas e olhei para a grande casa, ainda com os braços em sua cintura, e deixei escapar um pequeno gemido torturado.

DROGA!

Descemos da moto e entramos na casa.

A casa estava totalmente decorada e a musica já rolava solta. Pessoas já estavam dançando, inclusive os noivos, que pareciam dois retardados balançando os quadris freneticamente.

- BELLA! – berrou Alice vindo correndo em minha direção – Você já viu a cartomante que eu contratei?!

- Cartomante? – perguntei rindo – Pra quê?!

- Para sabermos seu futuro bobinha! – disse rindo – Vai lá! – disse me empurrando – ED! – gritou vendo Edward ao meu lado.

Ela logo empurrou Edward para ir conversar com Jasper e me guinchou até a suposta cartomante.

QUEM CONTRATA CARTOMANTES PARA FESTAS DE CASAMENTO?!

- Essa é a Madame Odí! – disse Alice pulando – Dizem que ela é boa... – sussurrou em meu ouvido.

Sorri meio falsa para a mulher e Alice já foi me empurrando para eu sentar na cadeira.

A mulher me olhou de cima a baixo e falou:

- Meu bem... Já ouviu falar em banho de sal grosso?! – perguntou séria – Ta precisando de um em!

A olhei incrédula e ela continuou.

- Homens! – disse com uma voz estranha – É disso que você precisa!

Comecei a me levantar mais Alice me impediu.

- Até a mulher ta dizendo que você ta encalhada! – sussurrou Alice em meu ouvido rindo.

A olhei com um olhar mortal e a mulher continuou.

- HOJE TUDO QUE VOCÊ CONHEÇE COMO CERTO VAI MUDAR! – berrou me assustando, ela começou a virar os olhos e meus pêlos se arrepiaram – TUDO O QUE VOCÊ TEM CERTEZA MUDARÁ, SEUS MEDOS DARAM LUGAR PARA CERTEZAS! E SE VOCÊ SOUBER QUAL CAMINHO SEGUIR... ALGO MUITO BOM PODE ACONTECER! – disse agora me encarando – VOCÊ NÃO TERÁ OUTRA CHANCE PARA MUDAR SEU FUTURO! PENSE BEM... – berrou por fim e começou a tossir.

A olhei incrédula e com minha boca formando um “O” perfeito.

- O que você quer saber querida?! – perguntou a mulher com uma voz doce e bem diferente da que havia ouvido anteriormente.

Levantei e sai correndo, sendo seguida por uma Alice de olhos arregalados e que me encarava como se eu fosse um ET.

- Ela me deu medo agora! – admitiu Alice entrando no banheiro logo atrás de mim.

Coloquei as mãos tremulas sobre a pia e me olhei no espelho.

RESPIRA BELLA... RESPIRA!

- Vamos voltar para a festa! – disse Alice depois de um bom tempo em silêncio.

Assenti com a cabeça e peguei sua mão, que estava esticada para mim.

- Eu vou te apresentar a uns gatinhos! – disse ela rindo e me guiando para o grande salão.

O salão estava bem mais cheio agora, com muitas pessoas dançando e rindo alto.

Balancei a cabeça tentando esquecer o que a mulher havia dito e me concentrei na festa.

- AI EU VOU DANÇAR! – gritou Alice feito uma louca, correndo até Jasper e o puxando para a pista de dança.

Olhei para os lados decidindo se iria ou não falar com a minha família que estava pagando o maior mico na pista de dança. Minha avó balançava o corpo e requebrava os quadris, balançando toda a banha mole para cima e para baixo.

- Não vai dançar?!

Pulei de susto e acabei batendo a mão em uma bandeja que o garçom levava. As taças voaram acertando grande parte das pessoas que estavam assaltando os docinhos.

BEM FEITO!

EITA POVO QUE SÓ COME!

Nem preciso comentar que os ladrõezinhos eram os meus tios pelancudos, umas velhas comedoras de crianças e o cabeleireiro gay de Alice.

- Te assustei?!

Olhei para o lado e encontrei Edward rindo.

Bati de leve em seu braço e olhei novamente para o salão, desejando que a noite acabasse logo.

- Não sabe dançar?

- Oi?! – perguntei não entendendo o que ele havia dito.

- Não sabe dançar?! – repetiu rindo.

- Er... Sei mais...

- Vem logo! – disse rindo e me arrastando até a pista de dança.

Estava tocando uma musica bem animada. Ele me guiou até o centro da pista e começou a dançar, remexendo o quadril e balançando os braços. Ele parecia um robô.

Tentei não rir mais foi inevitável! Gargalhei feito uma louca enquanto ele me encarava sério.

- Você ta rindo de mim?! – perguntou incrédulo.

- Não... Eu... – tentei dizer mais fui interrompida quando ele começou a me rebocar palco acima.

- Mais o que...

- Dança! – disse rindo.

- Eu não vou dançar! – disse olhando para as pessoas que estavam dançando lá embaixo.

- Pensei que você fosse corajosa... – começou a dizer rindo.

- Ta duvidando de mim?! – perguntei incrédula.

QUE CRETINO!

- Vem, vamos descer... Bem que Alice me disse que você era uma covarde! – disse me olhando serio.

- Covarde?! – repeti não acreditando.

Eles apenas sorriu e começou a caminhar para a escada do palco.

Ele me chamou de covarde?!

FILHO DA MÃE!

Olhei para os lados procurando Edward, mais ele havia sumido.

ELE ME PAGA!

- Tem um microfone?! – perguntei para o “DJ”.

Ele me entregou o MALDITO microfone me olhando como se eu posse um ET. Minha vergonha sumiu, dando lugar ao ódio.

Bati a mão feito uma retardada no microfone e vi que estava ligado, pois fez um barulho horrível.

- Er... Boa noite! – disse no microfone fazendo com que todos olhassem para mim – Desculpe incomodar mais... – ri nervosa – Eu estou procurando uma pessoa...

- VAI BELLINHA! – berrou Alice.

Fiz um “Shiu” com o dedo para ela e continuei.

- Um idiota me desafiou e fugiu! – disse fazendo todos rirem – ELE É UM COVARDE! – berrei no microfone parecendo um idiota – Alguém ai sabe onde está o Edward Cuvin... Cudin...

- CULLEN! – berrou alguém lá do fundo.

Ri e o vi subindo no palco.

Todos aplaudiram e assoviaram.

- Ele me disse que preparou um número especial para os noivos! – disse rindo – Aplausos galera! – disse o olhando e me virando para dar o fora dali o mais rápido possível.

Desci do palco e peguei uma taça de vinho, a virando em um gole só.

- A senhorita Isabella Swan vai me ajudar está noite! – disse ele rindo.

O fuzilei com os olhos por falar meu nome inteiro e sussurrei um “NÃO” somente com os lábios.

- Ixi pessoal! – começou o babaca novamente – Acho que ela está amarelando!

O olhei incrédula e me virei para sair dali.

- SOBE! SOBE! SOBE! – começaram todos a berrar em coro, inclusive Alice, que se destacava em meio ao povo.

AH... QUER SABER...

Dei meia volta e comecei a me dirigir ao palco, não sem antes virar outra taça.

Aquele cretino sorriu para mim e piscou, já pedindo ao “DJ” uma música.

Link seguro gente

http://www.youtube.com/watch?v=0JfIvtQLnz8

Love, Sex, Magic

Ele olhou para mim mordendo os lábios e me entregou o microfone.

A batida da música começou e com ela meu queixo caiu.

- Eu não vou cantar isso! – disse para ele.

Tarde demais... Ele já havia começado a cantar.

1, 2, 3 Go...  Ciara... Sex... Ciara... Here we go, talk to 'em...

FILHO DA MÃE!

Além da música ser totalmente obscena e horrenda, o homem não canta quase nada!

EU VO MATA ELE!

Sussurrei um “NÃO” para ele mais ele ignorou.

- VAI BELLA! – berrou Alice rindo.

A olhei com um olhar mortal e cantei no microfone, com cara de poucos amigos e com a mão na cintura.

[Bella] Ya touch is so magic to me Stangest things can happen The way that you react to me I wanna do something you can't imagine Imagine, if it was a million me's talking sexy to ya like that Ya think ya can handle, boy if I give you my sleaze And I need you to push it right back Baby show me, show me, What's your favorite trick that you wanna use on me And I'll volunteer... And I'll be flowing, and going to go the distant place And nothing but shoes on me Ohh baby...

Cantei não acreditando no que eu estava falando.

ISSO É UM ABSURDO!

Me achei uma ridícula e tive a impressão que começaria a me chutar a qualquer momento.

Olhei para Edward e ele ria balançando os quadris.

Quando ele percebeu que eu o olhava começou a me chamar somente com um dedo.

[Bella e Edward] All night showing, just you in the crowd Doin' tricks you never seen... And I bet that I can make ya believe In love and sex and magic So let me drive my body around ya I bet you know what I mean Cause you know that I can make you believe In love and sex and magic

Comecei a andar até ele. Ele dançava e mexia o quadril, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

Bufei e resolvi entrar na brincadeira, eu já estou no fundo do poço mesmo!

Colei meu corpo no seu, apertando minha bunda em seu AMIGUINHO e comecei a rebolar.

ELE QUER BRINCAR... VAMOS BRINCAR!

Ele riu e cantou no meu ouvido, segurando bem firme minha cintura.

[Edward] Everything ain't what it seems I wave my hands and I got you And ya feel so fly, assistantin' me But now is my turn to watch you I ain't gonna stop you If ya wanna grab my neck, talk sexy to me like that Just do what I taught you, girl when I give you my heat And I need you to push it right back

 

Ele começou a cantar sozinho. Eu me virei, ficando a poucos centímetros de seus lábios. Ele sorriu e cantou, colocando a mão em minha cintura e me encoxando violentamente.

Deixei escapar um pequeno gemido o fazendo rir.

A platéia aplaudia e assoviava. Alice berrava alguma coisa como “TAMBÉM QUERO” enquanto Jasper agarrava sua cintura e imitava Edward.

[Bella] Baby show me, show me, What's your favorite trick that you wanna use on me And I'll volunteer... And I'll be flowing, and going to go the distant place And nothing but shoes on me Ohh baby..

Comecei a cantar perto do seu ouvido e virei abruptamente. Andei até o final do palco e cantei rebolando até o chão.

Meus tios pareciam idiotas berrando e aplaudindo, assim como todos.

[Bella e Edward] All night showing, just you in the crowd Doin' tricks you never seen... And I bet that I can make ya believe In love and sex and magic So let me drive my body around ya I bet you know what I mean Cause you know that I can make you believe In love and sex and magic This is the part where we fall in love (Ohh, suga..) Let's slow it down, so we fall in love (Ohh...) But don't stop when you give it to me Ciara... All night showing, just you in the crowd Doin' tricks you never seen... And I bet that I can make ya believe In love and sex and magic So let me drive my body around ya I bet you know what I mean (You know what I mean) Cause you know that I can make you believe In love and sex and magic All night showing, just you in the crowd Doin' tricks you never seen... And I bet that I can make ya believe In love and sex and magic So let me drive my body around ya I bet you know what I mean (You know what I mean) Cause you know that I can make you believe In love and sex and magic

Edward veio até mim, pegando minha mão e me guiando para o centro do palco.

Ele riu em meu ouvido e me puxou para mais perto de seu corpo.

Eu não dançava assim há anos, há décadas... Eu acho que eu nunca dancei assim na minha vida para falar bem a verdade.

Era uma dança sensual e provocante demais para uma pessoa antiquada como eu.

Ele pegou minha cintura novamente e olhou bem no fundo de meus olhos. Fiquei envergonhada e me afastei um pouco.

Ele riu e me puxou com força, me fazendo dançar até o chão, com nossas pernas entrelaçadas.

Yeah... Uh, uh, uh... Yeah, I see you on the floor Get it girl Love, sex and magic I see you on the floor You know what I mean Get it girl I bet that I can make you believe In love and sex and magic, ow! I See you on the floor Get it girl...

Ele sussurrou o final da música em meu ouvido, o que fez todos os meus pêlos se arrepiarem perigosamente.

Sorri para ele e me afastei um pouco, antes que o pouco de juízo que me restava fosse embora.

Todos aplaudiram e gritaram.

- Seu desgraçado! – sussurrei para ele, o fazendo rir.

Sorrimos para todos e descemos do palco.

Peguei outra taça de vinho e virei de uma vez só.

Relaxa... Respira... Inspira.

Repetia em minha mente enquanto aquele traste ria de minha expressão.

- Você é louco! – disse ainda respirando fundo.

- Vai me dizer que você nunca fez alguma coisa insana?! Alguma coisa que não estava em seus planos... Ser feliz requer suas táticas! – disse rindo.

- Não! Eu NUNCA faço algo impensado! Na verdade eu penso muito bem antes de fazer qualquer coisa! – disse séria.

Ele me olhou como se eu fosse um ALIEN e levantou uma sobrancelha.

- Ta falando sério?! – perguntou incrédulo.

- Estou! – disse sorrindo – Eu penso nas conseqüências... Ao contrario de você!

Ele riu e pegou uma taça de vinho que estava passando em uma bandeja levada por um garçom.

- Você tem quantos anos?! – perguntou do nada, virando a taça.

- 20... Por quê?!

- Tem 60 de mentalidade! – disse rindo – Vai dizer que fica trancada em casa sábado à noite lendo livros de alto ajuda!

- Er... – disse brava – Algum problema?!

- Ta falando sério?! Eu tava brincando... – disse me encarando como se eu fosse anormal.

- E você?! Pula de penhascos, sai toda noite, pega todas, faz coisas idiotas por prazer próprio, não liga pra nada... Certo?! – perguntei rindo.

- Quase... – disse também rindo – Sou homem de uma mulher só! Não gosto de “pegar todas”! – disse dando ênfase em “pegar todas”.

- Tem namorada?! – perguntei do nada. Na verdade nem eu acredito que perguntei isso.

- Não... – disse rindo de minhas bochechas vermelhas – Não vou nem perguntar “e você” porque Alice me disse que você está encalhada... – disse ainda rindo – Ela que disse... – disse balançando os ombros ao ver minha boca em forma de “O”.

- Quer saber... Eu vou embora! – disse balançando os braços. ENCALHADA?!

Eu já estava virando para ir embora quando senti alguém segurando meu braço.

- Tenho uma proposta para você... – disse Edward me encarando sério.

- Não estou interessada! – disse me virando novamente.

- Tem certeza?! Você nem ouviu sobre o que é... – disse ficando em minha frente, impedindo que eu fosse embora.

- Fala... – disse já me rendendo.

Ele sorriu e disse escolhendo as palavras certas.

- Não vá achar estranho... Eu só estava pensando em... – disse sorrindo e me encarando de uma maneira que devia ser proibida – Eu tenho o resto da noite para te provar que fazer coisas idiotas para satisfação própria... – disse rindo – É bem melhor do que ficar em casa lendo livros idiotas, sem ofensa... E você... Tem o resto da noite para me provar que qualquer um pode ser feliz lendo livros e ficando em casa em vez de sair e aproveitar a vida! Topa?!

- Você ta louco?! Eu nunca... – comecei a dizer mais de repente veio em minha mente o que a cartomante disse... “VOCÊ NÃO TERÁ OUTRA CHANCE PARA MUDAR SEU FUTURO! PENSE BEM...”.

Me senti uma idiota por sequer pensar na hipótese de aceitar a proposta.

BELLA NÃO... NÃO!

Berrava minha consciência. 

- Topo! – disse ignorando minha guerra interna e sorrindo torto – Depois dessa noite, vou com você a biblioteca sempre que quiser... – disse apertando sua mão.

Ele riu e apertou forte a minha também.

- Se eu fosse você eu não estaria tão confiante... Te ligo amanhã para saltarmos de pára-quedas!

Ele riu e pegou minha mão, me puxando para o meio da pista.

- Vamos dançar...

- Mas e a proposta?! – perguntei confusa.

- Já ta valendo! – disse rindo.

Ele me guiou até a pista de dança e começou a dançar roboticamente. O encarei não entendendo o que ele pretendia. Ele colocou a mão na minha cintura e começou a meche – lá para cima e para baixo.

Ele riu, assim como eu...

Com certeza ele não tem todos os neurônicos!

Aos poucos fui me soltando e dançando conforme a musica.

Ele ria e me ajudava, me virando e me fazendo descer até o chão.

Ficamos assim por uns bons quinze minutos, tenho que admitir... Estava me divertindo.

Mais de repente, ele pegou minha mão e me puxou em direção a cozinha.

- Hey! – disse o fazendo olhar para mim – O que você ta fazendo?!

- Aproveitando a noite?! – perguntou rindo.

- Na cozinha?! – perguntei confusa.

- Vem... – disse me ignorando.

Ele entrou na cozinha e foi direto até o fogão, xeretando em todas as panelas.

- O que ta fazendo?! – perguntei vendo – o pegar um prato e se servir ali mesmo – O jantar é só mais tarde!

- Nós não vamos estar aqui mais tarde! – disse escolhendo o que iria pegar – Se eu fosse você comeria também... Há certas coisas que não é bom estar de estomago vazio! – disse piscando para mim.

- Que certas coisas?! – perguntei com medo.

- Você vai ver... Hum... Isso ta muito bom! – disse enfiando mais uma garfada na boca.

Revirei os olhos e o encarei.

LOUCO! É ISSO QUE ELE É!

Peguei um prato e comecei a me servir também.

Ele tinha razão... Estava tudo uma delicia!

Enquanto comíamos comecei a falar de inúmeros livros e autores famosos. Ele me olhava e assentia algumas vezes. Ria quando eu dizia que eu era fã deles ou até por eu ser tão viciada.

- Vamos?! – perguntou vendo que eu também havia terminado.

- Er... Para onde?! – perguntei confusa.

- Prometo que estará aqui na hora do buquê! – disse rindo – Vem... – disse me puxando para fora da cozinha.

Sai da cozinha arrastada por ele.

E pela primeira vez em minha vida... Eu só tenho certeza de uma única coisa...

ESSA VAI SER UMA LONGA NOITE!

(...)

EU NÃO TO FAZENDO ISSO, NÃO ESTOU!

É TUDO UM SONHO... SÓ UM SONHO!

Além de ter que agüentar Alice vindo atrás de mim, vendo que eu estava saindo de sua festa, e começar a falar que eu sou uma má amiga e que não ligo para ela.

Mais logo ela parou... Ao ver Edward ao meu lado.

Ainda tive que escutar um “Usa camisinha”. É o cumulo.

- EDWARD NÃO! – berrei quase chorando.

Ele já estava fora do carro há tempos, a essa altura ele só estava de calça e camiseta toda aberta... E o pior... PULANDO O MURO DE UMA CASA DESCONHECIDA!

- Volta! – sussurrei quase que gemendo.

Ele enfiou a cabeça em cima do murro e me chamou com o dedo novamente.

PORQUE MEU DEUS... POR QUÊ?!

Sai do carro tremendo e fui atrás daquele infeliz, já tirando as sandálias.

Puxei o vestido para cima e me preparei para pular o murro, coisa que eu nunca fiz em minha vida.

Dei um salto e sentei no murro, virei meu corpo e pulei para o outro lado.

CRECK!

NÃO!

Meu vestido rasgou dois palmos abaixo do meu quadril.

DROGA!

Revoltada, peguei o pano fino e o rasguei de vez, deixando meu lindo e caro vestido virar uma bata!

- Eu gosto mais assim! – disse Edward rindo de dentro da piscina.

- Sai daí! – disse gemendo – Seu louco!

- Hum... Essa água ta uma delicia! – disse nadando de bruços.

Ele me olhou com um sorriso torto e me chamou com o dedo.

O que ele não pede sorrindo que eu não faço chorando?!

Ele nadava como se ali fosse a casa dele. Sorria e fazia barulho sem nem se importar... E o pior de tudo... Aquilo parecia tão bom!

CALA A PORRA DA BOCA BELLA!

Comecei a andar até a beira da piscina, minha mente berrava para que eu voltasse. Eu estava sendo insana, louca... Mas eu queria... Eu queria fazer loucuras com ele...

Ele me olhava de uma forma intensa, que me hipnotizava.

- Vem... – me chamou novamente, vendo como aquilo era difícil para mim.

Totalmente contra todos os meus princípios.

- Isso... Vamos dizer assim... – disse rindo – São só as preliminares... Muita coisa ainda vai acontecer essa noite... – riu malicioso com a comparação idiota.

Um arrepio desconhecido percorreu minha coluna. Meus pêlos se eriçaram violentamente.

Sentei na beirada e me permiti colocar os pés na água gelada.

EU ESTOU LOUCA!

Ele nadou até mim e me pegou no colo, me puxando para dentro da água.

Ele sorriu ao me ver mergulhar e começou a jogar água em mim.

Começamos uma guerrinha de água.

Nos riamos alto, não dando importancia as pessoas que poderiam acordar e nos mandar para a cadeia por invasão de domicilio.

Uma sensação nova tomou conta de meu corpo... Mais era uma sensação boa...

Num impulso abracei Edward. Um impulso que eu não tive nem tempo de controlar... Simplesmente era mais forte que eu... E ainda assim... Eu não queria ser forte.

Ele me abraçou de volta e beijou minha bochecha.

Me senti protegida daquele momento, mesmo estando invadindo uma casa, usando a piscina de uma pessoa totalmente desconhecida e estando fazendo tudo isso com um cara que eu nem sei o sobrenome direito.

Sorri involuntariamente ao sentir seus dedos em meu cabelo.

Nos soltamos meio relutantes, mergulhei na mesma hora para que ele não visse minha bochechas vermelhas. Ele nadou até onde eu estava e fez uma careta para mim embaixo da água. Ri e lhe mostrei a língua.

Parecíamos duas crianças, fazendo caretas e rindo de nós mesmo.

Ouvi uma voz e me virei para encarar a casa, que agora tinha luz acesas por toda sua extensão.

- OPS! – disse Edward rindo e me puxando para a margem.

Minha barriga gelou e minha respiração começou a falhar.

- O que vamos fazer agora?! – sussurrei apavorada para ele.

Ele riu e disse também sussurrando.

- Vamos para um outro lugar... – disse sorrindo torto.

Quando estávamos saindo da piscina, ouvimos um portão sendo aberto. Olhei para a direção do som e quase tive um infarto.

- Edward?! – chamei sussurrando.

- Oi?! – disse rindo.

Apalpei seu ombro, o fazendo olhar para a mesma direção que eu.

- Ai meu Deus! – sussurrei baixinho.

- Deus não tem nada a ver com isso! – sussurrou rindo.

Dois cachorros gigantescos vinham em nossa direção rosnando.

Um deles me comeria em uma mordida só.

ELES SOLTARAM OS CACHORROS PARA MATAR A GENTE! NÓS SÓ DEMOS UMA NADADINHA! ¬¬’

Olhei para Edward apavorada e ele apenas riu, pegando minha mão e começando a correr.

Pulamos o murro correndo, mais aqueles MALDITOS pularam também... E estavam vindo em nossa direção.

- AAAAAAAAAAAAA! – gritei vendo – os se aproximar.

Edward gargalhava e quase que me guinchava. Minhas pernas teimaram em paralisar bem agora!

Entramos no carro e demos partida com tudo, fazendo o motor grunir e pegar na hora.

RESPIRA BELLA... RESPIRA!

- AI MEU DEUS! – berrei vendo a policia começar nos seguir.

Edward gargalhou e acelerou com tudo.

- Vamos para nosso próximo destino! – disse acelerando feito um louco e virando sem aviso. Cai em seu colo e tentei me levantar.

- SEU LOUCO! – berrei colocando o cinto de segurando mais que depressa.

Ele riu e acelerou mais.

O carro da policia já estava a uma distancia enorme de nosso carro.

- Ta bem Bella?! – perguntou Edward me olhando.

Eu provavelmente estava branca feito um papel, com dificuldade para respirar, tremendo feito uma doida, piscando demais e paralisada. Pelo menos era assim que eu me sentia.

- NÃO! – berrei batendo em seu braço.

- Isso é o que dá ficar tomando chá, com os pés cobertos e lendo livros de alto ajuda! Eles te ajudam no que?! – perguntou o IMBECIL rindo.

- A lidar com as coisas da vida, problemas de alto estima... – disse o encarando com as sobrancelhas erguidas.

- Hum... – disse pensando um pouco – Eles te ajudam a ser feliz também?!

- Não mais...

- É... Imaginei! – disse parando o carro na frente de...

O QUE É ISSO?!

- Er... Edward?! – chamei vendo – o descer do carro – O que é isso?! – disse apontando para uma tenda de circo toda rasgada e fudida.

- Você já vai ver... – disse abrindo minha porta – Vamos madame?! – perguntou estendendo a mão.

Ri de sua expressão e peguei sua mão.

- Isso aqui esta abandonado! – disse andando ao seu lado.

- Tem umas coisas incríveis lá dentro... – disse abrindo a porta para eu entrar primeiro.

Entrei meio receosa, estava escuro demais lá dentro... Foi quando as luzes se acenderam...

Minha boca se abriu involuntariamente.

Era bem grande e havia um palco bem ao centro, havia bolas gigantes espalhadas pelo chão e cabides com fantasias coloridas de brilhantes. Com carrinhos repletos de coisas como baralhos e chapéus de mágicos.

Fui até um deles correndo e peguei um dos chapeis.

- Eu sempre quis ver o que havia aqui dentro para poder sair coelhos! – admiti vestindo o chapéu.

Olhei para os lados e vi que ele me olhava sorrindo.

Eu parecia uma criança em um parque de diversões.

- AAAAAAA! EU QUERO! – berrei feito uma criança, correndo até uma cama elástica e começando a pular feito uma louca, pouco me importando se eu estava ou não de vestido.

Edward veio atrás de mim com alguma coisa desconhecida em mãos.

Ele entrou e começou a pular, assim como eu.

- Para você! – disse tirando minha cartola de minha cabeça e tirando de lá uma rosa.

Sorri com aquilo. Cheirei a rosa e sorri para ele.

- Faço shows aqui nos finais de semana para as crianças carentes... – disse deitado na cama elástica, assim como eu – Sou até que um bom mágico! – disse rindo – Mais vou ter que achar um substituto...

- Por quê?! – perguntei o olhando.

- Estou me mudando amanhã... Vou para Las Vegas morar com minha família... – disse olhando para o teto.

- Amanhã?! – perguntei triste.

Nem eu mesma entendi minha tristeza repentina. Talvez fosse porque nunca mais eu o veria...

Olhei para o teto também...

De repente veio em minha mente uma coisa totalmente insana, uma coisa que eu não pensaria se estivesse em meu juízo normal...

- O que estamos fazendo aqui parados?! – perguntei me levantando – Hoje é o seu ultimo dia aqui... Para onde vamos agora?! – perguntei empolgada, mesmo sabendo que eu me arrependeria de perguntar.

Ele riu e se levantou também.

- Tenho uma idéia... – disse ele pensando – Antes de irmos a outro lugar... Fala um lugar que você sempre quis ir... Mais nunca teve coragem...

Eu já tinha o lugar exato em minha mente. Mais como ele mesmo havia dito... Eu não tinha coragem de ir...

- Eu sei que você tem um lugar... – disse me encarando.

ELE LÊ MENTES OU O QUE?!

- Não é uma boa idéia... – disse saindo da cama elástica.

- FALA BELLA! – berrou rindo.

Respirei fundo e falei, me arrependendo de cada palavra dita.

- Eusemprequisirnoaltodamontanhalesteepulardeasadelta! – disse tudo de uma vez – Mas não!

Ele sorriu e me olhou mordendo os lábios.

- Hoje sem duvida é seu dia de sorte... – disse ele rindo – Sou um dos professores de vôo! – disse olhando para minha boca que se abriu – Vamos?!

- NÃO! – disse sentando em um banquinho de madeira – Eu não tenho coragem! Nunca que eu pulo daquele treco... – disse olhando para baixo – Eu só acho que deve ser incrível a sensação... O vento batendo no rosto... – disse sorrindo – A sensação de voar...

Ele andou até mim e se ajoelhou na minha frente.

- É ainda melhor... – disse me fazendo olhá – lo – Você pode ver a cidade todinha de lá de cima, tudo fica pequeno demais diante de você... – disse segurando meu rosto – Prometo que você sairá viva de lá! – disse rindo.

Ele se levantou e começou a ir para a saída.

- Vamos?! – perguntou já com a porta aberta.

O olhei e tentei respirar.

EU E MINHA BOCA GRANDE!

Uma sensação de confiança encheu meus pulmões e eu me levantei, afinal, eu nunca mais o veria... Era nossa primeira e ultima noite.

Ele sorriu ao me ver indo em sua direção.

Entramos no carro de Alice, sabendo que ela nos mataria depois.

Mas nós não poderíamos ficar andando de moto por ai!

Meu coração batia descompassadamente enquanto subíamos a montanha.

Eu tinha mais que certeza que não desistiria, mais mesmo assim minha mente, como sempre, pensava nas conseqüências.

Aqueles “E se...” que nunca me deixaram fazer nada de impensado, nada de insano.

E em uma noite só eu estava quebrando todas as minhas regras internas.

Era difícil admitir para mim mesma que estava sendo divertido, que talvez sair de casa às vezes não faz nenhum mal...

Suspirei e vi que Edward já havia descido do carro. Ele abriu a porta para eu descer mais eu travei.

Minha mente gritava para eu não descer... Para eu desistir, antes que seja tarde de mais.

- Vamos?! – perguntou Edward com aquele sorriso lindo nos lábios.

Assenti com a cabeça e desci, mesmo querendo voltar correndo para o carro e nunca mais sair de lá.

Ele começou a arrumar todo o equipamento enquanto eu sentei em um canto, segurando meus joelhos perto do corpo e comecei a tremer.

Tenho que admitir, eu estava parecendo uma IMBECIL!

- Já está tudo pronto! – disse ele rindo – Vem cá para eu colocar em você o equipamento...

O olhei ainda tremendo e levantei.

Fui até ele e antes mesmo que ele pudesse ter alguma reação eu o abracei de novo.

Percebendo que eu estava para ter um treco ele sussurrou em meu ouvido, ainda me abraçando.

- Você é melhor que isso Bella... Você é uma mulher forte, só precisa descobrir isso! – beijou minha bochecha – Há coisas em nossa vida que não se repetem... Que não voltam... Eu não vou mais estar aqui para segurar sua mão, nem para te influenciar a fazer loucuras... – disse sorrindo – Simplesmente aproveite o momento... – disse me encarando – Você não vai ter outra chance! – sorriu – E talvez, quando eu te ver novamente você diga que valeu a pena... Pois sempre vale! Pare de se esconder em seu mundinho fechado, quando você estiver uma velha caquética e não tiver feito nada em sua vida toda, talvez seja tarde demais... – disse rindo – Eu não levo velhas caquéticas para voar de asa delta!

Ri com seu comentário e lhe beijei a bochecha.

- Vamos! – disse mais empolgada, mesmo minha mente gritando que eu estou louca.

Ele prendeu todos os equipamentos em mim e nos fomos para uma rampa, que se corrêssemos nela, cairíamos até nos espatifarmos lá em baixo.

- Preparada?! – perguntou rindo – É só correr!

- E-eu...

- VAMOS! – berrou ele rindo e começando a correr.

Quando eu percebi meus pés já não estavam mais no chão, minha barriga gelou e eu finalmente abri os olhos.

Mesmo estando à noite, as luzes das casas faziam parecer que nos estávamos entre dois céus. As luzes se misturavam formando focos de luzes, como pequenas estrelas.

O vento batia em meu rosto, me deixando arrepiada e ao mesmo tempo maravilhada.

Olhei para Edward, que estava um pouco abaixo de mim e sorri.

Sorri como uma criança que vai a primeira vez em um parque de diversões, uma criança que acabou de descobrir que o mundo é maior que somente sua casa...

- UHUUUUUL! – gritei sentindo meus olhos secarem pelo vento.

Edward riu e gritou também.

Olhei para os lados e avistei a árvore de natal da praça principal.

Ela brilhava com suas luzinhas coloridas, iluminando ainda mais a noite.

A estrela do topo da árvore, que brilhava ainda mais que o resto, se destacou em meio à noite escura.

Uma sensação de vitória tomou conta de mim, mais logo ela foi substituída por desespero. Ele iria embora...

Ele não estaria mais aqui amanhã... Nem depois... E depois...

Uma lágrima involuntária saiu de meus olhos.

Ele olhou para mim novamente, seu sorriso sumiu ao ver minha lágrima. Ele soltou uma mão da barra da asa delta e segurou meu rosto, beijando o canto de minha boca, que era onde antes estava a lágrima.

Sorri com seu beijo e afaguei seu rosto.

Eu sei que eu havia acabado de conhece – lo, mais foi com ele que passei a melhor noite de minha vida... A noite que me vi entre dois céus.

Fomos perdendo altitude e enfim descemos, perto da praia de La Push.

Nos soltamos das cordas de proteção e quando me dei conta, já estava correndo, sendo seguida por um Edward rindo.

Ele agarrou minha cintura por trás e me virou com tudo, me fazendo encarar seus olhos verdes.

Me perdi na imensidão de seus olhos que pareciam dançar em minha alma e olhar cada cantinho de meu corpo, descobrindo meus medos e inseguranças.

- Tem mais só um lugar que eu gostaria de ir... – disse ele ainda me encarando.

Sorri por pensar que ainda tínhamos algumas horas e o segui. Deixamos o equipamento na praia mesmo e começamos a andar na direção oposta.

O mar estava calmo e tocava nossos pés suavemente.

Andamos algum tempo, escalando uma montanha que havia ali perto.

No tempo que passamos andando aproveitei para pensar no que havia acontecido hoje, em minha mente passava toda a noite, nossas aventuras na piscina, fulgindo da policia, no circo abandonada, o vôo... Tudo passava em câmera lenta... Os olhares, os abraços inesperados...

Uma sensação de perda tomou conta de mim novamente... Nós nem pudemos nos conhecer...

Nem se eu vivesse mil anos eu o esqueceria... O homem que me fez tirar os pés do chão e que ao mesmo tempo me tirou da órbita. O homem que me fez fazer coisas que eu nunca faria...

Estava tão distraída com meus pensamentos que me assustei quando ele parou repentinamente.

O olhei e foi ai que percebi que havíamos chegado.

- Nossa... É tão... Lindo! – disse deslumbrada.

Era como se pudéssemos tocar as estrelas de lá de cima.

Nos estávamos bem no topo da montanha, a lua estava bem a nossa frente, cheia e gigantesca.

Uma brisa suave tocava nossos rostos, fazendo meus cabelos voarem para trás.

- Eu costumo vir aqui para pensar às vezes...

Olhei para sua direção e encontrei um sorriso em seus lábios.

Apesar de quase ter morrido enfartada várias vezes essa noite, mas vezes que eu achava possível para uma vida toda, eu me sentia segura com ele.

Seu jeito explosivo e livre me fez pensar em como simples coisas podem nos fazer perder medos bobos e como simples noites podem mudar nossas vidas...

Eu sabia que amanhã eu acordaria cedo, tomaria meu café da manhã, iria trabalhar e veria os mesmos pacientes de sempre, com as mesmas reclamações de sempre... E por incrível que pareça, eu não estava feliz com isso!

Me senti estranha com esse pensamento.

Eu queria sair, dar uma volta no shopping, tomar café em uma padaria ou até abraçar um desconhecido, eu queria festas de família, sair para tomar um sorvete, aproveitar um dia na praia... Mas acima de tudo, eu queria ver Edward novamente.

Eu queria rir de suas loucuras e poder abraçá-lo, eu queria ficar encantada com seus olhos ou até correr de cães novamente, com ele segurando minha mão e rindo de tudo isso.

Olhei para a lua e me perguntei se era isso mesmo que eu queria...

Edward passou a mão em volta de meus ombros e me puxou para mais perto. Coloquei minha cabeça em seu peito enquanto ele afagava meus cabelos já soltos e bagunçados.

Olhei para cima e vi que ele me olhava sorrindo.

O encarei por uns instantes e me permiti me perder em seus olhos uma última vez.

Ele colocou a mão em minha nuca e me puxou para mais perto de seus lábios.

Assim nos beijamos loucamente, sentindo os primeiros raios de sol tocar nossos rostos.

(...)

Link seguro HAHA’

http://www.youtube.com/watch?v=XoCGXduhUNo

Edwin Mccain – I’ll be

- Doutora?! – perguntou Odete, minha secretária.

Eu estava tão perdida em minhas lembranças de ontem a noite que nem percebi que ela me chamava há tempos.

Fechei os olhos por um instante lembrando de nosso ultimo momento juntos.

Flashes da noite anterior não paravam de passar na minha mente, eu já estava a ponto de enlouquecer... Flashes da melhor noite da minha vida!

Deixei uma lágrima idiota escorrer por meu rosto... Eu estava lutando contra elas há algum tempo mais eu não estava sendo forte o bastante.

- Doutora?! – repetiu ela pela milésima vez.

- Sim?! – perguntei balançando a cabeça, em mais uma tentativa frustrata de afastar as lembranças de minha mente.

- Há um homem reclamando de fortes dores... Ele parece estar mesmo mal! – disse com uma cara de dó.

- Então mande – o entrar! – disse revirando uns papeis.

Minha mesa estava uma bagunça, tudo desarrumado e jogado de lado.

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?! EU SEMPRE FUI TÃO ORGANIZADA!

- Entre, ela já está te esperando! – ouvi Odete dizer e logo a porta se abriu.

Não olhei para frente, apenas continuei a revirar os papeis enquanto falava.

- Sente – se, por favor! – disse olhando uma ficha médica desconhecida.

- Estou bem assim... Só vim pegar algo que me pertence e já estou indo embora!

Minha respiração falhou e minhas pernas bambearam.

Olhei para frente com medo de estar enlouquecendo e ali encontrei Edward sorrindo lindamente para mim.

- Algo que te pertence?! – perguntei sorrindo, olhando bem no fundo de seus olhos.

Meu coração batia descompensadamente.

Com certeza eu estou enfartando!

Ele sorriu para mim e tirou de seu bolso uma passagem de avião. O olhei confusa, não entendendo nada.

Ele veio me mostrar que esta indo embora para sempre?!

Foi ai que ele puxou com o dedão a passagem, deixando aparecer uma outra que estava atrás.

O encarei. Ele balançou as duas passagens e sorriu, talvez esperando uma resposta.

Levantei da cadeira e dei a volta na mesa, ficando a uma distancia considerável dele.

Ele me olhou esperançoso e um pouco agitado.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, talvez os mais longos de minha vida.

Minha mente travava uma luta interna, sobre o certo e o errado.

Mais eu já sabia a resposta...

Eu podia me arrepender mais era o certo a ser feito.

Corri em sua direção e pulei em seu colo feito uma louca. Ele riu e me segurou com força. Sem nem pensar, tomei seus lábios nos meus, o beijando loucamente.

Ele era o certo para mim...

Minha vida de verdade começaria agora... Ao lado do homem que me enlouqueceu em uma noite e que com certeza continuaria a me enlouquecer.

POIS TUDO PODE ACONTECER EM UMA FESTA DE CASAMENTO!

Há horas em nossas vidas que não podemos pensar nas conseqüências... Devemos nos jogar, sem em nenhum momento pensar que podemos cair em meio ao vão... Pois a sorte não bate mais de uma vez em uma porta.

THE END!

NOTA DA AUTORA:

Oooooooooooi gentee! Quem gostou levanta a mão! o/

Para falar bem a verdade... Eu não sei se ficou boa o bastante.. :/

Mais eu espero mesmo que tenham gostado! Se tiver MUITOS comentários eu faço um bônus ou um extra! Quem quiser é só pedir!

MEREÇO COMENTÁRIOS?! É SÓ UM CAPITULO GALERAA... NÃO DEIXEM PASSAR EM BRANCO! HAHA’

Beeeeeeeeeeijooooooooooooos! AMO VOCÊS! (L

Debira :D

NOTA DA BETA:

Pois é pessoal, chegou o fim da fic, e eu. EUZINHA AQUI chorei, eu nunca choro, só chorei em uma fic até hoje, foi uma one shot da lunah. Que avulso esse comentário, mas tudo bem! MEU a Dé fica reclamando que não ta boa e blá blá blá, mas eu acho que ta muito mais que perfeito e que eu tenho a mais que certeza absoluta que voces amaram, estou certa?

Bom, beijinhos pra voces

Tielle ou clumsygirl 16


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