(Você nunca irá se amar

Com metade da intensidade com que eu amo você

Você nunca irá se tratar bem, querida

Mas quero que você faça isso

Se eu lhe disser

Estou aqui para você

Talvez você se ame como eu amo você

Estou apaixonado por você

E por todas essas pequenas coisas)

[Little Things – One Direction]

POV. Bucky

Abro os olhos calmamente e sinto uma leve ardência em minhas costas, denunciando que o que aconteceu ontem é real. Sorrio automaticamente e ergo a cabeça para observar Nath dormindo virada para o outro lado, ela realmente parece um anjo assim.

– Pare de me olhar, Barnes. – Nath manda sonolenta, ainda de olhos fechados.

– Bom dia, meu amor! – cantarolo e me aproximo mais se possível de Nath, segurando-a pela cintura e depositando um beijo em sua bochecha.

– Como vou fazer para esconder essas marcas de mordidas, James? – ela pergunta abrindo os olhos subitamente.

– Vista algo que cubra o pescoço. – respondo e lhe dou um beijo no pescoço.

– Você parecia um vampiro ontem. – resmunga e fecha os olhos novamente.

– E você está muito preguiçosa hoje. – comento e me distraio mexendo em seu cabelo.

– Pode acreditar, meu caro, que não é só hoje. – retruca indiferente e toma impulso, se sentando na cama e segurando o cobertor ao se espreguiçar, ficando parada por um tempo de olhos fechados e de expressão pacífica.

Respiro fundo e decido que vou fazer isso agora mesmo. Estico-me e abro a gaveta da cômoda, aproveitando que Nath está distraída e pego a caixinha que está lá dentro.

– Nath? – chamo e ela abre os olhos.

– O que foi, James? – pergunta tranquila e sorri olhando pra mim.

– Quer namorar comigo? – solto de uma vez, ansioso por sua resposta.

Ela arregala os olhos e abre a boca diversas vezes, parecendo extremamente surpresa.

– E-eu... – gagueja nervosa.

– Eu amo você. Amo tanto que dói. Estou tão apaixonado que mal consigo me imaginar longe de você. – digo verdadeiramente e ela ofega.

– E-eu... – gagueja novamente. – Sim. – sussurra abrindo um sorriso que eu devolvo empolgado, abro a caixinha e tiro de lá as alianças prateadas. Puxo sua mão trêmula e sorrio mais abertamente, colocando a aliança e dou um suave beijo no local. Ela também pega minha mão e sorri ao colocar a aliança em meu dedo.

Nath me olha no fundo dos olhos e leva as mãos para meus cabelos, os puxando para me beijar profundamente.

POV. Nath

– Pai, temos que conversar com você. – pronuncio assim que entro na sala, onde apenas ele está. Já estou devidamente vestida assim como James.

– Pode falar, Natália. – ele retruca. É incrível como Tony Stark é dramático ao ponto de ainda estar chateado comigo por ter decido confirmar minha suposição.

– Acho que seria melhor apenas nós três. – digo e seguro a mão de James, o fazendo se colocar ao lado.

– É claro... – Tony começa a falar, então para abruptamente. – MEU DEUS! SEU CANALHA! – grita estressado para James, se aproximando e cutucando-o violentamente no peito.

– Mas o que? – pergunta James tão confuso quanto eu.

– VOCÊ ENGRAVIDOU MINHA FILHINHA! EU VOU QUEBRAR A TUA CARA! – berra furioso.

– Quem tá grávida? – Clint pergunta assim que adentra a sala, junto com os demais Vingadores. Respiro fundo e reviro os olhos.

– ESSE PALERMA ENGRAVIDOU A MINHA NATH! – Tony grita novamente.

– COMO É QUE É? – Clint grita incrédulo.

– Não é nada disso... – tento dizer e sou ignorada.

– EU VOU TE MATAR! – Clint anuncia nervoso e parte pra cima de James, o empurrando violentamente.

– PAREM COM ISSO! – grito furiosa.

– Mas filha... – Tony reclama.

– EU NÃO TO GRÁVIDA, PORRA! EU E O JAMES ESTAMOS NAMORANDO! N-A-M-O-R-A-N-D-O! – exclamo estressada e fuzilo meu pai e Clint com os olhos.

– Você está... Namorando? – pergunta Tony incrédulo.

– E pensar que eu realmente achei que você seria civilizado e nos escutaria numa boa! – digo chateada. – Jeová, como eu sou idiota! Como pude pensar que você, o Homem de Ferro, o filantropo Tony Stark, aceitaria o fato que sua filha de 18 anos está namorando um cara legal? Inocência, a gente vê aqui! – pronuncio irônica. – Vem, James! – e o puxo pela mão.

James me segue em silêncio enquanto o arrasto para o elevador e aperto o botão para o térreo.

– Por que ele simplesmente não consegue aceitar, James? – choramingo.

– Acho que é pelo fato que eu sou perigoso.

– Você não é perigoso. – discordo.

– Eu era e ainda potencialmente sou. – reforça James sério.

– Eu não ligo. – resmungo e o abraço, me aconchegando em seu familiar calor. O escuto rir suavemente e ele acaricia meu cabelo.