Saint Seiya: New World escrita por Fernando


Capítulo 12
A Partida




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– Você tem que aceitar! – Gritou Maya.

Desde a conversa com Cário, ela estava me deixando maluco.

– Eu preciso é pensar, Maya! Eu nem sei onde fica Jamiel.

– Exatamente! É a chance de uma vida, André! Sério, eles não permitem a entrada de quase ninguém lá. Os últimos humanos a entrarem lá foram Tenma, Yato e Asmita, no século XVIII.

– Tenma esteve lá? – Perguntei curioso.

– Sim. Ele e Yato de Unicórnio foram para Jamiel, junto de Asmita de Virgem.

– Oque eles foram fazer lá?

– Não se sabe ao certo, mas sabe-se que após essa missão os rumos da guerra mudaram. – Respondeu a amazona de forma séria.

Pensei por alguns minutos, não sabia oque fazer.

– Preciso falar com Carmen. – Disse por fim.

Maya parecia estar se preparando para me matar, mas ela suspirou e forçou-se a ficar calma.

– Certo. Vá falar com Atena, é certo que ela o ajude a pensar direito e aceitar a missão. – Ela falou e se afastou.

Segui o rumo da trilha para as Doze Casas, mas, na metade do caminho um homem de armadura de ouro aparece a minha frente. O homem tem a pele branca, cabelos castanhos e curtos, olhos verdes e usa uma armadura de ouro e uma capa branca presa a ela.

– Pégaso. – Ele coloca o punho direito em frente ao peito. – Atena convoca sua presença.

Concordo acenando com a cabeça e sigo o cavaleiro.

– Você é o cavaleiro de qual casa? – Pergunto após algum tempo.

– Meu nome é Nasir, sou o cavaleiro de Leão. – Ele responde apenas oque lhe foi perguntado.

Não condeno sua postura, também não ficaria a vontade tendo que guiar pessoas através das Doze Casas e ainda ter que responder suas perguntas idiotas.

Ao adentrar o Templo de Atena, vejo uma cena que não esperava ver hoje. Carmen em seu trono, trajando suas vestes de Atena e, ajoelhados em sua frente, Lucas, Cauê e Victor. Não pude evitar sorrir, apesar de ser estranho nos ver com as vestes de soldados e Carmen com as de Atena.

– Ah olha ai o cara que venceu o cavaleiro de ouro. – Disse Cauê enquanto eu me aproximava.

Fiz a reverencia para Carmen.

– Como assim? – Perguntei.

– Só estão falando disso. – Respondeu Lucas. – Você é o primeiro cavaleiro de bronze, em vinte anos, a vencer um cavaleiro de ouro em disputa.

Carmen parecia estar feliz, ela sorria como eu nunca havia visto antes.

– Só não vai subir a cabeça. – Alertou-me Victor.

– Por que eu sempre fui desses, né?

– Foi uma excelente luta, Dé. – A expressão dela ficou séria. – Mas não é esse o motivo de ter chamado todos vocês aqui. Todos vocês estão em treinamento, André com Cário, Cauê e Victor com Eurin e Lucas com Prabha e Orion.

Não entendi por que Lucas tinha dois mestres, mas não pensei muito nisso.

– Sabemos que Hades ira despertar em breve e para termos todos vocês nas melhores condições para a batalha, os cavaleiros de ouro querem leva-los para longe do Santuário, por alguns meses. A decisão de aceitar ou não cabe apenas a vocês, mas acho que seriam melhor treinados pelos cavaleiros de ouro.

“Mesmo que isso afaste todos nós por quatro meses?” – Perguntei mentalmente e juro que pude ouvir Carmen responder.

“Sim.”

Nos olhamos, assustados por alguns instantes.

– E para onde iriamos? – Perguntou Victor.

Carmen voltou a si, me dirigiu seu velho olhar de: “Depois falamos sobre isso.” E respondeu a pergunta de Victor.

– Cada um vai para um lugar diferente na verdade. André para Jamiel, terra dos lemurianos. Cauê e Victor para Rozan, na China e Lucas para a Sibéria.

– Eai, oque acham? – Perguntou Cauê para todos.

– Acho que é uma boa ideia. – Disse Lucas. – Por mais que treinemos aqui, no Santuário, sabemos que estamos protegidos e isso nos deixa fracos. Gostando ou não, a vez que mais senti poder foi na luta contra os espectros por que sabia que não estava seguro, sentia o perigo e isso me forçou ao meu máximo.

– Lucas está certo. – Concordei. – Só vamos provar ser dignos de sermos cavaleiros se nos provarmos fora do Santuário.

Cauê e Victor assentiram.

– Todos sabemos nossas constelações? – Perguntou Cauê.

– Pégaso. – Disse eu.

– Cisne. – Falou Lucas.

–Touro. – Respondeu Victor com um sorriso.

Eu e Lucas ficamos pasmos.

– Você é um cavaleiro de ouro? – Perguntamos juntos.

Carmen sorriu.

– Eu nem fiquei muito surpreso, - Disse Cauê. – ele sempre foi o mais over normalmente mesmo. Enfim, minha constelação é a de Dragão.

– Então somos três cavaleiros de bronze e um de ouro. – Pensei em voz alta. – Vamos aceitar o treinamento.

Todos assentiram e Carmen forçou um sorriso, mas pude perceber que ela não estava feliz com aquilo.

Após a reunião, fomos obrigados a deixar o templo. O Grande Mestre e os cavaleiros de ouro precisavam discutir um assunto com Atena... Não pude conversar com Carmen sobre aquele instante em que conversamos mentalmente. Desci as Doze Casas, me apressando ao passar pela Casa de Gêmeos, que ainda me causava arrepios e desconforto, e encontrei Maya me esperando na entrada da Casa de Aries.

– Você realmente está querendo ir para Jamiel, não é?

– Eu quero ir, e muito. Mas depende de você. – Ela estava, novamente, em seu modo de garota legal.

– Pode ficar tranquila, nos vamos.

Não pude dizer se ela sorriu, mas garanto que estava feliz, tão feliz que não se conteve e me abraçou. Foi um abraço rápido, Maya era quente, seus cabelos tinha um cheiro doce e muito bom, mas, tão rápido quanto ela me abraçou, ela me empurrou.

– Desculpa... – Ela não conseguia falar.

– Tá tudo bem, você tá feliz. Relaxa – Respondi sorrindo.

Ela assentiu.

– Vou arrumar minhas coisas, te vejo mais tarde. – E assim ela sumiu de vista e me deixou com uma duvida que eu não fazia a menor ideia se gostaria de saber a resposta.

O tempo passou, logo era a hora da partida.

Lucas, Cauê e Victor haviam partido no dia anterior. No Templo de Atena, se encontravam eu, Maya, Cário, Carmen e o Grande Mestre. Maya conversava com Kiki mais afastados de nós, eles pareciam se conhecer a algum tempo.

– Vocês voltam logo, né? – Perguntou Carmen.

– Assim que recuperarmos aquele objeto, minha senhora. – Respondeu Cário.

– Logo estaremos de volta. – Tentei parecer confiante, mas estava sendo difícil.

– Cuide dele, Cário. – Carmen estava sendo super-protetora. – Ele tem um ótimo talento para atrair confusão.

– Tem certeza que está falando de mim? – Perguntei.

Ela riu e me abraçou.

– Fique forte. – Ela disse. – Assim a gente não tem que se separar de novo.

Era muito difícil me afastar de Carmen, a gente nunca havia ficado separado, ainda mais por tanto tempo. Mas eu não podia demonstrar agora, algum de nós precisava ficar calmo e com certeza esse não era ela.

– Vou ficar. – Respondi a abraçando. – Vou ser mais forte que o próprio Seiya.

Maya e o Grande Mestre se aproximaram.

– Muito bem, é hora de irmos. – Disse Cário.

– Vou voltar logo, eu prometo. – Disse para Carmen.

– É bom mesmo. – Ela respondeu. – Ou eu vou atrás de você.

Sorri e tive que me desvencilhar dela, precisava partir agora ou acabaria hesitando. E assim foi, partimos pelas Doze Casas, passamos pelo vilarejo e então deixamos o Santuário, em destino a Jamiel, lar dos lemurianos.


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Notas finais do capítulo

Então galera, os próximos caps vão demorar um pouco eu to sem internet e ainda estou acabando capítulo 13, então tenham paciência e comentem oque estão achando.



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