Parceiros escrita por Endy


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! É minha primeira fic Caskett e nem sei o que falar aqui, estão leiam e me digam o que acham!Bjos..



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Era o começo de mais um dia e isso não é um motivo de grande felicidade para mim, sinceramente, acho que era melhor está morto do que ser obrigado a passar por tudo aquilo de novo, só de pensar nisso sinto um calafrio percorrer meu corpo me forçando a fechar os olhos com força, tudo que eu queria era desaparecer daqui, porque eu sei muito bem o que eu vou encontrar quando abri meus olhos e levantar desse amontoado de pano imundo que eu tento chamar de cama. Levantei com dificuldade apoiando o meu corpo em meus cotovelos, tudo em mim dói, resquícios da briga de ontem, solto um longo suspiro piscando os olhos tentando me acostumar com a luminosidade que entra pela janela quebrada do meu quarto, passo as mãos pelo meus cabelos e percebo que algo arde em minha testa, deve ter sido na hora da queda, não ligo muito e fico logo em pé me arrastando até o banheiro, odeio as segundas- feiras, será que ninguém vê a inutilidade delas para o mundo? E para piorar a água do chuveiro está mais fria do que de costume, capaz de congelar o inferno e eu não pretendo ter uma hipotermia, então é melhor não demorar até porque eu não me dou a esse luxo.

– QUE MERDA DE COMIDA É ESSA?? OLHA PRA ISSO!! ESSE TROÇO AMARELO É UMA OMELETE? NEM PRA ISSO VOCÊ SERVE SUA IDIOTA!!! -Ouvi os gritos e mal coloquei a camisa desci correndo pelas escadas, os cadarços do tênis não estavam bem amarrados e quase cai porem consegui recuperar o equilíbrio e voltei a correr o mais de pressa possível, ela precisava de mim, e aquele monstro não ia tocar nela.

– Eu...

– VOCÊ NADA! CALA A BOCA E VAI PREPARAR ALGUMA COISA QUE PRESTE!

– Ele arremessou o prato contra ela que por sorte conseguiu se desviar eu cheguei bem na hora, levantando- a do chão sentindo o meu sangue ferver de raiva.

– QUEM VOCÊ PENSA QUE É SEU IDIOTA?! JÁ FALEI PRA NÃO TOCAR NA MINHA MÃE! QUER COMIDA?! EU VOU TE DAR O QUE COMER! –Fui para cima dele com os punhos cerrados acertando um soco em seu rosto, ele se desequilibrou caindo sobre a mesa de madeira derrubando algumas cadeiras, eu nem dei chance dele se levantar novamente, o peguei pela gola da camisa empurrando-o contra a parede, iria acabar com ele ali, mas ouvi os gritos desesperados da minha mãe que depois de algum esforço conseguiu segurar o meu punho que estava prestes a acertar o rosto dele com toda a minha força.

– Não faz isso Richard! Ele não vale a pena... Não estrague sua vida meu filho! Por favor... – A voz dela pareceu morrer em meio ao choro, olhei em seus olhos que estavam com o azul turvo pelas lagrimas e voltei a minha atenção ao homem que ainda prendia na parede da sala, o sorriso sádico no seu rosto me fez pensar se realmente não valia a pena acabar com aquele sujeito desprezível, eu sei que consigo, pratiquei algumas aulas de boxe para me defender e defender a ela, desde que cresci mais um pouco não admitir mais ver esse idiota machucar ela sem fazer nada. Olhei novamente para minha mãe que ainda segurava o meu pulso sussurrando palavras que eu não consegui compreender pelos soluços que o choro lhe causava, abaixei a mão e afrouxei a pressão no pescoço dele que soltou um riso debochado limpando o canto da boca suja de sangue.

– Mãe...

– Vá pra escola Richard, estude e seja melhor do que isso. – Ela sorriu ainda com lagrimas nos olhos ajeitando a minha blusa e pegando minha mochila e meus livros que caíram da mesa na hora da briga.

– Mãe, eu não vou deixar você sozinha com esse cara! Ele tem que ir embora...

– Não podemos expulsar ele, você sabe!

– Eu vou dar um jeito, você vai ver ele vai sair daqui! – Olhei por cima dela observando aquele sujeito repugnante sair pela porta comendo uma maça, não desviei os olhos até vê-lo desaparecer do meu campo de visão, virando em uma esquina na rua, respirei aliviado.

– Eu sei que vai filho, você é o meu melhor presente, meu pequeno príncipe! – Sorri para ela que me olhava de forma tão terna que a envolvi com os meus braços beijando o topo de sua cabeça. – Vamos Richard, não quero que se atrase. Ande..Ande! Vá já para a escola mocinho! – Eu ri com a atuação dela me expulsando de casa e sem alternativa aparente segui meu caminho até a escola. Sabia que o nojento do Chad não ia voltar tão cedo, e isso me tranqüilizava por hora.

Ir a escola não é minha ocupação preferida, não gosto muito daquele lugar, e desde o sumiço do meu pai e da reviravolta doida na minha vida não sou muito bem a pessoa mais sociável do mundo. Enfim cheguei, e todos os olhares se voltaram para mim, nada muito diferente do que era todos os dias, ouvi burburinhos e o meu nome ser pronunciado neles. Antes o motivo dos olhares eram outros, não essa expressão de pena, repulsa e medo que vejo na cara desses trouxas que um dia disseram ser meus amigos, isso até parece piada. Passei por todos eles sem dar a mínima para o que estavam falando ou fazendo, fui direto a minha sala com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco, sentei na ultima cadeira da segunda fileira, olhei para os lados vendo alguns desviarem seus olhares que estavam direcionados a mim, era engraçado como todos pareciam sempre amedrontados quando eu estava presente e isso é uma das poucas coisas que gosto aqui.

– Quietos! Quietos! – O Sr. Johnson gritava para que todos se acomodassem em seus lugares e ficassem em silencio. Eram poucos os que respeitavam o senhor já com seus sessenta anos,que usava suspensórios e uma peruca cor de caju que ele jurava que ninguém havia reparado. – Será que ninguém tem o mínimo de educação?! Bom dia! – Ele respirou retomando a compostura ajeitando sua tão amada peruca. – Bom.. Agora podemos começar! Abram... – Mal o pobre abriu a boca, a porta da sala se abriu em um pequeno estrondo e uma menina atravessou por ela como um tufão.

– Oi! Desculpa atrapalhar, essa sala é a...203?

– É o que parece...

– Ai! Graças a Deus! Eu me perdi, essa escola é um pouco grande e tem umas salas bem parecidas e...

– Mocinha! Mocinha! Acho que já entendemos, agora será que poderia sentar-se?! Tenho uma aula para continuar! – Ela assentiu e começou a andar pelo corredor entre as cadeiras. Alta, magra, com os cabelos longos e castanhos e os olhos que a principio não consegui desvendar a cor e muito menos desviar o olhar, algo que acho que não passou despercebido por ela que sem muita cerimônia veio até mim colocando seus livros sobre a minha mesa e se sentando ao meu lado, eu estava um pouco surpreso e só observei o que ela fazia como se aquele lugar fosse dela a anos.

– Ei garota! O que pensa que tá fazendo? – Ela me olhou tentando abri um zíper de sua bolsa. Só então percebi que seus olhos eram castanhos, mas pareciam ao mesmo tempo esverdeados e isso era hipnotizante.

– Ué! Me sentando. – Respondeu naturalmente encolhendo os ombros e voltando a atenção ao zíper.

– Esse lugar é meu e eu não gosto que sentem aqui!

– Não me diga! Não vejo nome nenhum aqui... Então, a não ser que seja o diretor da escola quero ver me tirar daqui! – Ela me encarou com uma sobrancelha arqueada e eu não soube o que responder, tentei demonstrar que estava bravo mais ela apenas riu e o que me restou foi bufar e cruzar os braços olhando para o quadro, onde o Sr. Johnson escrevia freneticamente.

– Ei! Me ajuda aqui? – Ela cutucou o meu braço mostrando o zíper da bolsa, eu dei de ombros ignorando o pedido dela franzindo o cenho. – Ah! Não acredito que vai ficar de mal só porque o BEBEZÃO perdeu o lugar! – Ela fez careta em uma tentativa adorável e irritante de me imitar, eu virei para ela ainda com os braços cruzados sobre o peito.

– Eu não sou bebezão ta legal?! Você que é muito abusada! – Ela franziu a testa e cerrou os olhos virando seu corpo para ficar totalmente de frente para mim, enquanto eu sorria vitorioso.

– Abusada! Você é um garoto...

– Sr. Rodgers! E Sra. Beckett, eu presumo, será que posso saber o motivo da discussão? – O professor olhava para nós visivelmente irritado arrancando os olhares curiosos de alguns e satisfeitos de outros em nossa direção. Eu abri a boca para falar algo que ainda nem sabia o que era quando a doida do meu lado me interrompeu.

– Desculpe professor! É que o Sr. Rodgers estava me explicando algo das suas aulas anteriores... – Vi ela passar os olhos pelo quadro e com a expressão mais serena do mundo continuar. – Ele gentilmente estava me explicando como a psicologia aplicada aos casos de extrema violência como forma de punição nos séculos de XVIII e XIX se reflete nos livros literários da época. Um assunto que sinceramente ainda não domino com perfeição e ele me disse que com as suas aulas sairia daqui praticamente uma especialista no assunto! – Ela sorriu para mim e eu que estava boquiaberto com que ela havia falado e o pior, nem sei do que diabos ela estava falando, resolvi entrar no jogo dela e sorrir tentando parecer o mais natural possível.

– Bom... É ótimo ver que o Sr.Rodgers está empenhado assim em minhas aulas, é sempre um prazer lecionar para alunos tão encantadores como você! – Ele sorriu orgulhoso de si fazendo uma reverencia exagerada e teatral, eu tive que conter o impulso de rir. Beckett apenas acenou com a cabeça e parecia também segurar o riso.

– Viu! Me deve uma bebezão! – Ela sorriu vitoriosa me entregando a bolsa com o zíper quebrado no qual eu peguei sem contestar depois voltando sua atenção a aula. Balancei a cabeça tentando achar algum jeito para resolver aquele nó que ela fez na bolsa.

– Rick! Meu nome é Rick e não bebezão, sua abusada! – Ela olhou para mim com um sorriso mínimo no rosto e com a sobrancelha arqueada estendendo sua mão para mim.

– Kate! Kate Beckett. – Eu apertei sua mão a olhando nos olhos que diferente dos outros ela não desviou o olhar do meu. – E se me chamar de abusada de novo quebro suas pernas, ouviu bebezão?! – Eu apenas assenti tentando não sorrir, o que perto dela estava começando a ficar difícil.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Odiaram? Me digam alguma coisa pra eu não morrer de curiosidade, tá?! Ah, e não precisam ser bonzinhos, digam o que acham de verdade.Bjos!