As Time Goes By escrita por May


Capítulo 15
As time goes by (part. 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá queridas/queridos. Tudo bem com vocês?
Eu sei que demorei, eu sei... Mas eu fiquei doente no fim de março/começo de abril e ai não consegui escrever e quando voltou as aulas ficou ainda mais dificil... porém (agora estou tentando cumprir minhas promessas de começo de aulas) criei meu bullet journal e estou conseguindo me organizar. Sendo assim retomei a fic e espero terminá-la em breve.
O capitulo de hoje foi escrito ao som de:
Like i'm gonna lose you( jasmine)
One more day(vast) -sugestão de Hunter Pri
Breathe again (sara)
Yesterday (katy)
One last cry (marina)
There you'll be (faith) -música citada no capitulo

Enfim, espero que gostem já que é um capitulo BEM grande...



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—Então você conseguiu encontrar Katherine...- o Winchester mais velho disse enquanto aguardava a confirmação do irmão.

—Ele conseguiu? Como ela está? – Mia se intrometeu colocando os dois hambúrgueres que trazia de lado. O caçador fez sinal pedindo silêncio ouvindo o que o mais novo dizia antes de confirmar algumas vezes que entendera. –Porque você desligou, Dean, eu queria falar com elas! Como todos estão? –perguntou ela afobada.

—Estão todos bem. Seguindo para casa de Bobby... – o rapaz respondeu observando o olhar apreensivo da namorada, ele sabia que aquele olhar demonstrava a culpa que sentia por não ter conseguido encontrar nenhum deles. – Você sabe que eu voltei por você, não sabe?

Mia encarou o caçador com carinho, mesmo apesar de tanto tempo separados o Winchester ainda a compreendia perfeitamente, como antes. Ele sabia que a culpa por tudo que acontecera com as irmãs e com o namorado a consumia, suspirou e fechou os olhos sentindo o toque carinhoso da mão do rapaz em seu rosto.

—Queria poder voltar no tempo e consertar minha relação com Ashley. –confessou a loira de olhos fechados. – Eu imagino tudo que ela passou com Crowley e agora com Cas e, poxa, eu desejava poder chegar nela e abraçar minha irmã sem todo ressentimento dos anos.

Dean escutou as confidencias da amada enquanto contemplava o quão bela a caçadora era, aproveitando cada segundo em sua presença, matando a saudade da sua voz, de sua presença e das suas peles se tocando.

—Você pode abraça-la sem esse sentimento. Porque você já superou isso, Mia, você já a perdoou o que falta agora é você se perdoar. –aconselhou o rapaz.

—Eu não sei se consigo... se eu tivesse sido capaz de perceber isso antes... agora parece tarde... –ela tentou explicar e, embora não quisesse, Dean podia entende-la perfeitamente pois todas suas memórias o levaram para sua última memória do anjo, em como não tinha sido capaz de salvá-lo.

Mia abriu os olhos percebendo que o rapaz já não parecia mais estar com ela, estava distante. A garota havia percebido que desde que se reencontraram namorado parecia muitas vezes estar em outro lugar.

—Se você precisar conversar... –propôs a loira segurando as mãos do caçador entre as suas. Ela queria fazê-lo se sentir melhor, esquecer o purgatório, mas sabia que não podia e que o namorado era teimoso o suficiente para não dividir suas memórias.

—Estou bem. – o rapaz respondeu tirando as suas mãos das que o segurava e depois com um sorriso culpado completou: –Acho melhor a gente seguir para você ver suas irmãs ainda hoje.

Mia suspirou resignada permitindo que o rapaz mudasse de assunto.

***

            Ashley observava o sol se esconder no horizonte enquanto a lua aos poucos tomava seu lugar, no meio do ferro velho todas as memórias do anjo pareciam ainda mais forte.

            -I’ll keep a part of you with me and everywhere i’m there you’ll be (Eu manterei uma parte sua comigo e onde quer que eu esteja lá você estará). – prometeu a moça deixando com que algumas lágrimas escapassem.

            Naquele momento a música parecia feita sob medida para o que ela estava vivendo, ela sabia que o levaria para o resto da vida consigo, embora seu anjo já não estivesse mais ali, nunca seria capaz de esquecer tudo que ele havia feito por ela e por toda força que havia lhe proporcionado.

            Sua parte racional lhe avisava que era hora de voltar para junto dos outros, na casa, já que há pouco tinha visto Mia e Dean chegando, mas já não tinha vontade de retornar. As memórias pareciam um lugar confortável, assim como a lembrança do sol da Califórnia sobre sua pele junto da presença de Castiel, nas lembranças não havia dor, nem ressentimento. Retornar lhe trazia dor, ausência do seu anjo, ódio vindo do profeta, uma relação mal resolvida com a irmã e pesar do restante, tudo que a ruiva queria era ficar encolhida num canto relembrando os poucos momentos felizes que teve ao lado do anjo, entretanto sabia que não podia, a vida real estava lá fora e precisava encará-la. Ainda enrolou mais alguns minutos, deixando o sol desaparecer por completo do céu, para voltar.

            Mia estava sozinha na sala, todos os móveis estavam igual tinham deixado antes de tudo ruir, apesar de Dean ter voltado e isso a deixar imensamente alegre, estar na casa era um tanto quanto nostálgico, Bobby não estava mais, Castiel também não.

            A loira estava sentada com os pés em cima do sofá encarando uma antiga foto em seu celular, nela as três irmãs estavam juntas comemorando o aniversário da mais nova em uma lanchonete quando Ashley resolvera tirar algumas fotos. Mia nunca iria esquecer aquela época e de como daria tudo para tê-la de volta. Foi enquanto ela tinha pensamentos tristes sob a luz do pequeno abajur que a porta da sala foi aberta.

            Ashley entrou e esboçou um pequeno sorriso para a irmã, ela conseguia sentir a mudança na barreira emocional que Mia tinha estabelecido há alguns anos e naquele instante a barreira parecia estar ruída. Ash conseguia identificar a sua irmã na garota a sua frente.

            Cheia de saudades a mais nova seguiu até atirar-se nos braços da irmã. Aquela abraço dizia mais do que todas as palavras que as duas já haviam planejado dizer. Permaneceram assim, Ashley se sentia segura, confortada, como só o abraço de uma irmã mais velha pode proteger. Mia sentia que se um peso houvesse sido retirado e como seu coração voltasse a estar completo.

            Haviam superado, estavam ali uma pela outra. Naquele instante ambas sabiam essas verdades.

****

            Sam ainda estava surpreso com as revelações que o irmão havia feito, era impossível acreditar em um mundo onde Dean confiava em um vampiro, porem fora isso que o Winchester havia dito com todas as palavras. Talvez essa fosse a prova que o mundo realmente tinha mudado durante todo o tempo que havia se passado, que as coisas não iriam voltar à exatamente como eram antes.

            Apesar de surpreso e ainda indeciso sobre a decisão do irmão em confiar em uma criatura, o mais novo achava bom que Dean possuísse pessoas nas quais confiava, uma vez que sempre fora tão fechado ao resto do mundo.

            O caçador deitou-se cansado e encarou o teto enquanto colocava todos os pensamentos em ordem. Havia mais do que Dean em sua cabeça naquele momento, havia Katherine – aliás grande parte dos seus pensamentos eram voltados à ela – eles mal tinham conversado depois que chegaram na antiga casa de Bobby, as poucas palavras que trocaram eram sobre Ashley.

            A morena tinha se dedicado em arrumar o quarto que continuaria a ocupar até arrumarem suas vidas enquanto o caçador tinha passado o dia recluso pensando nos erros cometidos e procurava por algum outro caso, estava decidido a trabalhar ainda mais do que o habitual como forma de compensar o tempo parado.

            Katherine estava descendo as escadas quando viu a cena que a emocionou, Mia e Ashley abraçadas no sofá, comovida seguiu em frente e se juntou ao abraços sendo aceita de pressa.

**************

 

 

 

Uma semana havia passado desde que todos haviam se reunidos, apesar de mais leve o clima ainda era um tanto pesado entre Ashley e Kevin e Katherine e Sam.

A morena ainda sentia a mesma atração que havia sentido na primeira vez que o tinha visto e sabia – segundo a irmã- que o caçador sentia o mesmo, apesar disso a visão dele a deixando pra trás ainda a incomodava, ela sabia que precisava conversar e colocar tudo claro entre eles, porém toda vez que tentava uma abordagem se sentia estranhamente tímida e isso era algo que ela não havia perguntado a nenhuma das suas irmãs.  No fundo ela sabia que hesitava porque tinha medo do que iria ouvir.

O sol lançava seus primeiros raios pela manhã permitindo que fosse vista uma silhueta entre as carcaças do ferro-velho. Ashley estava sentada encolhida, sobre um dos veículos, enquanto tentava se proteger do frio. O ferro-velho tornara-se, na semana que se passou, uma espécie de melhor amigo para onde a garota fugia toda madruga após acordar de mais um pesadelo.

A ruiva observou o sol surgir no céu enquanto sentia seu nariz congelar com o vento. Ashley sabia que tinha que tomar as rédeas da situação e seguir com o que restara da sua vida, era o que dizia a si mesma toda vez que acordava, -mas desde sempre as palavras são mais fáceis do que as atitudes -e como no dia anterior ela deixada a tarefa para o próximo dia.

Dean acordou assustado e precisou de alguns minutos para se lembrar que estava em casa, tentou se mover, porém foi impedido por um braço que passava sobre seu peito o deixando preso. O rapaz sorriu e observou Mia dormir ao seu lado, a cabeça da garota estava encostada em seu ombro e uma das suas pernas assim como o braços estava sobre ele.

Cuidadosamente o caçador se desvencilhou da loira. Pela janela da sala ele viu Ashley no ferro-velho, deu um suspiro cansado e seguiu para a cozinha. Este era mais um costume que tinha sido estabelecido no curto tempo que se passara. Ashley seria a primeira a acordar e iria para o ferro-velho até que os demais acordassem, Dean seria o próximo -ambos acordados por pesadelos- e iria observar a cunhada por alguns instantes antes de seguir para a cozinha onde fingiria que estava tudo bem. 

O Winchester tinha resolvido que estava na hora de voltar à ativa, Mia já havia se recuperado do acidente e todos estavam fisicamente bem. Como não se sentia à vontade de conversar sobre o ocorrido com alguém preferiu escondeu-se por trás do notebook em busca de algum caso.

Já eram nove horas quando o próximo morador da casa acordou. Kevin seguiu do banheiro para o andar inferior onde encontrou Dean cercado por livros.

—Bom dia. – o profeta cumprimentou seguindo para a cozinha.

—Bom dia, Kevin. - respondeu o Winchester voltando sua atenção ao colega.

Kevin pegou apenas uma xícara de café e seguiu para o outro sofá onde observou a sensitiva. Nos últimos dias ele tinha se arrependido profundamente da forma como tratara a ruiva naquela noite, todos os dias pensava em pedir perdão, entretanto cada vez que ia falar com ela se lembrava do que havia passado com Crowley e isso o mantinha longe. Caminhando sobre a raiva e o arrependimento o profeta seguia evitando Ashley que já havia parado de se desculpar sempre que o via.  A ruiva parecia apenas evita-lo agora ou simplesmente ignorá-lo, como se um muro invisível houvesse sido construído entre os dois.

Dean que até então assistia a atitude do garoto sem se intrometer resolveu se pronunciar.

— Você devia ir falar com ela. –sugeriu pegando o profeta de surpresa.

—E falar o que? –perguntou Kevin e sem dar tempo de Dean responder ele mesmo prosseguiu:- Obrigado por ter me enviado para o Crowley?

            -Talvez devesse pedir desculpas por agir como um garoto mimado, como se o seu sofrimento fosse maior do que o das outras pessoas dessa casa. –sugeriu o caçador irritado com as atitudes do profeta. - Porque se Ashley interferiu em algo foi porque você não conseguia tomar uma atitude por si mesmo e convenhamos você sabe que precisava mesmo de ajuda para ver qualquer coisa naquela época, não é culpa dela se as coisas não saíram como queríamos. Porque é você, Kevin, que está querendo que ela se torne Deus, ela te ajudou a passar por uma fase difícil, mas ela não tinha como controlar o que iria acontecer depois disso.

            Depois do discurso o caçador voltou a ler o livro que segurava e o profeta tentou digerir as amargas palavras que havia escutado. Meia hora depois, em silêncio, Kevin se levantou do sofá e seguiu para o ferro-velho.

            Katherine que se arrumava no quarto viu quando o profeta se aproximou do carro onde Ashley estava sentada e sorriu imaginando que ela finalmente havia perdoado ela. O dia tinha começado bem afinal.


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Notas finais do capítulo

E então pessoal o que acharam desse capitulo?

O finalzinho eu ia deixar para o próximo capitulo, mas achei melhor colocar neste... enfim, para o próximo capitulo é meio que um bonus com mais informações Kath/Sam ou pelo menos é isso que eu planejo.

—Como vocês devem ter percebido lá em cima na lista de musicas eu gosto de ouvir musicas lentas/tristes enquanto escrevo, é uma mania... eu acho que me inspira e consigo manter o foco no capitulo. Então se você puderem me indicar musicas neste estilo, please, pleaseeeeee recomendem!

— Estava pensando em abrir um grupo no face para a fanfic assim vocês que acompanham a fic podem me encontrar e se eu precisar comunicar algo é mais fácil já que não posso postar avisos nos capítulos. O que acham?

É isso por hoje, espero que tenham gostado que comentem, favoritem, etc's...

Kisses



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