Annabeth

A chuva estava tão forte que eu e Percy não conseguimos chegar na casa da árvores, ou seja, estávamos perdidos. Percy continuava a fazer piada de tudo, quando eu me irritei e mandei ele calar a boca, ele não falou nada por curtos dez segundos...

– Sabe, - o moreno começou, quando nos abrigamos embaixo de uma arvore com raízes enormes, as raízes e folhas nos protegiam do temporal – nós nunca discutimos a verdadeira relação que temos.

Suspirei, sabia que aquele momento chegaria.

– Eu sou nova para casamentos, Percy.

– Eu também... esperava pegar mais algumas vinte primeiro.

– Cala boca. – Disse rindo.

– Não é tão ruim assim. – Falou ele sério.

– O que?

– Eu me casar com você.

– Também não é tão ruim pra mim. – Falei sorrindo, apoiei minha cabeça em seu ombro e fechei os olhos. – eu só vou precisar tomar alguns calmantes.

– Engraçadinha.

E ficamos em silencio por alguns minutos. Comecei a pensar como os adultos estariam resolvendo as coisas lá em Nova York, como estariam escondendo da imprensa e se Afrodite começara a preparar os arranjos do casamento. Eu iria me casar, a ficha estava caindo. Lembrei da conversa que tive com Percy no meio da noite, onde ele me disse que Zeus não acreditava em papeis, precisava de algo físico.

– Percy. – Sussurrei.

– Hum? – Perguntou ele com uma voz grossa, como se tivesse acordado agora.

– Como vamos... – limpei a garganta. – ter um filho sem sexo?

Percy pareceu se assustar. Levantei a cabeça de seu ombro e encarei ele nos olhos.

– Como assim, Annie?

– Você me disse aquela noite no seu ap, que Zeus não acredita em papeis, prefere algo físico.

– Sim, nosso casamento.

– O casamento também é um papel, Percy.

Ele pareceu pensar antes de responder. Observei sua face, confusão, surpresa e malicia.

– Então temos que ter um herdeiro?

– Exatamente. – Disse sussurrando.

– Isso não vai ser algo difici...

– Nem ouse terminar a frase Jackson, não vou transar com você!

– Você não irá resistir esse corpitcho por muito tempo.

– Você pensa antes de falar?

– Annie, calma. – Parei um pouco e encarei ele. – Só estava brincando, nunca vou fazer algo que você não queira.

Não disse nada apenas assenti e encarei ele. Lembrei de tudo que passamos e do que revelamos um para o outro e percebi... eu poderia não considerar, fingir não acreditar, mas Percy tinha virado meu melhor amigo nessas últimas semanas, mesmo com tanta discussão. Encarei sua face e vi o cansaço de tudo isso bem claro. Quando eu ia falar alguma coisa, ele me beijou.

Foi um beijo intenso, desejado e calmo, que logo se tornou rápido. Como se quiséssemos devorar um ao outro. Percy arrancara minha blusa e eu rasgava a sua. Ele abriu meu sutiã e começou a beijar meus seios, apertando um e chupando o outro, enquanto me prensava na arvore. Eu nunca tinha tido tanto prazer. Nem quando Luke fez uma guerra com sua língua no meu clitóris. Comecei arranhar as costas de Percy enquanto o mesmo beijava minha barriga e descia meu short. O moreno chegou na barra da minha calcinha e me deixou completamente nua. Interrompi seu contato e ele pareceu confuso. Percy olhou nos meus olhos tristes, e eu apenas sorri.

– Espero que eu não me arrependa disso, Perseu. – E o beijei de novo, mas dessa vez eu o guiei.

Encostei ele na árvore e depositei beijos em seu pescoço, com as mãos apertava seu abdômen, ouvi ele suspirar. A chuva caia fina sobre nós dois, graças a arvore, pensei em várias coisas mais só por essa vez, decidi não estragar o momento. Ele era meu noivo, não? Baixei minhas mãos até a barra de sua calça e abaixei ela, e dei um beijo em seu membro, por cima da cueca. Ele pareceu se retorcer. Isso está errado. Minha mente sussurrava, e eu tentava ignorar. Luke vai ficar tão bravo. Cale a boca. O amigão dele já entrou dentro da amigona da Dre...

Parei com tudo bem na hora que ia baixar sua cueca. O que eu estava fazendo? No meio da floresta, no barro, na chuva, com Percy. Ele pareceu confuso mais uma vez. Suspirei e com vergonha, disse:

– Sinto muito, eu não consigo.

Percy abaixou a cabeça tentando não me encarar nua. Vesti minhas peças intimas e depois a roupa, ignorando o olhar sobre meu corpo. Quando virei para ele, ele já estava com sua calça e vestia uma blusa toda rasgada.

– Sinto muito por isso também.

Ele deu um sorrisinho fraco como se dissesse: “tudo bem.”

– Vamos, - ele disse baixo. – a chuva já parou.

E realmente tinha parado.

Caminhamos o percurso da volta em silencio. Eu queria me desculpar por ter retrocedido, por ter acabado com o momento mais uma vez. Eu gostava de Percy, mas não admitiria isso a mim mesma. Outra coisa herdara da minha mãe, orgulho.

Quando chegamos na casa da arvore, espiamos Leo e Calypso se beijando. E parece que não tinha sido o primeiro beijo dos dois, pois Calypso estava seminua, e Leo apenas de cueca. Olhei para Percy e ele assentiu, iriamos esperar os dois acabarem isso e fomos até a praia.

Thalia

– Caramba Di Angelo! – Eu falo, quando vejo Nico errar o caminho pela terceira vez.

– Porque tenta você ser a guia então?

Dou de ombros e aceito. Com certeza seriamos uma guia melhor, já que agora estávamos dentro de uma caverna totalmente escura e felizmente sem bichos.

– Pois eu vou. – Falo – Vamos só esperar a chuva acalmar para irmos.

– Tudo bem, - diz Nico se sentando em uma pedra. Me sento ao lado dele. – Imaginei você se sentando do outro lado.

– Se quer que eu vá é só falar. – Digo brava levantando, mas Nico me puxa pelo braço, me fazendo sentar em seu colo. O olho mortalmente.

– Foi mal.

Mas ele não parecia arrependido. Senti seu amigão saltitar embaixo de mim e quase vomitei. Tentei levantar mas ele não deixava, até que ele sussurrou no meu ouvido.

– Você também quer, não é? – Meus pelos se eriçaram.

– Nem morta. – Sussurrei.

– Não negue seus sentimentos.

– Eu não tenho coração para sentimentos. – Disse, me virando e enlaçando minhas pernas em volta da sua cintura. – Nem cabeça para certas coisas.

E Nico me beijou. E assim ficamos por muito tempo, até as coisas esquentarem. Quando eu vi, ambos estávamos pelados, minhas mãos no seu membro e minha língua explorando sua boca. Suas mãos apertavam minha bunda e cintura, com desejo. Nico me prensou na parede e beijou todas as partes do meu corpo. Quando eu vi novamente, eu já estava deitada no chão duro da caverna e Nico entrando em mim. Chegamos ao ápice juntos e ele se estirou ao meu lado.

– Nossa. – Ele disse.

Escutar a voz dele me fez sair do transe e eu arregalei meu olho e me joguei em cima dele. Ele se assustou e quase gritou. Tampei sua boca com uma mão e com o outro braço, segurava seu pescoço.

– Se você contar isso para alguém... – Ele não parecia estar prestando atenção, e sim, nos meus peitos balançando na sua cara. – Eu juro que te mato.

Ele assentiu eu tirei minha mão de sua boca, saindo em cima de mim e ignorando seu amigão me chamando. Vesti minhas roupas e observei o sol lá fora.

– Vamos, - disse quando ele terminou de se vestir. – eu guio.

Em Nova York...

Zeus sorria enquanto via os helicópteros decolarem até a ilha em que seus filhos estavam. A empresa toda parecia animada, Atena Chase resolveu ir em um dos helicópteros assim que soube da notícia e Poseidon também.

Zeus sabia que um papel entre a empresa de Atena e Poseidon, poderia resolver as coisas, mas resolveu fazer tudo aquilo pois sabia que o irmão ainda era apaixonado pela Chase, mesmo com Sally no hospital. Mas Sally estava em coma a muito tempo, e por mais que Poseidon não tivesse contado a ninguém, Zeus sabia que o médico da família Jackson esteve ligando para seu irmão. Se Sally não acordasse em dois meses, teriam que desligar os aparelhos. Zeus suspirou cansado. Em poucas horas as crianças estariam de volta a Nova York, tentando superar os sustos que levaram. Os sequestradores ligaram dois dias atrás dizendo que elas tinham sido deixadas em uma ilha, e só passariam a localização se Zeus desse dinheiro. Muito dinheiro. Mas Zeus não precisou disso, seu telefone estava grampeado, e a polícia conseguiu localizar a ligação. Dava para um armazém abandonado do outro lado da cidade, em questão de horas, a polícia prendeu dois caras, contudo não tinha acabado. Os dois homens, um se chamava Ares e o outro Atlas, disseram que não eram os cérebros por trás de tudo e Zeus tinha certeza que não. Seu pai estava voltando.

Jason.

Quando vi os helicópteros da empresa, quase chorei.

Você achou que eu ia ficar feliz? Eu até iria, se eles não tivessem chegado em momento tão impróprio. Eu e Piper estávamos conversando sobre a nossa relação, e eu estava quase na parte de me desculpar quando sentimos os vento forte das hastes do helicóptero. Foram mandados dois helicópteros. Um com Atena e Poseidon, barra, suspeitos, barra. E outro com Afrodite e Hefesto. Eu e o pessoal entramos nos helicópteros e demos tchau a ilha que nos deixaria várias lembranças, pelo menos pra mim, porque eu nunca esqueceria do que rolara ontem, durante a chuva e tenho certeza que Piper também não.

O helicóptero que eu estava, tinha o piloto e o copiloto, Hefesto, Afrodite abraçando Piper e beijando-a a cada segundo, o que me fez rir, quando vi a cara desesperada da garota para se livrar da mãe. Leo, Calypso e Nico. No outro estava Thalia, Poseidon, Atena, Annabeth e Percy e os pilotos. Antes de todos entrarem no helicóptero, percebi que no dia da chuva muitos acontecimentos rolara, e que eu e Piper não seriamos os únicos a guardarmos segredos.

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I'm leaving today

I want to be part of it

New York, New York

Annabeth

Assim que entrei no helicóptero e vi Atena e Poseidon civilizados, soube que aí tinha coisa. Percy iria no outro helicóptero, mas minha mãe não deixou e Poseidon a apoiou. Vi que os dois ficaram meio irritados quando Thalia não teve escolhe e teve que entrar no nosso helicóptero por falta de espaço no outro, sorri quando vi ela subir as escadas e se jogar do meu lado.

– Ai. Meu. Deus... – sussurrou ela me encarando.

– Depois você me conta. – Olhei seria para ela e ela concordou. – E aí família feliz, que que ta rolando?

Minha mãe me olhou reprovando antes de explodir.

– O que ta rolando Annabeth Carter Chase? – Quase explodi de vergonha quando ela pronunciou meu nome do meio, herdado da minha a vó que me odeia. – Ta rolando que vocês desapareceram por quase uma semana!

– Uma semana? – Me assustei. – Nas minhas contas foram... É uma semana, eu disse dando de ombros.

Atena revirou os olhos e meu coração despedaçou. Vi Poseidon abraçar Percy batendo em suas costas gritando: Esse é meu garoto!

Minha mãe pareceu perceber porque sua carranca desapareceu e ela sentou do meu lado e me abraçou, ouvi ela sussurrar:

– Você pode não acreditar, mas senti sua falta, filha.

Senti uma lagrima dela cair sobre meu ombro nu.

– Eu também mãe. Também.

Depois disso apoiei minha cabeça em seu colo, enquanto ela vazia cafune e Thalia apoiava sua cabeça na minha bunda para dormir. E não demorou para eu dormir também.

Quando acordei novamente, já havíamos chegado e Thalia descido do helicóptero. Quando eu ia descer, minha mãe me impediu. Olhei para os três ali: Poseidon, Atena e Percy. Percy parecia confuso como eu.

– Temos um comunicado.

Ah não.

Me sentei do lado de Percy, e Atena e Poseidon sentaram na nossa frente. Poseidon encostou a porta quando os pilotos saíram também, agora só havíamos nós quatro.

– Dá pra vocês falarem? – Percy se pronunciou pela primeira vez desde que disse “estou bem” para seu pai.

– Quero que vocês saibam, - enrolou minha mãe – é que nenhum de nós estamos confortados com isso.

– Sim, - confirmou Poseidon – realmente não, mas Zeus nos obrigou.

– Falem logo. – Eu e Percy falamos em uníssono, e abaixamos a cabeça, não nos falávamos desde a noite da chuva.

– Nós moraremos juntos. Nós quatro.

Ai meu mundo desabou, de novo.

Annabeth: