O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 12
Dez minutos para a meia noite


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!!!

Tudo bem com vocês? Comigo tudo awesome e negoçado!

Well, quero dedicar este capítulo super meigo e que quase não tem tensão (oi?) para a menina Kichanny, não só pela linda recomendação em O caso do Slender Man, mas também por ter recomendado as minhas outras fics. Valeu, mocinha!

Bem, uma pequena correção: eu tinha dito que a fic teria 16 capítulos, mas na verdade, serão 17.

Bem, espero que gostem do capítulo e muito obrigada a todos que estão acompanhando!

Lá vai!



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Ao reconhecer os rostos de Henry, Rachel e também o da menina que ela havia visto no seu último sonho, e que acreditava ser Emily Carter, Isabel sentou-se rapidamente no chão da caverna, da dimensão controlada pelo Slender Man.

Um tanto atordoada, ela olhou tudo em volta, se habituando com o ambiente que também havia visto naquele sonho.

— Eu ia perguntar como você veio parar aqui, mas acho que não é necessário. — refletiu Henry com certa tristeza fazendo a menina voltar a olhar para ele.

— Sinto muito que isso tenha acontecido com você também. — lamentou Rachel olhando para a filha de Castiel e Mia também com tristeza.

Pouco preocupada consigo mesma, feliz pelo seu plano estar dando certo e, principalmente, por rever os seus amigos, Isabel se impulsionou para frente e abraçou Rachel calorosamente. Em seguida, puxou Henry pela camiseta que ele vestia e o abraçou também, enquanto dizia aliviada e um pouco eufórica:

— Eu sabia que vocês estavam vivos... Eu sabia! Por isso eu precisava tentar! Meus pais vão me deixar de castigo para sempre, mas eu precisava tentar!

— Como assim? Isabel... O que está acontecendo? — quis entender Henry.

— Vocês a conhecem? — indagou Emily um tanto confusa com aquela cena.

— Sim, ela é nossa amiga. — explicou Rachel com certa dificuldade para falar por conta do abraço apertado. — Isabel, esta é a Emily.

A nephilim finalmente soltou os amigos e sorriu levemente para Emily, que assentiu com um meneio de cabeça.

— Por que eu tenho a impressão de que você está feliz demais para quem foi raptada por um monstro? — questionou Henry intrigado com a expressão de Isabel.

A menina ficou alguns instantes em silêncio, pensando em como explicaria toda aquela história e imaginando como os amigos reagiriam.

Aos poucos, Isabel foi ficando cada vez mais séria e, percebendo que aquilo ia soar como loucura, ela revelou meio sem jeito:

— Eu descobri que o Slender Man estava atrás de mim também. A propósito, este é o nome daquela criatura. Mas ao invés de fugir... Eu meio que... Deixei que ele me pegasse.

— Você o quê?! — exclamou Henry surpreso enquanto Emily e Rachel se entreolhavam abismadas.

— Ele ia me pegar de qualquer jeito, era só uma questão de tempo. — expôs Isabel.

— Mas por que facilitar as coisas para ele? — quis entender Emily indignada.

Tomada pela ansiedade e querendo entender por que Isabel tinha agido daquele jeito, Rachel disparou:

— Os seus pais sabem que você fez isso? Que está aqui? E os meus? E o tio Dean e a tia Natalie? E o vovô? Eles estão procurando pela gente? Você está servindo como isca? Eles já sabem que lugar é esse e como nos tirar daqui? Eles estão a caminho?

— Nossa... Quantas perguntas... — resmungou Isabel atordoada com aquele bombardeio. Mas ao notar que Henry, Rachel e Emily esperavam por uma explicação, ela respirou fundo e despejou rapidamente: — Sim, todos sabem que vocês foram levados pelo Slender Man. E a essa hora, já devem ter percebido que eu também fui. Quando vocês sumiram, todo mundo ficou maluco de preocupação e todos se empenharam em encontrar uma forma de destruir este monstro, mas não tiveram muito progresso. Nós estamos em outra dimensão, por falar nisso. Mas nossos pais não sabem como passar para este lado. Nem o Sr. Singer, nem ninguém. Então eu tive um sonho, comecei a desconfiar que o Slender Man tinha me visto em algum momento e que também viria me pegar mais cedo ou mais tarde. Mas não foi só com isso que eu sonhei. Eu vi coisas... Nós quatro, aqui, juntos e... Ah! Lembrei de uma coisa! Tem uma arma... Colt! Isso é a Colt. Parece que esta arma pode acabar com aquele monstro. No meu sonho, um de nós disparava contra ele, mas eu não via quem. Eu sei que foi loucura facilitar as coisas para o Slender Man, mas depois do que eu sonhei, eu percebi que havia uma chance de salvar vocês, então eu conversei com a minha mãe e ela me disse que se há uma chance de salvar alguém, nós temos que deixar o medo de lado e arriscar. Claro que eu esqueci de mencionar que estava falando sobre mim e sobre o sonho que eu tive. De qualquer forma, eu resolvi seguir o conselho, arrumei uma mochila e... Vim. — Isabel parou de falar, sem fôlego, respirou fundo e depois retomou: — Infelizmente, um homem enxerido apareceu bem na hora que eu estava indo para a floresta. Ele pegou a minha mochila. Na verdade, a mochila da Rachel. Eu saí correndo, fui para a floresta, o Slender Man apareceu e... Bem, aqui estou eu.

Henry e Rachel se entreolharam um tanto atordoados com tantas revelações e detalhes, enquanto Emily perguntou incrédula:

— Então você teve um sonho e simplesmente decidiu se arriscar deste jeito?

— Não foi um sonho qualquer. — retrucou Isabel. — Minha mãe tem premonições, meu pai é um anjo e eu... Bem, primeiro eu sonhei que a Rachel e o Henry eram levados pelo Slender Man e eles foram. Depois eu sonhei que eu também era levada e que estava com vocês aqui. E tinha a Colt... E teve uma parte bonita que eu até desenhei, então... Sim, eu decidi me arriscar. Eu me arrisquei porque... Eu tive uma premonição e não podia ignorar isso. Minha mãe nunca ignoraria.

— Awesome! — murmurou Henry quase sem perceber enquanto Emily assimilava o fato de que anjos existiam e que pessoas podiam mesmo prever as coisas. — Se nós sairmos daqui, você vai ter que dar um jeito de sonhar com os números da loteria, tudo bem? — propôs sorrindo para Isabel que franziu o cenho.

— Henry, não tem graça. — protestou Rachel e em seguida, expôs: — A Isabel pode ter tido uma premonição, mas também pode ter sido só um sonho. Se ela está mesmo desenvolvendo algum poder, isso deve ser algo... Como é mesmo aquela palavra? Gradual! Isso, algo gradual. E não assim, do dia para a noite. — depois de uma pausa, Rachel olhou para Isabel e continuou: — Olha, não me leve a mal, eu quero acreditar, mas você sonhou que um de nós atirava naquele sujeito magrelo e mal vestido, e adivinha? Eu não sei atirar. Você também não. Se soubesse, teria atirado nele na floresta mesmo. — e olhando para Henry, perguntou: — Você por acaso sabe?

Houve um longo momento de silêncio e todos entenderam que Henry também não sabia. No entanto, em seguida Emily contou:

— Eu vi uma aula de tiro do meu pai uma vez. Ele não quis deixar, é claro, mas como na época ele e a minha mãe não estavam muito bem, eu disse que falaria com ela, se ele deixasse eu assistir a aula. E então ele deixou.

Enchendo-se de esperança, Henry fitou Isabel e perguntou ansioso:

— Cadê a Colt? Por favor, não me diga que ficou na mochila...

— Não! — tranquilizou Isabel prontamente e depois de levantar um pouco a blusa que vestia, todos viram a arma colada com uma fita contra a sua barriga. — Eu fiquei com medo de que o próprio Slender Man não me deixasse trazer a mochila para este lado e achei melhor prevenir. — explicou abaixando a blusa em seguida.

— Isabel, você é uma gênia! — elogiou Henry antes de se aproximar e dar um beijo estalado na testa da menina, que sorriu satisfeita com o elogio.

— E uma maluca também. — frisou Rachel.

Henry também achava a atitude de Isabel uma loucura. Mas agora que estava feito, e se havia uma chance deles destruírem o Slender Man e voltarem para casa, então ele não ia recriminá-la. Ela fez o que achava certo. E fez aquilo por eles. Para ajudá-los. Certamente, os adultos não iam deixar que Isabel servisse como isca e, por isso, ela agiu daquele jeito. Por conta própria.

Sendo assim, ele ponderou:

— É, você é muito maluca, Isabel. Você se arriscou demais, é verdade, mas... Se isso der certo, se nós realmente pararmos aquela coisa feia e sairmos daqui... Eu nem sei como vou te agradecer.

— Eu sei. — anunciou ela abrindo um enorme sorriso. — Eu quero uma garrafa térmica!

— Pra quê se a sua mãe quase não deixa você tomar café? — debochou Rachel. E depois que Isabel e Henry trocaram um olhar cúmplice, ela deduziu: — Certo, a tia Mia não vai saber disso.

Isabel suspirou profundamente e murmurou:

— Sabem, eu daria qualquer coisa por uma xícara de café agora mesmo.

— E eu por uma torta. — disse Henry fechando os olhos e lambendo os lábios ao pensar na sua torta favorita.

— E eu por um xampu, um condicionador e um reparador de pontas. — confessou Rachel fazendo os três a olharem intrigados. — Meu cabelo está uma palha... — disse enquanto pegava algumas mechas entre os dedos, mas parou quando percebeu os olhares sobre ela e rapidamente voltou a si. — Tudo bem, eu daria qualquer coisa por um generoso e saboroso prato de comida. Qualquer um. — corrigiu-se.

Emily sorriu diante daquela conversa relativamente descontraída e resolveu entrar na brincadeira:

— E eu daria qualquer coisa por um X-Bacon.

Os olhos de Henry brilharam ao ouvir aquilo e então ele quis confirmar:

— Você gosta de X-Bacon?

— Gosto não, amo! É o meu favorito. — confidenciou Emily.

— O meu também. — confessou Henry a olhando com certo interesse.

Emily não conseguiu conter um leve sorriso ao ouvir aquilo e então os dois ficaram se encarando em silêncio. Isabel e Rachel observaram os dois durante algum tempo, antes de se entreolharam intrigadas. Em seguida a mais velha pigarreou para chamar a atenção de Emily e do primo, que finalmente voltaram a si.

— Tudo bem, me deixe ver a tal arma. — pediu Emily em seguida.

Prontamente, Isabel descolou a fita que prendia a Colt em sua barriga e a entregou para a menina, que logo começou a examinar a arma.

Enquanto isso no Bunker dos Homens das Letras

Era noite e todos estavam reunidos na sala principal. Completamente esgotados, ainda mais preocupados com as crianças e, no fundo, começando a perder a esperança de que eles voltariam para casa. Claro que ninguém ali admitiria isso. Eles tinham que lutar até o fim e iam fazer isso.

Sentada em um pequeno sofá no canto da sala, olhando para o desenho feito por Isabel pouco antes de desaparecer, Mia murmurou:

— Se pelo menos eu entendesse o significado disso.

Sentados em volta da mesa, Sam, Dean, suas esposas, Bobby, Jody e Garth olharam na direção dela, também querendo entender o que Isabel tinha desenhado e com o que havia sonhado exatamente.

Mas eles já haviam tentado isso antes e não tiveram nenhum êxito. Então, eles voltaram a se concentrar nas inúmeras pesquisas que estavam fazendo sobre o Slender Man e a dimensão misteriosa que ele habitava.

Enquanto isso, Castiel se aproximou, sentou ao lado de Mia e olhou para o desenho que ela segurava, mas também não entendeu o que a filha quis dizer com aquilo. Isabel tinha apenas seis anos, era muito inteligente, mas desenhar não era o seu forte.

Em seguida, a caçadora colocou o desenho sobre uma mesa de centro, na frente do sofá, apoiou os cotovelos nas pernas, fechou os olhos, abaixou a cabeça e levou as mãos ao rosto.

Castiel passou um braço em volta da caçadora e repousou a mão em seu ombro. Então Mia tirou as mãos do rosto e se aproximou do anjo, deixando que ele a abraçasse melhor.

— Os outros anjos realmente não tem nenhuma informação sobre a tal dimensão para onde o Slender Man levou as crianças? — questionou ela, embora já soubesse a resposta.

— Não. Eu sinto muito. — disse Castiel tentando esconder o quão angustiado estava e como sentia-se impotente por não poder trazê-los de volta com os seus poderes. Depois de alguns instantes em silêncio, ele tentou animar a esposa e a si próprio dizendo: — As crianças vão ficar bem, Mia. Eles vão voltar para nós.

— Como? — duvidou a caçadora. — A Isabel levou a Colt, mas mesmo que ela encontre o Henry e a Rachel do outro lado, nenhum deles sabe atirar.

— Eles são espertos, vão acabar descobrindo. — supôs o anjo. — Não que a ideia de que eles usem uma arma me agrade, mas se for necessário para trazê-los de volta, sãos e salvos... Então que assim seja.

— Eles estão lidando com um monstro, Cas. Eu sei que eles são crianças muito inteligentes, mas ainda assim, são apenas crianças. Crianças lidando com um monstro. Sozinhas. Em um mundo paralelo desconhecido. — refletiu Mia ficando ainda mais preocupada e aflita. — Além disso... — de repente ela parou de falar enquanto uma pergunta surgia e martelava em sua cabeça.

— Além disso? — incentivou Castiel enquanto todos na mesa olhavam na direção dos dois no sofá, também querendo saber o que Mia havia pensado.

Visivelmente angustiada com aquela ideia, Mia se afastou um pouco do anjo, olhou para ele e para todos na mesa, engoliu em seco e expôs temerosa:

— Supondo que algum deles descubra como usar a Colt e atire no Slender Man, o que acontece depois? Com a tal dimensão? E com as crianças? Elas simplesmente voltam para casa ou... Elas não vão ficar presas do outro lado, vão? Tipo... Para sempre?

Um clima tenso e angustiante se instalou na sala logo após o questionamento de Mia. Na verdade, até aquele momento, nenhum deles havia se perguntado aquilo, mas agora não conseguiam pensar em outra coisa. E assim foram ficando cada vez mais aflitos e preocupados. A situação, que já era horrível, poderia piorar ainda mais.

Claire tentou controlar a vontade de chorar, enquanto Natalie tentava não pensar mais naquilo. Nenhuma delas podia aceitar que havia uma chance de não verem os filhos nunca mais. Tampouco, Sam e Dean.

Mas o que eles poderiam fazer para impedir que uma tragédia assim acontecesse?

De repente, Dean levantou da cadeira e disse atordoado:

— Já chega. Aquele magrelo dos infernos não vai ficar com o meu filho! Nem com a minha sobrinha, nem com a Isabel, nem com a tal Emily, nem com nenhuma criança!

— E o que você pretende fazer? — questionou Sam também se levantando.

— Ir até a floresta onde a Isabel sumiu. Foi lá que o Slender Man esteve pela última vez, certo? Talvez ele resolva aparecer de novo, se perceber que pode levar mais alguém para o outro lado. — expôs Dean fazendo Natalie o olhar aflita com a ideia de que aquele monstro levasse o seu marido também.

— Eu vou com você. — habilitou-se Sam.

— Não! — discordou Claire se levantando junto com Natalie. — Por favor, Sam... Não faça isso. Eu não vou aguentar se você desaparecer também.

— Eu não vou desaparecer, Claire. Eu vou voltar. E com a nossa filha. — afirmou o Winchester mais novo, embora não tivesse como garantir aquilo.

— Eu também. Eu só volto com o Henry, com a Isabel e, se Emily Carter ainda estiver viva, com ela também. — disse Dean resoluto.

— Vocês não tem qualquer chance contra aquele monstro. — ressaltou Garth preocupado com os amigos e em como aquela atitude poderia piorar ainda mais as coisas.

— E estão agindo com a emoção, o que nunca acaba bem. — disse Bobby.

— Dane-se! Agir com a razão não está adiantando porcaria nenhuma, então eu vou jogar com as cartas que eu tenho e ponto final! — esbravejou Dean.

— Quais cartas? — indagou Jody para lembrá-lo de que ele não tinha nenhuma.

O Winchester mais velho ficou um tanto atordoado como se também se perguntasse a mesma coisa, mas em seguida argumentou:

— Eu amo o meu filho e vou fazer qualquer coisa para trazê-lo de volta.

— Neste caso, eu vou com você, Sr. Awesome. — avisou Natalie.

— Eu também. — disse Claire.

— Nem pensar. — discordaram Sam e Dean ao mesmo tempo.

— O Henry é meu filho também e eu não vou ficar aqui enquanto você se arrisca sozinho por ele. Eu quero o meu Bebê Awesome de volta, tanto quanto você. — argumentou Natalie fitando o marido.

— E eu prefiro ficar presa em uma dimensão com você e com a nossa filha, do que ficar sem vocês dois no meu mundo. — expôs Claire com a voz embargada enquanto olhava para Sam.

Cansado daquela discussão, Bobby se levantou, apoiou as mãos na mesa e se pronunciou:

— Vocês sabem muito bem que o Slender Man não vai aparecer assim. Dois casais de caçadores na floresta? Ele não é estúpido. Se vocês estão cansados de andar em círculos aqui e quiserem arejar um pouco a cabeça, tudo bem, podem ir. Mas todos nós sabemos que ir para aquela floresta será em vão.

Houve um longo momento de silêncio durante o qual Sam e Dean perceberam que Bobby tinha razão. Mas continuar no bunker, mexendo naqueles livros e sem nenhum progresso, enquanto seus filhos estavam em algum lugar, passando sabe-se lá o quê, estava acabando com eles. Com todos eles, aliás.

— Você está certo. — disse Dean por fim. — Provavelmente, será em vão. Mas eu preciso tentar alguma coisa ou vou acabar enlouquecendo.

Bobby assentiu e em seguida olhou para Sam. Pela expressão dele, Bobby entendeu que ele também não aguentava mais ficar ali, cercado por lembranças de Rachel e sem poder fazer nada pela filha.

Ao olhar para Claire e Natalie, Bobby entendeu que elas também precisavam de um tempo. Mia e Castiel davam indícios de que queriam ir para a floresta também.

Aquilo podia não adiantar coisa alguma, mas quem sabe eles não encontrassem alguma pista por lá? Algo que passou despercebido? Ou mesmo que não encontrassem pista alguma, mesmo se o Slender Man não aparecesse, pelo menos eles poderiam arejar a cabeça, como Bobby havia dito.

Por fim, o velho caçador respirou fundo e orientou:

— Podem ir, idjits. Eu, a Jody e o Garth vamos ficar e continuar procurando uma forma de abrir um portal para o outro lado. Qualquer coisa, nós ligamos.

— Obrigado. — agradeceu Sam antes de sair da sala seguido por Claire.

Logo os outros dois casais também deixaram o recinto.

Em algum lugar longe dali...

Henry, Rachel e Isabel estavam sentados em volta de Emily, que tentava entender como a Colt funcionava. Ela já tinha visto que a arma estava carregada e tinha localizado uma trava de segurança um tanto rudimentar, mas, com certeza, muito revolucionária para a época em que a arma foi feita, no século XIX.

A todo momento, as crianças olhavam em volta, sentindo que a temperatura estava caindo e que aquilo não devia ser um bom sinal.

Tentando não pensar no medo que sentia, Emily segurou a arma com firmeza, apontou para uma das paredes e explicou:

— É uma arma antiga, mas o conceito é o mesmo. Retire a trava de segurança, mire e aperte o gatilho.

Ela explicou aquilo sem fazer uma demonstração prática, apenas indicando cada parte da arma, como segurá-la e onde posicionar os dedos.

Eles não podiam desperdiçar a munição, muito menos fazer barulho atirando na caverna. Tinham que pegar o Slender Man de surpresa.

Instantes depois, Emily colocou a Colt no chão e ela, Isabel, Rachel e Henry ficaram olhando para a arma, como se estivessem decidindo quem ia atirar quando chegasse a hora.

Voltando a sentir medo, Emily olhou para Isabel e perguntou receosa:

— O que os adultos descobriram sobre o Slender Man mesmo? O que ele... Faz com as crianças?

Henry e Rachel engoliram em seco antes de Isabel explicar:

— Eu ouvi eles conversando, mas não entendi direito. Eu não sei como, mas parece que o Slender Man... Absorve a nossa energia. Ele precisa disso para sobreviver. Então, de oito em oito anos ele... Recarrega as baterias.

Desta vez foi Emily quem engoliu em seco enquanto sentia o pavor crescer dentro de si. Sentindo um forte arrepio percorrer o seu corpo, ela indagou:

— E vai doer?

Imediatamente, Henry segurou uma das mãos dela, fazendo a menina olhar para ele, e afirmou:

— Ele não vai te machucar. Eu prometi, lembra? E agora nós temos a Colt. Vai dar tudo certo.

Emily fechou os olhos por um instante e lágrimas escorreram pelo seu rosto.

Por mais que eles tivessem a arma, muita coisa podia dar errado. A arma podia simplesmente não funcionar contra aquele monstro. Ou talvez, eles nem teriam a oportunidade de testá-la. E se o Slender Man aparece de repente e...

O som de passos se aproximando e causando leves tremores no chão da caverna fez com que os quatro se entreolhassem assustados e levantassem rapidamente.

As crianças olharam para a estreita abertura em uma das paredes e sentiram a vibração de novos passos se aproximando.

Não demorou muito para que uma névoa começasse a entrar por aquela abertura... Rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Vocês devem estar se perguntando como que eu termino o capítulo deste jeito e eu respondo: é porque vocês ainda não viram o final do próximo...

Não adianta perguntar o que diacho a Isabel desenhou porque eu vou revelar na hora certa. Então aguardem, confiem e verão.

Agora sobre o capítulo, será que vai adiantar alguma coisa esses casais indo para a floresta? Será que o povo que ficou no bunker vai encontrar uma forma de abrir um portal para o outro mundo aos 45 do segundo tempo? Será que alguma das mini pessoas vai atirar no magrelo mal vestido? E se sim, será que a Colt vai funcionar? E depois? O que acontecerá?

Respostas no próximo capítulo, que postarei no sábado! Se bem que.... Se eu receber uma recomendação bem diva, eu até posso postar antes... Vai saber, né? Mas não se sintam obrigados a recomendarem, comentários bem divônicos também me dão um negócio bem coisado e eu fico louquinha para postar o próximo capítulo. Ficam as dicas kkkkkkkkkkkkkkk

Bjs!

Reviews?

PS: Qualquer semelhança entre Mia e Isabel não é mera coincidência kkkkkkkk a menina é louquinha por café e fala rápido, assim como sua mãe.

PS2: A Rachel querendo um shampoo, condicionador e reparador de pontas kkkkkkkkk pode isso, sociedade? Naquele momento super tenso?



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