[HIATUS] Trying not to love you escrita por PC Boêta


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Impressionante como uma ameça surte efeito, não é mesmo? Foram 11 comentários no capítulo passado e eu amei cada um deles. Espero que vocês comentem o mesmo tanto nesse.
Outra coisa: hoje é aniversário do Draco, somente por isso estou postando. Eu não gostei do capítulo, ficou muito sem graça, portanto eu precisava postar algo. Perdoem-me, o próximo estará mil vezes melhor. E cheio de surpresinhas. E quem acertar a surpresa, ganha spoiler antes de qualquer um:-)
E vou dedicar esse cap pra srtagramatica... Ela mandou a primeira recomendação da fic e eu não tenho nem palavras pra agradecer! Muito obrigada! Significa muito pra mim!
É isso, boa leitura!
#HappyBDayDracoMalfoy



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POV DRACO

Minha mãe permaneceu com a expressão ilegível durante todo o tempo em que eu estive falando, com os olhos atentos e turbulentos. Só esboçou algum tipo de reação quando eu contei sobre a aposta; seus olhos se semicerraram minimamente e a boca se pressionou em uma linha fina. Quando acabei com meus relatos, estava sem fôlego. Virei o que havia restado do licor na boca e a olhei com expectativa. Minha mãe era sempre uma ótima conselheira, boa ouvinte e imparcial em suas críticas. Isso fazia dela minha melhor amiga. Durante a guerra fomos confidentes um do outro... Meu pai se isolava, sabe-se lá porquê.

Narcisa suspirou e revirou os olhos, então disse:

“Você não muda nunca, não é?” disse ironicamente.

“Mãe!” a repreendi com um olhar. Ela ergueu as mãos, ao lado da cabeça, em sinal de rendição.

“Tudo bem... O que você quer que eu diga, Draco?” ela perguntou, abaixando as mãos e depositando-as no colo.

“Eu não sei... Quero sua opinião sincera sobre tudo isso.” Disse resignado.

“Primeiro me responda algo...” ela fixou o olhar em mim, de modo que não tive como quebrar o contato visual. Ela usava essa tática quando achava que eu poderia mentir na resposta. “Quem é Hermione Granger?” prendi a respiração e pensei com cuidado na resposta. Eu não queria decepcioná-la.

“Uma mulher, bruxa, que trabalha no Ministério da Magia.” Respondi, incerto quanto ao que ela poderia achar disso. Eu havia dito que Granger era bruxa, isso já devia ser considerado um avanço. Depois de tudo que fui obrigado a defender minha vida toda, como verdade, eu dizer que Granger era bruxa é quase um milagre. Estou tendo que rever todos os conceitos que foram incutidos em minha mente como verdade, estou modificando tudo que eu achava que era o certo. E estou vendo que, no fundo, os valores defendidos por meu pai durante tantos anos eram uma bobagem.

Minha mãe analisou minhas feições, calmamente, e suspirou.

“Sinceramente, Draco... Estou com medo do feitiço virar contra o feiticeiro.” Olhou para baixo, devagar, e subiu o olhar para meu rosto, novamente.

“Não entendi, mãe.” Franzi a testa, confuso.

“Ora essa, Draco! Sejamos realistas...” ela ergueu as mãos em exasperação e me lançou um olhar suplicante. “Durante todos esses anos você tem fugido de garotas, e relacionamentos, como o diabo foge da cruz. Tenho medo que, durante essa aposta medíocre, você acabe se envolvendo com a Granger.” Ela disse num fôlego só. Arregalei os olhos com incredulidade e balancei a cabeça levemente em negação.

“Mamãe, não há risc...” minhas palavras se perderam com a risada que escapou da boca dela.

“Não me diga que não há esse risco!” ela apontou o dedo indicador em minha direção, o corpo balançando com a risada. “Você se conhece e eu também! Você não resiste às garotas!”

“Narcisa!” falei seu nome, seriamente, e seu riso foi substituído por uma expressão descontente.

“Você sabe que não gosto quando você fala nesse tom comigo, mocinho.” Apontou ela, calmamente.

“Eu sei. Me desculpe, mamãe!” me desculpei, arriando os ombros desgastado. “Só estou chocado! Não tinha pensado nisso. E... Bom, e é a Granger! Não há maneira disso acontecer.” Disse, convicto. O corpo de minha mãe se balançou com mais um riso.

“Então, tudo bem. Mas depois não diga que eu não avisei... Você pediu o meu conselho e eu estou dando: não faça apostas com sentimentos. Elas nunca dão certo. Um lado, ou outro, sempre sai machucado.” Ela disse indiferente.

“Isso é um conselho ou um aviso?” perguntei, me precavendo.

“Um conselho. Contudo poderá se tornar um aviso ao decorrer do tempo... E da sua evolução, ou não, nessa aposta.”

Depois de me despedir de minha mãe, me encaminhei para fora da mansão. Caminhei lentamente até o portão de ferro retorcido, atravessei-o e aparatei, com o beco próximo ao meu apartamento em mente. O saguão estava vazio. E, quando o elevador chegou eu, também, era o único lá dentro. Esperei pacientemente, ouvindo a música ambiente, até chegar ao meu andar. Quando entrei, só no que eu pensava era que precisava de um banho. Enquanto a banheira negra enchia-se de água quente, tirei minhas roupas e joguei-as em qualquer canto do meu quarto. Eu não era do tipo organizado: em nenhum sentido da minha vida. Fui até a sala, nu, e enchi um copo com whisky, colocando algumas pedras de gelo, e voltei para o banheiro. Despejei sais de banho na água e entrei na banheira, sentando e me acomodando para passar um bom tempo ali, relaxando.

Não percebi quando acabei com o whisky do meu copo. Adormeci enquanto a temperatura da água caía consideravelmente e pensava no que minha mãe tinha dito. Ela, definitivamente, estava errada dessa vez.

POV HERMIONE

Depois de voltar do orfanato, tinha dedicado o resto de meu dia para ler. O tempo estava, realmente, esfriando. Então fiquei embaixo das cobertas, com um livro nas mãos e chocolate quente para me ajudar na ressaca, que ainda fazia minha cabeça zunir.

Minha atenção se perdeu em uma parte do livro e vagou desenfreada pela manhã que, juntamente com meus pais, eu tinha passado no orfanato. A menininha loira. Eu estava fascinada por ela! Se meus pais não a escolhessem, eu escolheria. Que problema há nisso, afinal? Ela parecia extremamente comigo quando mais nova... Mas, também, tinha algumas atitudes e expressões corporais que me lembravam alguém. Eu só não conseguia atinar quem.

Depois de passar por isso, comecei a pensar no Torneio Tribruxo que o Ministro estava organizando. Se tudo desse certo, eu seria juíza. Sorri inconscientemente com esse pensamento... Seria interessante poder julgar algo lendário. Seria desafiador estar por trás da organização de um evento tão importante quanto o Tribruxo. Da vez que pude presenciá-lo, não consegui desfrutar inteiramente das tarefas desenvolvidas e propostas cuidadosamente pelos meus mestres; estava preocupada demais com Harry para isso. Mas dessa vez, eu estaria lá justamente para isso. Para analisar a tarefa e o desempenho de cada campeão durante elas. Seria fascinante!

O telefone tocou tirando-me de meus devaneios. Estiquei a mão, procurando-o no emaranhado de edredons que se enrolavam ao meu redor na cama. Olhando a tela, depois de achá-lo, vi um nome conhecido e um sorriso misturado ao emaranhado de cabelos longos e vermelhos de Gina.

“Oi, Gina!” atendi casualmente.

“Mione, estou batendo na sua casa há séculos... Você saiu?!” Gina disse, com indignidade pontuando cada sílaba que saía de sua boca, através dos ruídos mandados pelo telefone celular. Os Weasley, mesmo sendo sangues puros, eram adeptos de alguns utensílios trouxas. Gina, particularmente, adorava o telefone celular... Ela achava o meio de comunicação mais eficaz do mundo.

“Não!” disse, saindo da cama num pulo e procurando os chinelos com os olhos, sem obter sucesso. “Não, estou no quarto... Não ouvi você bater. Estou descendo para abrir agora!” desliguei o telefone e desisti do chinelo, descendo com os pés descalços enviando baques surdos pelo corredor da escada.

Abri a porta e alguns flocos de neve entraram com Gina, que tinha uma expressão mortificada.

“Você quase me fez virar picolé, Mione.” Disse espanando as mãos nos ombros, para tirar os poucos flocos de neve que haviam se acumulado, jogando-os no chão sem cerimônia. Aproximou-se do cabide para casacos, despindo-se do seu e do cachecol que ostentava ao redor do pescoço.

“Como é exagerada, Gina!” exclamei, revirando os olhos e balançando as mãos em sinal de indiferença. Gina bufou, finalmente, virando-se para me olhar.

“Você ainda está de pijamas? Não ia sair com seus pais?” ela perguntou, acusadora.

“E saí.” Virei, me encaminhando para a cozinha a fim de ferver água para fazer um chá. “E voltei. Vesti meu pijama, fiz chocolate quente e li. Tive uma tarde incrível curtindo minha ressaca.” Disse ironicamente. Gina riu pelo nariz, andando atrás de mim e se acomodando em uma das cadeiras dispostas em volta da mesa de mogno lustroso da cozinha.

“Você é muito fraca pra bebidas, Mione.” Balançou a cabeça para os lados achando graça e emendou. “Então: como foi com seus pais no orfanato?” ela perguntou casualmente. “Você disse que me explicaria depois o que está rolando...” apontou.

“Meus pais querem adotar uma criança... Isso eu já disse.” Enchi a chaleira colocando-a no fogão e me sentando de frente à Gina. “Então, hoje fomos ao orfanato que eles escolheram para podermos avaliar e conhecer as crianças. Eles querem minha opinião, sabe.”

“Eles estão loucos... Você vai escolher alguém igual à você, coitados!” Gina opinou, sorrindo. Bufei e a fuzilei com os olhos.

“Não, Gina... Mas, admito que, reparei em uma criança em especial. Ela. Não sei o nome. Ela é linda. E me parece muito inteligente.” Disse com olhar sonhador, pensando na menininha loira que o nome ainda era um mistério para mim.

“Uma nerd! Puxa vida, Mione! Você poderia escolher alguém diferente de você... Seus pais já sofreram o bastante com você.” Debochou ela.

“Gina!” exclamei, sorrindo. “Meus pais também gostaram dela. Vamos voltar lá no meio da semana... Já marquei com eles. Quarta-feira, na parte da manhã.” Acrescentei.

“Posso ir junto?” perguntou ela, ansiosa, querendo dar pulos na cadeira.

“Pode!” disse, repentinamente animada. “Você, também, vai amá-la. Ela é como um ímã. Você se sente atraído por ela, mesmo que esteja a quilômetros de distância.”

“Agora estou curiosa...” Gina disse, batendo palmas.

Nesse momento a chaleira apitou. Levantei-me para preparar o chá para nós, já pensando em quarta-feira. Pensando que veria a linda menina que me conquistou com apenas um dia.

POV DRACO

Acordei com tudo escuro ao meu redor. Eu havia dormido tanto que nem percebi que já havia escurecido. Quando me mexi, revolvendo a água ao meu redor, senti um calafrio na espinha e fiz uma careta de desgosto; ela estava gelada e meus dedos estavam enrugados depois de tanto tempo mergulhados nela. Me sentei, destampando o ralo com a intenção de poder me esquentar com a ducha. Levantei-me e liguei o chuveiro. A água quente começou a escorrer sobre meus ombros, relaxando os músculos que estavam travados, depois de dormir de mau jeito.

Depois de me vestir e tomar uma xícara de café recém passado, sentei na beirada da cama tomando uma decisão: eu iria colocar o meu plano de ganhar a aposta em prática. E o mais rápido que conseguisse. Não poderia perder tempo. Eu não gosto de perder. E não importam quais sejam as barreiras que se ergam à minha frente: eu vou derrubá-las uma a uma, até não sobrar nenhuma.

Hermione Granger era o meu foco e nada, absolutamente nada, poderia entrar no meu caminho. Muito menos o que minha mãe mais temia: sentimentos.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que acham que vai acontecer no próximo cap! Quem acertar ganha spoiler ou, até mesmo, o direito de ler o cap antes de todo mundo hahahha
Espero que tenham gostado e não esqueçam de comentar o que acharam aqui embaixo!
Beijão e até o próximo!



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