Human escrita por Sra Somerwesley, Mrs Hiddleston


Capítulo 6
Capítulo 5 - Confused


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, é Sra. Somerwesley o/
Como vocês foram muito bonzinhos e deixaram vários comentários, decidi postar logo! (esse foi eu que escrevi e a Juliet revisou e me ajudou nos erros)
Pessoalmente, eu adorei esse capítulo!
Sem mais, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/535263/chapter/6

(Onde me tornei tão insensível?

Sem uma alma, meu espírito está dormindo em algum lugar frio

Até você encontrá-lo ali e guiá-lo de volta pra casa

Traga-me para a vida
Eu estive vivendo uma mentira
Não há nada por dentro
Traga-me para a vida
)

[Bring Me To Life – Evanescence]

POV. Bucky

As lembranças começaram em lapsos confusos, sem seguir uma ordem cronológica correta ou fatos verdadeiramente esclarecedores.

Por mais que agora sei quem sou (ou pelo menos era), não consigo me lembrar de Steve (meu antigo melhor amigo) e saber que tentei mata-lo.

Sou um assassino, já matei centenas de pessoas (talvez até milhares) e causei muito sofrimento.

Sou um monstro, pois olhei profundamente nos olhos de quase todos que matei e não senti nada ao atirar em suas cabeças.

Depois que a S.H.I.E.L.D caiu e a H.Y.D.R.A “fritou” o meu cérebro mais uma vez, ela assumiu o controle no mundo, provocando caos e mortes indetermináveis.

A pouco menos de um mês, comecei a sentir dores de cabeça horríveis e as memórias começaram a voltar.

Decidi esconder que começava a lembrar, com medo que eles me tirassem o direito de ao menos ter algumas lembranças.

A primeira lembrança (também a mais recente) foi minha missão malsucedida de matar o famoso Capitão América (que descobri algumas horas depois que era meu melhor amigo, Steve Rogers).

Logo depois, as lembranças vieram com mais força. A minha queda do trem, Steve me salvando, minha ida a Guerra, minha despedida a Steve quando ele era apenas o garotinho punk asmático, minhas brigas para defendê-lo quando éramos adolescentes e anteriormente crianças, o início de nossa amizade ainda quando éramos muito pequenos...

Sou puxado para a realidade e dou-me conta que não estou mais nos anos antigos em um salão de festa, mas sim em uma cela de vidro, agora sou um prisioneiro.

Bufo com a ironia da situação. Quase ninguém na base principal da H.Y.D.R.A se deu conta do ataque, perdidos na nova onda de poder, até tudo ir pelos ares e não sobrar quase nada, a não ser alguns prisioneiros.

Até onde sei, Nick Fury ligou para Steve e ordenou que ele voltasse para a sede principal da S.H.I.E.L.D., ou algo do tipo.

Começo a caminhar pela cela, pensando no reencontro que não demora a vir.

Assim que olho para o lado de fora, vejo o loiro se aproximar e controlo um suspiro de alívio ao perceber que ele parece ligeiramente feliz.

– Bucky. – ele murmura apreensivo.

– Steve. – vejo seu rosto se iluminar ao perceber que eu me lembro dele. – Eu sinto muito. – digo abaixando a cabeça, controlando as lágrimas.

Nem um minuto se passa e eu o sinto me abraçando, devolvo o abraço e o aperto, segurando o choro.

– Está tudo bem. – ele sussurra – Vai ficar tudo bem. – Steve afirma e eu me sinto mais tranquilo. Me dou conta que eu vou estar bem enquanto ele estiver perto de mim. Vou estar bem enquanto tiver sua amizade e sua lealdade me ajudando a me reerguer.

Não sei como os outros agentes deixaram Steve permanecer na cela comigo por tanto tempo, afinal eles deveriam estar no mínimo desconfiados, pois eu tentei mata-lo! Só sei que ficamos conversando por horas, ele me contando tudo que vem acontecendo em sua vida nos últimos dois anos e meio e eu concordando e sorrindo, feliz por estar com meu melhor amigo novamente.

As coisas pareciam quase normais agora, como antes da Guerra, quando ficávamos conversando por horas e ele nem eu éramos super soldados.

Estávamos indo bem, até um agente chama-lo e informar que Fury e o tal de Coulson queriam falar com ele.

Longos minutos se passaram, se arrastando enquanto eu ficava cada vez mais apreensivo e entristecido. Eles realmente iriam me afastar de Steve? Será que iriam me matar?

Ao vê-lo se aproximar da cela novamente, fico mais tranquilo e feliz. Ele abre a cela sorrindo e entra, sendo acompanhado por uma ruiva de expressão séria.

– Vamos! – Steve exclama.

– Aonde? – pergunto confuso.

– Para a Torre Stark, Coulson e Fury o liberaram por enquanto, para ajudar em sua recuperação. – a ruiva responde.

– Stark? – pergunto meio apreensivo, afinal sei que matei Howard e Maria Stark.

– Sim, o próprio Tony Stark, filho de Howard, o convidou, ele quer o conhecer, assim como sua filha. – Steve diz.

– Então estou livre? – sinto um sorriso nascer em meus lábios.

– Sim. – a ruiva responde e quando dou por mim já estou a abraçando.

– Obrigado! – digo emocionado e solto-a, ela me olha meio embaraçada.

– Desse jeito vou ficar com ciúmes... – Steve brinca, mas percebo um toque de verdade em suas palavras.

– Fique calmo, amigo, toda vez que você aparece, as mulheres não me olham mais. – e pisco pra ele.

Assim que Steve estaciona em frente a uma grande Torre com um ‘Stark’ imenso, começo a ficar nervoso e a suar.

– Bucky, vai ficar tudo bem, confie em mim. – Steve percebe meu desconforto e me conforta ao sairmos do carro com a ruiva.

– Eu confio. – murmuro e entro no prédio logo após ele.

– Bem vindos de volta, Senhor Rogers e Srta. Romanoff. E bem vindo a Torre Stark, senhor Barnes. – uma voz diz assim que entramos no elevador e Steve aperta um dos botões para subir.

Começo a olhar para os lados, procurando o dono da voz. Steve ri e diz: - Esse é Jarvis, Bucky. Ele é “mordomo” do Stark. – explica.

– Na verdade, prefiro “Inteligência Artificial Incrível Que Impede o Senhor Stark de Matar-se” – Jarvis diz assim que saímos do elevador.

– Hahaha, muito engraçado, Jarvis! – um homem diz ao se aproximar – Aposto que Natália mudou seus comandos novamente. – resmunga. – Sou Anthony Stark. – se apresenta estendendo a mão pra mim e eu a aperto.

– Olhe, sinto muito pelos seus pais, eu nunca teria feito aquilo se... – abaixo a cabeça.

– Se você fosse você. – ele completa e abre um pequeno sorriso. – Já faz muitos anos, vamos esquecer isso.

– Olá! – uma voz feminina vinda de trás de mim me surpreende, fazendo-me dar um leve pulo. – Desculpe se te assustei. – a garota se move, ficando de frente pra mim.

Surpreendo-me ao ver o quanto ela é bonita mesmo de pijama. Seus cabelos castanhos estão amarrados em um coque e seu rosto não tem maquiagem, seus olhos são de um castanho lindo. (Pijama da Nath)

– Ah, cara, qual é? Eu estou tentando me dar bem com você. – ouço Anthony falar. – Não babe na minha filha. – ele reclama.

A garota o ignora e estende a mão pra mim: - Sou Natália, filha dessa coisa aí, mas pode me chamar de Nath. – diz sorrindo.

– Sou James Barnes, chame-me de Bucky... – digo me perdendo de leve em seu sorriso.

– Se não lhe incomoda, posso te pedir uma coisa? – pergunta, me olhando com um olhar pidão.

– Claro. – um sorriso escapa inevitavelmente de mim.

– É sério que eles estão flertando na minha cara? – escuto Tony reclamar de novo para Steve que prende o riso.

– Posso te chamar de James? – pergunta ela sorrindo.

– Por quê? – retruco sorrindo.

– Por favor. – ela diz em um tom meio debochado.

– Está bem. – digo após respirar fundo.

Merci. – Natália sorri novamente e me dá um beijo na bochecha, deixando-me chocado. – Se vai morar aqui, James, acostume-se. Eu sou realmente muito abusada com homens bonitos. – e pisca pra mim, saindo saltitando.

Me pego sorrindo ao ver que acabei de receber uma cantada. Essa menina vai me enlouquecer, apenas isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem o que acham :3